DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL 1. TÍTULO DO PROGRAMA As histórias do Senhor Urso. 2. EPISÓDIO(S) TRABALHADO(S): Brincando num dia frio. 3. SINOPSE DO(S) EPISÓDIO(S) ESPECÍFICO(S) O episódio explora de maneira lúdica as peripécias do ursinho e seus amigos que, num dia frio, percebem nas brincadeiras com o corpo a melhor forma de se manterem aquecidos. O coelho convida os amigos para pular corda, o marinheiro convida o ursinho para remar sentado em seu barco, o senhor urso toca acordeom para os amigos dançarem e o cachorro joga a bola até acertar a janela. Assim, o ursinho, o cachorro, a girafa, o marinheiro e o burrinho inventam divertidas brincadeiras com o corpo e constroem cantinhos aconchegantes para se aquecerem dentro de casa. 4. PALAVRAS-CHAVE Infantil, brincadeira, inverno, amizade, movimento. 5. ASPECTOS RELEVANTES DO VÍDEO Evidencia características da estação inverno (frio, folhas, necessidade de aquecer o corpo) e oferece possibilidades de brincadeiras coletivas com o corpo dentro de casa: pular corda, dançar, brincar de remar e jogar bola. Além disso,
permite explorar possibilidades de construção de cantinhos aconchegantes e quentinhos dentro da sala de aula. 6. TÍTULO DO PROJETO/ ATIVIDADE Brinque e esquente 7. EM QUAL FASE OU IDADE SERIA MELHOR APLICAR ESSE TRABALHO? O vídeo e o trabalho pedagógico proposto podem ser aplicados em crianças de 2 até 5 anos, mas o professor deve levar em consideração as especificidades de cada grupo e das diferentes faixas etárias. 8. PRINCIPAIS CONCEITOS QUE SERÃO TRABALHADOS O episódio e as atividades propostas trabalham as brincadeiras coletivas (RCNEI, vol. II, 1998; DCNEI, 2009) com ênfase para as que envolvem movimentos corporais (RCNEI, vol. III, 1998) como: pular corda, dançar, jogar bola e caminhar com o grupo coletando diferentes folhas de árvores e flores do chão, entre outras. É possível também abordar as diferenças entre o que é quente e o que é frio por meio dos sentidos. Com isso, trabalhamos a capacidade de observação e de respeito pelos amigos, pela sociedade e pela natureza (RCNEI, vol. III, 1998). 9. O QUE O ALUNO PODERÁ APRENDER OU DESENVOLVER COM ESTA ATIVIDADE É possível explorar a aprendizagem das brincadeiras coletivas que utilizam movimentos corporais como: pular corda, dançar, jogar bola e caminhar coletando
diferentes folhas de árvores e flores. È possível aprender as diferenças entre o que é quente (associado ao verão) e o que é frio (associado ao inverno). Com isso, o aluno pode desenvolver a capacidade de observação e respeito pela sociedade e pela natureza, sentindo as diferenças entre as estações do ano por meio de vivências ao ar livre. 10. MATERIAL NECESSÁRIO PARA REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE 1 momento: televisão ou computador conectado à internet para assistir ao episódio. 2 momento: corda, bola, aparelho de som e cd de música instrumental para dança circular em pares, lençóis e colchonetes. 3 momento: bacia, água morna, água fria. 4 momento: um cesto para coleta de flores e folhas na caminhada. 5 momento: giz, folhas e flores coletadas na caminhada do 4º momento, folhas brancas para desenho. Uma sala com mesas e cadeiras suficientes. 11. DURAÇÃO DA ATIVIDADE A duração de cada momento deverá respeitar as características e os interesses de cada grupo. É importante ter qualidade nos momentos de cada atividade que podem ser estendidas de acordo com as crianças. O professor deverá planejar um tempo antes e depois de cada atividade para organizar o espaço: 1 momento: 15 minutos; 2 momento: 30 minutos; 3 momento: 15 minutos; 4 momento: 30 minutos;
5 momento: 20 minutos. 12. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE Os cinco momentos podem ser desenvolvidos em dias seguidos ou alternados ou, ainda, no mesmo dia, de acordo com as características de cada grupo, bem como a capacidade de concentração da faixa etária. 1 momento: assistir ao vídeo com as crianças e, em seguida, conversar sobre o episódio auxiliando a memorização das crianças sobre o que foi visto. 2 momento: convidar as crianças para aquecerem o corpo pulando cordas. O professor deverá mostrar como se pula corda cantando uma música popular como, por exemplo: um homem bateu em minha porta e eu abri/senhoras e senhores ponham a mão no chão/senhoras e senhoras pulem de um pé só/ senhoras e senhoras deem uma rodadinha e vão para o olho da rua!. O professor termina essa atividade chamando a atenção para o calor que sentimos após pular cordas. - Após pular corda o professor deverá convidar as crianças para retornarem para a sala. Dentro da sala, o professor convida as crianças para a construção de cabanas e cantinhos quentinhos. Conforme o número de lençóis e colchonetes disponíveis, as crianças deverão auxiliar o professor na construção. Os lençóis deverão funcionar como uma tenda sobre o colchão, fornecendo privacidade para quem quiser entrar e se esquentar. Quando as crianças estiverem dentro das cabanas, o professor chama a atenção das crianças para o fato das cabanas aquecerem e protegerem do frio. O professor pode simular (por meio de narrativas de faz de conta) a chegada de um vento frio e da chuva e as crianças terão que correr para se protegerem dentro nas cabanas, assim como o pato se protegeu no episódio assistido.
