PAPEL E CELULOSE. Novembro de 2017 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
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- Manuela de Almada Ribas
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1 PAPEL E CELULOSE Novembro de 2017 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
2 DESEMPENHO DO SETOR DE PAPEL E CELULOSE Papel: produção segue em retração desde 2014, refletindo a fraca demanda doméstica por papel, como resultado da piora do mercado de trabalho. A demanda interna deverá apresentar melhora com a retomada da economia doméstica. As exportações de papel estão em queda no ano, refletindo a concorrência chinesa nos mercados de destino. Celulose: produção segue em expansão e vem registrando recordes, impulsionada pela demanda externa aquecida, principalmente na China e na Europa, nossos principais mercados de destino.
3 PRODUÇÃO NACIONAL DE PAPEL E CELULOSE (mil toneladas) Celulose Papel Fonte: IBÁ, Bradesco
4 EXPORTAÇÕES DE PAPEL E CELULOSE (mil toneladas) Celulose Papel Fonte: IBÁ, Bradesco
5 CELULOSE
6 PRODUÇÃO DE CELULOSE (mil toneladas) Celulose Fonte: IBÁ, Bradesco
7 Celulose VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE CELULOSE 14,0% 13,1% 12,0% 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% -2,0% -4,0% 1,8% 4,5% 2,1% 5,6% 7,8% 3,5% -0,7% 8,2% 6,1% 8,0% 6,4% 5,8% 4,9% -1,7% ,4% 8,8% 5,5% 8,1% Fonte: IBÁ, Bradesco
8 EXPORTAÇÕES DE CELULOSE (mil toneladas) Celulose Fonte: IBÁ, Bradesco
9 Celulose COEFICIENTE DE EXPORTAÇÃO DE CELULOSE 70% 60% 62% 59% 61% 61% 62% 64% 66% 69% 55% 54% 55% 50% 50% 51% 53% 42% 43% 42% 40% 39% 30% Fonte: IBÁ, Bradesco
10 BALANÇA COMERCIAL DE CELULOSE (milhões de US$) Exportação Importação Saldo Fonte: IBÁ, Bradesco
11 PRODUÇÃO NACIONAL DE CELULOSE (acumulado de 12 meses, mil toneladas) Fonte: Bracelpa Fonte: IBÁ, Bradesco
12 PRODUÇÃO NACIONAL DE CELULOSE (variação % acumulada em 12 meses) produção Fonte: Bracelpa 20,0% 15,0% 16,3% 10,0% 10,8% 9,9% 5,0% 5,0% 4,2% 0,0% -2,9% -5,0% Fonte: IBÁ, Bradesco
13 EXPORTAÇÕES DE CELULOSE (acumulado de 12 meses, em tonelada) vendas externas Fonte: Bracelpa Fonte: IBÁ, Bradesco
14 EXPORTAÇÕES DE CELULOSE (variação % acumulada em 12 meses) vendas externas Fonte: Bracelpa 30,0% 25,0% 27,0% 27,7% 20,0% 15,0% 16,8% 10,0% 5,0% 0,0% 5,2% 5,1% -5,0% -3,4% Fonte: IBÁ, Bradesco
15 BHKP FIBRA CURTA PREÇOS DA CELULOSE FIBRA CURTA BHKP EUROPA (celulose branqueada de fibra curta, em US$ por tonelada) 1.000,0 920,0 900,0 840,0 800,0 811,2 890,2 700,0 600,0 658,4 500,0 400,0 482,9 300,0 set/05 set/06 set/07 set/08 set/09 set/10 set/11 set/12 set/13 set/14 set/15 set/16 set/17 Fonte: FOEX, Bradesco
16 PREÇOS DA CELULOSE FIBRA LONGA NBSK PIX EUROPA US NBSK INDEX (celulose branqueada de fibra longa do norte, em US$ por tonelada) 1.100, ,0 900,0 904, ,1 933,7 905,7 800,0 700,0 789,2 600,0 500,0 577,1 400,0 set/05 set/06 set/07 set/08 set/09 set/10 set/11 set/12 set/13 set/14 set/15 set/16 set/17 Fonte: FOEX, Bradesco
17 PREÇOS DA CELULOSE FIBRA LONGA NBSK EUA (US$ por tonelada) Fonte: FOEX, Bradesco
18 PAPEL
