TITULO: ANALES DEL 2do ENCUENTRO LATINO AMERICANO DE ECONOMIA DE LA ENERGIA SUBTITULO:

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1 Nº ISBN TITULO: ANALES DEL 2do ENCUENTRO LATINO AMERICANO DE ECONOMIA DE LA ENERGIA SUBTITULO: SEGURIDAD ENERGÉTICA, INTEGRACIÓN Y DESARROLLO EN AMÉRICA LATINA SELLO EDITORIAL: PONTIFICIA UNIVERSIDAD CATOLICA DE CHILE- EDICIÓN: 1 AUTOR: RICARDO RAINERI B.

2 51. Dynamic of biodiesel price s formation on Brazilian market Inessa L. Salomão, Maria Clara Lippi Inessa Salomão is MSc Production Engineer, Economist, Assistant Professor from GEOS/DEPRO/CEFET-RJ; Maria Clara Lippi is student at CEFET-RJ Av. Maracanã, 229, Bloco E, DEPRO, Rio de Janeiro, Brazil, , , Fax , inessa2@gmail.com Key Words: Brazilian Biodiesel market, price-cost dynamic, ANP auctions ABSTRACT : The market of Biodiesel is still developing in Brazil. Biodiesel s price on Brazilian market is regulated. Legislation determines the binding blend, granting demand. The supply of biodiesel depends on the supply chain consolidation. Commercial prices are determined on the auctions promoted by National Agency of Petroleum, Natural Gas and Biofuels (ANP), from a reference price established by the agency. Moreover, the raw material (vegetable oil) supply is showing a behavior that depends on the prices of others markets that use vegetable oil as raw material too, oscillations. This article analyzes the price-cost dynamics of biodiesel production on Brazilian market. The relation among price determination and institutional regulation model is assessed. And are observed the linkage between raw materials costs and the governmental politic that promotes the introduction of this combustible in national energetic matrix is assed instituted on National Program of Production and Use of Biodiesel (PNPB) rules. 837

3 RESUMO: O mercado do biodiesel ainda está se desenvolvendo no Brasil. O preço do biodiesel no mercado brasileiro é regulado. A demanda é garantida pela legislação que determina o percentual de mistura obrigatória. A oferta do biodiesel depende da consolidação de sua cadeia produtiva. O preço de comercialização é determinado em leilões de venda promovidos pela ANP a partir de um preço de referência estabelecido por esta agência. Além disso, o fornecimento de matéria prima (óleo vegetal) vem se mostrando dependente das oscilações dos preços praticados em outros mercados que também utilizam óleo vegetal como insumo. Assim, este artigo analisa a dinâmica preço-custo da produção de biodiesel no mercado Brasileiro. Avalia-se a relação da formação de preço com o modelo institucional de regulação. E são observadas as relações entre o custo da matériaprima e a política governamental de incentivo à introdução deste combustível na matriz energética nacional, instituída através das normas do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB). 838

4 1.- Introdução Em 2003, o governo federal brasileiro iniciou o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) visando à consolidação de uma nova cadeia produtiva, como estratégia para promover a redução da importação de diesel fóssil e o desenvolvimento regional. Após cinco anos desta iniciativa o mercado do biodiesel no Brasil começa a se consolidar. Este artigo analisa a dinâmica de formação de preço do biodiesel comercializado nos leilões públicos, considerando o modelo institucional de regulação e a política de incentivo estabelecida pelo PNPB. O artigo está organizado como se segue: a seção 2 discute a estratégia de introdução do biodiesel na matriz energética brasileira; a seção 3 apresenta as determinações formais de regulação para a cadeia de produção do biodiesel; a seção 4 analisa os primeiros resultados obtidos no leilões públicos ocorridos até 2008; na seção 5, são discutidos os elementos que influenciam a formação de preço; a seção 6 apresenta as considerações finais e aponta novos objetos para estudo e aprofundamento da questão. 2.- Introdução do Biodiesel na Matriz Energética Brasileira O mercado brasileiro de biodiesel é muito recente e se encontra em franco desenvolvimento. Em todos os elos da cadeia produtiva existem oportunidades de negócio e lacunas não preenchidas, pois as próprias relações comerciais não estão completamente maduras e estabelecidas. O ano de 2005 é um marco histórico do início das operações desta cadeia, principalmente pelas definições que ocorreram quanto ao marco jurídico inicial de produção, à regulação da cadeia de biodiesel, e pela realização do primeiro leilão de B100 (diesel vegetal em 100% de volume) promovido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O aumento de oferta do biodiesel foi induzido pela garantia de demanda instituída pelo Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB). O governo brasileiro instituiu PNPB, como um programa interministerial, visando implementar a produção e o uso do Biodiesel de forma sustentável, técnica e economicamente, tendo como foco a inclusão social e o desenvolvimento regional, via geração de emprego e renda. O PNPB foi concebido a partir de três principais diretrizes: a) implantar um programa sustentável, promovendo inclusão social; b) garantir preços competitivos, qualidade e suprimento; c) produzir o biodiesel a partir de diferentes fontes oleaginosas e em regiões diversas (CEIB, 2005). 839

