UMA REDE TEMÁTICA NO CONTEXTO DA ELABORAÇÃO DE UMA PROPOSTA DE ENSINO DE CIÊNCIAS



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UM RD TMÁTC NO CONTXTO D LBORÇÃO D UM PROPOST D NSNO D CÊNCS Yassuko Hosoum 1, Júlio César Foschini Lisboa 2, Maria ugusta Qurubim Rodrigus Prira 3 1 FUSP/PUCMinas, yhosoum@if.usp.br 2 FFCLFundação S. ndré, jclis@uol.com.br 3 BUSP, qurubim@matrix.com.br RSUMO Slcionar contúdos d Biologia, Física Química para o nsino d Fundamntal, não significa somar pqunos pdaços d cada uma dssas Ciências, mas sim ncontrar lmntos qu prmitam uma articulação das difrnts caractrísticas d cada uma dssas áras do conhcimnto cintífico m contúdos articulados harmônicos, rsultando m uma totalidad d naturza difrnt d sus componnts. O trabalho aqui rlatado trata d uma proposta d nsino, na qual os contúdos disciplinars são articulados através d uma rd tmática, rprsntada por uma matriz composta por nov tmas: vida, ambint, matriais, nrgia, água, saúd, comunicação, transport trra univrso. Cada célula da matriz é idntificada através d uma particular rlação ntr dois tmas. ss conjunto d tmas rlaçõs compõ a tssitura dos concitos cintíficos utilizados na concrtização dos objtivos ducacionais propostos para o nsino d Ciências, d 5a. a 8a. séris do nsino fundamntal. Palavras-chav: nsino d Ciências. Matriz tmática. Rd d significados BSTRCT Th arrangmnt of biological, chmical and physical disciplinary contnts for Scinc Taching dos not man a singl amount of small parts of ths branch of larning or instruction; quit th rvrs, to find out which lmnts from ths scincs and which connxions btwn and among ths lmnts can promot an intgratd and global vision of scintific knowldg. This papr prsnts an ducational proposal, whr disciplinary contnts ar articulatd by a constructd fram with nin thmatic unitis: Lif, nvironmnt, Matrials, nrgy, Watr, Halth, Communications, Transport and arth & Univrs. Ths nin thmatic unitis ar crossd and linkd in th fram by clls containing common rlatd disciplinary contnts. Thus, ach thmatic unity gains significativ importanc sinc ar now clarly linkd with othrs unitis. This fram rprsnts th "txtur" of ncssary scintific knowldg to rach ducational aims proposd for 5th to 8th sris of fundamntal basic school. Kywords: Scinc Taching - Thmatic framwork - Scintific knowldg ntwork TS DO V NPC - Nº 5. 2005 - SSN 1809-5100 1

NTRODUÇÃO Os Parâmtros Curriculars Nacionais nos ofrcm, através d sus ixos Tmáticos 1, xmplos d contúdos qu podm sr dsnvolvidos buscando contmplar os objtivos ducacionais nls propostos. mbora os Tmas Transvrsais 2 s façam prsnts como articuladors das áras disciplinars 3, sus contúdos disciplinars não s aprsntam d manira a prmitir qu o profssor os organiz d forma articulada, sm a fragmntação aprsntada pla maioria das propostas d nsino d Ciências, principalmnt aqulas xplicitadas nos livros didáticos. Sabmos qu m qualqur transposição didática os contúdos d um sabr cintífico, quando slcionados para fins d nsino, s constitum m um corpo próprio do conhcimnto cintífico, organizado m função dos objtivos ducacionais almjados (stolfi, 1995). Nssa rconstrução do sabr, a strutura do sabr cintífico é substituída por uma outra strutura, constituindo o contúdo d sabr a nsinar, cujos lmntos articuladors são dfinidos