Acessibilidade de pessoas com deficiência ou restrição permanente de mobilidade ao SUS



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1833 Acessibilidade de pessoas com deficiêcia ou restrição permaete de mobilidade ao SUS Accessibility for people with disabilities or permaet mobility restrictios to the Uified Health System TEMAS LIVRES FREE THEMES Fabiee Louise Juvêcio dos Satos Amaral 1 Cristia Marques de Almeida Holada 1 Maria Aparecida Bezerra Quirio 1 João Paulo da Silva Nascimeto 1 Robso da Foseca Neves 1 Kátia Suely Queiroz Silva Ribeiro 1 Simoe Bezerra Alves 1 1 Departameto de Fisioterapia, Cetro de Ciêcias da Saúde, Uiversidade Federal da Paraíba. Campus I, Cidade Uiversitária. João Pessoa PB. simoea@gmail.com Abstract The scope of this study was to moitor the access of persos with disabilities ad permaet mobility restrictios to the Uified Health System i João Pessoa, State of Perambuco. This is a descriptive field study, cosistig of a radom sample of 523 people with disabilities or permaet mobility restrictios. Data collectio occurred betwee August 2007 ad December 2008 ad cosisted of home iterviews. The euromusculoskeletal fuctios ad those related to movemet (52) were amog the most affected body fuctios, with a higher icidece amog body structures related to movemet (44.2) ad those of the ervous system (39.2), with special emphasis o the high umber of cases (14) due to the sequelae from strokes. Amog the respodets, 63.9 stated that there had ot bee sufficiet ad appropriate meas to lesse the physical obstacles betwee their homes ad the places where they received healthcare, ad 41.7 claimed that there were o special facilities for the hadicapped i the healthcare offices. Brazilia law esures rights for people with disabilities, which were ot broadly respected. Actio is ecessary to prevet the developmet of disabilities, especially those resultig from the sequelae from strokes. Key words Access to health services, Disabled persos, Restricted mobility, Uified Health System Resumo Objetivou-se avaliar a acessibilidade de pessoas com deficiêcia e restrição de mobilidade permaete ao SUS em João Pessoa (PB). Tratase de estudo descritivo de campo, composto por amostra aleatória de 523 pessoas com deficiêcia ou restrição permaete de mobilidade. A coleta de dados ocorreu o período de agosto de 2007 à dezembro de 2008 e cosistiu de etrevistas domiciliares. As fuções euromusculoesqueléticas e relacioadas ao movimeto foram as mais prejudicadas (52), havedo maior acometimeto das estruturas corporais relacioadas ao movimeto (44,2) e as do Sistema Nervoso (39,2), com destaque para o elevado úmero de casos (14) decorretes de sequela de Acidete Vascular Cerebral (AVC). Etre os etrevistados, 63,9 afirmam que de suas residêcias aos locais ode recebiam atedimeto à Saúde ão haviam meios suficietes e apropriados para dimiuir os obstáculos físicos e 41,7 que ão existiam adaptações os locais de atedimeto. A legislação brasileira garate direitos às pessoas com deficiêcia que ão foram amplamete respeitados. São ecessárias ações que previam o desevolvimeto de deficiêcias, em especial aquelas decorretes de sequelas de AVC. Palavras-chaves Acesso aos serviços de saúde, Pessoas com deficiêcia, Limitação da mobilidade, Sistema Úico de Saúde

1834 Amaral FLJS et al. Itrodução Pessoas com deficiêcia têm direitos à saúde assegurados a Costituição Federal de 1988 1, que foram cosolidados a Lei Orgâica de Saúde (Lei 8.080/90) 2. A implemetação da Política Nacioal de Saúde da Pessoa com Deficiêcia, istituída pela Portaria MS/GM º 1.060, de 5 de juho de 2002, firma pricípios importates do SUS (uiversalidade, itegralidade e equidade), estabelece diretrizes e resposabilidades istitucioais para a reabilitação da pessoa com deficiêcia 3. O Decreto 3.298 de 20 de Dezembro de 1999 descreve a deficiêcia como a perda ou aormalidade de uma estrutura ou fução psicológica, fisiológica