Fraturas: Prof.: Sabrina Cunha da Fonseca
Fraturas: É a ruptura total ou parcial do osso e podem ser fechadas ou expostas.
CLASSIFICAÇÃO: Fratura fechada ou interna: Na fratura fechada não há rompimento da pele, ficando o osso no interior do corpo.
Fratura aberta ou exposta: Fratura na qual há rompimento da pele. Deste tipo de fratura ocorre simultaneamente um quadro de hemorragia externa, existindo ainda o risco iminente de infecção.
Fratura em fissura: são aquelas em que as bordas ósseas ainda estão muito próximas, com se fosse um rachadura ou fenda.
Fratura em galho verde: é a fratura incompleta que atravessa apenas um parte do osso. São fraturas geralmente com pequeno desvio e que não exigem redução, quando exigem, é feita com o alinhamento do eixo dos ossos. Sua ocorrência mais comum é em crianças e nos antebraços (punho).
Fratura completa: é a fratura na qual o osso sofre descontinuidade total Fratura cominutiva: é a fratura que ocorre com a quebra do osso em três ou mais fragmentos. Fratura impactada: é quando as partes quebradas do osso permanecem comprimidas entre si, interpenetrando-se.
Fratura espiral: é quando o traço de fratura encontrase ao redor e através do osso. Estas fraturas são decorrentes de lesões que ocorrem com uma torção. Fratura obliqua: é quando o traço de fratura lesa o osso diagonalmente. Fratura transversa: é quando o traço de fratura atravessa o osso numa linha mais ou menos reta.
IDENTIFICAÇÃO: Dor local: Uma fratura sempre será acompanhada de uma dor intensa, profunda e localizada, que aumenta com os movimentos ou pressão. Incapacidade funcional: É a incapacidade de se efetuar os movimentos ou a função principal da parte afetada.
Deformação ou edema: Ocorre devido ao deslocamento das seções dos ossos fraturados ou acúmulo de sangue ou plasma no local. Um método eficiente para se comprovar à existência de deformação é o de se comparar o membro fraturado com o são.
Crepitação óssea: É um ruído produzido pelo atrito entre as seções ósseas fraturadas. Este sinal, embora de grande valor para diagnosticar uma fratura, não deve ser usado como método de diagnóstico para não agravar a lesão.
Mobilidade anormal: É a movimentação de uma parte do corpo onde inexiste uma articulação. Pode-se notar devido à movimentação anormal ou à posição anormal da parte afetada. Este método, assim como o anterior, não deve ser forçado. No caso de dúvida, sempre considerar a existência da fratura.
Tratamento da fratura fechada: 1. Aplicar tração em fraturas de membros sempre que possível; 2. Imobilizar a fratura mediante o emprego de talas, dependendo das circunstâncias e alinhamento do osso; 3. Imobilizar também a articulação acima e abaixo da fratura para evitar qualquer movimento da parte atingida;
4. Observar a perfusão nas extremidades dos membros, para verificar se a tala ficou demasiadamente apertada; 5. Verificar presença de pulso distal e sensibilidade; 6. Tranquilizar o acidentado mantendo-o aquecido e na posição mais cômoda possível; 7. Prevenir o estado de choque; 8. Remover a vítima em maca; 9. Transportar para o hospital.
Tratamento da fratura exposta: Este tipo de fratura é caracterizado pela hemorragia abundante, risco de contaminação, bem como lesões de grande parte do tecido. As medidas de procedimento são: 1. Gentilmente, tentar realinhar o membro; 2. Estancar a hemorragia, mediante emprego de um dos métodos de hemostasia; 3. Não tentar recolocar o osso no interior da ferida; 4. Prevenir a contaminação, mediante assepsia local, mantendo o ferimento coberto com gaze esterilizada ou com as próprias roupas da vítima (quando não houver gaze);
5. Imobilizar com tala comum, no caso de fratura onde os ossos permaneçam no seu alinhamento, ou empregar a tala inflável, a qual estancará a hemorragia (tamponamento) e prevenirá a contaminação; 6. Se não for possível realinhar a fratura, imobilizá-la na posição em que estiver; 7. Checar a presença de pulso distal e sensibilidade;
8. Nos casos em que há ausência de pulso distal e/ou sensibilidade, o transporte urgente para o hospital é medida prioritária; 9. Prevenir o estado de choque tranquilizando a vítima e evitando que veja o ferimento; 10. Remover a vítima em maca; 11. Transportar a vítima para o hospital.
LUXAÇÃO : Deslocamento de superfícies articulares, modificando as relações naturais de uma articulação. Nas articulações existe uma congruência articular entre as superfícies ósseas em contato. Estas são recobertas por cartilagem articular e mantidas por uma cápsula articular reforçada por ligamentos.
Os traumas indiretos, normalmente produzidos por quedas com apoio nas extremidades, fazem com que essas superfícies articulares saiam de sua posição, produzindo perda da congruência articular da função da articulação correspondente. As luxações ocorrem mais comumente em articulações móveis (ombro, quadril, dedos da mão).
Sinais e sintomas : Dor: Geralmente intensa devido à compressão de estruturas locais; pode levar ao choque neurogênico. Deformidade: Sinal evidente à simples inspeção da vítima; deve ser comparada com o lado oposto. Impotência funcional: Devido à perda da congruência articular, existe perda completa da função articular, e qualquer tentativa de mobilidade é extremamente dolorosa.
Palidez: Localizada, causada pela compressão do osso luxado sob a pele. Edema: Tardio varia com o grau de deformidade e a articulação luxada. Encurtamento ou alongamento: Podem ocorrer devido à deformidade da articulação luxada.
Cuidados de emergência: A manipulação das luxações cabe exclusivamente ao médico. Manobras inadequadas e intempestivas podem agravar a lesão já existente e produzir dano adicional aos tecidos vizinhos, inclusive fraturas. No atendimento pré-hospitalar, a imobilização deve ser na posição de deformidade, buscando oferecer o máximo de conforto à vítima. Ficar atento a sinais e sintomas de choque, informando se ocorrerem.