5 O biodiesel, aqui tratado de forma genérica, não é um produto único, representa um produto de origem não fóssil, proveniente da transesterificação ou esterificação de óleos vegetais ou gorduras animais. A política brasileira não define ou privilegia qualquer rota tecnológica, permite o uso de diferentes tipos de óleos provenientes de fontes renováveis como matéria-prima: sejam óleos vegetais crus (soja, mamona, algodão, palma, girassol, amendoim, entre outros); sejam óleos vegetais de cozimento reutilizados; ou mesmo o sebo animal e as gorduras de esgoto. O programa é voltado à inclusão social, tendo por objetivo a geração de trabalho e renda nas regiões mais pobres do país, introduzindo o agricultor familiar na cadeia de produção. Em conjunto com o PNPB, o governo federal estabeleceu um cronograma para adoção de misturas de biodiesel ao diesel de petróleo por força de lei. Segundo a determinação do governo federal, o biodiesel foi introduzido na matriz energética brasileira, sendo fixada a meta de 5% em volume, o percentual mínimo obrigatório de blend comercializado ao consumidor final, em um período de 8 anos da data de publicação da Lei de 2005 (Brasil, 2005). A mesma lei determinou metas intermediárias de mistura. Inicialmente, o blend, estabelecido em 2% (diesel B2), apresentava caráter autorizativo, tornando-se obrigatório a partir de janeiro de Em julho de 2008, a Resolução nº 2 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) ampliou para 3% o volume mínimo obrigatório de biodiesel na mistura. A determinação do volume obrigatório atua como um impulso ao crescimento da oferta, na medida em que garante um patamar mínimo de demanda que, para ser atendida, exige um aumento progressivo da capacidade instalada das usinas e da produção de matérias-primas, em médio prazo, induzindo a formação da cadeia produtiva. Favoravelmente a esta política, o crescimento autônomo da demanda pelo diesel, como combustível, também tem impacto positivo sobre a demanda pelo biodiesel. Para garantir a efetividade desta medida, a comercialização em território nacional da mistura está sujeita a fiscalização e aplicação de sanções baseadas nas normas de regulação, em caso de descumprimento da obrigatoriedade. 3.- Regulação da oferta A cadeia produtiva do biodiesel tem como elo inicial o produtor de matéria-prima, seguido das usinas de transesterificação/produção do biodiesel. O biocombustível puro (B100) segue para o distribuidor monopsonista e deste para a comercialização, através de novos distribuidores e varejistas. 840