19 PRODUÇÃO DE PAPEL (mil toneladas) Papel Fonte: IBÁ, Bradesco
20 VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE PAPEL Papel 7,0% 6,5% 6,8% 5,5% 5,4% 5,8% 5,0% 4,4% 3,0% 2,5% 3,5% 3,2% 3,3% 3,3% 1,0% 1,1% 1,5% 0,2% 1,8% 1,0% 1,8% -1,0% ,5% -0,2% Fonte: IBÁ, Bradesco
21 EXPORTAÇÕES DE PAPEL (mil toneladas) Papel Fonte: IBÁ, Bradesco 2016
22 Papel COEFICIENTE DE EXPORTAÇÃO DE PAPEL 25% 22% 22% 24% 23% 22% 20% 18% 17% 18% 19% 21% 21% 21% 20% 18% 18% 18% 20% 20% 15% 10% 5% Fonte: IBÁ, Bradesco 2016
23 BALANÇA COMERCIAL DE PAPEL (milhões de US$) Exportação Importação Saldo Fonte: IBÁ, Bradesco
24 EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES DE PAPEL (mil toneladas) Importação Exportação Fonte: IBÁ, Bradesco
25 PRODUÇÃO NACIONAL DE PAPEL (acumulado de 12 meses, mil toneladas) produção Fonte: Bracelpa set/02 mar/04 set/05 mar/07 set/08 mar/10 set/11 mar/13 set/14 mar/16 set/17 Fonte: IBÁ, Bradesco
26 PRODUÇÃO NACIONAL DE PAPEL (variação % acumulada em 12 meses) produção Fonte: Bracelpa 7,0% 6,0% 5,0% 4,0% 4,1% 6,3% 5,1% 3,0% 2,0% 1,0% 0,5% 0,8% 0,0% -0,6% -1,0% -1,0% -1,3% -2,0% set/02 dez/03 mar/05 jun/06 set/07 dez/08 mar/10 jun/11 set/12 dez/13 mar/15 jun/16 set/17 Fonte: IBÁ, Bradesco
27 VENDAS INTERNAS DE PAPEL (acumulado de 12 meses, mil toneladas) vendas domésticas Fonte: Bracelpa mar/04 set/05 mar/07 set/08 mar/10 set/11 mar/13 set/14 mar/16 set/17 Fonte: IBÁ, Bradesco
28 VARIAÇÃO DAS VENDAS INTERNAS DE PAPEL (variação % acumulada em 12 meses) vendas domésticas Fonte: Bracelpa 8,0% 6,0% 4,0% 5,8% 7,1% 4,8% 2,0% 2,3% 0,0% 0,7% -0,6% -2,0% -4,0% -3,1% -6,0% -5,6% set/02 mar/04 set/05 mar/07 set/08 mar/10 set/11 mar/13 set/14 mar/16 set/17 Fonte: IBÁ, Bradesco
29 EXPORTAÇÕES DE PAPEL (acumulado de 12 meses, mil toneladas) vendas externas Fonte: Bracelpa set/02 mar/04 set/05 mar/07 set/08 mar/10 set/11 mar/13 set/14 mar/16 set/17 Fonte: IBÁ, Bradesco
30 EXPORTAÇÕES DE PAPEL (variação % acumulada em 12 meses) vendas externas Fonte: Bracelpa 30% 25% 26,9% 20% 15% 10% 5% 12,8% 15,7% 0% -5% -3,7% -3,8% -2,1% -10% -15% -11,4% set/02 mar/04 set/05 mar/07 set/08 mar/10 set/11 mar/13 set/14 mar/16 set/17 Fonte: IBÁ, Bradesco
31 PREÇOS DE PAPEL JORNAL NOS EUA (US$ por tonelada) Papel jornal nos EUA US$/ton 800,0 751,3 700,0 643,0 623,3 600,0 554,9 543,9 500,0 502,4 450,9 400,0 set/05 set/06 set/07 set/08 set/09 set/10 set/11 set/12 set/13 set/14 set/15 set/16 set/17 Fonte: FOEX, Bradesco
32 PREÇOS DE PAPEL JORNAL NA EUROPA (US$ por tonelada) Paper Newsprint Europe 580,0 530,0 538,0 514,2 480,0 494,7 484,8 465,9 430,0 426,3 407,8 380,0 set/05 set/06 set/07 set/08 set/09 set/10 set/11 set/12 set/13 set/14 set/15 set/16 set/17 Fonte: FOEX, Bradesco
33 Papel não-revestido para PAPEL NÃO-REVESTIDO PARA ESCREVER E IMPRIMIR EUROPA (US$ por tonelada) 900,0 877,9 859,2 850,0 841,5 827,6 800,0 801,0 808,6 770,5 750,0 set/05 set/06 set/07 set/08 set/09 set/10 set/11 set/12 set/13 set/14 set/15 set/16 set/17 Fonte: FOEX, Bradesco