por critérios qu tomam como rfrência o para qu nsinar Ciências não o qu nsinar d Ciências. Nss r-laborar dos contúdos disciplinars, quais são os critérios ou lmntos qu nortiam a construção dss novo todo qu, portanto, prmit uma visão strutural organizacional do conhcimnto? Uma visão strutural, portanto, global organizacional, d um conhcimnto disciplinar pod sr rificada pla construção particular d um mapa concitual d uma toria cintífica, qu rlaciona sus lmntos constituints através d rlaçõs lógicas (formais). ssa construção strutural d um mapa concitual só é possívl porqu sta toria é auto-contida, isto é, suas parts concitos, lis, hipótss s articulam sustntando sua totalidad qu rsignifica, ao msmo tmpo, suas parts (SLÉM, 1986; PRGNOLTTO, 1999; OLVR, 1999). No nsino Fundamntal, o contúdo d Ciências, ao rqurr articulação da Biologia, da Física da Química para constituir su conhcimnto disciplinar, compõ uma strutura abrta, qu não é, portanto, auto-contida. concpção d conhcimnto como uma rd d significados pod dar sustntação tórica nss rconstruir do sabr a sr nsinado. Nss rfrncial, o significado d um objto da Ciência s constrói através das múltiplas rlaçõs qu são stablcidas ntr l outros objtos, stjam ou não as fonts d rlaçõs no âmbito da disciplina qu s qur nsinar. O conhcimnto d faz-s a partir das rlaçõs qu podm sr stablcidas ntr B, C, X, Y, ou sja, não s prcisa conhcr o objto para, ntão, s conhcr B ou C, ou X, ou Y (MCHDO, 1995). Uma rd d significaçõs pod sr imaginada como uma tia constituída d nós conxõs, ond um nó é rsultant da convrgência d divrsos fios as conxõs são caractrizadas plos nós qu intrligam. Plo carátr dual dos lmntos dss par, os objtos são concbidos por fix d rlaçõs fixs d rlaçõs são transformados m novos objtos, ond as rlaçõs são dtrminadas por pars d objtos cada objto é caractrizado plas rlaçõs nl incidnts ou dl mrgnts (MCHDO, 1995). psquisa qu aprsntamos propõ uma construção do sabr a sr nsinado para a disciplina d Ciências do nsino Fundamntal, d 5 a. a 8 a. séris 4. Primiramnt é construída 1 ixos Tmáticos: Trra Univrso, mbint, Sr Humano Saúd Tcnologia Socidad 2 Tmas Transvrsais: Ética - Saúd - Mio mbint - Orintação Sxual - Pluralidad Cultural - Trabalho Consumo. 3 Áras: Língua portugusa, Língua strangira, Matmática, Ciências Naturais, História, Gografia, rt ducação Física. 4 ss trabalho fz part do Rfrncial Curricular, da ára d Ciências Física /Química/Biologia, das scolas da Fundação Bradsco, cuja quip laboradora é composta por Luis Carlos d Mnzs, Júlio César Foschini Lisboa, TS DO V NPC - Nº 5. 2005 - SSN 1809-5100 2

uma rd d significados dos objtos da Ciência, dnominada rd tmática; m sguida, xmplificados por lmntos dsta rd, são dfinidos os objtivos do nsino dsta tapa d scolaridad, no final é aprsntado um xmplo d organização curricular d Ciências para a 5 a. séri do nsino fundamntal. TCNDO UM RD D SGNFCDOS O sabr cintífico a sr nsinado, na prspctiva do conhcimnto como uma rd d significados, não implica na diminuição da importância dos contúdos disciplinars. Os objtos da ciência a srm studados nss nívl d nsino foram scolhidos utilizando como critérios: 1- os contúdos dvm sr tmas abrangnts, nos quais os lmntos do cotidiano do aluno sustntam o diálogo da prática ducativa; 2- os tmas dvm tratar dss