3 momento: o professor deverá pegar uma bacia grande e pedir para as crianças ficarem de joelhos em volta com as mãos dentro da bacia. Em seguida, o professor deverá pegar água morna quase fria (não pode ser quente!) e jogar sobre as mãos das crianças dizendo: - esta água está quente! Em seguida, deverá pegar a água fria e jogar sobre as mãos das crianças dizendo: - esta água está fria! As crianças vibrarão com a água caindo sobre as mãos e é possível que solicitem para repetir a brincadeira. O professor poderá repetir, mas as crianças terão que adivinhar qual das águas jogadas sobre as mãos é quente e qual é fria. Pode também comparar a temperatura da água com a temperatura do corpo durante as atividades de movimento corporal experimentadas. 4 momento: o professor deverá pegar um cesto e convidar as crianças para caminharem ao ar livre observando a natureza e colhendo folhas e flores do chão. O professor deverá chamar a atenção para a temperatura (calor, frio) e a estação do ano, levando as crianças a observarem as transformações da natureza. As flores e folhas coletadas deverão ser colocadas num cesto carregado pelo professor. A caminhada poderá ser em silêncio para que todos possam ouvir o som dos pássaros, do vento, das árvores... O professor também poderá cantar músicas que conheça. 5 momento: numa sala com mesas e cadeiras, o professor deverá distribuir as folhas brancas e pedir para as crianças escolherem algumas folhas e flores do cesto (coletadas na atividade anterior) e as colocarem em baixo da folha branca de desenho. Em seguida, as crianças serão convidadas para escolherem um giz de cera e passarem o giz deitado e com força sobre a folha branca. O resultado será surpreendente! Aparecerão as formas das flores e folhas. Após essa alegria, o professor realiza um fechamento conversando com as crianças acerca das atividades desenvolvidas nos momentos acima explicitados enfocando as
temperaturas quente e fria, as diferenças entre o verão e o inverno, as transformações presentes na natureza (nas folhas, flores, árvores, temperaturas) e o calor do corpo que se movimenta, fica vermelho e transpira. 13. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE O professor poderá avaliar a atividade por meio de registros escritos e fotográficos e de repetições das mesmas atividades, observando se as crianças se interessam e se concentram nas proposições, bem como se elas conseguem se apropriar um pouco do pular corda, dançar, jogar bola, sentir o quente e o frio, observar a natureza nas caminhadas. Por meio dos registros e das repetições das atividades é possível observar as dificuldades individuais e encorajar cada criança em novas conquistas nas brincadeiras com o corpo e no respeito com a natureza. 14. DISCUSSÕES TEÓRICAS Wallon (1995) destaca o papel do movimento na afetividade e na cognição do desenvolvimento humano, com destaque ao desenvolvimento infantil. A tonicidade e a postura variam de acordo com o curso do pensamento. Na infância é ainda mais acentuado o papel do movimento físico na percepção da criança, pois ela reage corporalmente de acordo com as situações experimentadas em cada situação. Conforme Galvão (1995) é como se a excitação da criança, com alguma situação ou novidade, se espalhasse pelo corpo, pois é por meio do movimento que ela vai tomando consciência do mundo exterior. É comum que a criança recorra aos gestos para explicitar o seu pensamento. Fato esse evidenciado pelas brincadeiras de faz de conta onde a representação do que é internalizado ocorre, em grande parte, por meio do movimento. Aos poucos, o avanço no
desenvolvimento da criança faz com que os progressos da atividade cognitiva se integrem à inteligência fazendo com que os gestos sofram um processo de especialização e controle voluntário sobre o ato motor, auxiliando na maturação da capacidade de concentração e de objetivação do que é planejado pelo pensamento. 15. SUGESTÕES DE LEITURAS ARCE, A, DUARTE, N.(orgs). Brincadeira de papéis sociais na Educação Infantil. (as contribuições de Vigotski, Leontiev e Elkonin. São Paulo: Xamã. 2006. BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Referencial curricular nacional para a Educação Infantil. Brasília, DF. (vol III). 1998. GALVÃO, I. Henri-Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Petrópolis, RJ, Vozes. 1995. WALLON, H. A evolução psicológica da criança. Lisboa, Pt. Edições 70. 1995. 16. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Parecer CEB 20/2009 - Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Câmara de Educação Básica. (relator: Raimundo Moacir Mendes Feitosa). Aprovado em 11/11/2009. Brasília, 2009. BRASIL.MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Referencial curricular nacional para a Educação Infantil. Brasília, DF. (vol I). 1998.
BRASIL.MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Referencial curricular nacional para a Educação Infantil. Brasília, DF. (vol II). 1998. BRASIL.MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Referencial curricular nacional para a Educação Infantil. Brasília, DF. (vol III). 1998. GALVÃO, I. Henri-Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento Educação Infantil. Petrópolis, RJ, Vozes. 1995. WALLON, H. A evolução psicológica da criança. Lisboa, Pt. Edições 70. 1995. 17. CONSULTOR Soraya Franzoni Conde