34 PAPEL REVESTIDO PARA REVISTA E IMPRESSÃO EUROPA (US$ por tonelada) Papel revestido para revista e impressão na 750,0 720,0 725,3 721,9 690,0 660,0 672,9 662,6 630,0 644,7 637,1 600,0 set/05 set/06 set/07 set/08 set/09 set/10 set/11 set/12 set/13 set/14 set/15 set/16 set/17 Fonte: FOEX, Bradesco
35 EMBALAGENS
36 PRODUÇÃO DE EMBALAGENS METÁLICAS (variação % acumulada em 12 meses) 20,0% 18,3% 15,0% 10,0% 5,0% 6,0% 10,5% 0,0% 0,6% -5,0% -5,2% -6,0% -5,3% -10,0% -12,2% -15,0% dez/06 dez/07 dez/08 dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 dez/13 dez/14 dez/15 dez/16 dez/17 Fonte: IBGE, Bradesco
37 PRODUÇÃO DE EMBALAGENS Embalagens DE de PAPEL Papel E PAPELÃO (variação % acumulada em 12 meses) 12,0% 10,0% 8,0% 4,0% 0,0% 2,4% 0,4% 0,3% -4,0% -2,9% -6,1% -8,0% dez/06 dez/07 dez/08 dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 dez/13 dez/14 dez/15 dez/16 dez/17 Fonte: IBGE, Bradesco
38 Embalagens de Plástico PRODUÇÃO DE EMBALAGENS DE PLÁSTICO (variação % acumulada em 12 meses) 10,0% 10,2% 6,0% 3,9% 2,0% 1,2% -2,0% -6,0% -3,5% -5,0% -3,8% -2,5% -3,0% -10,0% -9,0% dez/06 dez/07 dez/08 dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 dez/13 dez/14 dez/15 dez/16 dez/17 Fonte: IBGE, Bradesco
39 PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE EMBALAGENS (variação % acumulada em 12 meses) Papel 0,3% Plásticas -3,0% Metálicas -4,8% -4,2% -3,6% -3,0% -2,4% -1,8% -1,2% -0,6% 0,0% 0,6% Fonte: IBGE, Bradesco
40 Expedição ABPO - índice CAIXAS, ACESSÓRIOS E CHAPAS DE PAPEL ONDULADO (expedição, média móvel 12 meses) 175,0 166,0 157,0 148,0 161,5 157,6 160,6 139,0 130,0 121,0 128,4 132,7 112,0 103,0 94,0 100,3 98,3 85,0 set/02 mar/04 set/05 mar/07 set/08 mar/10 set/11 mar/13 set/14 mar/16 set/17 Fonte: ABPO, Bradesco
41 EXPEDIÇÃO DE CAIXAS, ACESSÓRIOS E CHAPAS DE PAPEL ONDULADO (variação % acumulada em 12 meses) 25% 27,9% 20% 15% 13,9% 10% 5% 0% 5,6% 4,2% 2,2% -5% -3,1% -3,6% -8,5% -10% mar/04 set/05 mar/07 set/08 mar/10 set/11 mar/13 set/14 mar/16 set/17 Fonte: ABPO, Bradesco
42 Perfil Setorial
43 72% Eucalipto CELULOSE 86% Fibra Curta Eucalipto 11% Fibra Longa Pinus 67% exportação 33% mercado interno 100% mercado interno 7% importação 21% Pinus 3% Pastas de Alto Rendimento 100% mercado interno Fonte: IBÁ, Bradesco 2015
44 53% Embalagens 13% exportação 87% mercado interno 1% importação 24% Imprimir e Escrever 38% exportação 62% mercado interno 18% importação PAPEL 11% Sanitários (Tissue) 2% exportação 98% mercado interno 7% Papel Cartão 27% exportação 73% mercado interno 9% importação 1% Papel Imprensa 100% mercado interno 70% importação Fonte: IBÁ, Bradesco % Outros 37% exportação 63% mercado interno 40% importação
45 o o o A fibra curta tem maior capacidade absorvente, destina-se à produtos menos rígidos como papel para impressão e para escrever, papéis tissue (higiênicos); A fibra longa é mais resistente e utilizada na fabricação de embalagens; As pastas de alto rendimento (par) são utilizadas na produção de papel jornal e podem ser misturadas com fibra longa ou curta para dar maior resistência; o Celulose solúvel celulose que não tem as mesmas utilizações da celulose comum fibras têxteis (viscose), celofane, filtros de cigarro e para salsicha.
