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Transcrição:

28 de Agosto de 2014 Grupo Auto-Industrial Rating de Emitente Rating de Emissões B Curto Prazo (B,, com tendência estável) B Curto Prazo (B,, com tendência estável) (Ver detalhe na página 2) Período Analisado 2009 a 2013 e previsões para p 2014 Metodologia Metodologia de Empresas não Financeiras da ARC Ratings (www.arcratings.com) Painel de Rating Equipa de Análise Emma-Jane Fulcher Acting Chief Ratings Officer Henrique Murteira Analista Chefe Carlos Leitão Analista Henrique Murteira Analista Chefe T. N. Arun Kumar CARE Ratings Chief General Manager Carlos Leitão Analista Milly Leong Soek Yee MARC Technical Director Próximo Follow-up 27 de Fevereiro de 2015 ARC Ratings, S.A. 1

Auto-Industrial, S.A. (AI) CAM - Camiões Automóveis e Motores, S.A. (CAM) Auto Industrial, SGPS, S.A. (AI SGPS) Rating de Emitente B Curto Prazo (B,, com tendência estável) AI Rating de Emissões Emitentes Validade B Curto Prazo (B,, com tendência ncia estável) Papel Comercial - 14,1 M AI ou AI SGPS ou CAM 2 de Agosto 2018 Papel Comercial - 7,0 M AI 18 de Janeiro de 2015 Papel Comercial - 4,5 M AI ou CAM 22 de Janeiro de 2015 Papel Comercial - 0,45 M AI 9 de Setembro de 2014 Notas: M = Milhões de Euros 2/28 ARC Ratings, S.A.

SUMÁRIO EXECUTIVO A Auto Industrial, S.A. (AI) é a holding de um grupo (Grupo AI) a qual em conjunto com as suas subsidiárias CAM - Camiões Automóveis e Motores, S.A. (CAM) (totalmente detida pela AI) e Auto Industrial, SGPS, S.A. (AI SGPS) (na qual a AI detém uma participação no capital social de 63.95%) são os emitentes dos programas de papel comercial sujeitos a rating. Acresce que, de acordo com as cláusulas destes programas, estas emitentes são solidariamente responsáveis entre si. A CAM e AI SGPS são consolidadas integralmente nas demonstrações financeiras da AI analisadas neste relatório. O Grupo AI tem actividades em Portugal nas seguintes áreas: representação e comercialização de veículos automóveis novos e comercialização de veículos usados; importação e comercialização de máquinas agrícolas; e comercialização de peças e prestação de serviços de assistência técnica. Para além destas actividades o Grupo AI detém, indirectamente, participações minoritárias em instituições de crédito com sede em Portugal. Os principais aspectos que caracterizam o perfil de risco do Grupo AI são os seguintes: redução acentuada da procura de veículos ligeiros novos em Portugal nos anos de 2011 e de 2012, com uma recuperação muito parcial em 2013, sendo que o número de unidades vendidas em 2013 representou 64,0% das unidades vendidas em cada um dos anos de 2003 a 2008; esta redução colocou os operadores em situação de sobredimensionamento, o que os tem levado a processos de forte reestruturação; o Grupo AI também tem vindo a reestruturar-se, com impacto positivo ao nível da sua rendibilidade; baixa rendibilidade da actividade de representação e comercialização de marcas de veículos automóveis novos em Portugal, em parte compensada com as políticas de atribuição pelas marcas de bónus e de rappel a qual depende de um conjunto de parâmetros, sendo os mais relevantes os volumes de vendas e de compras; elevado endividamento do Grupo AI que resulta não só das características das suas principais actividades, mas essencialmente do investimento que detém no sector financeiro, o qual necessitou de reforço na sequência de requisitos de capitais próprios; acresce que o investimento do Grupo no sector financeiro tem tido impactos com significado nos resultados e nos capitais próprios do Grupo devido às fortes desvalorizações que sofreu; aumento significativo dos spreads praticados pela instituições de crédito em Portugal nos financiamentos concedidos às empresas, com impacto no custo do capital alheio do Grupo AI e na sua rendibilidade; o Grupo incorre em risco de taxa de juro, já que o saldo de sua dívida financeira encontra-se quase na totalidade contratado a taxa de juro variável. ARC Ratings, S.A. 3/28

1. DEFINIÇÃO DAS OPERAÇÕES SUJEITAS A RATING É sujeita a rating a capacidade e vontade de cumprimento dos compromissos financeiros (rating de emitente) de curto prazo da Auto-Industrial, S.A. (AI). São também sujeitas a rating as emissões de papel comercial de curto prazo realizadas e a realizar ao abrigo dos programas apresentados no Quadro 1.1., com um montante máximo global das emissões de 26,1 milhões de euros (M ) e todos contratados pela AI, sendo que dois são grupados, um com a CAM - Camiões Automóveis e Motores, S.A. (CAM, empresa detida a 100,0% pela AI) e com a Auto Industrial, SGPS, S.A. (AI SGPS, empresa detida a 63,95% pela AI), no valor de 14,1 M, e outro com a CAM, no valor de 4,5 M. QUADRO 1.1. PROGRAMAS DE PAPEL COMERCIAL DO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL MONTANTES EM MILHÕES DE EUROS (M ) DATAS GARANTIAS CLÁUSULAS: Cross Default, Pari-Passu e EMITENTES INSTITUIÇÃO DE CRÉDITO 31/12/2013 Total Início Término (1) Utilizado Disp. Tomada Firme Reembolso Negative Pledge Owner ship Outras AI, CAM e AI SGPS Banco Comercial Português, S.A. 14,1 (3) 16,5 0,0 02/03/2013 02/08/2018 sim Euribor + 6,0 pp (5) AI Novo Banco, S.A. (2) 7,0 7,0 0,0 30/09/2008 18/01/2015 sim sim sim AI e CAM Novo Banco, S.A. (2) 4,5 4,5 0,0 23/07/2008 22/01/2015 sim Euribor + 2,5 pp sim sim (5) AI Banco Santander Totta, S.A. 0,5 (4) 0,9 0,0 24/10/2007 09/09/2014 sim sim sim Total - 26,1 28,9 0,0 - - - - - - - Notas: Valores arredondados. (1) Considerando as renovações efectuadas após Junho de 2013. (2) No dia 3 de Agosto de 2014 o Novo Banco, S.A. sucedeu ao Banco Espírito Santo, S.A.. (3) O montante máximo era de 17,0 M, reduziu-se em 0,5 M a 2 de Dezembro de 2013, tendo em Abril 2014 passado para 14,1 M, o qual reduzir-se-á em: 1,5 M a 2 de Dezembro de 2014, 1,5 M a 2 de Junho de 2015, 2,0 M a 2 de Agosto de 2015, 1,0 M a 2 de Dezembro de 2015, 2,0 M a 2 de Junho de 2016, 2,0 M a 2 de Agosto de 2016, 1,5 M a 2 de Dezembro de 2016, 2,0 M a 2 de Agosto de 2017 e 0,6 M a 2 de Agosto de 2018. (4) O montante máximo era de 0,95 M, estando a ser reduzido em 0,1 M por mês. (5) Responsabilidade solidária das emitentes. Fonte: Auto-Industrial. 2. PERFIL DO GRUPO AI O Grupo AI continua a manter a sua actividade em Portugal e repartida pelas áreas principais: de representação e comercialização de veículos automóveis novos e comercialização de veículos usados; de comercialização de peças e prestação de serviços de assistência técnica; de importação e comercialização de máquinas agrícolas; e financeira. A actividade das áreas não financeiras é exercida através da AI e de um conjunto de participadas na sua quase totalidade detidas a 100% e objecto de consolidação pelo método integral nas demonstrações financeiras da AI analisadas neste relatório. A evolução dos proveitos operacionais destas áreas é a apresentada no Quadro 2.1., tendo-se verificado em 2013 que estes proveitos apresentaram, face ao ano anterior, crescimento de 12,6%, 4/28 ARC Ratings, S.A.

