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Transcrição:

ta. Pgi. ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho ACÓRDÃO APELAÇÃO CÍVEL N 200.2005.064190-7/001 - i a Vara Cível da Capital RELATOR : Juiz Eduardo José de Carvalho Soares (Convocado para substituir Des. Genésio Gomes Pereira Filho) APELANTE : KAISER GAMBA CORREIA ADVOGADO : Lidiani Martins Nunes APELADO : EMBRATEL EMPRESA BRASILEIRA DE TELECOMUNICAÇÕES S/A ADVOGADO : Caius Marcellus Lacerda e Márcio Meira C. Gomes Júnior AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS INCLUSÃO EM ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO SEM NOTIFICAÇÃO PRÉVIA EXTINÇÃO DO PROCESSO POR ILEGITIMIDADE PASSIVA "AD CAUSAM" RESPONSABILIDADE DA EMPRESA OPERADORA LOCAL DE TELEFONIA NA CONTRATAÇÃO DO SERVIÇO - IRRESIGNAÇÃO PROVIMENTO JULGAMENTO NOS TERMOS DO 3 0 DO ART.515 DO CPC - RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA INTELIGÊNCIA DO ART.22 DO CDC C/C ART.187 DO CC PARTE LEGÍTIMA PARE RESPONDER A DEMANDA OUTRAS INSERÇÕES NO CADASTRO NEGATIVO DE CRÉDITO DESCARATERIZAÇÃO DO DANO MORAL IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. Constando em documento cabal a responsabilidade da comunicação ao SPC da Empresa demandada Embratel, independente que o serviço seja de forma direta prestado por outra empresa local (Telesp-SP), caracteriza-se a solidariedade na prestação do serviço concessionário, nos termos do art.22 do CDC. O fato de remeter o nome doconsumidor ao cadastro negativo de crédito 2 sem as cautelas de estilo, demonstra, no `69 mínimo um excesso culposo, art.187, CC. ( Assim, é parte legítima para configurar no pólo passivo da lide.. 5 Tendo sido o processo julgado sem resolução de mérito na base, e estando madura para o conhecimento deste, deve o relator proferir o julgamento imediato, quando se trata de

í. matéria estritamente de direito, o que é a situação posta, com espeque no 3 do ad.515, do CPC. Não consta da pretensão a desconstituição do débito, apenas a indenização por danos morais, em face de ao tentar realizar uma operação financeira tomou conhecimento da odiada inserção do seu nome no SPC e similares, pela EMBRATEL, fato que se deu sem notificação prévia. Considerando, o lançamento objeto do presente processo não é exclusiva, não há patrimônio moral resguardado, por isto deve ser negado o pedido. autos acima identificados. VISTOS, relatados e discutidos os presentes ACORDAM os integrantes da Egrégia Terceira Câmara Cível do Colendo Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, à unanimidade, rejeitar a preliminar e dar provimento ao recurso para reformar a sentença que extinguiu o processo sem julgamento do mérito, nos termos do parágrafo 3 do artigo 515 do CPC, julgando indiretamente o mérito, negando provimento aos termos dos motivos fundamentais, julgando improcedente, nos termos do voto do relator e da certidão de julgamento de fl. 268. RELATÓRIO Trata-se de Recurso Voluntário de Apelação Cível interposta pelo Sr. KAISER GAMBA CORREIA contra sentença que extinguiu o processo sem resolução de mérito, recepcionando a preliminar de ilegitimidade passiva ad causam, nos autos do processo de AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS que promove contra a EMBRATEL EMPRESA BRASILEIRA DE TELECOMUNICAÇÕES S/A. Entende a R. Sentença recorrida que a "responsabilidade pela instalação da linha telefônica jamais poderia ser imputada Embratel, considerando que a responsável pela instalação e propriedade do serviço é da competência exclusiva da operadora local, ou seja, TELESP-SP." (fls.161). Irresignada a parte Autora interpôs o presente apelatório pugnando a "reanálise do direito, e a reforma da sentença a quo, condenando no mérito a ré, julgando o pedido PROCEDENTE, determinando pagamento de quantum moral, custas e honorários advocatícios" (fls.167). A Recorrida, em longas contra-razões, pede a manutenção da sentença singular, ou em não sendo, seja por diversos motivos Ç 2 por ela elencados, julgado improcedente o pedido. ( fls.174/202). is4 Ouvido o Ministério Público em segundo grau, Si o mesmo opinou pelo "provimento do apelo para desconstituir a sentença atacada e determinar a devida tramitação do feito, podendo, diante do que dispõe o 3 0 do art.515, do CPC, decidir o mérito da causa, a cujo respeito, entretanto, deixa este Órgão de se manifestarn.(fls.260/261).

