DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL

Transcrição

1 DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL 1. TÍTULO DO PROGRAMA As Histórias do Senhor Urso 2. EPISÓDIO(S) TRABALHADO(S): O piado da coruja 3. SINOPSE DO(S) EPISÓDIO(S) ESPECÍFICO(S) O episódio O piado da Coruja faz parte da série As histórias do Senhor Urso, que trabalha de maneira lúdica aspectos do contexto infantil contando as aventuras de um ursinho de brinquedo e seus amigos. Nesse episódio todos os brinquedos estão dormindo, até que o ursinho ouve um barulho estranho e fica muito assustado. Todos acabam acordando e também ficam ressabiados, até que descobrem que o barulho veio de uma simples coruja. Ela conta aos seus novos amigos que seu ninho havia caído. Então os brinquedos se mobilizam para ajudala, e vivem divertidas aventuras. 4. PALAVRAS-CHAVE Infantil; história; urso; medo; coruja. 5. ASPECTOS RELEVANTES DO VÍDEO O vídeo apresenta um enredo envolvente, tratando do enfrentamento do medo de forma lúdica e incentiva a interação e a imaginação. Além disso, o fato de os personagens serem brinquedos, que ganham vida graças aos recursos de

2 animação, faz com que se amplie a possibilidade de identificação das crianças com o vídeo, estimulando a brincadeira. 6. TÍTULO DO PROJETO/ ATIVIDADE Cabana do Medo 7. EM QUAL FASE OU IDADE SERIA MELHOR APLICAR ESSE TRABALHO? 4 a 5 anos 8. PRINCIPAIS CONCEITOS QUE SERÃO TRABALHADOS - Faz-de-conta - Interação - Coordenação motora - Linguagem Oral 9. O QUE O ALUNO PODERÁ APRENDER OU DESENVOLVER COM ESTA ATIVIDADE - Interagir com os demais em situações de faz-de-conta; - Criar personagens e atribuir-lhes características próprias; - Desenvolver a coordenação motora por meio do uso da tesoura; - Expressar-se por meio da linguagem oral; - Aprender a lidar com situações de medo de forma lúdica. 10. MATERIAL NECESSÁRIO PARA REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE Além das multimídias para passar o vídeo será necessário: - Lençol ou pano grande

3 - Lanterna - Papel - Lápis de cor / giz de cera - Tesouras 11. DURAÇÃO DA ATIVIDADE Uma hora e meia (três etapas de 30 minutos) 12. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE - Etapa 1 Apresentar o vídeo O piado da Coruja. Na roda, conversar rapidamente sobre os aspectos que as crianças consideraram interessantes. Destacar que os personagens do vídeo ficaram com medo da coruja, mas depois viram que não era um fantasma, e sim um animal com hábitos de sono e alimentação diferente dos demais. A partir do tema do medo perguntar às crianças do que elas têm medo e como imaginam que sejam os monstros, fantasmas e outros seres assustadores. - Etapa 2 Propor que cada uma desenhe um monstro, fantasma ou outro ser assustador, criando as características de seu personagem. Após o desenho, propor que as crianças recortem a silhueta do personagem que criaram. Esse é um momento interessante para o professor avaliar as habilidades das crianças com a tesoura e intervir no sentido de mediar a aprendizagem do uso desse instrumento. Se não houver muita familiaridade com a tesoura, sugere-se dividir o grupo em equipes menores. Dessa forma, enquanto alguns desenham, outros vão recortando com a ajuda de um adulto. Se o recorte não ficar exatamente no forma da silhueta do desenho não há problema, pois o objetivo é criar um ser

4 assustador, cuja sombra será projetada posteriormente dentro da cabana. -Etapa 3 Dentro da sala de aula, construir uma cabana usando um lençol ou pano grande. Podem ser usados grampos de roupa, fita adesiva, barbante e outros objetos para ajudar a fixar o lençol. Para que fique mais atrativo, sugere-se escurecer o ambiente, tampando algumas janelas com lona ou cobertores. Formar uma roda com as crianças dentro da cabana. Com o auxílio de uma lanterna, cada criança poderá projetar a sombra do personagem que criou, contando aos colegas qual o seu nome, o que faz e por que pode ser considerado um ser assustador. Para finalizar a roda de apresentações dos personagens, o professor deve escolher uma história ou lenda assustadora (adequada à faixa etária) para contar dentro da cabana. Pode ser uma lenda do folclore local, ou alguma história mais conhecida como a do Bicho Papão. Observação: A Cabana pode ficar montada durante todo o dia em um dos cantos da sala, possibilitando mais uma opção de brincadeira nos momentos em que as crianças têm autonomia de escolher do que querem brincar. 13. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE A avaliação deve ocorrer de forma processual, por meio da observação atenta do professor com relação ao envolvimento de todo o grupo e do desenvolvimento individual de cada criança avaliando em especial, os aspectos motores, cognitivos, sociais e afetivos. Uma ferramenta importante que subsidia a avaliação é o registro, seja ele por meio de texto, imagens ou vídeos. No caso da atividade proposta o professor deve estar atento na criação dos personagens, observando como a criança inventa seu ser assustador e como lhe atribui características. Além disso, é importante avaliar a expressão oral das crianças e o

5 exercício da escuta. 14. DISCUSSÕES TEÓRICAS A atividade proposta tem como objetivo contribuir no desenvolvimento da imaginação da criança, possibilitando a atividade de criação por meio da ampliação de seus repertórios. Segundo Repina, (1971 apud ARCE; SILVA e VAROTTO 2011, p. 51): A imaginação na criança pequena não se desenvolve sozinha. Ela é composta e desenvolvida com base no jogo protagonizado e nas atividades que dela se utilizem, realizadas buscando-se produções artísticas. Por isso é importante que os adultos fundamentados metodologicamente de forma apropriada, organizem e guiem esse tipo de atividade. A partir desse pressuposto, é necessário que a prática pedagógica seja organizada e que forneça elementos para que a imaginação da criança se desenvolva, subsidiando sua atividade criadora de forma qualificada e significativa. Nesse sentido, Vigotski(2009, p.23) afirma que: A conclusão pedagógica a que se pode chegar [...] consiste na afirmação da necessidade de ampliar a experiência da criança, caso se queira criar bases suficientemente sólidas para a sua atividade de criação. 15. SUGESTÕES DE LEITURAS ARCE, Alessandra; MARTINS, Lígia Márcia (Orgs.). Quem tem medo de ensinar na educação infantil? Em defesa do ato de ensinar. Campinas, SP: Alínea, VIGOTSKI, L.S. Imaginação e criação na infância. São Paulo: Ed. Ática, Comentários de Ana Luiza Smolka

6 16. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA ARCE, A.; SILVA, D. A, S. M e VAROTTO, M. Ensinando Ciência na Educação Infantil. Campinas: Alínea BRASIL. Ministério da Educação e Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular para educação infantil. 3v. Brasília: MEC/SEF, Volume 2: Formação Pessoal e Social. BRASIL. Ministério da Educação e Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular para educação infantil. 3 v. Brasília: MEC/SEF, Volume 3: Conhecimento de mundo. VIGOTSKI, L.S. Imaginação e criação na infância. São Paulo: Ed. Ática, Comentários de Ana Luiza Smolka 17. CONSULTOR Juliane Mendes Rosa La Banca