ascendendo a 209,4 M, o qual representa o primeiro crescimento observado desde 2011, já que neste ano e em 2012 os referidos proveitos haviam apresentado reduções de 26,9% e de 25,9%, respectivamente. Por área as evoluções destes proveitos em 2013 face ao ano anterior foram os seguintes: +7,6% na comercialização de veículos automóveis novos, tendo passado a representar 42,7% do total de proveitos; +26,7% na comercialização de veículos automóveis usados, tendo passado a representar 21,2% dos proveitos; -1,8% na venda de peças e acessórios, tendo passado a representar 16,2% dos proveitos; +0,8% serviços de assistência técnica, tendo passado a representar 5,6% dos proveitos; e +44,9% na comercialização de tractores e máquinas agrícolas, tendo passado a representar 14,3% dos proveitos. QUADRO 2.1. PROVEITOS OPERACIONAIS TOTAIS E CONSOLIDADOS DAS ACTIVIDADES NÃO FINANCEIRAS DO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL (MILHARES DE EUROS) 2009 2010 2011 2012 2012* 2013* TxCrMéd 2012/09 TxCres 2013/12 A PREÇOS CORRENTES: Veículos Automóveis 212 807 287 646 194 165 131 614 118 115 133 760 (11,0) 13,2 Novos 147 964 207 152 136 444 85 075 83 117 89 422 (11,8) 7,6 Usados 64 843 80 494 57 721 46 539 34 998 44 338 (9,1) 26,7 Peças e Acessórios 51 240 54 623 47 598 42 170 34 618 33 979 (9,8) (1,8) Serviços de Assistência Técnica 15 109 16 224 15 165 13 874 11 601 11 692 (6,2) 0,8 Tractores e Máquinas Agrícolas 18 203 26 517 24 995 20 721 20 721 30 017 13,3 44,9 Outras Actividades 259 1 319 596 946 946 0 (100,0) (100,0) TOTAL 297 618 386 328 282 519 209 326 186 000 209 449 (8,4) 12,6 Em % do Total Veículos Automóveis 71,5 74,5 68,7 62,9 63,5 63,9 - - Novos 49,7 53,6 48,3 40,6 44,7 42,7 - - Usados 21,8 20,8 20,4 22,2 18,8 21,2 - - Peças e Acessórios 17,2 14,1 16,8 20,1 18,6 16,2 - - Serviços de Assistência Técnica 5,1 4,2 5,4 6,6 6,2 5,6 - - Tractores e Máquinas Agrícolas 6,1 6,9 8,8 9,9 11,1 14,3 - - Outras Actividades 0,1 0,3 0,2 0,5 0,5 0,0 - - TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 - - Notas: Valores arredondados. * Dados consolidados, ou seja, expurgados das vendas e prestações de serviços intra-grupo. Fonte: Auto-Industrial. A actividade financeira é exercida através da AI SGPS, sub-holding na qual a AI detém uma participação de 63,95% do capital social e que é objecto de consolidação integral nas demonstrações financeiras da AI analisadas neste relatório, e é actualmente constituída pelas seguintes participações accionistas: 2,1% do capital social do Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. (Banif), principal banco e holding principal do Banif Grupo Financeiro; esta participação é registada ao justo valor nas demonstrações financeiras da AI analisadas neste relatório e representa uma redução de 0,5 pontos percentuais (pp) face à referida no anterior relatório de follow-up e à detida no final de 2013, em virtude de alienações realizadas em 2014 que proporcionaram um encaixe de 6,0 M, tendo o mesmo sido utilizado para a redução do saldo da dívida financeira; ARC Ratings, S.A. 5/28

2,6% do capital social da Banif Mais, S.G.P.S., S.A. (Banif Mais SGPS), sub-holding do Banif Grupo Financeiro que detém o Banco Banif Mais, S.A. (Banif Mais), uma instituição de crédito especializada no financiamento de aquisição de veículos; esta participação é registada ao custo histórico nas demonstrações de financeiras da AI analisadas neste relatório. A estrutura accionista da AI continua a ser dominada por um conjunto de dez accionistas históricos, tendo a percentagem de capital detida pelos mesmos continuado a aumentar, passando de 61,7% no fim de Agosto de 2012 para 62,5% a 7 de Março de 2013 e para 63,2% mais recentemente, devido à continuação do processo de saída de alguns pequenos accionistas, que cederam as suas posições aos maiores accionistas da AI. De referir que a participação de cada um dos referidos accionistas não ultrapassa os 11,0%. 3. EVOLUÇÃO RECENTE 3.1. ENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO O Estado Português esteve desde meados de 2011 até Maio de 2014 sob assistência financeira internacional (Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal) do Fundo Monetário Internacional (FMI), da União Europeia (UE) e do Banco Central Europeu (BCE), tendo-se obrigado a um extenso programa de medidas de consolidação orçamental e de reformas estruturais. As avaliações do cumprimento deste programa foram positivas e nos meses mais recentes o Estado Português tem vindo a financiar-se no mercado, consecutivamente com melhores condições de taxa de juro e a prazos mais alargados, constituindo uma reserva de fundos que lhe facilitou a saída do programa. Na economia portuguesa o ano de 2012 manteve a situação de recessão acentuada verificada no segundo semestre de 2011, na sequência do pedido de auxílio financeiro externo, com uma tendência de agravamento ao longo de todo o ano de 2012 e até ao primeiro trimestre de 2013. Ao longo dos restantes trimestres de 2013 verificou-se uma tendência de atenuação da recessão e a passagem a crescimento homólogo no último trimestre. Assim, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o produto interno bruto (PIB) português diminuiu face aos anos anteriores 3,2% em 2012 e 1,4% em 2013. A taxa de desemprego em Portugal continuou a aumentar até ao primeiro trimestre de 2013, tendo passado, segundo estimativas do INE, de 14,9% no primeiro trimestre de 2012 para 17,7% no primeiro trimestre de 2013, e baixou para 15,3% no quarto trimestre de 2013. O sistema bancário português foi gravemente afectado pela situação da República Portuguesa e de outros Estados Soberanos e pela recessão da economia. Este facto, conjugado com o endurecimento dos requisitos de fundos próprios impostos aos bancos pelas entidades reguladoras, levou à necessidade de recapitalização dos principais bancos portugueses. Para apoiar este processo o Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal incluiu uma componente financeira com este fim específico. Após o Banco Espírito Santo, SA (BES) ter apresentado as suas demonstrações financeiras para o primeiro semestre de 6/28 ARC Ratings, S.A.

2014, que incluíram provisões e perdas extraordinários no valor de 4,2 mil M, levando a uma deterioração substancial da sua situação de solvência e incumprimento dos requisitos mínimos de capital, o Banco de Portugal anunciou, em 3 de agosto de 2014, ter iniciado o processo de resolução do BES. Na sequência desta resolução as actividades bancárias em geral, muitos dos activos, quase todos os depósitos de clientes e as dívidas sénior do BES foram transferidos para o recém constituído Novo Banco, S.A. (Novo Banco), enquanto o BES manteve certos activos problemáticos, os instrumentos de dívida híbridos e subordinados emitidos e garantidos, bem como a participação accionista. De acordo com a Fitch Ratings (Fitch), o Novo Banco receberá 4,9 mil M de capital do Fundo de Resolução, o qual é constituído por contribuições e uma taxa bancária, mas não tem suficiente dimensão para satisfazer as necessidades de capitalização do Novo Banco, pelo que receberá também um empréstimo temporário do Estado Português. Ainda de acordo com a Fitch o montante já reservado para a recapitalização dos bancos no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal é suficiente para cobrir a capitalização do Novo Banco, sem a necessidade de recurso a empréstimos adicionais, não alterando assim as previsões da Fitch para o risco soberano, nem colocando qualquer pressão sobre o rating da República Portuguesa. 3.2. REPRESENTAÇÃO DE MARCAS DE VEÍCULOS AUTOMÓVEIS E COMERCIALIZAÇÃO DE VEÍCULOS USADOS REPRESENTAÇÃO DE MARCAS DE VEÍCULOS AUTOMÓVEIS (VEÍCULOS NOVOS) Em Setembro de 2012 o contrato de distribuição de veículos novos da marca BMW para Leiria e Caldas da Rainha da participada A. Braz Heleno, S.A. (A. Braz Heleno) foi denunciado pela marca, terminando em Setembro de 2013, contrariamente à vontade do Grupo AI. De referir que, esta participada foi adquirida pelo Grupo no final de 2006, tinha vindo a cumprir os objectivos fixados pela marca e em 2011 tinha efectuado investimentos com significado em instalações nas Caldas da Rainha, tendo estes respeitado as exigências da BMW e sido acompanhados por esta. Dado este contexto a A. Braz Heleno demandou judicialmente a BMW Portugal Lda., encontrando-se o processo em curso. A possibilidade de denúncia dos demais contratos de distribuição de veículos novos detidos pelo Grupo existe, mas esta possibilidade é remota dada a selecção geográfica de distribuidores, tendo a da BMW sido a única denunciada por iniciativa da marca durante a longa presença do Grupo no mercado. Em 2014 verificaram-se as seguintes evoluções nas representações detidas pelo Grupo: a não renovação da representação da marca Citröen em Coimbra (mantendo o Grupo apenas o serviço de reparação autorizada desta marca no Porto, através da CAM), tendo por isso o Grupo decidido proceder ao encerramento da actividade de sua participada Garagem de Santa Cruz, Lda.; com este encerramento estima incorrer em cerca de 0,2 M com indemnizações e acordos com os trabalhadores; passou a representar a marca Dacia em todos os locais em que detém a representação da marca Renault; de acordo com o Grupo AI, a marca Dacia tem um grande potencial de crescimento no mercado português já que os seus produtos têm um enquadramento adequado na actual situação do mercado; a marca Chevrolet anunciou terminar com a representação da marca na Europa Ocidental, incluindo Portugal, dada a concorrência dos produtos da marca com os da Opel; em consequência disso o Grupo AI, que detém representações ARC Ratings, S.A. 7/28

