Animação, infantil, escovação, cuidados, dentes, respeito.

Transcrição

1 DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL 1. TÍTULO DO PROGRAMA Balinha e Dentinho 2. EPISÓDIO(S) TRABALHADO(S) Os óculos da vovó 3. SINOPSE DO(S) EPISÓDIO(S) ESPECÍFICO(S) O episódio Os óculos da vovó faz parte da série de animação infantil Balinha e Dentinho, que mostra a importância dos cuidados com os dentes. Neste episódio, Balinha e Dentinho estão dormindo quando a mãe de Balinha os chama para se prepararem para a chegada da vovó. Assim que vovó chega, Balinha pede a ela que faça bolinhos, aqueles que só ela sabe fazer. Vovó vai até a cozinha para preparar os bolinhos, enquanto Balinha e Dentinho brincam de médico. Eles pegam os óculos da vovó para brincarem, sem que ela perceba. Vovó termina os bolinhos mesmo sem enxergar muito bem. Balinha e Dentinho devolvem os óculos à vovó, perguntando a ela se ficou incomodada porque não pediram emprestado seus óculos. Vovó afirma que não, mas pede a Balinha para que quando quiser algo, pedir emprestado antes. 4. PALAVRAS-CHAVE Animação, infantil, escovação, cuidados, dentes, respeito.

2 5. ASPECTOS RELEVANTES DO VÍDEO O vídeo aborda alguns aspectos voltados para a educação de crianças, como o cuidado com a saúde. Este episódio estimula os cuidados com os dentes e a importância de atitudes éticas, como pedir emprestado objetos que não nos pertencem. 6. TÍTULO DO PROJETO/ ATIVIDADE Achado não é roubado!? e Vamos fazer culinária saudável? 7. EM QUAL FASE OU IDADE SERIA MELHOR APLICAR ESSE TRABALHO? Indicado para crianças na faixa etária entre 3 a 5 anos. 8. PRINCIPAIS CONCEITOS QUE SERÃO TRABALHADOS - Cooperação - Respeito quanto ao uso do material coletivo e individual - Saúde corporal - Cuidados de saúde - Identidade e autonomia - Escrita - Desenho 9. O QUE O ALUNO PODERÁ APRENDER OU DESENVOLVER COM ESTA ATIVIDADE - Desenvolver a cooperação - Desenvolver a autonomia - Solucionar problemas

3 - Ampliar o conhecimento de mundo, por meio da manipulação de diferentes objetos e materiais - Interessar-se pelas próprias produções e de outras crianças - Desenvolver o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção - Valorizar os cuidados com materiais de uso coletivo e individual - Participação na realização de pequenas tarefas do cotidiano que envolvam ações de cooperação, solidariedade e ajuda na relação com os outros - Ampliar e desenvolver o conhecimento da representação gráfica: desenho e escrita. 10. MATERIAL NECESSÁRIO PARA REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE - TV - Vídeo - Livro de culinária para crianças - Duas sacolas ou caixas-surpresa - Espremedor de frutas - legumes, frutas, verduras - pratos, copos/canecas, faca sem ponta e não cortante - toalhas de mesa - folhas A4 - giz de cera, canetas hidrocor e lápis de cor - lápis grafite 11. DURAÇÃO DA ATIVIDADE Etapa 1: 45 minutos Etapa 2: 45 minutos

4 Etapa 3: uma hora Etapa 4: 30 minutos 12. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE Etapa 1: Após assistir ao vídeo, conversar sobre o que trata a história, estimulando as crianças a participarem e a expressarem os aspectos que consideraram interessantes. O professor deve chamar atenção para os valores éticos, como o respeito, e para o cuidado ao que pertence ao outro, como brinquedos encontrados no chão, no parque ou quando pedimos emprestado algo, mas não devolvemos. Em seguida, o professor reúne as crianças em roda e apresenta-lhes duas sacolas-surpresa, dando pistas para ajudar na adivinhação dos objetos que estão dentro das sacolas. O professor deve já haver colocado um livro de culinária para crianças em uma das sacolas e, em outra, ingredientes para fazer sanduíches naturais e frutas para o suco. Nesta sacola deve haver tomates, alfaces, pães, queijo, cenouras e laranjas (ou outros legumes, verduras e frutas disponíveis na escola). O professor poderá diversificar a culinária com preparo de alimentos salgados e doces. Etapa 2: Após as crianças descobrirem o conteúdo das sacolas, o professor disponibiliza os ingredientes sobre a mesa devidamente higienizada e propõe o trabalho em grupo para o preparo dos sanduíches e suco. Envolver todas as crianças no processo do preparo dos alimentos, na organização da sala e dos materiais e utensílios a serem usados (pratos, faca sem ponta e não cortante, copos/canecas, entre outros). Os profissionais que trabalham na cozinha podem ser convidados a participar desta atividade. Etapa 3: Após o preparo dos alimentos, envolver as crianças na organização do ambiente para o lanche: organizar a mesa com toalha, pratos,