6 O produtor de matéria-prima é o fornecedor dos grãos e/ou do óleo vegetal que entrará no processo produtivo da usina. No Brasil, o mercado de matéria-prima apresenta uma estrutura concorrencial da qual fazem parte os produtores de oleaginosas em pequena escala, assim como os grandes agronegócios, os produtores de óleo vegetal, e os recicladores de óleo vegetal de cozimento, e outros fornecedores de gordura animal. Já as usinas de produção de biodiesel se encontram em um mercado regulado. A ANP possui competências legais para regular e autorizar as atividades relacionadas à produção de biodiesel, que abrangem a construção, modificação, ampliação de capacidade, operação de planta produtora e a comercialização de biodiesel; condicionadas à prévia e expressa autorização. (BRASIL, 2005) A partir da aceitação do pedido de autorização e da conclusão das obras, a firma requerente do registro de produtor deve solicitar à ANP a vistoria das instalações visando obter a Autorização para Operação. A partir da emissão do Laudo Técnico de Vistoria, e da aprovação das instalações industriais pela ANP, a Autorização para Operação é concedida. É fato que muitos empreendimentos têm iniciado seus projetos de construção antes mesmo de iniciarem este processo de pedido de autorização junto à agência reguladora, porém a legislação é bastante restritiva quanto à entrada em operação e comercialização. As requerentes autorizadas para o exercício da atividade de operação de plantas produtoras de biodiesel somente poderão comercializar sua produção após a publicação da Autorização para Comercialização do biodiesel produzido, condicionada à comprovação de sua qualidade. A comprovação da qualidade ocorre através do envio do Certificado de Qualidade do produto, contendo todas as características estabelecidas na especificação vigente (Resolução ANP n.º 7 de 19/03/2008), firmado pelo responsável técnico pelas análises laboratoriais efetivadas em laboratórios cadastrados junto à ANP. As firmas com produção voltada para o consumo próprio ou para fins de pesquisa são desobrigadas a solicitar Autorização para Comercialização (Brasil, 2008). Durante a operação, cabe ao produtor de biodiesel enviar à ANP, mensalmente, informações sobre processamento, movimentação, estoque, discriminação de recebimento de entrega de matérias-primas e sobre produção, movimentação, estoque, discriminação de recebimento e entrega de produtos referentes à sua atividade (Resolução ANP n.º 17 de 31/08/2004). Cabe também, manter espaço de armazenamento de produto final acabado, compatível com, no mínimo, cinco dias de autonomia de produção, tendo como base a capacidade máxima de produção autorizada pela ANP (Brasil, 2004b). 841

7 Para que as autorizações concedidas ao produtor permaneçam em vigência, é necessário haver continuidade de produção por um período superior a doze meses e que sejam atendidos os requisitos de qualidade do produto e as recomendações técnicas para assegurar os aspectos relacionados à segurança operacional, saúde dos trabalhadores e prevenção dos impactos ao meio ambiente. Aprovado o pedido de Autorização de Comercialização, o biodiesel só poderá ser comercializado com exportador, refinaria e central petroquímica autorizada pela ANP; ou com distribuidor autorizado de combustíveis líquidos derivados de petróleo, álcool combustível, biodiesel, mistura óleo diesel e biodiesel especificada ou autorizada pela ANP; e com o mercado externo - no caso do produtor estar autorizado ao exercício da atividade de exportação de biodiesel. Para atender ao percentual mínimo obrigatório de mistura do diesel mineral, a agência realiza Leilões Públicos para aquisição de biodiesel. Por meio dos leilões, são implementados os procedimentos necessários para formação de estoques de biodiesel, com ênfase na garantia do suprimento deste combustível, e na proteção dos interesses dos consumidores quanto a preço, qualidade e oferta do produto, segundo a Resolução CNPE nº 7 (Brasil, 2007). Estão aptos a adquirir biodiesel nos leilões produtores de óleo diesel que possuem participação no mercado de diesel superior a 1%. A cada leilão, do tipo reverso, é fixado o valor do preço máximo, cabendo aos produtores de biodiesel oferecer preços iguais ou abaixo daquele estabelecido pela agência. Os editais dos leilões determinam, ainda, os compradores de biodiesel autorizados, os requisitos para fornecimento pelos produtores e indicam as quantidades de combustível que serão adquiridos no lote. (Prates et alii, 2007). Os produtores de óleo diesel, Petróleo Brasileiro S/A. PETROBRAS e Alberto Pasqualini REFAP S/A., compram biodiesel nos leilões com o intuito de formar estoque em volume (de acordo com suas participações no mercado) correspondente a, pelo menos, a demanda mensal desse produto para atendimento ao percentual de adição obrigatória ao óleo diesel. No Brasil, o principal produtor e importador de diesel é a Petrobras empresa estatal de economia mista que detém acima de 90% do mercado, atuando como comprador monopsonista nos leilões. Nos leilões públicos, as usinas produtoras de biodiesel que possuem o Selo Combustível Social, possuem preferência para ofertar o combustível no primeiro lote de compra. Cada produtor autorizado realiza três ofertas por lance e os lotes com preços mais baixos são arrematados até que seja completado o volume total do leilão (ANP, 2008b). Os valores dos lances devem, obrigatoriamente, ser menores ou iguais ao preço FOB de referência estabelecido pela ANP, a fim de 842