da marca Chevrolet em Lisboa e Coimbra, irá ser ressarcido em cerca de 0,3 M. Apesar da carteira de concessões do Grupo abranger um conjunto alargado de marcas e de grupos construtores, em termos de vendas, o Grupo mantém uma forte concentração nas marcas Opel (pertencente ao grupo General Motors Company GM) e Ford (pertencente ao grupo Ford Motor Company FORD), que, em conjunto, representaram 43,8% do número de veículos ligeiros novos que o Grupo comercializou em 2013, que compara com 50,0% no ano completo de 2012. Para além disso, no caso do Grupo GM, há ainda que acrescentar as vendas da Chevrolet e da Isuzu, elevando para 49,9% a concentração das vendas em 2013 do Grupo AI em marcas dos Grupos GM e Ford (contribuição que baixou face ano anterior em que ascendeu a 56,1%). Dado o contexto económico-financeiro nacional o Grupo mantém a decisão de realizar um nível mínimo de esforço de investimento e de gerar fundos com as instalações que possui através da venda ou arrendamento. Assim, o único investimento relevante nas suas instalações que deverá iniciar a curto prazo é o da remodelação do edifício Arnado em Coimbra, num valor em torno de 1,5 M, do qual metade a efectuar pelo Grupo AI para a concentração das representações de duas marcas (Opel, Chrysler e Isuzu) das três marcas (Mercedes, para além das anteriormente referidas) que o Grupo representa no concelho. Os licenciamentos para o avanço desta obra estão todos aprovados, tendo sido concluídas as negociações para o arrendamento de parte do espaço a um grupo de distribuição alimentar, encontrado-se actualmente em fase de formalização do contrato, no âmbito do qual o Grupo AI irá auferir uma renda com valor anual de cerca de 0,2 M no âmbito de contrato com prazo de 10 a 20 anos. A realização deste investimento e a concentração das actividades permitirá a obtenção de sinergias operacionais. O Grupo está a analisar a eventual concentração das suas operações na região de Leiria, onde considera que possui instalações sobredimensionadas para a sua actividade e repartidas por um número excessivo de localizações, o que permitiria, pelo menos, reduzir os custos de exploração e, eventualmente, arrendar ou alienar as instalações que ficarem desocupadas. O Grupo AI dispõe de vários terrenos e instalações não afectas à actividade que poderá arrendar ou alienar, com valor que poderá ascender a 10,0 M. Em 2013 e nos dois primeiros dois meses de 2014, face aos respectivos períodos homólogos do ano anterior, foram registados crescimentos de 11,5% e de 38,5%, respectivamente, nas unidades vendidas de veículos ligeiros novos em Portugal. Apesar do crescimento verificado em 2013 as unidades de veículos ligeiros novos vendidas representaram apenas 64,0% das unidades vendidas no ano de 2010, ano em que foram vendidas 269 mil unidades, número que corresponde ao número médio de unidades vendidas em cada um dos anos de 2003 a 2008. Das principais marcas representadas pelo Grupo em 2013 apenas as marcas Mercedes, Renault e Opel apresentaram uma performance comercial superior à do mercado, tendo as unidades de veículos ligeiros vendidas por estas marcas sido superiores à do mercado em 14,6 pp, em 12,2 pp e em 3,3 pp, respectivamente. A evolução superior à do mercado apresentada pelas duas primeiras marcas deveu-se a disporem de modelos recentes e com boa aceitação. Das demais marcas representadas pelo Grupo em 2013 destacam-se pela importância que têm para o Grupo a Chevrolet, a Ford e a Fiat nas quais as unidades de veículos ligeiros vendidas apresentaram desempenho inferior ao 8/28 ARC Ratings, S.A.

mercado em 21,1 pp, 19,9 pp e em 2,9 pp, respectivamente. No caso das duas primeiras marcas a evolução ao mercado deveu-se no caso da Chevrolet à decisão de sair do mercado em 2014 e à concorrência dos produtos da marca Opel e no caso da Ford à falta de modelos recentes. Em 2013, face ao ano anterior, o número de unidades de veículos ligeiros vendidas pelo Grupo AI aumentou em 6,9%, tendo este sido inferior ao apresentado pelo mercado em 4,6 pp. Considerando o conjunto de marcas representadas que se manteve constante entre os dois períodos indicados, o aumento seria de 9,4%, reduzindo-se a diferença negativa face ao crescimento apresentado pelo mercado para apenas 1,5 pp. Neste caso a quota de mercado do Grupo AI em termos de unidades comercializadas teria ascendido a 3,2% em 2013, o que representa redução de 0,1 pp face a verificada no ano anterior, decorrente do seguinte: o Grupo apresentou desempenhos superiores aos das respectivas marcas no número de unidades vendidas principalmente nas seguintes marcas: Renault (+84,2 pp, que se deveu ao impacto das unidades vendidas pelo Grupo a frotas do Grupo Banif num total de 219 em 2013); Chevrolet (+11,8 pp, já que o Grupo ganhou quota de mercado devido à insolvência de um concessionário concorrente); Fiat (+6,7 pp), já que a representação desta marca pela CAM apenas iniciou apenas em Maio de 2012); Mercedes (+4,5 pp, caso em que a alteração do gerente e reestruturação da equipa de vendas numa das representações do Grupo teve um impacto muito positivo); o Grupo apresentou desempenhos inferiores aos das respectivas marcas no número de unidades vendidas principalmente nos casos das seguintes marcas: Citröen (-44,1 pp, devido ao término da representação da marca pela Garagem de Santa Cruz); Opel (-15,2 pp, devido às unidades vendidas em 2012 incluírem 214 veículos para a frota de uma grande empresa em Portugal); Ford (-5,8 pp, devido ao impacto do elevado número de unidades que tinham sido exportadas pelo Grupo em 2012). Apesar da manutenção da importância das vendas a rent-a-cars e a outros frotistas em 2013, geradoras de menor margem, a margem bruta em percentagem do volume de negócios na venda de veículos novos pelo Grupo AI aumentou de 5,3% em 2012 para 5,9% em 2013. Também o resultado operacional na venda de veículos novos pelo Grupo AI aumentou de -0,8% em 2012 para 1,1% em 2013. O valor dos stocks de veículos novos (incluindo o valor das mercadorias em consignação) do Grupo AI ascendia a 14,0 M no final de 2013, tendo baixado 1,6 M face ao valor verificado no final do ano anterior. Ao contrário do verificado em 2012, em que a redução das vendas foi superior à dos stocks, o que provocou que o valor de stocks de veículos novos representasse mais 5 dias do respectivo volume de negócios do que o verificado no ano anterior, em 2013 representou 57 dias do respectivo volume de negócios, ou seja menos 11 dias do que o verificado em 2012. VEÍCULOS USADOS Considerando o número de registos de alteração de propriedade de veículos ligeiros usados no mercado português, em 2013 o mercado terá crescido cerca de 3,0% face ao ano anterior. Segundo o Grupo AI, entre os períodos indicados, verificou-se redução do preço médio de comercialização dos veículos usados em cerca de 5,0%. Em 2013 e nos primeiros dois meses de 2014, face a períodos homólogos do ano anterior, as unidades vendidas de ARC Ratings, S.A. 9/28