mundo contmporâno m rápida transformação, ond o avanço da ciência da tcnologia traz a cada dia mais conforto bnficio, ao msmo tmpo, mudanças na naturza, provocando muitas vzs dsquilíbrios dstruiçõs irrvrsívis; 3- os tmas dvm possibilitar o dsnvolvimnto d concitos rlaçõs fundamntais da ciência da naturza. Dntr os vários tmas qu satisfazm tais critérios, foram scolhidos:, mbint, Matriais, nrgia,, Saúd,, Trra Univrso. sss nov tmas compõm os nós da rd as rlaçõs stablcidas ntr ls é qu darão significados a cada um dls. Rprsntamos ssa rd por uma matriz tmática bi-dimnsional, mostrada no Quadro 1. ssa matriz foi construída colocando nos ixos horizontal (linha) vrtical (coluna) os nov tmas scolhidos. O númro d tmas, ou d nós da rd, é arbitrário, podndo sr maior ou mnor m função do significado qu s qur atribuir a cada um dos tmas também ao próprio contúdo do nsino d ciências. Outros tmas, como, por xmplo, tcnologia, sports atmosfra, também podriam fazr part ssa matriz. Sndo cada tma um nó da rd, l só ganha significado através das rlaçõs stablcidas com por outros tmas. No quadro 1, cada intrscção d linha com coluna mostra uma particular rlação ntr dois tmas. Por xmplo, o tma 1 VD ganha significado através da rlação stablcida com: ambint (célula 1,2 = adaptação dos srs vivos ao ambint), matriais (célula 1,3 = transformaçõs químicas m srs vivos), nrgia (1,4 = nrgia nos srs vivos),..., transport ( célula 1,8 = transport d nutrints) trra univrso (célula 1,9 = origm da vida). O significado do tma 7 COMUNCÇÃO é obtido através das rlaçõs com: vida ( célula 7,1 = comunicação ntr os srs vivos),..., nrgia ( célula 7,4 = nrgia m procssos d comunicação),..., saúd ( célula 7,6 = mídia saúd) tc. s células constituídas da intrscção d um msmo tma tratam d contúdos spcíficos do tma, por xmplo: m vida vida (1,1) são analisadas as caractrísticas dos srs vivos; m água água (5,5) são obsrvadas as propridads da água; no caso d transport transport (8,8) prcorr-s a história dos mios d transport. Os lmntos dssas células rlacionam o tma com a ciência ( Física, Química, Biologia, Gografia tc ) os xmplos são rspctivamnt as rlaçõs: vida-biologia; água-química transport-história. Pod s obsrvar qu a matriz não é simétrica. rlação da célula (1,2) é difrnt daqula da célula (1,2): na primira, é a VD ganhando significado através da sua rlação com o ambint (rlação = adaptaçõs dos srs vivos ao ambint) na sgunda é o MBNT ganhando significado com a comprnsão dos cossistmas (rlação = cossistmas). Também nas células (4,8) (8,4) as rlaçõs são difrnts: na primira s privilgia a NRG (custo nrgético nos mios d transport) na sgunda o TRNSPORT (difrnts combustívis m transports). Luiz Robrto Moras Pitombo, Rgina Cândida llro Gualtiri, Maria ugusta Qurubin Rodrigus Prira, Sônia Salém Yassuko Hosoum. TS DO V NPC - Nº 5. 2005 - SSN 1809-5100 3