8 que haja maior competitividade entre os produtores e, conseqüentemente, menor preço para os compradores. A distribuidora de combustíveis líquidos adquirente comercializa para as demais distribuidoras, que atuam no mercado nacional de combustíveis líquidos, a quantidade de B100 necessária para que todo diesel comercializado esteja dentro do estabelecido como mistura mínima obrigatória. O fornecimento dos pedidos mensais de diesel está condicionado à apresentação de documento formal que ateste a aquisição de biodiesel pelas distribuidoras em volume limitado às suas necessidades. Assim, o volume adquirido de biodiesel por distribuidor retalhista deverá ser compatível com sua participação no mercado de diesel também regulado pela ANP. A aquisição direta de biodiesel pelas distribuidoras para formação de estoque operacional, além das quantidades mínimas necessárias para a comercialização do B3, é permitida e regulada. Estas aquisições, suplementares não substituem o combustível adquirido em leilão. Isto é, não é permitido que seja adquirida quantidade menor do biodiesel de leilão que aquela que será comercializada regularmente no período. Caso isto ocorra, a distribuidora está sujeita às sanções legais. As aquisições suplementares já realizadas pela Petrobras ocorreram nos mesmos moldes dos leilões públicos, através de leilão reverso, mas utilizando como referência o preço CIF ( com o valor do frete incluído). (ANP, 2008a) 4.- Resultados dos leilões O mercado do biodiesel começou a operar a partir da instituição do PNPB. No período compreendido entre os anos de 2005 e 2008 ocorreram 12 leilões públicos de biodiesel. No primeiro leilão, foram arrematados m 3 e, no ano seguinte, m 3. Figura 1 843

9 Fonte: ANP, 2005; 2006 a, b, c; 2007 a, b, c; 2008 c, d, e, f, g. A obrigatoriedade do B2, instituída pelo Decreto n.º 5297, iniciada a partir do dia 01/01/2006, gerou uma incrível demanda pelo combustível. No entanto, a oferta não acompanhou este crescimento. Em 2006, o volume de biodiesel contratado nos leilões foi 11 vezes maior do que o volume produzido no mesmo ano. Apesar do resultado positivo dos leilões e dos incentivos à produção oferecidos pelo governo federal, através de linhas de crédito para a construção de usinas e do financiamento de projetos agrícolas, em 2006, a produção total ficou muito abaixo das expectativas geradas pelo PNPB. A maior parte dos contratos foi firmada com produtores do Nordeste e Semi-árido. E problemas ocorridos nos programas de plantio de mamona e de agricultura familiar impactaram negativamente o início da operação da cadeia. A produtividade não se confirmou e outros problemas logísticos e técnicos fizeram com que muitos contratos não fossem honrados. A partir de 2007, a oferta passou a crescer com maior vigor e o volume de biodiesel produzido superou o volume contratado, estabilizando o mercado. Apesar da produção do Nordeste ter mantido o crescimento, o volume contratado nesta região diminuiu, assinalando a tendência, confirmada em 2008, de migração da oferta para outras regiões. Em 2008, o patamar de contratação cresceu vigorosamente, apesar de não ter superado o volume atingido nos leilões de Este crescimento foi acompanhado pela expansão da oferta, desta vez baseada na cadeia produtiva, já estabelecida, da soja. O Centro-Oeste tornou-se o principal produtor de biodiesel, sendo responsável por aproximadamente 45% do total do volume produzido. 844