46 O Brasil é o maior produtor mundial de celulose de fibra curta, pois o clima Brasileiro favorece o plantio de eucalipto, ao passo que nos demais países produtores a produção de celulose de fibra longa é maior, pois o clima favorece mais as florestas de pinus.
47 o o o o o O Brasil é auto-suficiente na fabricação de papel, porém ainda é dependente da importação de papel imprensa. O Brasil importa 70% do que utiliza de papel imprensa; 80% das importações de papel imprensa são supridas pelo Canadá; O Brasil não tem escala de produção desse tipo de papel e não tem matéria prima suficiente (fibra longa); Ademais, o papel imprensa importado entra no país com isenção de imposto de importação.
48 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SETOR o CELULOSE DEMANDA GLOBAL o PAPEL DEMANDA REGIONAL MAIOR NA o VOLTADO À EXPORTAÇÃO REGIÃO SUDESTE DO PAÍS o CONCENTRAÇÃO EM GRANDES EMPRESAS o FRAGMENTAÇÃO HÁ ATUAÇÃO DE MÉDIAS EMPRESAS o ELEVADA ESCALA DE PRODUÇÃO MÍNIMO DE 1,5 MILHÃO DE TONELADA/ANO o PREÇOS SÃO SPREAD DA CELULOSE o CICLICIDADE DE PREÇOS
49 Sazonalidade
50 o o o São possíveis 3 cortes do eucalipto, um a cada 7 anos As plantas industriais operam 24 horas por dia em 3 turnos; por isso, a sazonalidade é pouco definida Anualmente existem paradas programadas para manutenção nas fábricas, variando de 5 a 10 dias
51 SAZONALIDADE DA PRODUÇÃO DE CELULOSE ( ) Sazonalidade de Produção de Celulose 9,0% 8,8% 8,6% 8,4% 8,2% 8,3% 8,3% 8,2% 8,2% 8,6% 8,5% 8,4% 8,6% 8,4% 8,8% 8,0% 7,9% 7,8% 7,7% 7,6% 7,4% 7,2% 7,0% jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Fonte: IBÁ, Bradesco
52 Sazonalidade de Produção de Papel SAZONALIDADE DA PRODUÇÃO DE PAPEL ( ) 8,8% 8,6% 8,4% 8,3% 8,4% 8,3% 8,5% 8,5% 8,4% 8,6% 8,4% 8,5% 8,2% 8,2% 8,1% 8,0% 7,8% 7,9% 7,6% 7,4% jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Fonte: IBÁ, Bradesco
53 Custos de Produção
54 Mais de 65% de toda a energia consumida pelo setor é auto gerada no processo de produção de celulose, por meio da queima do licor negro, produzindo vapor.
55 CUSTOS DE PRODUÇÃO DE CELULOSE NO BRASIL (2016) Pessoal 5% Outros 7% Combustíveis 8% Manutenção 13% Madeira 44% Produtos Químicos 23% Fonte: Empresas, Bradesco
56 CUSTOS DE PRODUÇÃO DE PAPEL NO BRASIL (2016) Outros 6% Manutenção 9% Energia Elétrica e óleo combustível 11% Pessoal 34% Fretes 11% Produtos Químicos 14% Madeira e fibras 15% Fonte: Empresas, Bradesco
57 COMPETITIVIDADE BRASILEIRA - MENOR CUSTO DE PRODUÇÃO GLOBAL o o o Clima favorável Utilização de biotecnologia e de engenharia genética, que favorecem a produtividade Brasileira a produção de 1,5 milhão de tonelada de celulose no Brasil requer 140 mil hectares de madeira, enquanto que na Escandinávia são necessários 720 mil hectares e na china 300 mil O eucalipto leva em média 7 anos para crescer, enquanto que o pinus leva em média 15 a 20 anos
