DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL
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- Carlos Eduardo Casado de Almada
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1 DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL 1. TÍTULO DO PROGRAMA As letrinhas mágicas 2. EPISÓDIO(S) TRABALHADO(S): A máquina de pesadelos 3. SINOPSE DO(S) EPISÓDIO(S) ESPECÍFICO(S) Na série As letrinhas mágicas, as vogais vivem uma série de aventuras. O Sr. Borracha, vilão dessa história, tem uma ideia ao observar uma das letrinhas fazendo bolinhas de sabão: fabricar uma máquina de pesadelos. Os pesadelos grandes bolhas de sabão com ar maligno invadem o quarto e surge então a letra f, ajudando-as a soprar os pesadelos de volta ao Senhor Borracha. 4. PALAVRAS-CHAVE: Letras; alfabeto; vogais; consoantes; borracha; bolhinhas de sabão; música. 5. ASPECTOS RELEVANTES DO VÍDEO A série As letrinhas mágicas apresenta de forma lúdica aspectos do nosso sistema alfabético, como a grafia das letras e sua sonoridade. Para tanto, vale-se, como eixo de seus episódios, das aventuras geradas pela rivalidade entre as vogais e o Sr. Borracha, cujo objetivo é dar fim às letrinhas, apagando-as.
2 Neste episódio, as bolinhas de sabão são o fio condutor de todo o enredo, sendo elas que desencadeiam e que resolvem o conflito do Sr. Borracha com as vogais. Considerando sua relevância no episódio, a disponibilidade desse material nos mais variados contextos e o fascínio que as bolinhas de sabão costumam suscitar nas crianças, elas foram escolhidas também como enredo da atividade proposta a seguir. 6. TÍTULO DO PROJETO/ ATIVIDADE Muitas bolhinhas de sabão: imagem, som, gesto e materialidade. 7. EM QUAL FASE OU IDADE SERIA MELHOR APLICAR ESSE TRABALHO? A atividade foi planejada para crianças entre 3 e 4 anos. No entanto, a professora, a partir de seu conhecimento sobre o grupo de crianças, considerará a sua adequação, realizando as modificações que julgar necessárias. 8. PRINCIPAIS CONCEITOS QUE SERÃO TRABALHADOS Ampliação de repertórios culturais e de conhecimentos sensoriais. Expressividade: exploração das possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressarem-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação (BRASIL, 1998, v.iii p. 27); Linguagem musical: brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir criações musicais (id., p.55); participação em brincadeiras e jogos cantados e rítmicos (id.p.58).
3 9. O QUE O ALUNO PODERÁ APRENDER OU DESENVOLVER COM ESTA ATIVIDADE Objetiva-se que, ao se envolver na brincadeira musical proposta, as crianças possam desenvolver suas capacidades expressivas, pela experimentação dos gestos associados à música e pelas suas recriações a partir deles. Em tal processo, poderão desenvolver a atenção e, intuitivamente, noções básicas para sua musicalização, como o ritmo e a melodia. A atividade propõe a interação das crianças com um recurso fílmico e uma brincadeira musical, que possibilitam a ampliação de seus repertórios culturais; e o contato com as bolhinhas de sabão, que permitem ampliar seus conhecimentos sensoriais (seu cheiro, suas formas, suas cores...) 10. MATERIAL NECESSÁRIO PARA REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE Suporte para assistir ao filme A máquina de pesadelos : televisão, dvd e cópia do episódio; ou computador com acesso à internet; ou outro, de acordo com o que a instituição dispõe). Suporte de áudio para ouvir a música Bolinha de Sabão (do grupo Palavra Cantada), ou conhecimento da música pela professora, que poderá cantá-la para as crianças. Material para fazer bolinhas de sabão (preferencialmente de tamanhos e formatos diversos ). 11. DURAÇÃO DA ATIVIDADE A atividade é dividida em três momentos, dos quais as estimativas de tempo encontram-se abaixo. Entretanto, a professora poderá sentir a necessidade de adequar tal tempo, de acordo com características do grupo,
4 como número de crianças e ritmo. Deverá estar atenta à forma como as crianças estão vivendo as proposições para adequar o tempo da forma mais proveitosa. 1º momento: brincando com bolinhas de sabão 20 minutos 2º momento: brincadeira musical e gestual com a música Bolinha de Sabão 15 minutos 3º momento: assistir ao episódio A máquina de pesadelos 10 minutos (considerar também o tempo necessário para deslocamento e/ou montagem da aparelhagem) 12. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE Propõe-se que a atividade inicie ao ar livre, em que a proposição será brincar de estourar as bolinhas de sabão feitas pelos adultos ou pelos seus pares. Na sequência, o grupo deverá se dirigir à sala, onde a professora os convidará para uma brincadeira musical bastante calma, utilizando a canção Bolinha de Sabão, do grupo Palavra Cantada. As crianças poderão estar sentadas, preferencialmente em roda, para que possam ter contato visual tanto com seus colegas e com a professora. Inicialmente, sugere-se ensinar a melodia com a letra completa, qual seja: Olha lá uma bolinha de sabão E lá vem outra bolinha de sabão 1, 2, 3 são bolinhas de sabão. Eu adoro ver bolinhas de sabão.