ou aatômica que pode gerar icapacidade ou dificuldade para o desempeho de uma atividade, detro do padrão cosiderado ormal para o ser humao 4. As pessoas com deficiêcia ou mobilidade reduzida devem estar em iteração costate com seu meio sociocultural. Quato mais essa população estiver um ambiete que lhe restrija a mobilidade e a acessibilidade aos serviços, maior a dificuldade para coseguir uma vida plea e autôoma, levado-a a uma situação de desvatagem 5. A acessibilidade evolve as possibilidades de deslocameto do idivíduo com adequada seguraça 6, depede tato da mobilidade, quato do ambiete físico. No tocate à acessibilidade aos serviços de saúde há duas dimesões a serem cosideradas: a dimesão sócio-orgaizacioal, que se refere às características da oferta dos serviços e a dimesão geográfica, a qual está relacioada à distâcia e ao deslocameto 7. A mobilidade é um aspecto itríseco do ser humao, está ligada às suas sesações, percepções, história pessoal e ao cotexto sociocultural 8. A acessibilidade possibilita que as pessoas utilizem de todos os serviços, iclusive os de saúde, dispoíveis de acordo com as suas ecessidades, em todos os íveis de ateção 9. As classificações desevolvidas pela Orgaização Mudial de Saúde (OMS) são ferrametas importates para estudar as codições de saúde de uma população: a Classificação Estatística Iteracioal de Doeças e Problemas Relacioados à Saúde (CID-10) e a Classificação Iteracioal de Fucioalidade, Icapacidade e Saúde (CIF) 10. As codições de saúde relacioadas às doeças, trastoros ou lesões são classificadas a CID-10. A CIF represeta uma mudaça o olhar a deficiêcia, sedo resultado de uma iteração complexa das pessoas com a sociedade, cujas alterações da fucioalidade ou a icapacidade são classificadas de acordo com os seus Compoetes: Fuções e Estruturas do Corpo, que compreede os órgãos e sistemas, bem como a fução dessas estruturas e Atividade e Participação, que iclui o desempeho de atividades da vida diária e a participação ativa a sociedade 10,11. Apesar de mais de duas décadas de implemetação do SUS, há escassez de cohecimeto sobre o acesso da população com deficiêcia ou restrição permaete de mobilidade a este sistema, em especial, as regiões meos favorecidas socioecoomicamete. Esta isuficiêcia e precariedade dos sistemas de iformações têm dificultado a costrução dos idicadores ecessários para o moitorameto e a avaliação do desempeho do SUS 12. Isto dificulta o plaejameto de ações voltadas às ecessidades da população com deficiêcia e mobilidade reduzida. Assim, este estudo propõe pesquisar a acessibilidade de pessoas com deficiêcia e restrição permaete de mobilidade ao SUS a cidade de João Pessoa-PB. Metodologia Foi realizado um estudo descritivo de delieameto trasversal, composto por amostra aleatória de 523 pessoas com deficiêcia ou restrição permaete de mobilidade. Estabeleceram-se como critérios de iclusão: ser maior de 18 aos de idade, possuir alguma deficiêcia ou restrição permaete de mobilidade, estar adscrita em uma das Uidades de Saúde da Família (USF) sorteadas e cocordar em participar do estudo. Para o cálculo amostral tomou-se por base os dados da população do muicípio de João Pessoa e a estimativa mudial de pessoas com deficiêcia. Os seguites critérios foram obedecidos: ível de cofiaça de 99; erro de precisão máximo de 1,4 e, por fim, cohecimeto prévio do percetual de habitates da cidade de João Pessoa, maiores de 18 aos, e da porcetagem estimada de pessoas com deficiêcia física. O tamaho da amostra foi calculado em fução de: dados da população de acordo com o Ceso Demográfico 2000 13 ; erro amostral máximo 1,4 (e = 0,014); ível de cofiaça de 99, (z = 2,58); proporção favorável iicial estimada p (0,015), 15 da população com deficiêcia; proporção ão favorável iicial estimada q (0,985). Assim, o tamaho amostral calculado foi de 502 idivíduos etrevistados, corrigidose segudo a população maior de 18 aos.