veículos ligeiros usados pelo Grupo AI aumentaram 21,9% e 10,6% respectivamente, tendo o número de unidades comercializadas ascendido a 5 608 em 2013, número que, conforme verificado também em 2012, superou as unidades vendidas de veículos novos. Para esta evolução contribuíram uma operação de remarketing da frota de veículos ligeiros do Banif Rent, passando o Grupo a assegurar a gestão do remarketing desta frota e encontrando-se previsto que a frota activa à data (4 mil veículos) seja liquidada até 2016; e o sucesso das feiras destinadas a comerciantes certificados e ao público em geral. De referir que, segundo o Grupo AI, as dificuldades financeiras de muitos dos seus concorrentes tem permitido ao Grupo o seu desempenho em termos do número de unidades vendidas de veículos usados e o aumento de sua quota de mercado. A margem bruta em percentagem do volume de negócios na venda de veículos usados pelo Grupo AI aumentou significativamente em 2013 para 6,3%, mais 2,2 pp que a verificada no ano anterior. 3.3. PEÇAS E ACESSÓRIOS E SERVIÇOS DE OFICINA Os proveitos operacionais do Grupo AI na comercialização de peças e acessórios e na prestação de serviços de assistência técnica diminuíram 1,2% em 2013 face ao ano anterior, sendo que em 2012 tinham diminuído 10,7% face ao ano anterior. De referir que parte da diminuição verificada em 2013 deve-se ao encerramento de operações do Grupo e que, face às principais marcas de veículos representadas, o Grupo AI apresentou um desempenho superior na evolução da venda de peças e na prestação de serviços de assistência técnica. A prudência do Grupo AI quanto à política de crédito comercial nas vendas de peças também tem vindo a afectar os volumes de vendas, evitando, no entanto, prejuízos maiores com incumprimentos. Apesar da referida redução de proveitos a margem bruta da actividade de comercialização de peças e acessórios e na prestação de serviços de assistência manteve-se em valor nos anos de 2012 e de 2013, pelo que aumentou em proporção dos proveitos, devido aos impactos do processo de reestruturação efectuados pelo Grupo e também ao menor peso da prestação de serviços associados a garantias das marcas representadas, caso em que a margem é inferior às demais. 3.4. IMPORTAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS Na actividade de importação e comercialização de máquinas agrícolas em Portugal verificou-se a cessação, desde 1 de Junho de 2013, da representação da marca de equipamentos (de condicionamento do solo, de pulverização e distribuição de adubo) Amazone (que passou a operar em Portugal a partir de Espanha), encontrando-se em curso as negociações do Grupo AI com a marca Kverneland para o alargamento da representação desta marca pelo Grupo AI ao leque de produtos equivalentes aos que o Grupo representava da marca Amazone e que não representa de outras marcas (equipamentos de pulverização e distribuição de adubo). Assim, actualmente salientam-se acordos de importação e distribuição de máquinas agrícolas pelo Grupo AI das seguintes importantes marcas internacionais: Claas e Fendt (tractores, ensiladoras, ceifeiras e outros equipamentos agrícolas); Kubota (tractores e equipamentos de jardinagem); Kuhn (equipamentos agrícolas); Kverneland, Mchale e Joskin (equipamentos agrícolas; Perkins (motores); Landini (tractores); e Vogel Noot (charruas e equipamentos de movimentação de solos). 10/28 ARC Ratings, S.A.

Em 2013, face ao ano anterior, o número de unidades de tractores matriculados em Portugal aumentou 23,9%, sendo que em 2012 e 2011 havia apresentado quedas de 15,2% e de 14,8%, respectivamente. De referir que o crescimento verificado em 2013 foi mais expressivo nos tractores especiais (fruteiros e vinhateiros) e convencionais, cujas unidades matriculadas aumentaram cerca de 28,0% face ao ano anterior, do que nos compactos, que apresentaram crescimento mais moderado (17,3%). Em 2013 o Grupo AI vendeu 900 tractores, o que representou um crescimento de 18,6% face ao ano anterior, tendo este sido inferior ao apresentado pelo mercado, pelo que a quota do Grupo baixou 0,8 pp, devido, essencialmente, quatro factores: o efeito mix do mercado, com aumento menos acentuado do segmento que mais pesa nas vendas do Grupo (o dos tractores compactos); a atitude prudente do Grupo AI no fornecimento a crédito aos seus concessionários e de alguns concessionários aos clientes finais, perdendo vendas para marcas concorrentes; o aumento da concorrência das marcas coreanas no segmento dos tractores compactos; e a situação financeira do concessionário da marca Kubota em Viseu, que se encontra em Processo Especial de Revitalização (PER), o que teve impacto com significado nas unidades vendidas pelo Grupo AI a este concessionário. De referir que, desde Janeiro de 2014, que o Grupo AI tem um concessionário alternativo em Viseu, que considera com capacidade de comercializar anualmente o mesmo número de unidades que o anterior. Em 2013 a margem bruta em percentagem do volume de negócios desta actividade ascendeu a 9,3%, menos 1,3 pp que a verificada em 2012. No entanto, o resultado operacional desta área de negócios, que havia sido negativo em 2012 no valor de 0,3 M, reflectindo a quebra das vendas, a redução da margem bruta em percentagem do volume de negócios e o registo excepcional de 0,6 M de imparidades no saldo de clientes, ascendeu a 1,9 M em 2013. Segundo o Grupo, o referido registo de imparidades no saldo de clientes foi excepcional na medida em que foi quase totalmente relativo à concessão de crédito sem terem sido respeitados os procedimentos internos. De referir que, a eventual necessidade de registo de imparidade para o saldo relativo ao concessionário de Viseu que se encontra em PER é compensado com a recuperação já ocorrida de um saldo que se encontrava provisionado integralmente de outro concessionário. No final de 2013 o valor das existências desta área de negócio ascendia a 11,7 M, tendo baixado 4,2 M face ao final de 2012. De referir que no fim de 2012 este valor estava influenciado pela existência de 8 tractores que em Janeiro de 2013 foram exportados para a Argélia (um negócio pontual, mas que poderá gerar novos negócios). O referido valor de existências representava 143 dias do respectivo volume de negócios de 2013, tendo baixado cerca de 126 dias face ao verificado em 2012. 3.5. ACTIVIDADE FINANCEIRA O Banif foi objecto de um Plano de Recapitalização que incluiu o seguinte: a subscrição pelo Estado Português de capital social no valor 700,0 M e de instrumentos financeiros subordinados e convertíveis em acções (CoCo's) qualificados como capital Core Tier 1 no valor de 400,0 M, tendo estas subscrições ocorrido no início de 2013, sendo que 150,0 M destes CoCos foram amortizados em Agosto de 2013; e aumentos do capital social a subscrever por ARC Ratings, S.A. 11/28