5 Quando as crianças estiverem familiarizadas com a música, a professora poderá propor a inclusão de diferentes gestos sonoros, como por exemplo, estalos de língua, palmas, estalos de dedos, movimentos de abrir e fechar a mão, como que estourando bolinhas de sabão, cada vez que aparecer o símbolo : Olha lá uma bolinha de sa E lá vem outra bolinha de sa 1, 2, 3 são bolinhas Eu adoro ver bolinhas de sa bão Na sequência, a professora poderá incentivar as crianças a proporem gestos sonoros, que serão efetuados pelo grupo no momento adequado da música. Quando o grupo tiver explorado suficientemente a brincadeira, inicia-se então o 3º momento, em que as crianças assistirão ao episódio A máquina de pesadelos, que também envolve bolinhas de sabão. Considerando que a repetição é uma componente importante na faixa etária para qual a atividade foi desenvolvida, sugere-se que a professora retome, em outros momentos, tanto a brincadeira musical quanto as experimentações com bolinhas de sabão. Depois do filme, a professora poderá oportunizar um espaço de diálogo com as crianças para perceber como o compreenderam e o sentiram, principalmente em relação aos medos e aos pesadelos (caso a professora julgue adequado, poderá propor que cada dia uma das crianças, leve para
6 dormir com ela um bichinho de pelúcia (ou outro mascote), eleito o protetor do grupo). +Outra possibilidade para ampliar o projeto é a utilização do DVD e do Livro de Brincadeiras Musicais do grupo Palavra Cantada, no qual esse grupo brinca, explorando diversos sons da boca, o que pode ampliar o repertório de possibilidades gestuais das crianças. 13. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE Propõe-se que a avaliação se constitua na observação e no registro do envolvimento das crianças nas atividades propostas, dos indícios fornecidos por elas, do que já conseguem fazer e do que pode ser proposto para que ampliem suas possibilidades a avaliação se constitui, dessa forma, mais como uma ferramenta para a professora (re)planejar suas ações e proposições, concebida então como processual. 14. DISCUSSÕES TEÓRICAS As brincadeiras musicais, também chamadas de brincadeiras cantadas ou brinquedos cantados, são entendidas como formas lúdicas de brincar com o corpo a partir da relação estabelecida entre movimento corporal e expressão vocal (LARA, PIMENTEL & RIBEIRO, 2005), sendo, portanto aquelas músicas, frases ou sílabas que envolvem, simultaneamente, o canto e o movimento. Grande parte do repertório de brincadeiras musicais integra a cultura popular, e tem sido transmitida de geração em geração,
7 preponderantemente de forma oral e assistemática, ou seja, pela própria ação de brincar, o que se desdobra muitas vezes na existência de diferenças nas letras, melodias e gestos. O centro da brincadeira, que é a integração entre música e gesto, porém, continua íntegro. Há também as criações contemporâneas, cuja autoria conhecemos como é o caso da música Bolinha de Sabão, de Paulo Tatit (grupo Palavra Cantada), que integra a atividade que propomos. De acordo com LARA, PIMENTEL & RIBEIRO (id.), se apropriando das categorias propostas por Roger Caillois, as brincadeiras musicais permitem potencializar o lúdico no contexto da Educação Infantil, ora na dimensão do ludus ora na dimensão da paidia. Ludus e paidia relacionamse às possíveis formas de vivenciar as brincadeiras. O primeiro termo aproxima-se mais das regras, da condução sistematizada da brincadeira, na qual a professora ocupa o papel de quem a ensina. Já o segundo termo relaciona-se mais com a improvisação, a recriação não direcionada. Por compreender que o brincar não é inato, a instituição de Educação Infantil tem como uma de suas funções ampliar o repertório de brincadeiras das crianças, ensinando possibilidades, como proposto nesta atividade. A partir da familiaridade com a brincadeira é que as crianças poderão improvisar e (re)criar. De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, as brincadeiras musicais possibilitam o desenvolvimento da percepção rítmica, da consciência da modulação da voz e das capacidades expressivas, e portanto, são indicadas para fazer parte de sequências de atividades na Educação Infantil.(v.III p.31)
8 15. SUGESTÕES DE LEITURAS PERES, Sandra; TATIT, Paulo. O livro de brincadeiras musicais do Palavra Cantada- volumes I a V. São Paulo: Editora Melhoramentos, BIBLIOGRAFIA UTILIZADA BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação fundamental. Coordenação Geral de Educação Infantil. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, volume III. Brasília, 1998 LARA, M.L.; PIMENTEL, G. G. A.; RIBEIRO, D. M. D. Brincadeiras cantadas: educação e ludicidade na cultura do corpo. In: EFDeportes Revista digital, ano 10 n. 81. Buenos Aires: fevereiro de Disponível no endereço PERES, Sandra; TATIT, Paulo. O livro de brincadeiras musicais do Palavra Cantada- volume III. São Paulo: Editora Melhoramentos, CONSULTOR Flora Bazzo Schmidt
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