Aplicação do Método QFD no desenvolvimento de fornecedores
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- Armando Amaro Canto
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1 Aplicação do Método QFD no desenvolvimento de fornecedores Eng. Alexandre Magalhães Capello (UNITAU) Álvaro Azevedo Cardoso, PhD (UNITAU) Dr. Carlos Alberto Chaves (UNITAU) Programa de Mestrado em Engenharia Mecânica Universidade de Taubaté Resumo: Este trabalho apresenta uma aplicação da Técnica QFD (Desdobramento da Função Qualidade) em uma indústria de produtos para automação e produtos para baixa, média e alta tensão e também de ultraterminais. A técnica QFD é utilizada pelo departamento de desenvolvimento e aquisição para identificar as necessidades dos clientes internos da empresa e como atendê-los, com o objetivo de melhorar o desenvolvimento e aquisição de produtos de melhor qualidade e menores custos, propondo planos de qualidade que podem transformar as necessidades dos clientes internos em ações a serem aplicadas pelos fornecedores. As necessidades dos clientes internos foram obtidas através da entrevista com as pessoas que trabalham nas áreas clientes ao departamento de desenvolvimento e aquisição, e após análise, formaram a base de dados para o sistema de desenvolvimento dos fornecedores.essas informações foram organizadas utilizando ferramentas estatísticas e integradas à técnica QFD. A aplicação da técnica QFD neste trabalho permitiu identificar as necessidades dos clientes internos e a qualidade que deve ser demandada para o fornecimento dos produtos. A aplicação da técnica QFD permite o desenvolvimento de fornecedores com requisitos de qualidade para os pontos críticos do desdobramento da matriz. Palavras-chave: QFD (Desdobramento da Função Qualidade), Controle Estatístico do Processo (CEP), Matriz da Qualidade. 1. Introdução Hoje, a conjuntura mundial vive contínuas e rápidas mudanças, diferentes de tudo que ocorreu no passado, caminhando para uma nova era. A revolução tecnológica, a internacionalização e a setorização da indústria estão causando profunda mudança no ambiente mundial, mudança essa que transformou a estrutura da própria indústria e do consumo. (AKAO, 1996). Tudo isso e mais a diversificação do mercado, as alterações dos valores e das preferências vêm causando enormes transformações no comportamento dos consumidores. Além disso, as empresas se encontram dentro de um ambiente econômico que vem sofrendo bruscas transformações, que implicam a sua própria sobrevivência, tais como: conflito comercial com outros países, valorização da moeda seguida de sua desvalorização, recente crise no Oriente Médio, etc. Diante disso, para as empresas, o desenvolvimento de novos produtos vem adquirindo importância cada vez maior, tornando-se ponto vital para assegurar sua própria sobrevivência. (AKAO, 1996). No período de grande desenvolvimento econômico, na década de 1960, as indústrias japonesas cresceram rapidamente, principalmente a indústria automobilística. As constantes mudanças de modelos de automóveis deram origem à necessidade de implementar as atividades de garantia da qualidade (GQ), desde o estágio de estabelecimento da qualidade do projeto, pois bastava mais garantir a qualidade de fabricação, Desse modo, o Controle da
2 Qualidade, que consistia no Controle Estatístico do Processo (CEP), passou necessariamente para a Gestão pela Qualidade Total (GQT), vivendo uma fase de transição, entre 1960 e 1965, e a campanha CQ praticado por todos foi adquirindo força. (AKAO, 1996). No decorrer desta situação, foi introduzido, em primeiro lugar, o conceito da confiabilidade e, a seguir, foram iniciadas, a partir de 1966, as tentativas de Desdobramento da Qualidade. O Desdobramento da Função Qualidade se consolidou com a junção do Desdobramento da Função Qualidade no sentido restrito com o Desdobramento da Qualidade o qual passou a ser amplamente divulgado e aplicado nos Estados Unidos como QFD (Quality Function Deployment). (AKAO, 1996). O Sistema de Qualidade é o controle e a rede de procedimentos necessários para produzir e entregar os produtos dotados de padrão de qualidade especificada. (AKAO, 1996). O Desdobramento da Qualidade (QD) pode ser definido como sendo a conversão das exigências dos usuários em características substitutivas (características de qualidade), definir a qualidade do projeto do produto acabado, desdobrar esta qualidade em qualidades de