accionistas privados no valor de 450,0 M, dos quais 311,5 M foram efectuados em 2013. Deste total a subscrever por accionistas privados o Grupo AI comprometeu-se realizar 25,0 M, o que efectuou em Junho de 2013. Verificou-se também relativamente ao Banif em Setembro de 2013 a conversão em acções de 70,0 milhões de valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis (VMOCs), dos quais a AI SGPS detinha 59,4 milhões. Após estas operações de aumento do capital social do Banif a participação da AI SGPS neste capital social passou a ascender a 2,6%, enquanto que o Estado Português passou a deter 68,8% deste capital social e a Herança Indivisa de Horácio Roque passou a deter 7,7% deste capital social. Com a conversão dos VMOCs em igual número de acções do Banif, emitidas ao preço unitário de 0,01 euros, o Grupo AI incorreu em uma perda de 97,7 M. Já em 2014 o Banif procedeu em Abril à recompra de 125,0 M de CoCo s e foi anunciada a realização de um aumento de capital social até 138,5 M, por oferta pública de subscrição destinada ao público em geral, que foi concluída no início de Junho de 2014. Com a concretização deste aumento do capital social e considerando a redução da participação detida pela AI SGPS em 2014 o Grupo AI passou a deter 1,8722% % do capital social do Banif. O Banif continuou em 2013 com seu plano de reestruturação que incidiu sobre o seu reposicionamento, a redução de custos e racionalização da estrutura de distribuição. Em 2013 a margem financeira e o produto bancário aumentaram face ao ano anterior, respectivamente, 18,7% e 40,5%, sendo que sem considerar o impacto dos custos dos CoCos o aumento da margem financeira entre os períodos indicados teria ascendido a 47,8%. Acresce que em 2013 se verificou, face ao ano anterior, a redução dos custos de estrutura em 12,8%, ou seja para 236,8 M, na sequência da política seguida de redução dos mesmos, tendo entre os períodos indicados verificado-se redução do pessoal (179 colaboradores) e do número de balcões (36 em Portugal). No entanto, o resultado líquido em 2013 ascendeu a -470,3 M, face a -584.2 M no ano anterior, tendo sido penalizado pelo reforço de provisões e imparidades (366,1 M ), pelo resultado das unidades descontinuadas e pelos custos associados aos CoCos e ao processo de recapitalização. No final de 2013 o rácio de solvabilidade do Banco ascendia a 11,2%, sendo superior ao limite legal e próximo do verificado no final de 2012. Os ratings dos compromissos financeiros de curto prazo e de médio e longo prazo do Banif, são actualmente os seguintes (médio e longo prazo / tendência / curto prazo): BB / negativa / B pela Fitch; e Caa1 / negativa / NP pela Moody s Investors Service. Face ao anterior Relatório de Follow-up, verificou-se a manutenção dos ratings e tendências atribuídas. A cotação das acções representativas do capital social do Banif ascendia a 0,0105 euros por acção no final de 2013, face a 0,146 euros por acção no final de 2012. No primeiro trimestre de 2014 a cotação aumentou para 0,0123 euros por acção. Em 2013, em termos consolidados, o Banif Mais SGPS apresentou um resultado líquido de 18,3 M, o que representou aumento de 78,0% face ano anterior, tendo entre o final dos períodos indicados o activo apresentado redução de 6,1%. 12/28 ARC Ratings, S.A.

4. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA 4.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS A análise que se segue incide sobre as demonstrações financeiras consolidadas da AI relativas a 2013 elaboradas segundo as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) do Sistema de Normalização Contabilística (SNC). De referir que as demonstrações financeiras consolidadas da AI relativas a 2013 foram sujeitas a auditoria pela BDO & Associados, SROC, Lda. (BDO), apresentando esta uma ênfase relativa ao facto do "capital próprio em 31 de Dezembro de 2013" ser "negativo em 1,6 M (...) estando a continuidade do conjunto das empresas incluídas na consolidação dependente da recomposição dos seus capitais". A ARC Ratings, S.A. (ARC Ratings) realizou ajustamentos / reclassificações às demonstrações financeiras do Grupo AI, salientando-se o ajustamento nos balanços até 31 de Dezembro de 2012 do valor dos títulos (acções e VMOCs) do Banif registado em investimentos financeiros para valor de mercado (segundo a cotação em bolsa de valores), sem a consideração de activos por impostos diferidos (dada a reduzida probabilidade de recuperação desses eventuais activos em caso de realização das perdas de valor destes títulos), por contrapartida directa de capitais próprios e interesses minoritários. No balanço de 31 de Dezembro de 2013 o Grupo AI passou a aplicar este critério de valorização para estes títulos. 4.2. CAPACIDADE DE GERAÇÃO DE FUNDOS Em 2013 o volume de negócios do Grupo AI aumentou 12,6% face ao ano anterior, após quedas de 25,4% em 2012 e de 26,7% em 2011, tendo-se verificado ao nível da rendibilidade o aumento do Excedente Bruto de Exploração (EBITDA) em percentagem do volume de negócios para 1,9%, mais 1,6 pp que o verificado no ano anterior. Para este aumento contribui, essencialmente, a redução dos gastos operacionais fixos que, em percentagem do volume de negócios, baixaram 1,9 pp, já que a representatividade dos rendimentos suplementares no volume de negócios baixou 0,3 pp entre os períodos indicados. Estes rendimentos correspondem à componente variável da remuneração da distribuição automóvel, sendo uma característica própria do modelo de negócio da distribuição automóvel. Segundo o Grupo AI, a redução da contribuição destes rendimentos para o volume de negócios em 2013 resultou, em parte, de um apoio pontual concedido em 2012 por uma das marcas representadas. De referir que em 2013 continuou o processo de redução de pessoal do Grupo AI, tendo o número de efectivos, em termos médios, diminuído 6,8% após reduções de 11,2% em 2012 e de 4,3% em 2011. Nestes três anos o Grupo AI registou redução global de 4,9 M nas despesas com pessoal, sendo que em 2013 estas despesas representaram menos 20,7% face às verificadas no ano de 2010. As indemnizações por rescisões de contratos, no âmbito do processo de ajustamento da estrutura do Grupo, ascenderam a 357 mil euros (m ) em 2011, a 410 m em 2012 e a 461 m em 2013. ARC Ratings, S.A. 13/28

Em sentido contrário o aumento do custo bruto do capital alheio teve impacto negativo na rendibilidade do Grupo AI em 2013, apesar da redução do saldo da dívida financeira, tendo este custo ascendido a 4,3%, mais 0,8 pp que o verificado em cada um dos anos de 2012 e de 2011. No entanto, o indicador de cobertura dos gastos financeiros de financiamento pelo EBITDA ascendeu a 0,7 vezes em 2013 face a 0,1 vezes em 2012. QUADRO 4.2.1. DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE RESULTADOS DO GRUPO AI (MILHARES DE EUROS) 2009 2010 2011 2012 2013 VOLUME DE NEGÓCIOS 266 546 340 072 249 305 186 000 209 449 Gastos Variáveis 242 020 310 722 227 413 168 400 189 645 Custo Merc. Vend. e Mat. Cons. 231 612 299 798 217 380 159 197 180 274 Fornecimentos e Serviços Externos Variáveis 10 417 10 898 10 061 9 157 9 363 Variação da Produção (-) (9) 26 (28) 46 9 MARGEM DE CONTRIB. BRUTA 24 526 29 350 21 892 17 600 19 804 Rendimentos Operacionais Diversos 5 536 7 083 6 237 4 396 4 484 Rendimentos Suplementares 4 521 6 711 5 741 3 827 3 754 Subsídios à Exploração 0 0 0 0 0 Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais 1 015 372 496 569 730 MARGEM DE CONT. OPERACIONAL 30 062 36 433 28 129 21 996 24 288 Gastos Operac. Fixos 23 432 25 109 24 148 21 489 20 263 Gastos com o Pessoal 21 428 23 697 22 675 20 088 18 796 Impostos 404 401 498 416 553 Outros Gastos Operacionais 1 599 1 011 974 984 914 EXCEDENTE BRUTO DE EXPLORAÇÃO (EBITDA (a)) 6 630 11 324 3 981 508 4 025 Amort. de Activos Fixos Tangíveis e Intangíveis 3 874 3 506 3 292 2 988 2 613 Provisões (151) 0 0 174 0 Imparidade e Variação de Justo Valor 379 255 784 816 112 976 Rendimentos e Gastos Relativos a Equivalência Patrimonial 6 4 484 (21 647) (77 230) 2 RESULTADO OPERACIONAL (EBIT (b)) 2 534 12 047 (21 741) (80 700) (111 562) RESULTADO FINANCEIRO (463) 2 353 (2 093) (3 175) (3 923) Rendimentos Financeiros 3 474 4 997 2 404 1 923 1 731 Gastos Financeiros 3 937 2 644 4 497 5 097 5 655 RESULTADO CORRENTE 2 070 14 400 (23 834) (83 875) (115 486) RESULTADOS NÃO CORRENTES 1 404 (257) (453) 505 3 896 Rendimentos Não Correntes 1 800 71 20 1 042 4 368 Gastos Não Correntes 396 328 473 537 472 RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 3 474 14 143 (24 287) (83 370) (111 590) Impostos S/ Rendimento do Exercício 1 3 330 722 505 216 Interesses Minoritários 79 2 818 (7 404) (27 526) (40 862) RES. CONSOL. LÍQUIDO DO PERÍODO 3 394 7 995 (17 605) (56 349) (70 945) Distribuição de Resultados 3 016 1 952 368 47 0 RES. CONSOLIDADO LIQ. RETIDO 377 6 043 (17 974) (56 395) (70 945) Notas: Valores arredondados. Contas com ajustamentos efectuados pela ARC Ratings para efeitos de análise. Contas de 2013 auditadas pela BDO & Associados, SROC, Lda.. (a) Earnings before interests, taxes, depreciation and amortization. (b) Earnings before interests and taxes. Fontes: Relatórios e Contas do Grupo AI. Informações adicionais pela Auto-Industrial. Em 2013 continuou a ter significativo impacto na rendibilidade do Grupo AI a valorização da participação detida no capital social do Banif. Em Fevereiro de 2013, na sequência da diluição da participação detida pelo Grupo AI, foi alterado o método de contabilização desta participação, passando do método da equivalência patrimonial para o 14/28 ARC Ratings, S.A.

