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Transcrição:

- L,, n ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Criminal n 200.2007.001711-2/001 8 a Vara Criminal de João Pessoa Relator : O Excelentíssimo Desembargador José Maninho Lisboa Apelante : Darcilene Silva do Nascimento Advogados : Cláudio Antônio Martins. Apelado : O Ministério Público 011": TRÁFICO DE ENTORPECENTES. CANABIS SATIVA LINNEU. LAUDO QUÍMICO TOXICOLOGI FLAGRANTE EM PRESÍDIO. PROVAS. Condenação. Apelo defensivo. Pretensa desclassificação. Impossibilidade. Materialidade comprovada. Substância causadora de dependência psíquica. Autoria identificada. Não provimento do apelo. - Comprovada a posse de substância entorpecente, mesmo que em pequena quantidade, cuja condutora foi flagrada na entrada do presídio, conduzindo a substância envolvida em fita crepe, dentro de uma camisinha, introduzida no corpo, caracterizada está a conduta descrita com crime de tráfico de substância entorpecente. Vistos, relatados e discutidos estes autos acima identificados: Acorda a Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, à unanimidade, em negar provimento ao apelo, em harmonia com o parecer ministerial. Na 8a Vara Criminal da Comarca de João Pessoa PB, Darcilene Silva do Nascimento, já qualificada, foi denunciada como incursa nas sanções dos arts. 33 e 40, III, da Lei 11.343/06. Segundo a denúncia, a apelante foi presa em flagrante com substância entorpecente do tipo "cannabis sativa linneu" (maconha), conduzindo a substância envolvida em fita crepe, dentro de uma camisinha, introduzida na vagina. Encerrada a instrução criminal, a insigne Magistrada a quo, julgando procedente a denúncia, impôs à apelante a pena-base de cinco anos de reclusão e 500 dias -multa, em seguida majorou em 1/6, em face da causa de aumento de pena prevista no art. 40, III, da Lei de Combate ao Narcotráfico (cometimento da infração dentro das dependências de estabelecimento prisional), totalizando cinco anos e dez meses de reclusão e quinhentos e oitenta e três 4144A-4.7

. ESTADO DA PARAÍBA 44",, (2"1 USTMAI 11, -.I TRIBUNAL DE JUSTIÇA 2 dias-multa, por fim, aplicando a minorante do 4 0, do art. 33 da Lei 11.343/06 (Tráfico de drogas se o agente for primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa), diminuiu em um sexto, reduzindo a pena para quatro anos, dez meses e dez dias de reclusão, e quatrocentos e oitenta e cinco dias-multa, tornando-a definitiva nesse patamar à falta de outra causa de aumento ou diminuição de pena. Inconformada, através de advogados devidamente constituídos (fl. 89), manejou, em tempo hábil, recurso de apelação, escorado no art. 593, inciso I, do Código de Processo Penal. Nas razões recursais (fls. 92/94), aduziu, em síntese, que a apelante jamais comercializou drogas e que as provas são precárias para embasar uma condenação. Nas contra-razões da acusação (fls. 97/98), o Representante do Ministério Público pugnou pelo improvimento do recurso. Nesta instância, instada a se pronunciar, a Procuradoria de Justiça, em parecer da lavra do ilustre Procurador de Justiça Dr. Álvaro Gadelha Campos, opinou pelo improvimento do recurso (fls. 105/106). É o relatório. VOTO De acordo com o que consta dos autos não há espaço para o pleito absolutório. A materialidade está consubstanciada no auto de apresentação de fl. 13, laudo de constatação da natureza da substância (fl. 16) e, de modo especial, o laudo definitivo de fl. 48. O exame químico toxicológico de fl. 48 dos autos, é contundente nas conclusões para substância entorpecente: "Positivo para Cannabis Sativa Linneu (Maconha), caracterizado através de análise botânica e Cromatográfica em Camada Delgada (CCD), quando se evidenciou a presença de THC (tretrahidrocanabinol), responsável pelos principais efeitos farmacológicos da Maconha usando-se a metodologia descrita a seguir neste Laudo Toxicológico". A autoria está comprovada pelo auto de prisão em flagrante delito (f Is. 06/08), bem como pelos depoimentos das testemunhas ouvidas na instrução processual.

