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2 Empresas Associadas BIODIESEL

3 Ubrabio Criada em 2007, a União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio) é uma associação civil organizada que representa toda a cadeia de produção e comercialização do Biodiesel. Atuando como interlocutora junto ao governo e à sociedade em geral nas discussões sobre o desenvolvimento do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), a Ubrabio participa direta e ativamente de todas as conquistas registradas pelo setor. Prova disso é o percentual obrigatório de adição de Biodiesel ao diesel convencional, que passou de B2 para B5 em apenas dois anos, entre 2008 e 2010, antecipando a meta inicialmente prevista pelo governo para O êxito do PNPB na maior utilização deste combustível renovável, que o Brasil dispõe de potencial inigualável sobre todos os aspectos, representa ar mais puro, mais qualidade de vida e maior cuidado com o meio ambiente, além de mais empregos no campo, com destaque para o aumento da renda e o apoio tecnológico para a agricultura familiar. Isso sem falar no impacto positivo na balança comercial com a redução do volume de diesel importado. É o Brasil que segue rodando mais limpo.

4 Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel

5 Programa Nacional de e Uso de Biodiesel Produção Em 2004, o Governo Federal criou o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel PNPB para fomentar a produção e o uso de biodiesel. A atuação do programa vai além do desenvolvimento nacional de uma fonte alternativa de energia, uma vez que possibilita a construção de uma cadeia produtiva de geração de emprego e renda no campo e na indústria. A obrigatoriedade da mistura do biodiesel ao diesel comercializado começou em 2008 com o B2 (2% de biodiesel adicionado ao diesel mineral). Em 2010, a mistura chegou ao B5, três anos antes do programado. A utilização do biodiesel tem várias vantagens, dentre as quais se destacam: É energia renovável; Alto potencial de geração de empregos e renda, sobretudo no campo; Menos poluente que o diesel mineral, o que confere grande ganho ambiental; Possibilita a utilização de créditos de carbono; É ótimo lubrificante para motores; Baixo risco de explosão, o que facilita questões relacionadas a transporte e armazenamento.

6 Matéria-Prima

7 Matéria-Prima O aumento do cultivo de oleaginosas foi impulsionado pelo PNPB Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, que vem contribuindo para desenvolver e modernizar as atividades agrárias. Segundo o estudo da FGV, a produção de matéria-prima para o biodiesel representa 72% de todo o valor da cadeia gerada por este biocombustível. O óleo de soja ainda é a principal fonte do biodiesel produzido atualmente. O país é o segundo maior produtor e processador mundial de soja e o terceiro maior exportador de óleo. Devido a essa abundância, cerca de 80% do óleo vegetal usado na produção do biodiesel brasileiro é extraído da soja composta de 80% de farelo (alimento) e 20% de óleo. Porém a expectativa é que essa estatística mude em função dos incentivos à produção de outros tipos de oleaginosas. A criação do Selo Combustível Social é um estímulo à diversificação da matriz produtiva do biodiesel ao mesmo tempo em que fortalece a agricultura familiar. As culturas de oleaginosas com maior potencial são de palma (dendê), amendoim, canola, girassol, mamona e caroço de algodão. Estão sendo alvo de pesquisas outras possíveis fontes promissoras de óleo extraído do pinhão manso, gergelim, babaçu e crambe. Estima-se o aumento gradual de outros óleos vegetais na composição do biodiesel, com uma diminuição programada do óleo de soja. O objetivo é que essa redução seja de 1% ao ano até atingir um patamar de 70% em Em termos absolutos, significa dizer que a produção e o uso das demais oleaginosas crescerão oito vezes mais.

8 Agricultura Familiar e Emprego

9 Agricultura Familiar e Emprego A diversificação de matéria-prima do biodiesel permite a variação agrícola em diferentes regiões, aproveitando as culturas nativas e incrementando a participação dos agricultores familiares no Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel PNPB. Os produtores de biodiesel recebem incentivos do Governo Federal por meio do Selo Combustível Social. Os produtores oferecem assistência técnica aos agricultores para o aperfeiçoamento da produtividade e garantem a compra da produção agrícola. Por isso, recebem o Selo que dá o direito a essas indústrias de participarem como vendedoras nos maiores lotes nos leilões de biodiesel. Essa iniciativa contribuiu para modernizar as atividades agrárias e gerar renda. Estima-se que, para cada emprego direto no campo, sejam gerados 12 empregos na escala agroindustrial. Nessas circunstâncias, são gerados 1,3 milhão de empregos na cadeia produtiva do Biodiesel. Enquanto em 2006 foram investidos R$ 69 milhões com aquisição de matérias-primas da agricultura familiar, o valor em 2010 ultrapassou R$ 1 bilhão. O número de famílias agricultoras inseridas no PNPB também tem aumentado vertiginosamente. De 2009 para 2010 o crescimento foi cerca de 70%, ou seja, mais de 103 mil famílias passaram a ter uma renda maior. Desde o início do programa já são 270 mil famílias beneficiadas.

