TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL



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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL Agravo de Instrumento nº 0052654-08.2013.8.19.0000 Agravante: Município de Armação de Búzios Agravado: Lidiany da Silva Mello Relator: Des. Elton M. C. Leme AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. MUNICÍPIO DE ARMAÇÃO DE BÚZIOS. PROFESSOR. APROVAÇÃO. CONTRATAÇÃO DE TEMPORÁRIOS PARA O DESEMPENHO DE IDÊNTICA ATRIBUIÇÃO. LIMINAR DEFERIDA PARA GARANTIR A CONVOCAÇÃO E NOMEAÇÃO. PRESENÇA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES DA MEDIDA. DECISÃO MANTIDA. RECURSO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO. 1. Interposição de recurso contra liminar em mandado de segurança que garantiu a nomeação de candidato para o cargo de Professor de Inglês no concurso público promovido pelo Município de Armação de Búzios. 2. Presença dos requisitos necessários à concessão da liminar entendidos como o justo receio de violação ao direito líquido e certo e o receio de dano. 3. Relevância do fundamento da impetração a respeito do reconhecimento do direito subjetivo à nomeação de candidato aprovado em concurso público, ainda que fora do número de vagas oferecido pelo edital, a partir do momento em que ocorre a contratação de pessoal para o desempenho de funções idênticas àquelas desempenhadas pelos

cargos oferecidos. 4. Justo receio de violação a direito líquido e certo do impetrante. 5. Perigo da demora consubstanciado na possibilidade de imediata exclusão do processo seletivo. 6. Decisão que não se mostra teratológica, contrária à lei ou à evidente prova dos autos. Aplicação da Súmula 58 do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. 7. Recurso a que se nega seguimento, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil. DECISÃO Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão proferida pelo Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca de Armação de Búzios que, em sede de mandado de segurança, deferiu a liminar pretendida para determinar que os impetrados nomeiem com a devida investidura no cargo a agravada, candidata aprovada no concurso público efetuado através do Edital nº 01/2012, para o cargo de Professora II Inglês (S69) e vinculado à Secretaria Municipal de Educação, de acordo com as regras do edital, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sob pena de multa diária de R$ 300,00. Em suas razões, sustenta o agravante, em síntese, que as contratações referidas pela impetrante se deram exclusivamente a fim de suprir necessidades temporárias e o afastamento momentâneo de servidores efetivos, sendo que eventual convocação de concursados ensejaria prejuízo ao erário, eis que com o retorno do servidor afastado temporariamente, a administração teria que arcar desnecessariamente com mais um servidor

efetivo. Destaca o óbice da antecipação de tutela contra a Fazenda Pública prevista no art. 1º da Lei nº 9.494/97. Afirma que está presente no caso o periculum in mora para o Município, sob o argumento de que eventual pagamento de verbas salariais não seria passível de restituição aos cofres públicos. Sustenta que o concurso público regido pelo Edital 01/2012 objetivou o provimento de 7 (sete) cargos de Professor II Inglês, para os quais a candidata concorreu, sendo que por ocupar a 17ª colocação, conforme resultado homologado pelo Decreto nº 50/2012, não há que se falar em violação a direito líquido e certo, já que não foi aprovada dentro do número de vagas. Dessa forma, requer a reforma da decisão. Indeferido o pedido de efeito suspensivo a fls. 30. Informações prestadas a fls. 35-36. É o relatório. Passo a decidir. Trata-se na origem do mandado de segurança impetrado pela ora agravada contra o Município de Armação de Búzios a fim de garantir sua nomeação no cargo público Professor de Inglês no processo seletivo realizado. No caso, o impetrante postula a imediata convocação e nomeação, ao argumento de que foram contratados funcionários

terceirizados para desempenhar as mesmas atribuições do cargo para o qual concorreu. Nesta sede recursal, a análise cinge-se ao preenchimento dos requisitos necessários à concessão da medida liminar, consubstanciados pela relevância do fundamento da impetração (fumus boni iuris) e o receio de lesão (periculum in mora). atendidos. Na hipótese retratada dos autos os requisitos listados foram É relevante a fundamentação do impetrante no sentido de que a por força de processo seletivo simplificado foram contratados professores de português, no prazo de validade do concurso, em prejuízo aos professores concursados. Isso porque, a teor do disposto nas informações prestadas pelo juiz de primeiro grau (fls. 35-36 anexo 35) e das peças que formam este instrumento (fls. 75 anexo 4), os documentos de fls. 17-21 e 47-54 dos autos originários dão conta de contratação de 41 professores de língua portuguesa através de processo seletivo simplificado. Com efeito, a orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal aponta para o reconhecimento do direito subjetivo à nomeação do candidato que for aprovado em concurso público, ainda que fora do número de vagas oferecido pelo edital, a partir do momento em que, dentro do prazo de validade do concurso, houver a contratação de pessoal