Quadro 1 TMS (1,1) (1) mbint (2) (1,2) (1,3) Matriais (3) (1,4) nrgia (4) (1,5) (5) (1,6) Saúd (6) (7) (1,7) (8) (1,8) Trra Univrso (9) (1,9) (1) Caractríticas dos srs vivos daptaçõs dos srs vivos ao ambint Transformaçõs químicas m srs vivos nrgia nos srs vivos nos srs vivos Parasitas hospdiros Coordnação nrvosa hormonal d nutrints Origm vida da (2,1) (2,2) (2,3) (2,4) (2,5) (2,6) (2,7) (2,8) (2,9) mbint (2) cossistmas quilíbrios dsquilíbrios ambintais tmosfra bsorção, rflxão transformação d nrgia solar água no planta Transmissão rtransmissão d sinais natural d matriais Solo contaminado donças Caractrísticas ambintais d outros plantas (3,1) (3,2) (3,3) (3,4) (3,5) (3,6) (3,7) (3,8) (3,9) Matriais (3) Rcursos matriais d origm vivo Rcursos minrais Propridads, constituição transformação dos matriais nrgia na obtnção d matriais Caractrísticas das águas naturais Uso abusivo d mdicamntos drogas Química d produtos químicos: risco sgurança Matriais sistma plantário do (4,1) (4,2) (4,3) (4,4) (4,5) (4,6) (4,7) (4,8) (4,9) nrgia (4) Uso social da nrgia nrgia: Fonts, transformação usos nrgia nos cossistmas Consrvação da nrgia gração d nrgia létrica nrgia dos alimntos nrgia domiciliar: usos custos Custos nrgéticos m mios d transport quilíbrio nrgético na Trra.(5,1) (5,2) (5,3) (5,4) (5,5) (5,6) (5,7) (5,8) (5,9) (5) água a xistência d vida no planta Ciclo hidrológico Transformaçõs químicas m mio aquoso Mudanças d stado físico. Propridads da água contaminada donças Propagação d luz som na água Donças d viculação hídrica outros plantas m (6,1) (6,2) (6,3) (6,4) (6,5) (6,6) (6,7) (6.8) (6,9) Saúd (6) Sxualidad Rprodução humana Saúd ambintal Produtos químicos d uso doméstico: utilização riscos fitos biológicos das radiaçõs Sanamnto público (tratamnto d água sgoto) Concito d saúd; Saúd como dirito do cidadão nformaçõs do corpo humano por imagns Sr Humano: transportando sndo transportado Viagns spaciais (7,1) (7,2) (7,3) (7,4) (7,5) (7,6) (7,7) (7,8) (7,9) (7) Comunica ção ntr os srs vivos nformação do mio ambint Matriais fotossnsívis, condutors létricos fibras ópticas nrgia m procssos d comunicação água como vículo d comunicação Mídia saúd Procssos d codificação, dcodificação d informaçõs d informaçõs: ondas ltromagnéticas nformaçõs do spaço cósmico (8,1) (8,2) (8,3) (8,4) (8,5) (8,6) (8,7) (8,8) (8,9) (8) Trânsito: riscos para a saúd o impacto ambintal Matriais utilizados m vículos d transport fluvial marítimo Combustívis m transports Donças rlacionadas aos mios d transport Códigos d trânsito d transport d matrial Os mios d transports através história Foguts: vlocidad distâncias cosmológi-cas (9,1) (9,2) (9,3) (9,4) (9,5) (9,6) (9,7) (9,8) (9,9) Trra Univrso (9) Condição para vida m outros plantas Movimntos rlativos: Trra, Lua Sol spctros idntificação d lmntos químicos nrgia a formação do Univrso m plantas do sistma solar Luz solar, bnfícios riscos Tmpos dos acontcimntos cosmológicos Viagns spaciais Origm do Univrso, do Sistma Solar da Trra TS DO V NPC - Nº 5. 2005 - SSN 1809-5100 4

O modo particular como ssa matriz tmática foi construída pod causar crta stranhza m sua primira litura, ntrtanto, uma rflxão mais dtalhada sobr os significados das conxõs, xplicitados nos cruzamnto tmáticos, vidnciará su carátr organizador articulador dos conhcimntos açõs. DFNNDO OBJTVOS DUCCONS s três dimnsõs dos objtivos ducacionais, rprsntação comunicação; invstigação comprnsão contxtualização sócio-cultural, qu struturam os Parâmtros Curriculars Nacionais do nsino Médio (MC, 1999), foram transpostas para ss nívl d nsino fundamntal com novos significados: domínio d linguagm; comprnsão d fnômnos procssos ação m contxto. Os objtivos spcíficos d cada uma dssas dimnsõs também