1835 O muicípio de João Pessoa é dividido em cico Distritos. Estes são as uidades operacioais e admiistrativas míimas do sistema de saúde, defiida com critérios geográficos, populacioais, epidemiológicos, admiistrativos e políticos 14. O critério de seleção das USF que represetariam os Distritos Saitários foi aleatório, etretato a seleção amostral foi realizada por coveiêcia, uma vez que após sorteadas as USF que represetavam cada um dos Distritos foi feita uma triagem dos cadastros de pessoas com deficiêcia ou mobilidade reduzida das USF. A coleta de dados ocorreu o período de Agosto de 2007 à Dezembro de 2008 e cosistiu de etrevistas domiciliares. Utilizou-se, um formulário estruturado, preechido pelo pesquisador, para aplicação a qualquer tipo de público, mesmo os ão alfabetizados 15. Nesse formulário foram agrupados dados pertietes à idetificação; ao perfil socioecoômico; ao diagóstico clíico, através da CID-10; aos compoetes de segudo ível da CIF: Estrutura do corpo, Fução do Corpo e Atividade e Participação; e às codições de acessibilidade aos serviços de saúde, abordado aspectos que podem dificultar ou facilitar tal acesso. A validação do formulário foi realizada com uma amostra composta por quareta volutários. Empregou-se o coeficiete de Alpha de Crobach para verificar a cofiabilidade do istrumeto, obtedo-se coeficiete 0,67 e 0,82 para as dimesões perfil socioecoômico e acesso ao SUS, respectivamete. Os dados obtidos foram tabulados utilizado-se o software Statistical Package for the Social Sciece (SPSS) versão 11.0 e submetidos à aálise estatística descritiva. Este estudo foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa do Cetro de Ciêcias da Saúde da UFPB, de acordo com as atribuições da Resolução º 196/96 do Coselho Nacioal de Saúde e aprovado. Resultados Na Tabela 1 observa-se o perfil demográfico e socioecoômico da população estudada. Destacou-se a maior ocorrêcia de pessoas tato com escolaridade como poder aquisitivo baixos, bem como a maioria é usuária exclusivamete a rede pública de saúde. As patologias mais frequetes, classificadas pela CID-10, foram o Acidete Vascular Cerebral (AVC) (I64), o Retardo Metal (F79) e a Paralisia Cerebral Ifatil (G80), com 14, 5,9 e 4,8 respectivamete (Tabela 2). Destacou-se também que 14 da amostra ão soube idetificar as causas de suas deficiêcias. Detre as fuções do corpo mais prejudicadas, observou-se, de acordo com a Tabela 2, maior ocorrêcia das euromusculoesqueléticas e relacioadas ao movimeto (52), com destaque para mobilidade das articulações (b710) e força muscular (b730). Detre as estruturas corporais, sobressaíram as relacioadas ao movimeto (44,2) e as do Sistema Nervoso (39,2), tedo como pricipais locais afetados a extremidade iferior (s750) e o cérebro (s110). Costatou-se que as pricipais limitações das atividades e restrições a participação estavam relacioadas à mobilidade (43). Destas, destacaram-se a dificuldade em adar (d450), levatar e carregar objetos (d430) e deslocar-se utilizado algum tipo de equipameto ou dispositivos específicos para facilitar a movimetação (d465). Para 63,9 dos etrevistados, ão havia meios suficietes e apropriados para dimiuir os obstáculos físicos (como rampas, siais de pedestres, ruas calçadas e corrimão) o camiho de suas residêcias aos locais ode recebem atedimeto. Da mesma forma, para 41,7 de toda Tabela 1. Distribuição das varáveis demográficas e socioecoômicas. João Pessoa-PB, 2008. Variáveis Sexo Femiio Masculio Escolaridade Aalfabeto Alfabetizado Esio Fudametal Completo Esio Médio Completo Esio Superior Completo Não Iformado Plao de Saúde Privado Sim Não Beefício Sim Não Reda Pessoal Não possui reda < 1 salário míimo 1 salário míimo 1-2 salários míimos 2-5 salários míimos > 5 salários míimos Total 277 246 183 190 87 50 10 3 70 453 392 131 98 32 282 70 38 3 523 53,0 47,0 35,0 36,3 16,6 9,6 1,9 0,6 13,4 86,6 75,0 25,0 18,7 6,1 53,9 13,4 7,3 0,6 100,0 Ciêcia & Saúde Coletiva, 17(7):1833-1840, 2012