método do justo valor, com as variações de justo valor a serem registadas directamente em capitais próprios (aplicando as Normas Internacionais de Relato Financeiro - NIRF). No entanto, a diferença de valorização no momento da alteração de método contabilístico, uma perda de 14,9 M, teve de ser registada em resultados. Em Setembro de 2013 a conversão dos VMOCs em acções gerou uma perda 97,7 M. Ou seja, a valorização da participação detida no capital social do Banif teve um impacto global de -112,7 M no resultado operacional (EBIT) de 2013 do Grupo AI (face a -77,2 M em 2012). Sem considerar estes impactos o EBIT do Grupo teria sido ascendido a cerca de 1,1 M em 2013, face a -3,5 M em 2012. QUADRO 4.2.2. MAPA DE FLUXOS CONSOLIDADO DA GRUPO AI (MILHARES DE EUROS) 2010 2011 2012 2013 MEIOS LIBERTOS OPERACIONAIS (MLO) (6 656) 6 371 12 080 16 883 MEIOS LIBERTOS CORRENTES (MLC) (4 663) 4 180 8 907 12 955 MEIOS DISPON. P/ DECISÕES ESTRATÉGICAS (MDDE) (7 286) 1 806 8 740 11 576 Actividades de Investimento 17 254 3 011 30 727 (16 993) MEIOS LIBERTOS P/ ACC. E CREDORES (24 540) (1 205) (21 987) 28 570 Pagamentos de Distribuição de Res. 3 016 1 952 368 47 SALDO DE FINANCIAMENTO (27 556) (3 157) (22 356) 28 523 Entradas de Capital 0 0 (2 500) 0 Acréscimo (Decréscimo) Directos em Res. Transit. (406) 2 735 3 422 (7 204) Acréscimo Interesses Minoritários (297) (2 350) 1 412 (3 550) Acréscimo dos Débitos de Longo Prazo de Financiamento (2 721) (872) 4 573 28 147 SALDO DE FINANCIAMENTO A CURTO PRAZO (30 981) (3 645) (15 449) 45 916 Acréscimo dos Débitos de Curto Prazo de Financiamento 14 368 4 848 6 776 (38 338) + Acr. Outros Credores e Dif. 164 (942) 8 335 (8 010) - Acréscimo Out. Devedores e Dif. (16 413) 518 (135) (473) VARIAÇÃO DAS DISPONIBILIDADES E SEUS EQUIVALENTES (37) (258) (203) 41 Notas: Valores arredondados. Contas com ajustamentos efectuados pela ARC Ratings para efeitos de análise. Contas de 2013 auditadas pela BDO & Associados, SROC, Lda.. Fontes: Relatórios e Contas do Grupo AI. Informações adicionais pela Auto-Industrial. Os resultados não correntes do Grupo AI ascenderam a 3,9 M em 2013 devido, essencialmente, à mais valia obtida na alienação de instalações que posteriormente foram arrendadas pelo Grupo, tendo aumentado significativamente face a 2012, período em que ascendeu a 0,5 M. Os resultados de interesses minoritários ascenderam -40,9 M em 2013, face a -27,5 M em 2012, correspondendo essencialmente às perdas associadas à participação no Banif que são atribuíveis aos accionistas minoritários da AI SGPS. O resultado consolidado líquido do Grupo AI após interesses minoritários ascendeu a -70,9 M em 2013, face a -56,4 M em 2012. Sem considerar o impacto da participação detida no capital social do Banif, o resultado consolidado do Grupo AI teria ascendido a 1,1 M em 2013, face a -7,0 M em 2012. Os meios libertos operacionais (MLO) do Grupo AI ascenderam a 16,9 M em 2013, beneficiando, face ao EBITDA (4,0 M ), da redução de 13,2 M nas necessidades em fundo de maneio (NFM). Os referidos MLO permitiram, após os pagamentos líquidos de resultados financeiros, de resultados não correntes e de impostos sobre o rendimento, que o ARC Ratings, S.A. 15/28