outros itens tais como: qualidade de cada uma das peças funcionais, qualidade de cada parte e até os elementos do processo, apresentando sistematicamente a relação entre os mesmos. (AKAO, 1996). Segundo o Doutor Shigeru Mizuno, o Desdobramento da Função Qualidade no sentido restrito pode ser definido como sendo o desdobramento em detalhes das funções profissionais ou dos trabalhos que formam a qualidade, seguindo a lógica de objetivos e meios. (AKAO, 1996). Segundo J.M. Juran define o Desdobramento da Qualidade como sendo funções que formam a qualidade. (AKAO, 1996). A Matriz da Qualidade da Tabela 1 que exerce um papel importante no desdobramento da qualidade é definida como sendo a sistematização das qualidades verdadeiras (exigidas pelos clientes), considerando principalmente as funções, e expressa a relação existente entre essas funções e as características da qualidade, que são características substitutivas. (AKAO, 1996). TABELA 1 Matriz da Qualidade Correlações entre as Características de Qualidade Desdobramento das Características de Qualidade IDi Ei Mi IDi* Identificação dos Clientes Ouvir a Voz dos Clientes Desdobramento da Qualidade Demandada Relacionamento da Qualidade Demandada com as Características de Qualidade DQij Importancia Avaliação Estratégica Avaliação Competitiva Priorização Especificações Atuais Importância Técnica IQj Avaliação da Dificuldade Dj Avaliação Competitiva Bj Fonte: RIBEIRO et. al. (2.000) Priorização das C.Q. IQj
3 Onde: IDi Índice de importância da qualidade demandada IDi* - Índice de importância corrigida da qualidade demandada Ei Avaliação estratégica dos itens de qualidade demandada Mi Avaliação competitiva dos itens da qualidade demandada 2. Objetivos Aplicar a Técnica do QFD no processo de desenvolvimento de fornecedores visando à melhoria da qualidade dos produtos na cadeia de suprimentos atendendo os requisitos de qualidade exigidos pelos clientes internos ao departamento de desenvolvimento e aquisição. 3. Metodologia Os aspectos que observamos na empresa estudada foi o processo de levantamento das necessidades que os clientes internos exigem na entrada de seus processos e que devem ser abordados durante a etapa de desenvolvimento dos fornecedores estabelecendo a rede de suprimentos da empresa. O método utilizado para a pesquisa foi através de entrevistas com os clientes internos ao setor de aquisição. Foram escolhidos os setores e os responsáveis por estes setores que possuem relacionamento direto com o setor de aquisição e feito entrevistos com estas pessoas. As pessoas escolhidas trabalham na empresa no mínimo cinco anos e ocupam cargo de confiança dentro da organização. As entrevistas foram agendadas previamente com os representantes de cada setor (cliente interno) da organização. Durante a entrevista foi formulada a seguinte questão aos entrevistados: Quais requisitos de Qualidade o setor de Aquisição deve priorizar no processo de desenvolvimento de fornecedores. As respostas foram anotadas em um relatório previamente identificado com o nome do setor e do responsável pela entrevista e posteriormente foram desdobrados os requisitos primários em secundários e terciários. Desta forma, repetiu-se a metodologia para as entrevistas com os demais clientes internos. As vozes recolhidas na etapa anterior apresentam-se, por vezes, de forma ambígua e pouco precisa. Através de um processo de tradução semântica é possível converter as vozes em requisitos do cliente, enunciados de forma clara e objetiva conforme descrito abaixo: Ouvir as vozes dos clientes Transformações das vozes em requisitos Análise e estudo dos requisitos Estabelecimento dos padrões de qualidade Conversão dos requisitos dos clientes em padrões de qualidade Conceitos, especificações e características exigidas. Não é viável conceber um produto ou serviço que satisfaça de modo completo todas as necessidades identificadas. Importa por isso estabelecer prioridades, com base na importância atribuída aos diversos requisitos identificados. Para além da forma e intensidade com que os vários requisitos contribuem para a satisfação do cliente, pode nesta fase efetuar-se uma análise agrupando-se as informações em uma Matriz da Qualidade. A escolha dos clientes internos foi feita selecionando as pessoas que interagem diretamente com o setor de aquisição. As pessoas escolhidas trabalham na empresa a mais de cinco anos e ocupam cargos de confiança dentro da organização.