58 o o o O custo de produção no Brasil gira em torno de US$ 235 por tonelada, enquanto que nos EUA chega a US$ 420 e US$ 498 na China A tecnologia de clonagem de mudas foi totalmente desenvolvida no Brasil por pesquisas realizadas entre as empresas, a Embrapa e universidades Excelente logística formada por transporte, com florestas próximas das fábricas, que também são próximas dos terminais privativos para exportação
59 CUSTOS DE PRODUÇÃO DE CELULOSE Custo caixa de produção de celulose - em US$ por t (Brasil e principais países produtores, US$ por tonelada 2014) Japão China França/Bélgica Outros Ásia Suécia Ibéria/Noruega EUA Finlândia Canadá Indonésia Chile/Uruguai África Rússia Brasil EM US$ POR T Fonte: Fibria, Bradesco
60 PRODUTIVIDADE POR TIPO DE FIBRA (Comparação internacional 2014) Fonte: IBÁ, Bradesco Fibra Curta Fibra Longa Espécie Países Rotação em Rendimento m3 anos / ha / ano Eucalipto Brasil 7 39 Eucalipto África do Sul Eucalipto China 23 Eucalipto EUA 15 Eucalipto Chile Eucalipto Portugal Eucalipto Espanha Bétula Suécia Bétula Finlândia Pinus Brasil Pinus China 23 Pinus África do Sul 22 Pinus Nova Zelândia Pinus Chile Pinus EUA Pinus Canadá - costa 45 7 Picea Canadá - interior 55 3 Picea Canadá - leste 90 2 Picea Suécia Picea Finlândia
61 o o As pastas destinadas à fabricação de papel são resultantes do processamento industrial de fibras vegetais. No Brasil, cerca de 96% das fibras utilizadas são de origem arbórea, os 4% restantes são de bagaço de cana, sisal e bambu. Existem 2 tipos de processos para industrialização das fibras: o Processo químico, que dá origem à celulose e representa cerca de 95% do total produzido no Brasil; o Processo mecânico, que resulta em pastas de alto rendimento (PAR), cuja produção chega a apenas 5% do total, em razão de ser intensivo em energia elétrica. o o o A celulose de fibra curta é originária do eucalipto (representa 85% da produção Brasileira) e a de fibra longa é proveniente do pinus (responde por 15% da produção nacional) No Brasilnão é mais utilizada a moto-serra, hoje o processo de extração da madeira é totalmente mecanizado; o equipamento corta, descasca e empilha a madeira A cor original da celulose é marrom e para chegar à produção de papel para imprimir a celulose passa por um processo químico de branqueamento (celulose branqueada) que utilizada soda cáustica, cloro e enxofre
62 Ranking
63 PLAYERS MUNDIAIS
64 PRODUÇÃO DE CELULOSE (Principais produtores, mil toneladas 2016) Fonte: Ibá EUA Brasil Canadá China Suécia Finlândia Japão Rússia Indonésia Chile Fonte: IBÁ, Bradesco
65 PRODUÇÃO DE PAPEL (Principais produtores, mil toneladas 2016) China Eua Japão Alemanha Índia Coréia do Sul Canadá Brasil Finlândia Indonésia Fonte: IBÁ, Bradesco
66 PLAYERS NACIONAIS
67 NO SETOR ATUAM 3 TIPOS DE EMPRESAS o o o Integradas produzem a celulose e o papel. Produtoras apenas de celulose e destinam a maior parcela da produção para o mercado externo. Essas empresas vendem a celulose para as produtoras de papel, o que se denomina celulose de mercado. Produtoras de papel. Esta categoria é a maior do segmento, constituindo-se de empresas que compram celulose de coligadas ou de terceiros, empresas que participam de grandes grupos econômicos e também as de menor porte.