5 canecas/copos. Degustar os alimentos. Etapa 4: No dia seguinte, o professor solicita para as crianças que desenhem os ingredientes usados no preparo dos sanduíches e do suco. Pedir às crianças que escrevam o nome de alguns ingredientes com a mediação do professor. Caso não tenham dois adultos no grupo, o professor pode encaminhar esta atividade em pequenos grupos, ou seja, as crianças fazem atividades diferenciadas, assim o professor poderá intervir mais diretamente, auxiliando na escrita das palavras. 13. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE A avaliação deve considerar a faixa etária das crianças e o desenvolvimento individual de cada uma. É importante também que o professor avalie se as estratégias planejadas e os encaminhamentos feitos por ele foram adequados. Por meio desta atividade, o professor poderá avaliar se a criança apresenta concentração ao assistir o filme; compreende o enredo da história; interage de forma cooperativa na atividade e nas relações com seus colegas; expressa suas ideias, dando sugestões no uso dos ingredientes; participa de forma interessada na atividade proposta; apresenta autonomia na manipulação dos ingredientes e materiais; soluciona problemas; registra a experiência por meio do desenho e escrita e quais os elementos apresentados nestas representações.

6 14. DISCUSSÕES TEÓRICAS Para compreender melhor a linguagem escrita, um dos conceitos a ser desenvolvido por meio das atividades propostas nesta ficha, apontamos as contribuições de Vigotski (1991) e Stemmer (2007). Conforme Vigotski (1991), a criança, ao perceber que é possível desenhar a fala, faz uma descoberta fundamental para o desenvolvimento da linguagem escrita. Portanto, o desenvolvimento da escrita se dá por meio do deslocamento do desenho de coisas para o desenho das palavras. Vigotski (1991) considera, ainda, que a escrita deva ter significado para a criança, ou seja, que tenha relevância para sua vida. Stemmer (2007) afirma que a escrita aparece com significado e funcionalidade para as crianças de várias maneiras: na receita do bolo, nas cartas para os amigos, no jornal elaborado, nos bilhetes e avisos, nos convites diversos, nos jogos de palavras, de percurso, bingo de letras, na visita ao museu, ao supermercado, à biblioteca, entre outros. Segundo essa autora, são inúmeras as possibilidades que se apresentam, na escola de educação infantil, aos professores para que desenvolvam uma prática pedagógica consciente e intencional. Stemmer (2007) considera fundamental que a escola ofereça estímulos gráficos, sobretudo para as crianças oriundas de um meio cultural onde a leitura e a escrita tem pouco valor. 15. SUGESTÕES DE LEITURAS ARCE, A.; DUARTE, N. Brincadeira de papéis sociais na educação infantil: as contribuições de Vigotski, Leontiev e Elkonin. São Paulo: Xamã, 2006.

7 STEMMER, M. R. G. S. A educação infantil e a alfabetização. In: ARCE, A.; MARTINS, L. M. (Orgs.). Quem tem medo de ensinar na educação infantil? Em defesa do ato de ensinar. Campinas, SP: Alínea, VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, BIBLIOGRAFIA UTILIZADA BRASIL. Ministério da Educação e Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. 3v. Brasília: MEC/SEF, Volume 2: Formação pessoal e social. BRASIL. Ministério da Educação e Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. 3v. Brasília: MEC/SEF, Volume 3: Conhecimento de mundo. STEMMER, M. R. G. S. A educação infantil e a alfabetização. In: ARCE, A.; MARTINS, L. M. (Orgs.). Quem tem medo de ensinar na educação infantil? Em defesa do ato de ensinar. Campinas, SP: Alínea, VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, CONSULTORA Graziela Maria Beretta López