para o desempenho de funções idênticas àquelas desempenhadas pelos cargos oferecidos, conforme se depreende das ementas a seguir: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. EXISTÊNCIA DE CANDIDATOS DEVIDAMENTE APROVADOS E HABILITADOS EM CERTAME VIGENTE. PRECEDENTES. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A ocupação precária, por comissão, terceirização, ou contratação temporária, para o exercício das mesmas atribuições do cargo para o qual promovera o concurso público, configura ato administrativo eivado de desvio de finalidade, caracterizando verdadeira burla à exigência constitucional do artigo 37, II, da Constituição Federal. Precedente: AI 776.070-AgR, Relator Ministro Gilmar Mendes, Dje 22/03/2011. 2. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: MANDADO DE SEGURANÇA. DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. EXISTÊNCIA DE CANDIDATOS DEVIDAMENTE APROVADOS E HABILITADOS EM CERTAME VIGENTE. BURLA À EXIGÊNCIA

CONSTITUCIONAL DO ART. 37, II, DA CF/88. CARACTERIZAÇÃO. DEFERIMENTO DA ORDEM QUE SE IMPÕE. I- A aprovação em concurso público, fora da quantidade de vagas, não gera direito à nomeação, mas apenas expectativa de direito. II- Essa expectativa, no entanto, convola-se em direito subjetivo, a partir do momento em que, dentro do prazo de validade do concurso, há contratação de pessoal, de forma precária, para o preenchimento de vagas existentes, em flagrante preterição àqueles que, aprovados em concurso ainda válido, estariam aptos a ocupar o mesmo cargo ou função. Precedentes do STJ (RMS nº 29.973/MA, Quinta Turma. Rel. Min. NAPOLEÃO NUNES MAIS FILHO. DJE 22/11/2010). III- A realização de processo seletivo simplificado, no caso ora apresentado, representou manifesta afronta à Lei Estadual nº 6.915/97, a qual regula a contratação temporária de professores no âmbito do Estado do Maranhão, especificamente do inciso VII do seu art. 2º. IV- Com efeito, a disposição acima referida é clara no sentido de que somente haverá necessidade temporária de excepcional interesse público na admissão precária de professores na Rede Estadual de Ensino acaso não existam candidatos aprovados em concurso público e devidamente habilitados. V- A atividade de docência é permanente e não temporária. Ou seja, não se poderia admitir que se façam contratações temporárias para atividades permanente, mormente quando

há concurso público em plena vigência, como no caso em apreço. Essa contratação precária, friso uma vez mais, é uma burla à exigência constitucional talhada no art. 37, II, da CF/88. VI- Segurança concedida. 3. Agravo regimental não provido. (ARE 649046 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 28/08/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-180 DIVULG 12-09-2012 PUBLIC 13-09-2012) CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRARODINÁRIO. CF/88, ART. 37, IX. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA PARA O MAGISTÉRIO MUNICIPAL. PRETERIÇÃO DE APROVADOS EM CONCURSO PÚBLICO. 1. A regra constitucional é o provimento de cargo público mediante concurso. 2. Comprovada a necessidade de contratação de pessoal, os candidatos aprovados em concurso público serão nomeados em detrimento de contratações temporárias. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 555141 AgR, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado em 08/02/2011, DJe-037 DIVULG 23-02-2011 PUBLIC 24-02-2011 EMENT VOL- 02470-02 PP-00314) Do mesmo modo, o periculum in mora, interpretado como a probabilidade do dano irreparável de difícil ou impossível reparação,

igualmente restou demonstrado, consubstanciado na possibilidade do término do prazo de validade do concurso. Diante desse quadro, sem prejuízo de posterior aferição pelo juiz da causa que certamente aprofundará o exame das questões após a fase instrutória do processo, nada há para reparar na decisão recorrida. Ademais, consoante disposto na Súmula 59 deste Tribunal, somente se reforma a decisão concessiva ou não da antecipação de tutela, se teratológica, contrária à Lei ou à evidente prova dos autos. Dispõe, de forma cogente, o artigo 557, caput, do CPC, que o relator negará seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou do Tribunal Superior. Por tais fundamentos, nego seguimento ao recurso, nos termos do artigo 557, caput, do CPC, para manter a decisão impugnada. Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2014. Des. Elton M. C. Leme Relator