podm s constituir m rd d significado, através das rlaçõs d procdimntos qu são stablcidos ntr sss objtivos tmas ou ntr os objtivos contúdos das células da rd tmática. Um xmplo d articulação ntr os objtivos ducacionais dsjados tmas, através d procdimntos, é aprsntado a sguir utilizando como xmplo o tma: matriais 5. Para a dimnsão domínio d linguagm, tmos: scrita - Rdigir rlatório d um lvantamnto d matriais utilizados m utnsílios quipamntos d uma rsidência, scolhndo um critério d organização dos msmos, como, por xmplo, uso, propridads tc. (3,3) - Lr comprndr um noticiário d jornal qu aborda a qustão dos matriais ncontrados na suprfíci d Mart. (3,9) Gráfica - Construir tablas qu rlacionm matriais sus usos (xmplo: madira - móvis, vidro janlas; plástico - mbalagns); uso propridads dos matriais (xmplo: janlas - transparência, móvis - rigidz, grafita - durza). (3,3) - Comprndr um mapa qu mostra a localização das jazidas d minérios do Brasil. (3,2) lgébrica - Rprsntar corrtamnt unidads d massa volum. (3,3) - Calcular dnsidad d matriais. (3,3) Vrbal/oral - Participar d um dbat m qu s busca dcidir sobr a scolha d um matrial qu possa substituir outro, considrando vantagns dsvantagns. xmplo d tma para o dbat: Qu matrial podria sr o substituto idal do vidro utilizado m janlas? (3,3) Plástica/poética - Criar sob forma d quadrinhos, livros ilustrados ou outras formas d xprssão, uma história cômica m qu difrnts utnsílios sjam construídos com matriais rrados (xmplo: panla d papl; pnus d ouro). (3,3) Corporal - prsntar por mio d pça tatral ou canção uma história qu tnha como fundo d cna o uso corrto d mdicamntos. (3,6) udiovisual - Buscar fotografias /ou squmas para ilustrar aprsntar trabalhos rlacionados ao uso d matriais suas propridads. (3,3) - Produzir um vído sobr a transformação d matriais a partir da visita a uma olaria ou alambiqu, rlvando as transformaçõs d nrgia (3,4) Para a dimnsão comprnsão d fnômnos procssos tmos: dntificação do problma - dntificar matriais prsnts m difrnts utnsílios quipamntos d uma rsidência (por xmplo, plásticos, vidros, mtais, madira, borracha, tintas, gás, dtrgnts sabõs). (3,2) - scolhr critérios d organização dos msmos (por xmplo, uso propridads). (3,3) 5 ss xmplo é uma adaptação dos quadros do Rfrncial Curricular d Ciências- Física/Química/ Biologia da Fundação Bradsco, p.16, 17 18. TS DO V NPC - Nº 5. 2005 - SSN 1809-5100 5

Lvantamnto d hipótss Dlinamnto do procdimnto Rsolução xprimntal ou prática nális dos rsultados - Fazr hipótss sobr as razõs qu lvam à utilização d difrnts matriais para difrnts funçõs. (3,3) - laborar um rotiro para ncontrar a solução do problma proposto. Por xmplo, procurar caractrísticas comuns d matriais qu são mprgados com a msma finalidad idntificar ssas caractrísticas. (3,3) - Tstar matriais qu possam sr utilizados para dtrminada finalidad, por xmplo, m isolamnto térmico, na construção d móvis, m rcipints para armaznagm d líquidos. (3,3) - dntificar propridads d matriais indispnsávis para o uso dos msmos. (3,3) Conclusão - Comparar os rsultados ncontrados pla class. (3,3) - Rconhcr propridads tais como transparência, durza, condutibilidad térmica létrica, prmabilidad. (3,3) - Rlacionar os rsultados ncontrados com bibliografias sobr ssas propridads. (3,3) Na dimnsão da