1836 Amaral FLJS et al. a amostra ão existiam adaptações os locais de atedimeto. Na Tabela 3 observa-se que as pessoas com deficiêcia física e mobilidade reduzida se deslocavam pricipalmete através de carros alugados ou trasporte particular, equato as pessoas com deficiêcia metal e auditiva iam a pé ou de trasporte coletivo para suas cosultas. Apeas 16,4 das pessoas com deficiêcia afirmaram realizar algum tratameto de reabilitação, com destaque para a Fisioterapia (62,1) e Psicoterapia (13,8). Os serviços de saúde mais Tabela 2. Distribuição das pessoas com deficiêcia de acordo com patologias (CID-10) e comprometimeto as fuções do corpo (CIF). João Pessoa-PB, 2008. Variáveis Patologias (CID-10) AVC (I64) Retardo Metal (F79) Paralisia Cerebral Ifatil (G80) Outras perdas de audição (H91) Cegueira e visão subormal (H54) Outros Não soube iformar Fuções do corpo Fuções Metais Fuções Sesoriais e Dor Fuções da Voz e Fala Fuções dos Sistemas Cardiovascular, Hematológico, Imuológico e Respiratório Fuções dos Sistemas Digestivo, Metabólico e Edócrio Fuções Geituriárias e Reprodutivas Fuções Neuromusculoesqueléticas e relacioadas ao movimeto Total 73 31 25 24 24 273 73 144 79 11 6 8 3 272 523 14,0 5,9 4,8 4,6 4,6 52,1 14,0 27,5 15,1 2,1 1,2 1,5 0,6 52,0 100,0 requisitados, quado estavam doetes, foram as USF (53,2) e os hospitais (31,2). Estas pessoas aida afirmaram que sempre (37,7) ou frequetemete (28,5) realizavam cosultas de saúde, porém 5,9 relataram uca terem procurado tais serviços. Discussão Uma sociedade pode ser meos excludete quado recohece a diversidade humaa e as ecessidades específicas dos vários segmetos sociais, assegurado-lhes oportuidades de acesso aos bes e serviços dos quais ecessita 16. Verificouse, o presete estudo, que aida existem grades limites o setido da garatia desse acesso, tedo como referêcia o direito à saúde. Cosiderado-se o fato de que a amostra estudada é composta de pessoas que já tiham acesso aos serviços básicos de saúde, pois estavam cadastradas as suas respectivas USF, pode-se costatar a desvatagem que as pessoas com deficiêcia ou mobilidade reduzida possuiam para acessar os demais serviços do Sistema, ficado evidete que a itegralidade a ateção à saúde aida ão se cocretiza. Os dados mostraram que a maioria das pessoas etrevistadas apreseta baixas escolaridade e reda, e também depede exclusivamete dos recursos dispoibilizados pelo govero, como os serviços públicos de saúde e o Beefício de Prestação Cotiuada (BPC). Este último assegura à pessoa com deficiêcia vecimeto de um salário míimo, caso seja comprovado que a reda mesal do grupo familiar per capita seja iferior a ¼ do salário míimo. Para receber o BPC é ecessário que a deficiêcia seja icapacitate para a vida idepedete e o trabalho 17,18. Acredita-se que o BPC é uma assistêcia importate, uma vez que sem ele a amostra estudada poderia apresetar uma codição de vida com maiores difi- Tabela 3. Forma de locomoção para realizar as cosultas, segudo o tipo