10 Embora a produção tenha crescido significativamente também nas regiões Sul e Sudeste, no Norte e Nordeste houve retração, conforme pode ser visto na figura 1. Figura 2 Fonte: ANP, 2005; 2006 a, b, c; 2007 a, b, c; 2008 d, e, f, g, h. No primeiro leilão realizado pela ANP não foi estabelecido um preço de referência. Nos demais leilões, onde foi estabelecido o preço de referência, os preços médios de contratação ficaram muito próximos ao teto estipulado, conforme mostra a figura 2. Nos leilões de 2007, os valores dos lances mantiveram o patamar dos leilões anteriores gerando o maior deságio do período, houve lotes arrematados a preços 29% mais baixos que o preço de referência. Em 2008, a tendência de alta apontada pelo preço de referência foi seguida de perto pelos produtores resultando em preços médios com deságio máximo de 15%. A ampliação do teto funcionou como mais um atrativo à ampliação da produção. Segundo dados da ANP, até o ano de 2008, 71 produtores foram autorizados à produção de biodiesel no país, com capacidade nominal total em torno de 3,8 bilhões de m 3 /ano, capacidade suficiente para atender à demanda de B5 do mercado nacional (ANP, 2009). 5.- Preço, custo e regulação O leilão reverso permite que haja competitividade entre os diversos produtores a partir dos fatores qualidade e preço. Os critérios de qualidade são, principalmente, 845

11 o cumprimento de contratos anteriores e a adequação do combustível fornecido às especificações técnicas exigidas. Estes critérios determinam que o produtor seja habilitado ou não para o leilão. O produtor de biodiesel é um tomador de preços no mercado de seu produto, assim como na cadeia de suprimento de matéria-prima. O preço de venda, com teto determinado ex-ante, e a pulverização da oferta não permitem que haja grande influência sobre o preço FOB. Apesar de não haver notas oficiais da ANP que especifiquem as bases do preço de referência, é possível indicar que entre os principais fatores que podem interferir no preço máximo de leilão estão: o preço da matéria-prima, o custo com o processo de fabricação, o custo com a entrega e até quanto o comprador está disposto a pagar. O valor do lance, portanto, é limitado pela posição do monopsonista por um lado, e pelos elementos de formação de preço por outro. O preço do produto é constituído pelo seu custo de fabricação, impostos sobre a venda, despesas e margem de lucro. Produtores com custos muito altos podem não conseguir vender seu produto, assim como a prática de preços muito baixos pode gerar margens de lucro muito apertadas, que tendem a ser nocivas à sustentabilidade do negócio. Para se manter competitivo o produtor deve buscar minimizar custos médios, a carga tributária, e manter uma margem de lucro conservadora próxima à de seus concorrentes. Isto é, deve adequar seus custos ao nível médio de preços praticados, que têm variado pouco nos leilões. O principal fator de adequação de custos dos produtores é o suprimento de matéria-prima vis-à-vis a carga tributária determinada pelo PNPB. Considerando predeterminadas a estrutura produtiva e a rota tecnológica, a redução de custos do produtor individual recai sobre critérios operacionais muito influenciados pelo custo da matéria-prima. O modelo brasileiro de regulação, através do Selo Combustível Social, visa equacionar disparidades regionais de desenvolvimento e permitir o ingresso do agricultor familiar na cadeia produtiva como fornecedor de matéria-prima. O governo federal oferece incentivo a uma parcela dos produtores no intuito de equiparar a competitividade entre os que contratam fornecimento de oleaginosas de pequenos agricultores, e aqueles que compram do agronegócio. Tais incentivos influenciam principalmente nos impostos, desta forma, a seleção da oleaginosa influencia fortemente a formação de preço, por impactar custos e tributos. Aos produtores detentores do Selo Combustível Social é concedida prioridade nos leilões e redução de alíquotas de impostos - que pode chegar à isenção em determinados casos. Para manter a certificação do Selo, os produtores devem adquirir matéria-prima de agricultores familiares atendidos pelo PRONAF 846