ação m contxto tmos: Class scola Socidad - Conhcr as propridads dos matriais qu fazm part do cotidiano d sua sala d aula utilizar tal conhcimnto para prsrvá-los da mlhor forma possívl. (3,3) - Participar d vntos da scola, tais como "smanas culturais", com aprsntação d trabalhos qu nvolvam o uso conscint rsponsávl d matriais. (3,2) - Contribuir para a otimização do uso d matriais, vitando dsprdícios, uso incorrto, buscando trocando continuamnt informaçõs com os dmais mmbros d sua comunidad. (3,3) ORGNZÇÃO CURRCULR D CÊNCS POR SÉR Nm todos os tmas rlaçõs mostrados no Quadro 1 são trabalhados m todas as séris. lguns são mais apropriados para uma séri m particular, nquanto outros podm sr tratados m várias séris com nívis abordagns distintos, dpndndo dos objtivos qu s prtnd atingir. ntrtanto, os contúdos d todas as células dvriam sr studados plo mnos uma vz durant o curso d Ciências, d 5a. a 8a. séris. Uma xmplificação da matriz tmática bi-dimnsional, mostrada no Quadro 1, é aprsntada a sguir, com os objtivos ducacionais para o nsino d Ciências na 5 a. séri 6. V D (1) mbint (1,2) - Comprndr o ambint como um todo intgrado dinâmico ond stão prsnts fators vivos não vivos. - Prcbr, por obsrvação d ambints próximos, rproduçõs ou dscriçõs d difrnts ambints, as caractrísticas qu são comuns a todos aqulas qu são spcíficas d cada um dls. - Rconhcr qu os srs vivos stão insridos m um ambint ond intragm com outros srs vivos com os fators não-vivos formando um cossistma. - Dsnvolvr noçõs sobr a localização gográfica, a importância a biodivrsidad dos principais cossistmas brasiliros. 6 O quadro qu sgu ncontra-s do Rfrncial Curricular da Fundação Bradsco. TS DO V NPC - Nº 5. 2005 - SSN 1809-5100 6

M B N T (2) M T R S (3) N R G (4) (1,5) mbint (2,1) mbint mbint (2,2) mbint Saúd (2,6) mbint (2,8) Matriais (3,1) Matriais Matriais (3,3) nrgia (4,1) nrgia Matriais (4,3) nrgia nrgia (4,4) nrgia (4,7) (5,1) - Rconhcr a importância da água nos srs vivos. - Conscintizar-s da rsponsabilidad individual com a prsrvação do ambint a utilização d sus rcursos. - Dsnvolvr atituds d protção consrvação dos cossistmas brasiliros sua biodivrsidad dfndr as mdidas d protção ambintal. - Valorizar as formas consrvativas d xtração, transformação uso dos rcursos naturais o papl dos avanços cintíficos na vida modrna. - Comprndr qu a ocupação dsordnada dos spaços urbanos a utilização dscontrolada dos rcursos naturais podm trazr gravs consqüências para os cossistmas. - Conhcr as donças transmitidas plo solo contaminado. - Conhcr as formas naturais d transport d matriais como pólm, poira, poluição. nvstigar d ond provêm alguns dos matriais qu utilizamos: açúcar, couro, ólos comstívis, mtais, sal d cozinha. - Rlacionar o uso cotidiano d difrnts matriais com suas propridads: transparência, durza, cor, brilho, lasticidad, condutibilidad térmica tc. - grupar difrnts matriais d acordo com suas propridads, prcbndo qu o rsultado da classificação dpnd do critério adotado das condiçõs m qu cada matrial é considrado. - Caractrizar misturas d substâncias difrnciá-las d substâncias puras por mio d suas propridads. - Sparar componnts d misturas por mio das propridads d sus componnts (x: sparação do lixo - colta sltiva). - Rconhcr sinais d transformaçõs químicas qu ocorrm no