de deficiêcia. João Pessoa-PB, 2008. Tipo de deficiêcia Metal Visual Física Auditiva Múltipla Mobilidade Reduzida Total Ambulâcia 2 1,3 0 0,0 12 5,7 0 0,0 0 0,0 5 6,3 19 3,6 Trasporte escolar 24 7 52 4 0 20 107 15,3 18,4 24,9 11,1 0,0 25,0 20,5 Coletivo 43 27,4 10 26,3 19 9,1 6 16,7 1 33,3 12 15,0 91 17,4 Carro alugado (táxi ou motorista) 27 10 65 2 1 25 130 17,2 26,3 31,1 5,6 33,3 31,3 24,9 50 9 44 22 0 11 136 A pé 31,8 23,7 21,1 61,1 0,0 13,8 26,0 Outro 7,0 5,3 8,1 5,6 33,3 8,8 7,6 11 2 17 2 1 7 40 Total 157 38 209 36 3 80 523 30,0 7,3 40,0 6,9 0,6 15,3 100,0

1837 culdades. Etretato é ecessário ivestir em programas de capacitação das pessoas com deficiêcia de modo que estas melhorem seu ível de escolaridade e também possam ter uma vida mais autôoma, realizado atividades laborais adaptadas às suas limitações, que possam melhorar a reda familiar e cosequetemete a qualidade de vida e a saúde. No que diz respeito às pricipais causas de deficiêcia ivestigadas a amostra, costatouse que grade parcela dos etrevistados descohecia a causa da sua deficiêcia, revelado fragilidades o acesso do usuário às iformações acerca do seu quadro de saúde. Além disto, observou-se elevada ocorrêcia de pessoas com sequelas decorretes de AVC, o que pode ser reflexo da alta icidêcia de pessoas com hipertesão arterial, já que esta, seguida de doeça cardíaca, são os fatores de risco mais prevaletes para o AVC 19,20. A hipertesão represeta, atualmete, um importate problema de saúde a ser abordado por essas equipes. As dificuldades de deslocameto idetificadas os sujeitos estudados aliadas à falta de adaptações que facilitem esse deslocameto tato o trajeto (64) quato o espaço itero dos serviços de saúde (42), coforme destacado pelos etrevistados, apresetam-se como uma barreira o que tage à acessibilidade geográfica aos serviços de saúde 7. Estes dados também apotam para a iadequação dos locais de atedimeto, uma vez que a maior parte das pessoas com deficiêcia etrevistadas são usuárias de USF istaladas em casas improvisadas, um tipo de costrução que ão atede às ecessidades dos usuários. Siqueira et al. 21, ao etrevistar trabalhadores de 236 equipes de USF da região Sul e Nordeste, estes iformaram que 59,8 dos prédios ão eram adequados para a acessibilidade de idosos e pessoas com deficiêcia. Parece que o problema ão se restrige apeas às Uidades Básicas, uma vez que outro estudo evideciou preseça de barreiras arquitetôicas em quatro hospitais da cidade de Sobral-CE 22. Estudo epidemiológico 21 sobre a estrutura física das USF em sete estados do Brasil costatou que para 66,7 dos etrevistados ão existiam calçadas que garatissem o deslocameto seguro das pessoas com deficiêcia. Etretato tais barreiras parecem ão iterferir cosideravelmete a mobilidade das pessoas com deficiêcia auditiva, uma vez que a maioria iformou que se desloca a pé para os serviços de saúde. Ao passo que para as pessoas com deficiêcia física ou mobilidade reduzida os obstáculos parecem ser um dos motivos pelo qual o carro alugado foi o pricipal meio utilizado para deslocameto até os serviços de saúde. Como grade parte dos participates (aproximadamete 80) sobreviviam com até um salário míimo mesal, este fator pode torar-se mais uma barreira para o deslocameto. Estes dados evideciam a ecessidade de melhorias ambietais e de trasporte, a fim de reduzir o isolameto social e facilitar as atividades de vida diária das pessoas com deficiêcia, pricipalmete física, ou mobilidade