12 (Programa Nacional de Agricultura Familiar), prestar-lhes assistência técnica, e estabelecer contratos de fornecimento claros. A redução tributária varia conforme a região e a oleaginosa utilizada, e está condicionada à aquisição de um percentual mínimo de volume de matéria-prima, que corresponde a 50% na região Nordeste e Semi-árido; 10% nas regiões Norte e Centro-Oeste e, 30% nas regiões Sudeste e Sul (MDA, 2007). A redução de alíquota é aplicada ao lote produzido com a matéria-prima adquirida nos moldes descritos acima. A legislação estabelece coeficiente de redução 0,775 sobre PIS/PASEP e COFINS para o biodiesel fabricado a partir de mamona ou fruto, caroço ou amêndoa de palma, e de 0,896, para o biodiesel fabricado a partir de matériasprimas adquiridas de agricultor familiar enquadrado no PRONAF (BRASIL, 2004a). Nas regiões Norte, Nordeste e Semi-árido, inicialmente a desoneração de tributos esteve atrelada à produção de biodiesel a partir da palma e da mamona. Uma nova regulamentação, decretada em 2008, permite a desoneração para quaisquer oleaginosas provenientes da agricultura familiar. Esta medida buscou minimizar os entraves logísticos e técnicos existentes, e ineficiências de escala, responsáveis pela elevação dos custos de matéria-prima proveniente da agricultura familiar, que reduziam sua competitividade. Os produtores das regiões Norte e Centro-Oeste se beneficiam de reduções tributárias de menor magnitude, no entanto, estão menos sujeitos às ineficiências causadas pela introdução de oleaginosas na pauta da agricultura familiar. Enquanto no Nordeste e no Semi-árido, a isenção de tributos reduz os preços finais dos produtores significativamente, porém persistem entraves relacionados a gargalos logísticos e de produtividade. A estabilização do fornecimento de biodiesel, ocorrida a partir de 2008, reflete, em parte, a migração da produção contratada em leilão para o Centro-Oeste, e a afirmação da soja como principal matéria-prima devido à sua disponibilidade. Segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME), a produção histórica da soja superou a dos demais óleos vegetais significativamente durante os últimos trinta anos. A soja é uma matéria-prima cuja cadeia produtiva encontra-se madura, e com disponibilidade de excedentes que permitem fornecimento contínuo. As demais oleaginosas com participação significativa na produção de biodiesel provêm de cadeias produtivas tradicionais que já têm destino para seu produto, e disponibilidade significativamente menor. Apesar de ter ocorrido avanço dos principais óleos vegetais produzidos no país algodão, amendoim, girassol e mamona a produção atual não é suficiente para atender a demanda para a produção do biodiesel (MME, 2008). O produtor 847

13 tradicional de oleaginosas e de óleo vegetal tem a opção de arbitrar entre fornecer para o produtor de biodiesel ou exportar. Este é um modelo muito parecido com o caso da indústria sucroalcooleira no país que, na década de 1980, levou à ruptura do abastecimento de etanol. A depender das cotações internacionais do preço do açúcar, uma commodity assim como as oleaginosas e seus derivados, as usinas produzem quantidade maior ou menor de álcool combustível, regulando seu nível de produção, estoque e preço. Da mesma forma, na indústria do biodiesel, quando há queda na cotação das oleaginosas e do óleo, o fornecedor de matéria-prima tem a possibilidade de regular seus estoques desviando parte de sua produção para a cadeia do biodiesel, agindo de forma inversa na alta. Assim, o custo da matéria-prima e a regularidade de seu fornecimento estão atrelados ao mercado internacional de commodities o que pode gerar descontinuidade de fornecimento. Os incentivos legais fomentaram nos últimos anos o interesse dos produtores de biodiesel pelo Selo, uma vez que isso garantiria menores preços finais, e maior competitividade aos seus produtos. No entanto, estas vantagens podem não ser suficientes se consideradas as ações de arbitragem ocorridas dentro de cadeias tradicionais e as ineficiências inerentes à agricultura familiar, que oferecem risco de ruptura de estoque de matéria-prima, e dada a liquidez e abundância da soja. Em termos da indústria, o risco de desabastecimento é muito baixo. A legislação impõe flexibilidade sobre os níveis de mistura, pois permite ao CNPE reduzir a quantidade de biodiesel adicionado ao diesel em caso de escassez de matériaprima para que não haja ruptura de abastecimento. Considerando que os contratos de suprimento devem ocorrer anteriormente ao lance para que o produtor faça jus ao Selo, a dinâmica preço-custo depende dos níveis de custo gerados pelas várias alternativas, e de escolhas intertemporais que devem considerar em que medida a redução de tributo compensa os riscos de ruptura de fornecimento. 6.- Considerações finais A introdução do biodiesel na matriz energética brasileira criou uma nova cadeia de produção. No modelo adotado, a demanda tem papel fundamental ao fomentar o desenvolvimento do elo produtivo da cadeia. As análises preliminares desta política pública mostram que o mercado inicialmente incipiente respondeu com rapidez e vigor às pressões de demanda. No entanto, as relações comerciais da cadeia de suprimentos ainda precisam amadurecer. 848