Grupo AI gerasse 11,6 M de meios disponíveis para decisões estratégicas (MDDE). QUADRO 4.2.3. CAPACIDADE DE GERAÇÃO DE FUNDOS CONSOLIDADA DA GRUPO AI 2009 2010 2011 2012 2013 Crescimento do Capital Próprio - (21,7%) (55,5%) (82,1%) (139,2%) do Volume de Negócios - 27,6% (26,7%) (25,4%) 12,6% Rendibilidade (1) Margem Cont. Bruta em % do Vol. Neg. 9,2% 8,6% 8,8% 9,5% 9,5% (2) Efeito de Rendimentos Operac. Diversos 1,226 1,241 1,285 1,250 1,226 (3) Efeito de Gastos Operacionais Diversos 0,084 0,331 (0,773) (3,669) (4,593) (4) REND. OPERAC. VOL. NEG. = (1)x(2)x(3) 1,0% 3,5% (8,7%) (43,4%) (53,3%) (5) Rotação do Activo 0,877 1,257 1,340 1,169 1,629 (6) REND. OPERAC. DO ACTIVO = (4)x(5) 0,8% 4,5% (11,7%) (50,7%) (86,8%) (7) Custo Bruto do Capital Alheio 3,0% 1,9% 3,5% 3,5% 4,3% (8) "Spread" = (6)-(7) (2,2%) 2,5% (15,2%) (54,2%) (91,1%) (9) Debt to Equity Ratio 1,146 1,550 3,253 20,357 - (10) EFEITO ADITIVO DE ALAV. FIN. = (8)x(9) (2,5%) 3,9% (49,4%) (1104,1%) - (11) Custo Bruto dos Int. Minoritários 0,1% 6,6% (43,0%) (354,5%) (3348,7%) (12) "Spread" = (6)-(11) 0,7% (2,1%) 31,3% 303,8% 3261,9% (13) Interesses Minoritários/Equity 0,522 0,482 0,434 1,095 (0,439) (14) EFEITO ADITIVO INT. MIN. = (12)x(13) 0,4% (1,0%) 13,6% 332,8% (1432,7%) (15) EFEITO ADITIVO DOS RENDIMENTOS FINANCEIROS 3,0% 5,6% 6,1% 27,1% - (16) REND. COR. CAP. PRÓP. = (6)+(10)+(14)+(15) 1,7% 13,0% (41,4%) (794,9%) - (17) Efeito Resultados Não Correntes 1,705 0,978 1,028 0,991 0,948 (18) Efeito Fiscal = (1-t) 1,000 0,706 1,043 1,009 1,003 (19) REND. CAP. PRÓPRIO = (16)x(17)x(18) 3,0% 9,0% (44,4%) (794,9%) - Produtividade Produtividade do Trabalho (em euros, a preços constantes de 2013) (1) 34 649 41 140 33 233 28 649 33 802 Estrutura dos Fluxos EBITDA em % do Vol. Negócios 2,5% 3,3% 1,6% 0,3% 1,9% Margem da Tesouraria Operacional - (2,0%) 2,4% 6,4% 8,0% MDDE em % dos Receb. de Clientes - (2,2%) 0,7% 4,6% 5,5% Taxa de Distribuição de Resultados 88,9% 24,4% (2,1%) (0,1%) 0 Cobertura dos Pagamentos de Juros e Similares pelos MLO - (2,5) 1,4 2,4 3,0 Cobertura dos Gastos Fin. de Financia/ pelo EBITDA + Res. Não Correntes 2,0 4,2 0,8 0,2 1,4 Cobertura dos Gastos Fin. de Financia/ pelo EBITDA 1,7 4,3 0,9 0,1 0,7 Cobertura dos Gastos Fin. de Financia/ pelo EBIT 0,6 4,6 (4,8) (15,8) (19,7) Prazo Médio de Paga/ das Dívidas de Fin. - - 49,2 11,5 7,8 Dívidas de Fin./(Res. Líq. Retido + Amort.) 17,2 8,9 (6,1) (1,9) (1,3) Dívidas de Financ./Vol. Negócios 0,3 0,2 0,4 0,5 0,4 Cobertura da Dívida Financeira a C. Prazo pelos MDDE - - 0,023 0,103 0,247 Risco Margem de Segurança Operacional (12,2%) 16,9% (127,8%) (483,5%) (586,0%) Margem de Segurança Total (14,1%) 24,9% (137,4%) (501,5%) (605,8%) (1) Grau de Alavanca Operacional 11,86 3,02 (1,29) (0,27) (0,22) (2) Grau de Alavanca Financeira 1,22 0,84 0,91 0,96 0,97 (3) Grau de Alavanca Não Corrente 0,60 1,02 0,98 1,01 1,03 (4) Grau de Alavanca dos Int. Minorit. 1,02 1,25 1,44 1,49 1,58 (5) Grau Comb. de Alavanca = (1)x(2)x(3)x(4) 8,86 3,22 (1,67) (0,39) (0,34) Notas: Valores arredondados. Contas com ajustamentos efectuados pela ARC Ratings para efeitos de análise. Contas de 2013 auditadas pela BDO & Associados, SROC, Lda.. (1) Índice de Preços Implícito nas Contas Nacionais, excepto em 2012 e 2013 em que foi considerado o IPC. Fontes: Relatórios e Contas do Grupo AI. Informações adicionais pela Auto-Industrial. Banco de Portugal. 16/28 ARC Ratings, S.A.

4.3. POLÍTICA FINANCEIRA As principais evoluções que se verificaram em 2013 face a 2012 no Grupo AI ao nível da política financeira foram as seguintes: a redução do défice de fundo de maneio líquido (FML) em 33,5 M, apesar do impacto em capitais próprios do resultado negativo de 2013 e do ajustamento do valor dos títulos (acções e VMOCs) do Banif registado em investimentos financeiros para valor de mercado, que foram compensados pelo significativo aumento do saldo da dívida financeira a médio e longo prazo; e a redução das NFM em 13,2 M, tendo-se verificado que o ciclo financeiro de exploração baixou de 81 dias em 2012 para 49 em 2013. Estas duas evoluções geraram uma melhoria de 46,7 M no défice de tesouraria líquida, que ascendeu a 45,3 M no fim de 2013. Apesar da redução do total do activo entre o final de 2012 e o final de 2013 em 30,6 M, devido aos impactos da alienação de activos fixos tangíveis, do ajustamento do valor dos títulos (acções e VMOCs) do Banif registado em investimentos financeiros para valor de mercado e da redução do activo cíclico, a autonomia financeira do Grupo AI baixou 6,7 pp, ascendendo a -2,2% no final de 2013. Nesta data os capitais de interesses minoritários representavam 0,9% do total do activo, menos 4,0 pp do que o verificado no final de 2012. Assim, a autonomia financeira do Grupo AI, calculada com a integração dos interesses minoritários, ascendia a -1,2% no final de 2013, menos 10,5 pp do que a verificada no final do ano anterior. No final de 2013 os capitais alheios totais do Grupo AI ascendiam a 130,1 M, menos 14,2 M que o verificado no final de 2012, e incluíam, essencialmente, o saldo da dívida financeira de 90,0 M, menos 10,2 M que o verificado no final de 2012, e 36,9 M de passivo cíclico, mais 4,2 M que o verificado no final de 2012. Do saldo da dívida financeira no final de 2013 destacam-se os seguintes aspectos: 28,9 M eram relativos a emissões de papel comercial realizadas ao abrigo dos programas cujas emissões são sujeitas a notação; 12,8 M eram relativos a utilizações de linhas de crédito, remuneradas, específicas para o financiamento de inventários, concedidas às empresas do Grupo AI com actividade de representação de marcas de veículos automóveis por empresas financeiras ligadas aos seus fornecedores e pelo Banif Mais; concentração do saldo por instituição de crédito, representando o Banco Comercial Português, S.A. (BCP) 26,8% do total (23,3% no final de 2012), o Grupo Banif 18,8% do total (30,1% no final de 2012) e o BES (actualmente Novo Banco) 16,6% do total (16,2% no final de 2012); na quase totalidade contratada com taxa de juro revisível até um ano, pelo que o risco de taxa de juro da dívida de financiamento (líquida de disponibilidades) do Grupo AI ascendia a cerca de 97,0% tanto no final de 2013 como no final de 2012; que todos os activos imobiliários do Grupo AI bem como a participação detida no capital social do Grupo Banif estão dados como garantia do saldo da dívida financeira. ARC Ratings, S.A. 17/28

QUADRO 4.3.1. ESTRUTURA FINANCEIRA CONSOLIDADA DA GRUPO AI 2009 2010 2011 2012 2013 Estrutura do Balanço Autonomia Financeira 37,5% 33,0% 21,3% 4,5% (2,2%) Interesses Minoritários / Activo 19,6% 15,9% 9,3% 4,9% 0,9% Endividamento 43,0% 51,1% 69,4% 90,7% 101,2% Estrut. do Endividamento (C.P. em % do Total) 88,1% 90,7% 90,8% 88,5% 65,7% Div. Financeira / Total do Activo 24,1% 31,4% 47,8% 63,0% 70,1% Dív. de Fin./(Dív. Financeira + Cap. Próp. + Int. Min.) 29,7% 39,1% 61,0% 87,1% 101,8% Dív. de Fin. Líquida / (Dív. de Fin. Líquida + Cap. Próp. + Int. Min.) 29,5% 38,9% 60,9% 87,1% 101,8% Risco de Liquidez 85,5% 85,8% 91,9% 96,2% 88,1% Risco de Taxa de Juro 56,2% 76,3% 100,0% 97,5% 97,2% Liquidez Geral 1,001 0,904 0,864 0,603 0,799 Liquidez Reduzida 0,532 0,461 0,365 0,248 0,332 Balanço Funcional TOTAL DO ACTIVO 304 040 270 484 185 983 159 155 128 541 Capitais Permanentes 188 942 145 006 68 815 31 518 43 096 Activo Não Corrente 188 793 157 075 84 733 82 195 60 272 FUNDO MANEIO LIQUIDO (FML) 149 (12 069) (15 918) (50 677) (17 176) Necessidades Cíclicas 89 420 104 422 90 723 74 014 65 044 Recursos Cíclicos 50 286 47 563 37 038 32 717 36 920 NECESSIDADES EM FUNDO MANEIO (NFM) 39 134 56 859 53 685 41 296 28 124 Tesouraria Activa 25 827 8 986 10 526 2 945 3 225 Tesouraria Passiva 64 812 77 915 80 130 94 919 48 525 TESOURARIA LIQUIDA (TRL) (38 985) (68 928) (69 603) (91 974) (45 300) Em % do Vol. Negócios (14,6%) (20,3%) (27,9%) (49,4%) (21,6%) Défice de TRL (em meses) 75,8 56,0 - - - Variação do FML - (12 218) (3 849) (34 759) 33 502 Variação das NFM - 17 725 (3 174) (12 389) (13 172) Variação da TRL - (29 944) (675) (22 370) 46 674 Em % do Vol. Negócios - (8,8%) (0,3%) (12,0%) 22,3% Ciclo Financeiro de Exploração (Em Dias do Vol. de Negócios) Necessidades Cíclicas em Dias do Vol. de Negócios 122 112 133 145 113 Recursos Cíclicos em Dias do Vol. de Negócios 69 51 54 64 64 CICLO FINANCEIRO DE EXPLORAÇÃO 54 61 79 81 49 Prazos Médios (em Dias) De Recebimentos 51 56 53 66 53 De Pagamentos - 43 43 58 58 De Permanência de Matérias e Mercadorias e Activos Biológicos 85 67 98 104 80 Notas: Valores arredondados. Contas com ajustamentos efectuados pela ARC Ratings para efeitos de análise. Contas de 2013 auditadas pela BDO & Associados, SROC, Lda.. Fontes: Relatórios e Contas do Grupo AI. Informações adicionais pela Auto-Industrial. Em 2013 a estrutura de endividamento do Grupo AI apresentou alteração com significado, tendo a componente de curto prazo passado a representar 65,7% do total no final de 2013, isto é menos 22,8 pp que o verificado no final de 2012. O Grupo AI detinha 6,3 M de financiamentos contratados e não utilizados no final de 2013, face a 3,4 M no final de 2012. Entre os períodos indicados a redução do saldo da dívida financeira e o aumento do saldo de 18/28 ARC Ratings, S.A.