4 4. Resultados Foi desenvolvido o diagrama de árvore para o desdobramento da qualidade demandada para o desenvolvimento de fornecedores tabela 2, como ferramenta para gerenciar e identificar o grau de detalhamento (primário, secundário e terciário), dos itens que possuem relação entre si. TABELA 2 Desdobramento da Qualidade Demandada para o Desenvolvimento de Fornecedores Desdobramento da Qualidade Demandada para o Desenvolvimento de Fornecedores Qualidade Primária Importância Peso Qualidade Secundária Importância Peso Qualidade Terciária Importância Peso (IDi) Ei Mi IDi* NBR ISO ,7 NBR ISO ,7 1,50 1 6,98 Certificação ISO 1 8,6 NBR ISO ,5 2,9 NBR ISO ,9 1,50 1 3,55 Nível de Serviço 2 8,6 100% Entrega na Data 2 8,6 2,00 1,5 14,90 Fornecimento 2 17,5 Nível Técnico 2 8,6 100% Itens Conformes 2 8,6 2,00 1,5 14,90 Logística 1 8,6 Planejamento 1 2,9 Sistema Integrado 2 2,9 1,50 1 3,55 Recebimento 1 2,9 Controle de Estoque 1 2,9 1,00 1 2,90 Expedição 1 2,9 Controle de Envio 1 2,9 1,00 1 2,90 Requisitos Técnicos 1 8,6 Máquinas e Equipamentos 1 2,9 Máquinas Novas 1 2,9 1,50 1 3,55 Instalações Industriais 1 2,9 Prédio Novo 1 2,9 1,50 1 3,55 Pessoal 1 2,9 Pessoal Qualificado 1 2,9 1,50 1 3,55 Balanço Favorável 2 8,7 2, ,30 Situação Econômica 2 17,5 Situação Estável 2 17,5 Fluxo de Caixa Favorável 2 8,7 2, ,30 Empresa Sem Dívidas 1 5,8 2,00 1 8,20 Análise de Crédito 2 17,5 Situação Favorável 2 17,5 Empresa Sem Protestos 2 11,8 2, ,69 Favorável 1 4,3 Preço Menor ou Igual ao Target 2 4,3 1,50 1 5,27 Custos 1 8,6 Planilhado 1 4,3 Planilha Aberta 2 4,3 1,50 1 5,27 Contrato 1 8,6 Comodato 1 2,9 Contrato de Comodato 1 2,9 1,00 1 2,90 Confidêncialidade 1 2,9 Contrato de Confidêncialidade 1 2,9 1,00 1 2,90 Ferramental 1 2,9 Contrato de Ferramental 1 2,9 1,00 1 2,90 Certificado M.P. Produto 1 0,75 1,50 0,5 0,65 Matéria-prima 1 1,5 Certificado M.P. Ferramental 1 0,75 1,50 0,5 0,65 Certificados 0,5 4,5 Dimensional 1 1,5 Dimensional do Produto 1 1,5 1,50 0,5 1,30 Processo 1 1,5 Parâmetros de Processo 1 1,5 1,50 1 1,84 Escala (IDi) Peso Escala (Ei) Peso Escala (Mi) Peso Muito Importante 2,00 Importância Muito Grande 2,00 Muito Abaixo da Concorrência 2,00 Importante 1,00 Importância Grande 1,50 Abaixo da Concorrência 1,50 Pouco Importante 0,50 Importância Média 1,00 Similar à Concorrência 1,00 Importância Pequena 0,50 Acima da Concorrência 0,50 Após esta etapa foram identificadas e escolhidas as características de qualidade e relacionadas com as especificações atuais e organizadas em uma tabela de desdobramento das características da qualidade TABELA 3.