68 o o O segmento de celulose é bastante concentrado, pois a escala de produção é elevada, sendo intensiva em capital O segmento de papel é mais pulverizado, pois existem pequenos fabricantes de papel
69 Regionalização
70 PINUS em hectares ÁREA PLANTADA COM PINUS NO BRASIL (por UF 2016) MG 2,3% RS 11,7% SP 7,8% PR 42,5% GO 0,5% MS 0,4% BA 0,2% ES 0,2% SC 34,4% Fonte: IBÁ, Bradesco
71 ÁREA PLANTADA COM EUCALIPTO em hectares NO BRASIL (por UF 2016) TO SC GO 2,1% 2,0% PA 2,2% MT 2,4% 3,3% MA 3,9% PR 5,2% ES 4,1% RS 5,4% Fonte: IBÁ, Bradesco BA 10,8% MS 15,5% MG 24,5% SP 16,7% AP 1,1% PI 0,5% Outros 0,3%
72 CELULOSE NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS (por estado ) Paraná São Paulo Santa Catarina Minas Gerais Rio de Janeiro Bahia Rio Grande do Sul Pernambuco Mato Grosso do Sul Amazonas Rondônia Espírito Santo Maranhão Pará Distrito Federal Paraíba Fonte: RAIS, Bradesco
73 PAPEL NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS (por estado 2014) São Paulo Santa Catarina Paraná Rio Grande do Sul Minas Gerais Rio de Janeiro Pernambuco Bahia Ceará Goiás Espírito Santo Rio Grande do Norte Maranhão Mato Grosso do Sul Mato Grosso Pará Amazonas Sergipe Piauí Alagoas Tocantins Rondônia Distrito Federal Fonte: RAIS, Bradesco 64 93
74 EMBALAGENS E PRODUTOS DE PAPEL (estabelecimentos por estado 2014) São Paulo Rio Grande do Sul Paraná Minas Gerais Santa Catarina Rio de Janeiro Bahia Ceará Pernambuco Goiás Espírito Santo Amazonas Paraíba Rio Grande do Norte Mato Grosso Mato Grosso do Sul Pará Piauí Maranhão Distrito Federal Sergipe Alagoas Rondônia Roraima Tocantins Acre Amapá Fonte: RAIS, Bradesco
75 Fornecedores
76 o o o A maior parte da madeira utilizada pela indústria é de produção própria, em torno de 85%. Os 15% restantes são fornecidos por pequenos produtores, no sistema integrado de produção No sistema integrado de produção a indústria fornece para o produtor mudas, insumos como fertilizantes, defensivos, orientação técnica e a garantia de compra No sistema de arrendamento, a indústria apenas aluga a terra do produtor, por um período mínimo de 7 anos
77 o o o Do total de 7,74 milhões de hectares de árvores plantadas no Brasil, 34%, o equivalente a 2,63 milhões de hectares, são das empresas de celulose. Os investidores financeiros representam 10,2% da área plantada. O Brasil é o segundo maior destino dos investidores nesta área com 29% do montante investido, atrás dos EUA, que detém 66%.
78 Composição da área de árvores plantadas por segmento COMPOSIÇÃO DA ÁREA DE ÁRVORES PLANTADAS POR SEGMENTO (2016) Produtos sólidos de madeira Painéis de 3,6% madeira e pisos laminados 6% Outros 3,4% Investidores financeiros 10% Celulose e papel 34% Siderurgia 14% Fonte: IBÁ, Bradesco Produtores independentes 29%
79 o o o As importações de celulose representam 7% do consumo aparente doméstico, concentradas em fibra longa. Os principais países de origem das importações de celulose são os EUA com 42% e a Argentina com 38%. As importações de papel representam 9% do consumo aparente doméstico, concentradas em papel para imprimir e escrever (40%) e papel imprensa (24%). o Os principais países de origem das importações de papel são: Europa com 34%, Canadá com 22%, China com 16% e EUA com 12%.
80 Consumidores
81 2016 EXPORTAÇÕES NA PRODUÇÃO DE PAPEL E CELULOSE (2016) CELULOSE 2016 Mercado Interno 31% Exportações 20% Exportações 69% PAPEL Mercado Interno 80% Fonte: IBÁ, Bradesco
82 Japão 2,82% oréia do Sul 2,49% PAÍSES DE DESTINO DAS EXPORTAÇÕES DE PAPEL E CELULOSE Destino das Exportações de Celulose - participação em quantidade (2015) Reino Unido 2,75% Outros 7,87% China 26,04% CELULOSE Destino das Exportações de Papel - participação em quantidade Bélgica 5,35% Itália 9,23% EUA 19,35% Holanda 20,29% Outros 39,37% Argentina 19,18% EUA 9,66% Fonte: IBÁ, Bradesco PAPEL Bélgica 3,30% Venezuela 4,80% Peru 3,89% Reino Unido 6,74% China Chile 4,25% 5,74% Espanha 3,06%
83 Fatores de risco
84 o o o o Setor cíclico em função do longo período de maturação dos investimentos realizados no setor. O crescimento da produção ocorre periodicamente e em grandes volumes, ao passo que a demanda não cresce na mesma proporção, levando o setor a desequilíbrios. Dessa forma, alterna-se períodos de preços elevados no mercado internacional e fases de margens comprimidas. Intensivo em capital a escala mínima viável de uma nova planta de celulose gira em torno de 1,5 milhão t/ano; Endividamento em moeda estrangeira das empresas do setor; Crescimento da produção chinesa de papel, tomando mercado brasileiro na ásia e europa.
85 DEPEC-BRADESCO O DEPEC BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso.
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