.> É o relatório. VOTO Da ilegitimidade passiva da Recorrida. A matéria posta a apreciação, deve receber a atenção inicial quanto o acolhimento da preliminar de ilegitimidade passiva ad causam, pelo juízo a quo, e a conseqüente extinção do processo sem resolução de mérito. Consta no documento de fls.15/16 de timbre do CDL/SPC o lançamento do nome do Autor nos registros deste cadastro negativo de crédito por responsabilidade da Recorrida Embratel S/A. O fato de o serviço de telefonia ser prestado diretamente por outra operadora local, não exime a responsabilidade pelo fato da comunicação da inadimplência ao SPC, realizado pela titularidade da Apelada. Pois, em verdade há uma solidariedade na prestação do serviço, entre a TELESP SP e a EMBRATEL S/A, seja sob a ótica do art.22 do CDC, ou pela do art.34 do mesmo código. In verbis: Art. 22 - Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. Parágrafo único - Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste Código. Art. 34 - O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus propostos ou representantes autônomos. O Professor e Min. Antônio Herman de Vasconcelos e Bejamim, ao comentar o CDC, na qualidade de um dos coautores do seu anteprojeto, leciona: "A RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO FORNECEDOR PELOS ATOS DOS PREPOSTOS Este dispositivo legal é da mais alta relevância. Não são poucos os casos em que o consumidor lesado fica totalmente impossibilitado de acionar o fornecedor beneficiário de um comportamento inadequado de um de seus vendedores sob o argumento de que estes não estavam sob sua autoridade, tratando-se de meros n representantes autônomos. Agora, a voz do representante, mesmo o autônomo, é \---!-. 7j voz do fornecedor e, por isso mesmo, o obriga." ( Código de Defesa do Consumidor Comentado pelos Autores do Anteprojeto, Ed. Forense Universitária). In casu, a TELESP SP agiu como preposta da EMBRATEL, quando contratou serviço de telefonia e disponibilizou o acesso ao código "21" que gera direito de crédito a segunda, e mais, por intermédio dos