1.4 3 ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA A ré foi presa em flagrante delito com 24,44g de maconha, quando tentou ingressar no presídio do Roger, nesta Capital, com a substância apreendida, a qual estava embalada em fita crepe, juntamente com duas cédulas de R$ 50,00, dentro de uma camisinha, introduzida na vagina. disse à fl. 08: A testemunha Carlos Alberto Soares Ferreira, ouvido em juízo "Que a acusado foi revistada pela agente Erotiza; que, naquela ocasião, a citada agente chamou a depoente dizendo que a acusada estava muito nervosa; que então convidaram a acusada para irem até o banheiro; que lá conversaram com ela e convenceram a tirar a droga e o dinheiro, que estavam introduzidos em seu corpo; que era uma pequena quantidade de maconha e a quantia de R$ 100,00, tudo embalado dentro de uma camisinha". A testemunha Israel Soares da Silva, presidiário, confirmou em juízo que a droga e o dinheiro eram destinados para ele, que é viciado em drogas (fl. 55), o que comprova a tese da acusação de que a droga apreendida tinha a finalidade de mercancia para presidiário. O conjunto probatório é robusto para a confirmação da materialidade do crime de tráfico de drogas, e por isso, o pleito absolutório não encontra espaço nos autos, pois as testemunhais apontam a autoria do delito à denunciada Ana Cláudia da Silva. Os depoimentos testemunhais, aliados aos demais elementos de provas, são suficientes para manutenção da sentença condenatória. A própria acusada admitiu em juizo que conduzia a droga, porém apresentando uma tese de que a substância apreendida era para consumo próprio. No caso, veja o seguinte julgado: "EMENTA: APELAÇÃO-CRIME. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. SUFICIÊNCIA PROBATÓRIA. CONDENAÇÃO MANTIDA. A materialidade restou consubstanciada pelos autos de apreensão e constatação de natureza da substância, laudo pericial e pela prova oral colhida. A autoria, por outro lado, também é inconteste, admitida pelo acusado, que é confesso, o que restou comprovado nas demais provas colhidas. Os testemunhos policiais,

1, ESTADO DA PARAÍBA.;" TRIBUNAL DE JUSTIÇA 4 associados aos demais elementos de prova, atestam a prática de tráfico de entorpecentes pelo acusado, que foi preso em flagrante delito dentro de sua residência, na posse de grande quantidade de entorpecentes. PEDIDO DE DESCLASSIFICAÇÃO DO FATO PARA O CRIME DO ART. 28 DA LEI 11.343/06. Inviável a desclassificação do fato para o crime do art. 28 da Lei 6.368fi6, porquanto a grande quantidade, a maneira que estava acondicionada a substância 9.: entorpecente, associado à confissão do acusado, atestam a atividade de tráfico e não o consumo. REDUTORA DO 40 DO ART. 33 DA LEI 11/343/06. Tendo em vista tratar-se de réu primário, de bons antecedentes, e como não há nos autos qualquer informação de que integre organização' criminosa, reconheço a redutora do 40 do art. 33 da Lei 11.343/06, reduzindo sua pena em 1/6, razões pelas quais resta definitizada em 4 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão. AFASTAMENTO DA MULTA. INVIABILIDADE. MATÉRIA AFEITA AO JUÍZO DA EXECUÇÃO. Inviável pedido defensivo de isenção da pena de multa, pois a questão de seu adimplemento é matéria afeita ao Juízo da Execução. Apelo parcialmente provido". (Apelação Crime N 70021416615, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marco Antônio Ribeiro de Oliveira, Julgado em 21/11/2007). A defesa enfrentou a tese de que a droga conduzida era para consumo próprio, todavia, não conseguiu comprovar em juízo a sua versão, pois o fato de ser a mesma usuária de drogas, como afirmou uma das testemunhas de defesa, não afasta, por si só, a tese da acusação, que foi por demais corroborada no conjunto probatório. Pelo exposto, nego provimento ao recurso apelatório, para manter a sentença condenatória, em harmonia com o parecer ministeiral. É como voto. E com esse entendimento, decide a Egrégia Câmara Criminal.

5 ESTADO DA PARAIBA. r",,,, '. TRIBUNAL DE JUSTIÇA op eatiii. o"; r Presidiu o julgamento o Excelentíssimo Senhor Desembargador Joás de Brito Pereira Filho, e dele participaram os Excelentíssimos Desembargador José Martinho Lisboa e Juízes convocados Carlos Neves da Franca Neto e Eslu Eloy Filho. Esteve presente o Excelentíssimo Doutor José Marcos Navarro Serrano, Procurador de Justiça. Sala de Sessões Desembargador Manoel Taigy de Queiroz de Mello Filho, em João Pessoa, aos 17 dias do mês de janeiro de 2008. Desembargador JOSÉ MARTINHO RELATOR 4110

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