14 As relações comerciais em conjunto com o modelo de regulação e o marco jurídico-fiscal são os principais fatores que influenciam a dinâmica de formação de preço para os leilões. Pois todos impactam diretamente o custo do produto e a margem de lucro do produtor. A estabilização do mercado a partir da migração para a soja, como principal matéria-prima, não impede que se mantenha o modelo de desenvolvimento regional baseado na agricultura familiar preconizado pelo PNPB. No entanto, o produtor sujeito às regras do leilão reverso busca minimizar seus custos para ampliar a margem de lucro, o que depende das decisões operacionais de curto prazo. A queda de custos, em longo prazo, deverá ocorrer na medida em que surgirem oleaginosas energeticamente mais eficientes, em escala que garanta a continuidade de suprimento e com preços competitivos em relação à soja. Por outro lado, a rápida expansão da capacidade produtiva pode exercer ainda maior pressão sobre a margem, se houver queda de preços ocasionada por excesso de oferta de biodiesel no mercado. É importante avaliar mais detidamente estes e outros alguns aspectos. O mercado de biodiesel no Brasil ainda é muito recente, as tendências apresentadas são de curto prazo e precisam ser avaliadas ao longo do tempo. Devem ser aprofundados os estudos quanto ao reflexo desta dinâmica sobre o preço ao consumidor final e sobre a margem de lucro setorial; e quantificados os impactos das oscilações das commodities, da influência das diversas rotas tecnológicas sobre o preço. 7.- Referências ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Aquisição direta de biodiesel para formação de estoque operacional, 2008a. Disponível em: Acessado em 26/12/2008., Capacidade Autorizada, Disponível em: Acessado em 03/01/2009., Edital de Pregão, 2008b. Disponível em: Acessado em 10/10/2008., Resultado do 1o. Leilão de Biodiesel, Brasília, 2005, Resultado do 2o. Leilão de Biodiesel, Brasília, 2006 a, Resultado do 3o. Leilão de Biodiesel, Brasília, 2006 b 849

15 , Resultado do 4o. Leilão de Biodiesel, Brasília, 2006 c, Resultado do 5o. Leilão de Biodiesel, Brasília, 2007 a, Resultado do 6o. Leilão de Biodiesel, Brasília, 2007 b, Resultado do 7o. Leilão de Biodiesel, Brasília, 2007 c, Produção de Biodiesel B100 por Produtor, Brasília, 2008 c, Resultado do 8o. Leilão de Biodiesel, Brasília, 2008 d, Resultado do 9o. Leilão de Biodiesel, Brasília, 2008 e, Resultado do 10o. Leilão de Biodiesel, Brasília, 2008 f, Resultado do 11o. Leilão de Biodiesel, Brasília, 2008 g, Resultado do 12o. Leilão de Biodiesel, Brasília, 2008 h BRASIL, Decreto Nº de 6 de dezembro de Dispõe sobre os coeficientes de redução das alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes na produção e na comercialização de biodiesel, sobre os termos e as condições para a utilização das alíquotas diferenciadas, e dá outras providências, Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, 2004a., Lei n.º , de 13 de janeiro de Dispõe sobre a introdução do biodiesel na matriz energética brasileira; altera as Leis n os 9.478, de 6 de agosto de 1997, 9.847, de 26 de outubro de 1999 e , de 30 de dezembro de 2002; e dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, 2005., Resolução ANP n.º 7, de 19 de março de Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, 2008., Resolução ANP n.º 17, de 31 de agosto de Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, 2004b., Resolução CNPA n.º 7, de 05 de dezembro de Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, CEIB (Comissão Executiva Interministerial), Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, Brasília, Disponível em Acesso em 15/11/2006 MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), Biodiesel no Braisl: Resultados socioeconômicos e expectativa futura, Acesso em: 23/08/

16 MME (Ministério de Minas e Energia), Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis, Brasília, n.8, agosto Prates, C.P.T., Pierobon, E.C., Costa, R.C., Formação do Mercado de Biodiesel no Brasil, BNDES Setorial, Rio de Janeiro, n. 25, p , mar

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