5 TABELA 3 Desdobramento das Características da Qualidade Demanda de Qualidade Características de Qualidade Especificações Atuais NBR ISO Empresas Certificadas NBR ISO Mínimo 95% das Empresas Certificadas NBR ISO Empresas Certificadas NBR ISO Mínimo 5 Empresas Certificadas 100% Entrega na Data Quantidade de Entregas Realizadas / Mês Mínimo 4 Entregas Mensais 100% Itens Conformes Quantidade de Itens Entregues / Mês Mínimo 95% do Volume Mensal Sistema Integrado Sistema informatizado de gestão Mínimo de 50% de Informatização Controle de Estoque Sistema de Controle de Entradas e Saídas Mínimo 95% de Acuracidade do Inventário Controle de Envio Sistema de Controle de Expedição Mínimo 1Controle das Saídas Diárias Máquinas Novas Máquinas até Cinco Anos Máquinas de 5 a 10 anos Prédio Novo Instalações Novas e Layout Otimizado Mínimo 1 Infra estrutura adequada Pessoal Qualificado Funcionários qualificados na função Mínimo 80% com formação específica Balanço Favorável Balanço equilibrado entre ativos e passivo 100% de Análise do Balanço Fluxo de Caixa Favorável Fluxo de caixa proporcional ao faturamento 100% da Análise do Fluxo de Caixa Empresa Sem Dívidas Sem dívidas em curto prazo 100% da Análise de Crédito Empresa Sem Protestos Sem títulos protestados 100% de Análise Financeira Preço Menor ou Igual ao Target Custos competitivos 95% na média do Target Planilha Aberta Planilha de decomposição de custos 100% Detalhada a Planilha de Custos Contrato de Comodato Fornecedor utiliza equipamentos em comodato Relação dos Equipamentos Contrato de Confidêncialidade Manter a confidencial a fabricação 100% de confidêncialidade na gestão Contrato de Ferramental Contrato de fabricação do ferramental Mínimo 1 Contrato de Fabricação Certificado M.P. Produto. Origem da M.P. utilizada para o produto Mínimo 1Certificado de M.P por item Certificado M.P. Ferramental. Origem da M.P. utilizada para a ferramenta Mínimo 1Certificado de M.P.por produto Dimensional do Produto Análise Dimensional do Produto Mínimo 1 Relatório Dimensional Parâmetros de Processo Parâmetros de Processo Mínimo 1Relatórios de Processo Os resultados obtidos foram agrupados em uma matriz da qualidade, tabela 4, relacionando os aspectos que serão discutidos posteriormente.
6 TABELA 4 Matriz da Qualidade Características de Qualidade Matriz da Qualidade Empresas Certificadas NBR ISSO Empresas Certificadas NBR ISSO Qtd de Entregas Realizadas / Mês Qtd de Itens Conformes Entregues/Mês Sistema informatizado de Gestão Sistema Controle de Entradas e Saídas Sistema de Controle de Expedição Máquinas Confiáveis Instalações Novas e Layout Otimizado Funcionários qualificados na função Equilibrado entre ativos e passivos Fluxo caixa proporcional ao faturamento Sem dívidas a curto prazo Sem títulos protestados Custos competitivos Planilha de decomposição de custos Forn. Possui equipamentos em comodato Manter confidencial a fabricação Contrato de fabricação do ferramental Origem da M.P. utilizada para o produto Origem da M.P. utilizada na ferramenta Análise Dimensional do Produto Parâmetros de Processo Importância da D.Q. Avaliação Estratégica Avaliação Competitiva Priorização Demanda de Qualidade NBR ISO ,0 1,5 1,0 8,6 NBR ISO ,6 1,5 1,0 4,4 100% Entrega na Data 9 14,9 2,0 1,5 25,8 100% Itens Conformes 9 14,9 2,0 1,5 25,8 Sistema Integrado 9 3,6 1,5 1,0 4,4 Controle de Estoque 9 2,9 1,0 1,0 2,9 Controle de Envio 3 9 2,9 1,0 1,0 2,9 Máquinas Novas 9 3,6 1,5 1,0 4,4 Prédio Novo 9 3,6 1,5 1,0 4,4 Pessoal Qualificado ,6 1,5 1,0 4,4 Balanço Favorável 9 12,3 2,0 1,0 17,4 Fluxo de Caixa Favorável ,3 2,0 1,0 17,4 Empresa Sem Dívidas 3 9 8,2 2,0 1,0 11,6 Empresa Sem Protestos 9 16,7 2,0 1,0 23,6 Preço Menor ou Igual ao Target 9 5,3 1,5 1,0 6,5 Planilha de Custos Aberta 9 5,3 1,5 1,0 6,5 Contrato de Comodato 9 2,9 1,0 1,0 2,9 Contrato de Confidencialidade 9 2,9 1,0 1,0 2,9 Contrato de Ferramental 9 2,9 1,0 1,0 2,9 Certificado M.P. Produto. 