10 Marco Regulatório

11 Marco Regulatório O mercado do biodiesel brasileiro está crescendo em ritmo acelerado. Em 2005, funcionavam apenas oito indústrias de biodiesel que tinham a capacidade anual de produzir 85 mil m³. Hoje, estão instaladas 69 indústrias em todas as regiões brasileiras com capacidade para produzir aproximadamente 6 bilhões m³ por ano. Isso significa que é possível atender a demanda pela mistura B10 (com 10% de biodiesel adicionado ao diesel mineral). O poder de produção das indústrias de biodiesel representa um grande avanço para o país, tendo em vista que hoje apenas 40% da capacidade instalada é utilizada para produzir a mistura B5. Ou seja, a meta do Programa Nacional de Uso e Produção de Biodiesel - PNPB foi superada e a indústria brasileira de biodiesel está pronta para atender ao aumento da demanda do mercado em misturas maiores de biodiesel ao diesel fóssil, determinadas em um novo Marco Regulatório a ser definido.

12 Economia

13 Economia Desde 2005, quando foi implantado o programa, o Brasil deixou de gastar US$ 3,4 bilhões com importações de diesel, graças a mistura de 5% de biodiesel no diesel fóssil. A demanda nacional de diesel mineral no ano de 2010 foi de 49 bilhões de litros, dos quais 9 bilhões foram importados. Considerando o volume de biodiesel produzido no mesmo ano (2,4 bilhões de litros), se o Brasil já tivesse implantado a mistura B10 (com 10% de biodiesel adicionado ao diesel mineral), o dispêndio com essa importação poderia ser evitado e resultaria em uma economia de US$ 6,8 bilhões. O Brasil ainda tem potencial para se tornar um grande exportador, para isso é preciso definir políticas de ajustes tributários para que o biodiesel brasileiro se torne mais competitivo para o mercado internacional. Outro aspecto relevante é o impacto insignificante do biodiesel sobre a inflação. O Ibre-FGV constatou um reflexo de 0,00021 e 0,00034 ponto percentual sobre a inflação ao consumidor nas projeções de mistura até B20 (com 20% de biodiesel adicionado ao diesel mineral). Ou seja, a adição de biodiesel ao diesel não pressiona os preços do combustível vendido nas bombas.

14 MEIO AMBIENTE E SAÚDE

15 Meio Ambiente e Saúde A poluição atmosférica é um grave problema, localizado principalmente nos centros urbanos, cujos reflexos são prejudiciais tanto para as pessoas, que adoecem em função de problemas respiratórios; quanto para o meio ambiente, onde é observado o agravamento do efeito estufa provocado pelas emissões de poluentes. A queima de combustíveis fósseis é tida como um dos principais agentes causadores da poluição atmosférica, por emitir toneladas de CO2 e de dióxido de enxofre - SO2 para atmosfera. Mas felizmente, a utilização do biodiesel contribui para amortizar esses efeitos. Com a ampliação da mistura nos grandes centros, adição de 20% de biodiesel ao diesel fóssil, por exemplo, esses benefícios diretos a população podem chegar a números expressivos. De acordo com a FGV, com a adoção do B20, o Biodiesel Metropolitano, seriam evitadas 690 mortes por ano devido a problemas respiratórios e geraria uma economia nos cofres públicos de R$ 4,68 milhões com a redução de internações no SUS.

16 AGENDA ÚNICA: METAS DE REDUÇÃO DE ENXOFRE NO DIESEL (CONAMA) E B20 METROPOLITANO

17 AGENDA ÚNICA: METAS DE REDUÇÃO DE ENXOFRE NO DIESEL (CONAMA) E B20 METROPOLITANO Diante dos prejuízos à saúde e ao meio ambiente causados pela enorme quantidade de enxofre contida no diesel comercializado, o Conselho Nacional do Meio Ambiente Conama determinou que a quantidade de enxofre no diesel baixasse. Em 2009, o diesel comercializado passou a ter menor quantidade de enxofre, o S50 (50 partículas por milhão) e em 2013 o diesel deve ser S10 (10 partículas por milhão). Para a UBRABIO, essa exigência poderia ser atendida com a utilização imediata do Biodiesel Metropolitano, cuja mistura tenha 20% de biodiesel ao diesel mineral, o B20. O Biodiesel Metropolitano é uma excelente alternativa a ser adotada, uma vez que apresenta uma melhor lubricidade em relação ao diesel comum, com a grande vantagem de ser isento de enxofre. Portanto, para de fato nessas localidades se comercialize diesel com menor índice de enxofre, é fundamental alinhar a agenda do Conama com a adoção do B20, a fim de baixar drasticamente as emissões de gases tóxicos. Isso vai contribuir para melhoria da qualidade de vida com reflexos diretos na saúde das populações dos grandes centros.

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