financiamentos contratados e não utilizados levou a que o indicador de risco de liquidez 1 do Grupo AI tenha baixado 8,1 pp, fixando-se em 88,1% no final de 2013. É ainda de referir que o montante disponível das linhas de crédito, remuneradas, específicas para o financiamento de inventários, concedidas às diferentes empresas do Grupo AI com actividade de representação de marcas de veículos automóveis por empresas financeiras ligadas aos seus fornecedores e pelo Banif Mais (linhas que não foram consideradas no cálculo do indicador de risco de liquidez) ascendia a 11,9 M no final de 2013, face a 13,7 M no final de 2012. Esta redução do montante disponível reflecte uma redução dos limites não compensado pela redução da respectiva utilização. De referir que estas linhas têm sido utilizadas apenas nos casos em que as condições oferecidas superam as condições do restante financiamento do Grupo. A responsabilidade verbal assumida pelo Grupo AI de adquirir veículos automóveis vendidos em regime de buy-back pelos importadores (ou fabricantes) das marcas representadas directamente a grandes clientes era nula no final de 2013 (0,7 M no fim de 2012, 0,4 M no fim de 2011 e 3,3 M no fim de 2010), tendo o Grupo AI seguido a estratégia minimizar o montante destes compromissos. As coberturas por seguros dos riscos do Grupo AI de natureza patrimonial (edifícios, inventários e equipamentos) e de perdas de exploração apresentam capitais seguros, respectivamente, de 76,4 M e de 20,0 M, não tendo apresentado variação com significado face ao anterior follow-up. 5. PERSPECTIVAS 5.1. ENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO As projecções mais recentes do Banco de Portugal, de Março de 2014, indicam uma recuperação gradual da economia portuguesa no período 2014 a 2016, com crescimento do PIB de 1,2% em 2014, de 1,4% em 2015 e de 1,7% em 2016, suportado por uma aceleração da procura interna privada e pelo crescimento robusto das exportações, enquanto que no sector público a actividade deverá continuar a contrair embora a ritmo progressivamente menor. De referir que, segundo o Banco de Portugal, as referidas projecções contemplam riscos equilibrados para a actividade económica. Para 2014, de acordo com o Orçamento de Estado, a taxa de tributação autónoma sobre os encargos com veículos ligeiros de passageiros ou mistos suportados pelas empresas sofreu aumento, passando a ser de 10% sobre os veículos com valor de aquisição inferior a 25 m, de 27,5% para veículos com valor de aquisição entre os 25 m e os 35 m e 35% para veículos com valor de aquisição superior a 35 m e passaram a ser aplicáveis ao parque circulante e não apenas às novas compras. Adicionalmente o referido orçamento introduziu um agravamento no Imposto Único de Circulação (IUC) para os veículos com motores a gasóleo. 1 Calculado pelo rácio entre a dívida de financiamento que se vence a curto prazo líquida de disponibilidades e a dívida de financiamento que se vence a curto prazo líquida de disponibilidades acrescida dos financiamentos contratados e não utilizados. ARC Ratings, S.A. 19/28

5.2. GRUPO AI O Grupo AI considera actualmente para os mercados em que actua o seguinte para 2014: aumento do número de unidades vendidas de veículos ligeiros novos de 45,0% a 53,1%, para cerca de 180 a 190 mil unidades; caso o Grupo mantivesse em 2014 a sua quota de mercado constante face à verificada no ano anterior esta evolução do mercado representaria um aumento das unidades vendidas pelo Grupo AI para 6 mil a 6 334 mil unidades, face a cerca de 4 mil consideradas no orçamento para 2014; aumento do número de unidades vendidas de veículos ligeiros usados vendidas pelo mercado em apenas 3,0%, devido à reduzida disponibilidade de veículos no mercado, com a manutenção dos preços médios; estimando o Grupo AI no seu orçamento que aumente em 1,4% o número de unidades vendidas; aumento de 10,0% dos proveitos operacionais na comercialização de peças e acessórios para veículos automóveis e de 2,0% na prestação de serviços de assistência técnica; que no mercado de tractores novos em Portugal deverão ser comercializados cerca de 5 mil unidades, mantendo-se face ao ano anterior, enquanto que as unidades vendidas pelo Grupo AI aumentarão 6,8%, aumentando a sua quota para 20,0%; para este desempenho contribui a substituição do concessionário da marca em Viseu e a nomeação de outro para Chaves / Bragança. Ao nível da sua estrutura o Grupo AI prevê ainda em 2014 proceder a uma ligeira redução do seu número de colaboradores e prevê uma redução adicional dos gastos com pessoal em 1,2 M.O Grupo AI prevê realizar em 2014 cerca de 0,8 M de investimentos em activos fixos tangíveis. Conforme referido no período já decorrido de 2014 o Grupo realizou um desinvestimento de 6,0 M na alienação de acções do Banif (contabilisticamente, mediante a aplicação da regra first in first out para a valorimetria das acções alienadas, esta alienação gerou uma menos-valia de cerca de 10,0 M que será reconhecida em resultados, mas que já se encontrava reflectida em capitais próprios). PREVISÕES E ANÁLISE DE SENSIBILIDADE REALIZADAS PELA ARC RATINGS De forma a analisar a capacidade do Grupo AI honrar os seus compromissos financeiros de curto prazo sujeitos a follow-up, a ARC Ratings elaborou estimativas para a demonstração de resultados e para o balanço do Grupo AI para 2014. Estas estimativas tiveram por base as demonstrações financeiras do AI em termos consolidados de 2013, as indicações prestadas pelo Grupo e um conjunto de pressupostos assumidos pela ARC Ratings. A ARC Ratings considerou no cenário base para 2014 o seguinte face a 2013: um crescimento de 30,0% no volume de negócios, com impactos de crescimentos de 10,0% nos rendimentos operacionais diversos e de 5,0% nos gastos com fornecimentos e serviços externos; um impacto ainda nos custos de estrutura da redução de pessoal; a manutenção dos prazos médios de recebimentos e de pagamentos verificados no fim de 2013; a redução do prazo médio de permanência de inventários de 81 dias para 70 dias, que, no referido contexto de aumento do volume de negócios, 20/28 ARC Ratings, S.A.