dados fornecidos pela primeira, em confiança, atuou a Recorrida, assumindo o risco do resultado. Assim, mesmo entendendo agir em conformidade com o seu direito, ao remeter por informações da operadora local os dados pessoais do Autor, sem as devidas cautelas de estilo, extrapolou os limites impostos pelos bons costumes inteligência do art.187 do CC. Por estas razões, DOU PROVIMENTO AO RECURSO, para afastar a ilegitimidade passiva da EMBRATEL S/A e firmar sua legitimidade para responder a presente demanda. Pois entendo que há vínculo de responsabilidade como fato motivador desta ação. Do julgamento do mérito da ação. O processo foi extinto sem julgamento do mérito nos termos do art.267, inciso VI, do CPC. Trata-se de matéria exclusivamente de direito, estando o conjunto probatório maduro para o julgamento imediato, com fulcro no 30 do art.515 do CPC. "Resolução de mérito. Ao dar provimento a recurso de apelação, interposto Contra sentença de extinção do processo sem resolução do mérito (CPC,267), pode o tribunal decidir desde logo o mérito, desde que a causa verse matéria exclusivamente de direito." (NERY & NERY, CPC Comentado e Legislação Extravagante, Ed. RT, 10a ed., 2007, p.857). Cuida-se de AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, promovida por KAISER GAMBA CORREIA contra a EMBRATEL S/A. Aduz o Promovente que "jamais realizou qualquer transação com a empresa adversa, e ao tentar um financiamento perante um estabelecimento comercial, se deparou com uma negativa ção indevida pela empresa EMBRATEL, no seu patronímico, referente a uns supostos contratos, [4, as respectivas restrições foram realizadas no SPC nas datas de 06 e 28 de 2004[.4". E continua : "o autor, teve a cognição de que a promovida sem qualquer comunicação via AR, o negativou indevidamente, ferindo in abrupto, a legislação federal. Data venia, ato abusivo e ilegal da empresa promovida, que negativa indevidamente o autor, sem comunicação por AR, como obriga a Lei Federal." (fls.03). Analisando minuciosamente a pretensão deduzida em juízo, não foi externada a vontade de desconstituição do débito, e, fundamenta em dois pontos que merece destaque : 1 Que ao tentar um financiamento se deparou com uma negativação realizada indevidamente pela Embratel; 2 Que não foi previamente comunicada por AR. \ " Constam das fls.15/16 dos autos, documento do SPC onde estão relacionadas diversas outras inserções de empresas distintas, entre os anos de 2004 e 2005. Assim, o possível constrangimento alegado da -:"4 negativa do financiamento, pelo fato isolado objeto do presente feito, não tem plausibilidade, pois, o nome do Autor consta em repetidas anotações no cadastro negativo de crédito.

STJ "CONSUMIDOR. INSCRIÇÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DANO MORAL INEXISTENTE SE O DEVEDOR JÁ TEM OUTRA ANOTAÇÕES, REGULARES, COMO MAU PAGADOR. Quem já é registrado como mau pagador não pode se sentir moralmente ofendido por mais uma inscrição do nome como inadimplente em cadastros de proteção ao crédito; dano moral, haverá se comprovado que as anotações anteriores foram realizadas sem a prévia notificação do interessado. Recurso especial não conhecido." (STJ S2 Rel. Min ARI PARGENDLER - REsp 1002985 /RS RECURSO ESPECIAL 2007/0260149-5, DJE 27/08/2008) Doutra, banda, a obrigatoriedade legal de comunicação da abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais é dever do órgão que administra o banco de dados e cadastro de consumidores, nos termos do art.43 do CDC, não sendo conduta imperativa ao suposto ou possível credor. Assim, como se vê a pretensão não pode ser acolhida, devendo ser, no mérito, julgada improcedente, data maxima venha, por não restar configurado dano ao patrimônio moral do Apelante. Ex positis, em harmonia com o parecer ministerial, DOU PROVIMENTO RECURSO, para reformar a sentença que extinguiu o processo sem julgamento do mérito, e nos termos do 3 do art.515 do CPC, julgar improcedente o pedido inicial, condenando o autor ao pagamento das custas e honorários advocatícios, que fixo em R$ 500,00 (quinhentos reais), cuja exeqüibilidade fica suspensa a teor do disposto no art. 12 da Lei 1060/50. É como voto. 111 Presidiu a sessão o Exmo. Des. Saulo Henriques de Sá e Benevides. Participaram do julgamento, além do relator, o Exmo. Dr. Eduardo José de Carvalho Soares, Juiz convocado para substituir o Exmo. Des. Genésio Gomes Pereira Filho, o Exmo. Des. Márcio Murilo da Cunha Ramos e o Exmo. Des. Saulo Henriques de Sá e Benevides. Presente ao julgamento o Exmo. Sr. Dr. Marcus Vilar Souto Maior, Procurador de Justiça. Sala de Sessões da Terceira Câmara Cível do Colendo Tribunal de Justiça da Paraíba, em João Pessoa, aos trinta de setembro de 2008. 17( Eduardo José de Carvalho Soares Juiz de Direito Convocado / Relator

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