dia-adia: dtrioração d alimntos, frrugm, prparo d alimntos, combustão. - dntificar, ntr os produtos ltrodomésticos utilizados nas rsidências, aquls qu mais consomm qu mnos consomm nrgia létrica. - Comparar combustívis utilizados como fonts d nrgia térmica luminosa m rsidências (ltricidad, GLP, lnha, carvão, parafinas), quanto ao custo cuidados com o uso. - Rconhcr a utilização d difrnts tipos d nrgia no dia-a-dia: sonora, luminosa, térmica, d movimnto. - stimar o consumo d nrgia m aparlhos d comunicação informação. - Comprndr qu a xistência natural d água nos três stados físicos é fundamntal para a xistência d vida no planta. TS DO V NPC - Nº 5. 2005 - SSN 1809-5100 7

Á G U (5) mbint (5,2) Matrial (5,3) nrgia (5,4) (5,5) Saúd (5,6) - Rconhcr qu a água no planta stá constantmnt mudando d stado físico d lugar. - Rprsntar, por mio d dsnhos, squmas ou txtos discursivos, o ciclo hidrológico do planta. - Comparar propridads da água nos três stados físicos. - Nomar dscrvr os procssos d mudança d stado da água. - Rconhcr as mudanças d stado m situaçõs do cotidiano. dntificar a participação da nrgia nas mudanças d stado físico Comparar algumas propridads da água com as d outros líquidos: volatilidad, tmpratura d fusão, tmpratura d bulição, podr solvnt. - Rconhcr algumas das caractrísticas ncssárias para qu a água possa sr considrada potávl: límpida, com sais minrais sm microorganismos causadors d donças. (5,8) Saúd mbint (6,2) S Ú D (6) Saúd (6,5) C O M U N C Ç nrgia (7,4) (7,7) - Conhcr as principais donças transmitidas por água contaminada propor formas d vitá-las. - ssociar a saúd humana individual coltiva às condiçõs adquadas d saúd intgridad do ambint m qu viv. - Valorizar a higin ambintal para a manutnção da saúd. - Rlacionar o lixo com a poluição da água, do ar do solo. - ntrssar-s pla colta dstino do lixo, analisando as implicaçõs das difrnts dstinaçõs. - Rconhcr a ncssidad da colta sltiva do lixo, da rciclagm raprovitamnto d matriais. - Comprndr as vantagns os problmas das formas d raprovitamnto do lixo. - Rconhcr a importância do sanamnto público. - Conhcr o sistma d tratamnto d água d sua cidad por mio d visitas, vídos ou rlatos scritos. - squmatizar o tratamnto da água ralizado nas staçõs d tratamnto xplicar a função d cada tapa. - Comparar formas d tratamnto da água nas rsidências. - Conhcr a porcntagm d domicílios com sgotamnto sanitário, classificando os difrnts tipos. - dntificar a função da nrgia létrica m aparlhos audiovisuais. dntificar o papl da antna. - dntificar os difrnts aparlhos domésticos qu srvm para comunicar guardar informaçõs, como foto, jornal, tlfon, film, CD DVD. - dntificar os difrnts procssos d codificação d armaznamnto d informaçõs utilizados plo homm ao longo da história: figuras rupstrs, hiróglifos, pinturas, fotografias tc. - dntificar difrnças ntr ls os atuais mios d armaznamnto, m trmos d movimnto, som imagm. TS DO V NPC - Nº 5. 2005 - SSN 1809-5100 8