reduzida. Segudo o Decreto 5.296 de 02 de Dezembro de 2004, a costrução, reforma ou ampliação de projetos urbaísticos e edificações, de uso público ou coletivo, deverão ser executadas de modo que sejam ou se torem acessíveis às pessoas com deficiêcia ou com mobilidade reduzida. O mesmo decreto afirma que os sistemas de trasporte coletivo são cosiderados acessíveis quado todos os seus elemetos são cocebidos, orgaizados, implatados e adaptados segudo o coceito de deseho uiversal, garatido o uso pleo com seguraça e autoomia por todas as pessoas 23. Assim, evidecia-se que os direitos das pessoas com deficiêcia ão estão totalmete garatidos. Os problemas vividos a utilização de trasportes públicos por estas pessoas, além de outros como falta de rampas, elevadores, cadeira de rodas, por exemplo, parecem ser a realidade ão só para João Pessoa, mas também para São Paulo, ode aproximadamete a metade da amostra fez o percurso aos serviços de saúde utilizado trasportes públicos 24. Provavelmete por se tratar de uma amostra selecioada a partir das Uidades de saúde da família, o acesso a esses serviços foi destacado pela maioria dos etrevistados. Mais da metade dos etrevistados afirmaram procurar as USF ao adoecerem, cofirmado que a Ateção Básica é a porta de etrada para o SUS para esses usuários. Piheiro et. al 25 também afirmaram que o serviço de saúde mais procurado foi a uidade básica de saúde (32,6 as mulheres e 30,9 os homes). Castro et al. 26 verificaram recetemete que, em São Paulo, aproximadamete 16 das pessoas com deficiêcia etrevistadas apresetaram problemas o acesso aos serviços de saúde. Apesar desses autores terem avaliado aspectos diferetes da acessibilidade quado comparado com o presete estudo, observa-se que em João Pessoa existe uma barreira substacial para o acesso a serviços de reabilitação. Em se tratado de assistêcia especializada, como este caso, houve uma redução bastate cosiderável (16,4). Diversos Ciêcia & Saúde Coletiva, 17(7):1833-1840, 2012

1838 Amaral FLJS et al. fatores estão evolvidos a problemática do acesso à ateção especializada, todavia, em se tratado de uma população com deficiêcia físcia ou mobilidade reduzida, as barreiras arquitetôicas e a pouca dispoibilidade de trasportes públicos adaptados, apreseta-se como um importate fator para a ão realização do tratameto de reabilitação. O atedimeto desses usuários, em ível de ateção primária, pode represetar um elemeto facilitador do acesso, dimiuido a demada reprimida os setores de média e alta complexidade. Etretato, faz-se ecessário aproximar os profissioais que compõem a equipe de reabilitação desse ível de ateção à saúde. Coclusão Percebe-se que a legislação brasileira é bastate desevolvida o que diz respeito à garatia dos direitos à acessibilidade à saúde das pessoas com deficiêcia, etretato a maioria destes ão foram respeitados para a amostra estudada. Assim, é ecessário que medidas sejam tomadas para garatir tais direitos. Melhoras os aspectos socioecoômicos, como os íveis de escolaridade, capacitação profissioal e cosequetemete a reda pessoal e familiar, possibilitaria a estas pessoas uma maior cosciêcia do seu papel a sociedade, o que represetaria uma busca mais autôoma por seus direitos, tedo como cosequecia uma melhor codição de saúde. Assim costata-se a ítima relação do cotexto socioecoômico a acessibilidade ao sistema de saúde. Devem também ser realizadas ações que previam deficiêcias, em especial aquelas decorretes de AVC, tais como cotrole