9 0,6 1,5 0,5 0,6 Certificado M.P. Ferramental. 9 0,6 1,5 0,5 0,6 Dimensional do Produto 9 1,3 1,5 0,5 1,1 Parâmetros de Processo 9 1,8 1,5 1,0 2,3 Mínimo 95% das Empresas Certificadas NBR ISO 9001 Mínimo 5 Empresas Certificadas NBR ISO Mínimo 4 Entregas Mensais Mínimo 95% do Volume Mensal Mínimo de 50% de Informatização Mínimo 95% de Acuracidade do Inventário Mínimo 1Controle das Saídas Diárias Máquinas de 5 a 10 anos Mínimo 1 Infra estrutura adequada Importância das C.Q. IQj 3,9 2,3 10,1 10,1 2,3 1,5 1,1 1,7 1,7 1,7 9,1 8,3 4,5 9,2 2,5 2,5 1,1 1,1 1,1 0,2 0,2 0,4 0,9 Dificuldade de Atuação Dj 1,5 1,0 1,5 1,5 1,5 1,0 2,0 1,5 2,0 1,5 2,0 2,0 2,0 2,0 1,5 1,5 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 Análise Competitiva Bj 1,0 1,0 1,0 1,0 1,5 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 0,5 0,5 0,5 0,5 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 Priorização das C.Q. IQj* 4,8 2,3 12,4 12,4 3,4 1,5 1,6 2,1 2,4 2,1 9,1 8,3 4,5 9,2 3,1 3,1 1,6 1,6 1,6 0,3 0,3 0,6 1,2 Mínimo 80% com formação específica 100% de Análise do Balanço 100% da Análise do Fluxo de Caixa 100% da Análise de Crédito Especificações 100% de Análise Financeira 95% na média do Target 100% Detalhada a Planilha de Custos Relação dos Equipamentos 100% de confidencialidade na gestão Mínimo 1 Contrato de Fabricação Mínimo 1Certificado de M.P por item Mínimo 1Certificado de M.P.por produto Mínimo 1 Relatório Dimensional Mínimo 1Relatórios de Processo A tabela 5 é um diagrama de Pareto que mostra a priorização dos itens da qualidade demandada. O desdobramento da qualidade demandada possibilita identificar a importancia de cada item considerando a percepção de importância do cliente com a visão estratégica da empresa frente à concorrência.
7 TABELA 5 Priorização dos Itens da Qualidade Demandada Priorização dos Itens da Qualidade Demandada Empresa Sem Protestos 100% Entrega na Data Balanço Favorável ISO Preço Menor ou Igual ao Target Prédio Novo Sistema Integrado Contrato de Ferramental Contrato de Comodato Controle de Estoque Dimensional do Produto Certificado M.P. Produto 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 A tabela 6 é um diagrama de Pareto com a priorização das características da qualidade e é através desta priorização que se elabora o Plano de Melhoria das Especificações. TABELA 6 Priorização das Características de Qualidade Priorização das Caracteristícas de Qualidade Minimo 95% do Volume Mensal 100% de Análise Financeira 100% da Análise do Fluxo de Caixa Minímo 95% das Empresas Certificadas 95% na média do Target Mínimo 5 Empresas Certificadas Mínimo 1 Infra estrutura adequada Mínimo 95% de Acuracidade do Inventário 100% de confidencialidade na gestão Mínimo 1Controle das Saídas Diárias Mínimo 1 Relatório Dimensional Mínimo 1Certificado de M.P por item 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00
8 5. Discussões A técnica do QFD aplicada ao desenvolvimento de fornecedores e produtos tem permitido uma reavaliação de todos os conceitos envolvidos no processo de negociação com os fornecedores. Tem também proporcionado as pessoas uma experiência nova em termos de aprendizado destes conhecimentos e também devido ao fato de trabalhar com um modelo de referência e estar adquirindo uma visão melhor dos processos de negócios da empresa. O desenvolvimento do Diagrama de Árvore permitiu gerenciar a qualidade e detalhar os itens que possuem relação entre si e organizar os resultados pesquisados junto com os clientes (Qualidades Demandadas) e classificá-las segundo suas afinidades e relações naturais. Através da árvore lógica da qualidade demandada é que se formou a linha da Matriz da Qualidade apresentando desta forma o desdobramento das Qualidades Demandadas. Os diferentes setores pesquisados possuem características específicas pertinentes a suas