à O (7) T R N S P O R T (8) U N T V R R R S O (9) (7,8) (8,1) ( 8,7) (8,8) Trra Univrso mbint (9,2) Trra Univrso Trra Univrso (9,9) - dntificar os difrnts mios d transport/nvio d informação, ants da invnção da ltricidad. - Rconhcr praticar as rgras d trânsito, como pdstr atravssar a rua com cuidados dvidos, atravssar m faixas d pdstrs, obdcr a smáforos. - Rconhcr os códigos d trânsito: placas smáforo. - Rconhcr as placas d idntificação do matrial transportado (xplosivo, radioativo tc). - dntificar os atuais tipos d transports d pssoas d carga a ordm d grandza d suas vlocidads. - dntificar as mudanças nos mios d transport na história, m trmos d vlocidads d capacidad. - Rlacionar o fnômno dia noit com a rotação da Trra. Comprndr o significado d tmpo físico. dntificar difrnts rlógios como rlógio d sol, d água ou aria os atuais, m trmos d prcisão. - Localizar historicamnt o aparcimnto d difrnts rlógios. - Rconhcr o formato da Trra comprndr a qustão da vrticalidad rlativa. Rconhcr a xistência da força gravitacional, dirigida para o cntro da Trra. - Comprndr o modlo d strutura da Trra, idntificando as caractrísticas das difrnts camadas. LGUMS CONSDRÇÕS matriz tmática rprsntada no Quadro 1, também foi utilizada 7 na dfinição d objtivos do nsino das Ciências na ducação nfantil nsino Fundamntal da 1 a. a 4 a séri. Para ssas tapas da ducação básica, nm todos os contúdos das células foram trabalhados, significando qu os tmas dvm sr tratados com mnor complxidad, dvido a um mnor númro d rlaçõs ou conxõs possívis d srm stablcidas com studants dss nívl d nsino. O qu aprsntamos nss trabalho é um xmplo d construção d matriz tmática. O profssor d Ciências pod construir uma outra matriz d tmas ou utilizar os msmos tmas altrando as conxõs ntr ls m função dos difrnts objtivos. Pod-s ainda construir outras rds d significados, por xmplo, utilizando como nós comptências habilidads das dimnsõs qu dfinm os objtivos ducacionais mais amplos. Para s tr uma visão gral da proposta sria intrssant uma litura anális dos quadros laborados para as outras séris; ntrtanto julgamos qu os xmplos aqui aprsntados vidnciam as principais caractrísticas d nossa proposta d nsino d Ciências. 7 O Rfrncial Curricular d Ciências para a ducação nfantil o nsino d 1 a. a 4 a. séris do nsino Fundamntal, das scolas da Fundação Bradsco, foi também laborado utilizando a msma matriz. TS DO V NPC - Nº 5. 2005 - SSN 1809-5100 9

RFRÊNCS STOLF, Jan-Pirr; DVLY, Michl. didática das ciências. Campinas: Papirus, 1995. BRSL. Ministério da ducação Cultura. Scrtaria d nsino Fundamntal. Parâmtros Curriculars nacionais: nsino Fundamntal Ciências Naturais. Brasília: MC/SF, 1998. BRSL. Ministério da ducação Cultura. Scrtaria d ducação Média Tcnológica. Parâmtros Curriculars Nacionais: nsino Médio. Brasília: MC/SMT, 1999. DLZOCOV, Dmétrio; NGOTT, José ndré; PRNMBUCO, Marta Maria. nsino d ciências: fundamntos métodos. São Paulo: Cortz, 2003. LÉVY, Pirr. s tcnologias da intligência: o futuro do pnsamnto na ra da informática. Rio d Janiro: ditora 34, 1993. MCHDO, Nilson José. pistmologia Didática - as concpçõs d conhcimnto intligência a prática docnt. São Paulo: Cortz, 1995. OLVR, Rbca V. B. Cardoso d. Formação Continuada d Profssors Mudanças nas Formas d struturar a Mcânica Clássica. Dissrtação d Mstrado. São Paulo: F/F/USP, 1999 PRGNOLTTO, Yukimi. H.. ltrostática: o conhcimnto possívl o conhcimnto aprndido. Ts d doutorado. São Paulo: FUSP, 1994 SLÉM, Sônia. struturas concituais no nsino d Física uma aplicação à ltrostática. Dissrtação d mstrado. São Paulo: F/F/USP, 1986. TS DO V NPC - Nº 5. 2005 - SSN 1809-5100 10