da pressão arterial, do perfil lipídico e estímulo a prática de atividades físicas regulares. Percebe-se a ecessidade de ampliação dos serviços de saúde, pricipalmete os de reabilitação. Somado a isso, melhorias o oferecimeto e adaptação de trasportes públicos, ruas, calçadas e locais de atedimeto, como também aumeto o úmero de vagas para assistêcia e ampliação o quadro de profissioais de saúde, podem garatir uma melhor itegralidade a ateção à saúde das pessoas com deficiêcia. Estas modificações poderiam favorecer a resolutibilidade do serviço em íveis mais baixos de complexidade, dimiuido os elevados ivestimetos com os serviços mais complexos. Destaca-se a importâcia do trabalho das Equipes de Saúde da Familia a garatia dos serviços básicos de saúde para as pessoas com deficiêcia ou mobilidade reduzida, uma vez que todos os dados apresetados são referetes a pessoas adscritas as USF. As barreiras para a acessibilidade idetificadas a população estudada, as quais buscam os serviços da rede básica, abre perspectivas para estudos que possam avaliar o acesso etre as pessoas que ão estão cobertas pelas equipes de saúde da família. O aprofudameto de ivestigações sobre a acessibilidade das pessoas com deficiêcia ou restrição a mobilidade aos serviços de saúde se faz ecessário o Brasil, pricipalmete as regiões do país meos favorecidas socioecoomicamete. Buscado-se, dessa forma, parâmetros para a costrução de um serviço de saúde mais resolutivo, voltado às reais ecessidades locais das pessoas com deficiêcia ou restrição permaete de mobilidade.

1839 Colaboradores FLJS Amaral, CMA Holada, MAB Quirio, JPS Nascimeto, RF Neves, KSQS Ribeiro e SB Alves participaram igualmete de todas as etapas de elaboração do artigo. Agradecimetos À Fudação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ), Miistério da Saúde (MS) e Coselho Nacioal de Desevolvimeto Cietífico e Tecológico (CNPq) pelo suporte fiaceiro. Referêcias 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. Brasil. Costituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial da Uião 1988; 5 out. Brasil. Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as codições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a orgaização e fucioameto de serviços correspodetes e dá outras providêcias. Diário Oficial da Uião 1990; 19 set. Brasil. Portaria 1060, de 5 de juho de 2002. Aprova a Política Nacioal de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiêcia. Diário Oficial da Uião 2002; 5 ju. Brasil. Decreto 3.298 de 20 de Dezembro de 1999. Dispõe sobre a Política Nacioal para a Itegração da Pessoa Portadora de Deficiêcia, cosolida as ormas de proteção, e dá outras providêcias. Diário Oficial da Uião 1999; 21 dez. Associação Brasileira de Normas Técicas [ABNT]. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipametos urbaos. Rio de Jaeiro: ABNT; 2004. Frek J. El Cocepto y la Medicio de Accesibilidad. Salud Publica Mex 1985; 27:438-453. Travassos C, Martis M. Uma revisão sobre os coceitos de acesso e utilização de serviços de saúde. Cad Saude Publica 2004; 20(Supl. 2):S190-S198. Diiz D, Squica F, Medeiros M. Qual deficiêcia? Perícia médica e assistêcia social o Brasil. Cad Saude Publica 2007; 23(11):2589-2596. Starfield B. Ateção Primária: equilíbrio etre ecessidades de saúde, serviços e tecologia. Brasília: Miistério da Saúde; 2002. Farias N, Buchalla CMA. Classificação Iteracioal de Fucioalidade, Icapacidade e Saúde da Orgaização Mudial da Saúde: Coceitos, Usos