atividades o que permite que as pessoas desenvolvam o conhecimento e dissemine para outras pessoas da empresa. Através da priorização dos itens da qualidade demandada e análise aprofundada destes itens, obteve-se um gráfico de Pareto visualizando os itens priorizados IDi* (Priorização da Qualidade Demandada). O gráfico de Pareto figura 5 nos mostra que o item de maior qualidade demanda foi Empresa sem Protestos seguidos de 100% Entrega na Data e Balanço Favorável e por último, o item de menor qualidade demandada foi Certificado de M.P. Produto. Associados às demandas de qualidade, foram definidos às características de qualidade, onde os constituintes possuem familiaridade com o processo. O gráfico de Pareto figura 6 nos mostra que o item de maior característica de qualidade foi Mínimo de 95% do Volume Mensal, seguido de 100% de Análise Financeira e 100% Análise do Fluxo de Caixa e por último, o item de menor característica de qualidade foi Mínimo de 1 Certificado de M.P. por item. O relacionamento da qualidade demandada com as características da qualidade são apresentadas na matriz da qualidade a qual nesta etapa são identificadas as especificações atuais para as características de qualidade, que podemos verificar na figura 4 Matriz da Qualidade os resultados obtidos. Este cenário propicia o gerenciamento dos conhecimentos envolvidos no processo de desenvolvimento de fornecedores bem como compreender melhor estes mecanismos, buscando sempre soluções nos processos comerciais para atender os requisitos de qualidade exigidos pelos clientes internos. 6. Conclusões A aplicação da Técnica do QFD permite o desenvolvimento de fornecedores levando em consideração os requisitos de qualidade exigidos pelos clientes internos. Propicia também um realinhamento dos requisitos de qualidade entre os setores de aquisição e desenvolvimento com os demais setores da empresa o que resulta em um aumento da qualidade na cadeia produtiva. A facilidade de gerenciar os conhecimentos envolvidos no processo faz com que o setor de aquisição e desenvolvimento seja eficaz em desenvolver fornecedores que atendam os requisitos de qualidade exigidos pelos clientes internos da empresa. Reduz a variabilidade entre os requisitos de qualidade exigida pelos clientes internos e os requisitos de qualidade apresentados pelos fornecedores.
9 Para a empresa estudada, concluem-se os cinco itens principais de Qualidade Demandada são em ordem de prioridade os seguintes: são: Empresa sem protestos. 100% de entrega na data. Balanço Favorável. NBR ISO Preço menor ou igual ao target. Já os cinco itens principais de Características da Qualidade em ordem de priorização Mínimo 95% do volume mensal entregue. 100% de análise financeira. 100% de análise do fluxo de caixa. Mínimo 95% das empresas certificadas. 95% na média do target dos preços. Referências Bibliográficas AKAO, Y. Introdução ao Desdobramento da Qualidade Manual de Aplicação do Desdobramento da Função Qualidade (QFD).V1.Belo Horizonte: UFMG, Escola de Engenharia, Fundação Cristiano Ottoni, p. RIBEIRO, J; L.D; ECHEVESTE, M. E; DANILEVICZ, A.M.F., A Utilização do QFD na Otimização de Produtos, Processos e Serviços. Série Monográfica Qualidade. Porto Alegre: FEENG/PPGEP/EE/UFRGS. GILIOLI, R. F. Uso da Técnica QFD na Melhoria da Qualidade Em Uma Assistência Técnica de Veículos Automotivos. CARDOSO, A. A; CHAVES, C. A; Qualidade Gerencial uma visão crítica UNINDU 2005: 1st International Congress University-Industry Cooperation. Setembro AMARAL, C.C.F.; CARDOSO, A.A.; CHAVES,C.A.; Metodologia QFD aplicada em uma indústria de elevadores Estrelartel. XII SIMPEP Bauru, SP, Brasil Novembro LIPHAUS, E. E; CARDOSO, A. A; CHAVES, C. A; Barras de diamante sintético: atendendo as futuras necessidades na indústria. XII SIMPEP Bauru, SP, Brasil Novembro 2005.
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