PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAÍBA PRESIDÊNCIA RECURSO ESPECIAL N 2 200.2004.037950-1/001 RECORRENTE: José Alex Gonçalves Costa ADVOGADO: Joacil Freire da Silva RECORRIDO: A Justiça Pública Vistos etc. José Alex Gonçalves Costa, regularmente qualificado nos autos, interpôs RECURSO ESPECIAL (ff. 317/322) contra o Acórdão proferido pela Câmara Criminal deste Tribunal de Justiça, que, a unanimidade, deu provimento parcial ao seu recurso apelatório, reduzindo o quantum da pena a ele imposta, mas mantendo a condenação penal (ff. 309/315). O Ministério Público ofertou contra-razões, pugnando pela não admissão do recurso e, no mérito, pelo seu desprovimento (ff. 337/339). É o relatório. Da leitura do caderno processual, infere-se o atendimento dos pressupostos recursais genéricos, a saber: legitimidade, interesse, adequação, tempestividade. 0111K.Pi: Preparo inexigível, por se tratar de ação penal pública e em observância aos princípios da presunção de inocência e da ampla defesa (STJ - Ag 786357 - RJ, rel. Min. Hamilton Carvalhido, j. 21/08/2006, DJU 06.09.2006). Entretanto, o Recurso não observou os pressupostos recursais específicos, mormente no que concerne à sua regularidade formal, não reunindo, assim, as condições necessárias para ensejar um juízo positivo de admissibilidade. Inicialmente, constata-se que o Recorrente não mencionou o permissivo constitucional que fundamenta sua irresignação, pois não indicou o dispositivo da Constituição Federal apto a fundamentar a interposição do Recurso. Em tais situações, o Superior Tribunal de Justiça não tem conhecido do recurso especial devido à necessidade de obsérvância fiel de seus aspectos procedimentais, a fim de que sua análise, de caráter extraordinário, seja procedida em relação à matéria cujos limites se encontrem perfei mente balizados. Nesse sentido, o seguinte aresto: T:\assj_asjur\ASJUR\Recurso Esp ci \resp_20020040379501001_4_1.doc
"O recurso, para ter acesso à sua apreciação neste Tribunal, deve indicar, guando da sua interposição, expressamente, o dispositivo e alínea que autorizam sua admissão. Da mesma forma, cabe ao recorrente, ainda, mencionar, com clareza, as normas que tenham sido contrariadas ou cuja vigência tenha sido negada (AG nq 4719/SP, Rel. Min. Nilson Naves, DJU de 20/09/90, pág. 9762; REsp n 4485/MG, Rel. MM. Nilson Naves, DJU de 15/10/90, pág. 11190; REsp n 9-6702/RS, Rel. MM. Fontes de Alencar, DJU de 11/03/91, pág. 2399). Em assim não ocorrendo, ou se dê de modo deficiente, o recurso torna-se inadmissível." (STJ Ag 632378/RJ Min. Jorge Scartezzini j. 01/08/2005 DJU 17/08/2005) Além disso, o Recorrente deixou entrever o intuito de ver reexaminado o conjunto de fatos e provas que embasaram a decisão recorrida, mais se aproximando a peça recursal de uma segunda apelação, recaindo, portanto, em hipótese inviável por não tratar o Superior Tribunal de Justiça de órgão de terceira instância. Tal pretensão encontra óbice na Súmula 7 do STJ: "A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial". Portanto, a questão não poderá ser objeto de apreciação pelo Superior Tribunal de Justiça, pois, repito, o Recurso não demonstrou o fim de preservar a integridade da lei federal, mas sim obter uma reapreciação da matéria objeto da lide. Ante essas considerações, não admito o Recurso Especial. Publique-se e cumpra-se. João Pessoa, 22 de fevereiro de 2007. DESEMBARGADOR TrÁNII, PÁDUA LIMA ONTENEGRO SIDE TE DO TRIBUNAL DE 4STIÇA DA PARAÍBA
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAÍBA PRESIDÊNCIA RECURSO ESPECIAL NQ 200.2004.037950-1/001 RECORRENTE: Diego Vieira Eugênio ADVOGADO: Iveraldo Farias RECORRIDO: A Justiça Pública Vistos etc. Trata-se de Recurso Especial (ff. 324/330) manejado por Diego Vieira Eugênio, inconformado com o acórdão oriundo da Câmara Criminal deste Tribunal de Justiça que, a unanimidade, deu provimento parcial ao seu Recurso Apelatório, reduzindo o quantum da pena a ele imposta, mas mantendo a condenação penal (ff. 309/315) O Ministério Público ofertou contra-razões, pugnando pelo reconhecimento da intempestividade e, conseqüente, não admissão do recurso (ff. 335/336). É o relatório. O manejo do recurso especial está condicionado à observância além dos requisitos genéricos de admissibilidade, aplicáveis a todo e qualquer recurs6 de pressupostos específicos. o interesse recursal. Compulsando os autos, verifica-se, inicialmente, a legitimidade, o cabimento e Preparo inexigível, por se tratar de ação penal pública e em observância aos princípios da presunção de inocência e da ampla defesa (STJ - Ag 786357 - RJ, rel. Min. Hamilton Carvalhido, j. 21/08/2006, DJU 06.09.2006). Entretanto, assiste razão ao Órgão Ministerial, pois o Recurso em epígrafe é intempestivo. Com efeito, publicado o Acórdão em 10/03/06 (sexta-feira), conforme se infere da certidão de f. 316, o dies a quo para a propositura do Recurso Especial ocorreu em 13/03/06 (segundafeira), recaindo o dies ad quem em 27/03/06. Não obstante, o Recurso foi protocolizado apenas no dia 11/04/06, após, portanto, o transcurso do prazo recursal. Diante dessas considerações, não admito o Recurso Especial. Publique-se e cumpra-se. João Pessoa, 22 de fevereiro de 2007. DESEMBARGAD R T DE PÁDUA LIMA ONTENEGRC PRES PENTE DO TRIBUNAL DE J IÇA DA PARAÍF
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