e Perspectivas. Rev Bras Epidemiol 2005; 8(2):187-193. Orgaização Mudial da Saúde. Classificação Iteracioal de Fucioalidade, Icapacidade e Saúde. São Paulo: Edusp; 2003. Szwarcwald CL, Medoça MHM, Adrade CLT. Idicadores de ateção básica em quatro muicípios do Estado do Rio de Jaeiro, 2005: resultados de iquérito domiciliar de base populacioal. Cie Saude Colet 2006; 11(3):643-655. Istituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE). Ceso demográfico 2000. [págia a Iteret]. [acessado 2010 dez 12]. Dispoível em: http://www.ibge. gov.br Almeida ES, Castro CGJ, Lisboa CA. Distritos Saitários: Cocepção e Orgaização. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Uiversidade de São Paulo; 1998. Rodrigues AJ. Metodologia cietífica. São Paulo: Avercamp; 2006. Brasil. Coordeadoria Nacioal para Itegração da Pessoa Portadora de Deficiêcia (Corde). A Coveção sobre Direitos das Pessoas com Deficiêcia cometada. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humaos; 2008. Ciêcia & Saúde Coletiva, 17(7):1833-1840, 2012

1840 Amaral FLJS et al. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. Brasil. Lei 12.101, de 27 de Novembro de 2009. Dispõe sobre a certificação das etidades beeficetes de assistêcia social; regula os procedimetos de iseção de cotribuições para a seguridade social; altera a Lei º 8.742, de 7 de dezembro de 1993; revoga dispositivos das Leis os 8.212, de 24 de julho de 1991, 9.429, de 26 de dezembro de 1996, 9.732, de 11 de dezembro de 1998, 10.684, de 30 de maio de 2003, e da Medida Provisória o 2.187-13, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providêcias. Diário Oficial da Uião 2009; 27 ov. Brasil. Lei 8.742, de 07 de Dezembro de 1993. Dispõe Sobre a Orgaização da Assistêcia Social e dá outras providêcias. Diário Oficial da Uião 1993; 07 dez. Mazzola, D, Polese JC, Shuster RC, Oliveira SG. Perfil dos pacietes acometidos por acidete vascular ecefálico assistidos a clíica de fisioterapia eurológica da uiversidade de Passo Fudo. RBPS 2007; (2091):22-27. Nues S, Pereira C, Silva MG. Evolução fucioal de utetes após AVC os primeiros seis meses após a lesão. Essfisiolie 2005; 1(3):3-20. Siqueira FCV, Facchii LA, Silveira DS, Piccii RX, Tomasi E. Barreiras arquitetôicas a idosos e portadores de deficiêcia física: um estudo epidemiológico da estrutura física das uidades básicas de saúde em sete estados do Brasil. Cie Saude Colet 2009; 14(1):39-44. Fraça ISX, Pagliuca LMF. Acessibilidade das pessoas com deficiêcia ao SUS: fragmetos históricos e desafios atuais. Rev Ree Fortaleza 2008; 9(2):129-137. Brasil. Decreto 5296 de 02 de dezembro de 2004. Regulameta as Leis s 10.048, de 8 de ovembro de 2000, que dá prioridade de atedimeto às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece ormas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade. Diário Oficial da Uião 2004; 02 dez. Castro SS, Lefèvre F, Lefèvre AMC, César CLG. Acessibilidade aos serviços de saúde por pessoas com deficiêcia. Rev Saude Publica 2011; 45(1):99-105. Piheiro RS, Viacava F, Travassos C, Brito, AS. Gêero, morbidade, acesso e utilização de serviços de saúde o Brasil. Cie Saude Colet 2002; 7(4):687-707. Castro SS, Cesar CL, Caradia L, Barros MB, Alves MC, Goldbaum M. Physical disability, recet illesses ad health self-assessmet i a populatiobased study i São Paulo, Brazil. Disabil Rehabil 2010; 32(19):1612-1615. Artigo apresetado em 31/03/2011 Aprovado em 14/04/2011 Versão fial apresetada em 10/05/2011