FLUXOS DE CAPITAIS EXTERNOS, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: EVIDÊNCIAS DE CAUSALIDADE

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1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO FLUXOS DE CAPITAIS EXTERNOS, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: EVIDÊNCIAS DE CAUSALIDADE LUCIANO APARECIDO DOS SANTOS PIMENTEL ORIENTADOR PROF. DR. TABAJARA PIMENTA JR. RIBEIRÃO PRETO 2007

2 Magnífica Reiora da Universidade de São Paulo Profa. Dra. Suely Vilela Sampaio Direor da Faculdade de Economia, Adminisração e Conabilidade de Ribeirão Preo Prof. Dr. Rudinei Toneo Júnior Chefe do Deparameno de Adminisração Prof. Dr. Márcio Maos Borges de Oliveira

3 LUCIANO APARECIDO DOS SANTOS PIMENTEL Fluxos de Capiais Exernos, Crescimeno e Desenvolvimeno Econômico: Evidências de Causalidade Disseração apresenada à Faculdade de Economia, Adminisração e Conabilidade de Ribeirão Preo da Universidade de São Paulo para obenção do íulo de Mesre em Adminisração de Organizações Área de Concenração: Finanças Orienador: Prof. Dr. Tabajara Pimena Jr. Ribeirão Preo 2007

4 FICHA CATALOGRÁFICA PIMENTEL, Luciano Aparecido dos Sanos Fluxos de Capiais Exernos, Crescimeno e Desenvolvimeno Econômico: Evidências de Causalidade, p. : il. ; 30 cm Disseração de Mesrado, apresenada à Faculdade de Economia, Adminisração e Conabilidade de Ribeirão Preo/USP Área de concenração: Finanças Orienador: PIMENTA JUNIOR, Tabajara 1. Finanças. 2. VAR. 3. Causalidade de Granger. 4. Crescimeno Econômico. 5. Desenvolvimeno. 6. Fluxos de Capiais Exernos

5 Dedicaória À Claudinha, meu amor, pelo companheirismo, carinho, compreensão e apoio em mais uma eapa imporane de nossas vidas. Devo isso a você, que vem mudando minha vida para melhor.

6 Agradecimenos Ao Prof. Dr. Tabajara Pimena Jr., grande amigo e orienador, que acrediou em mim, mosrou o caminho e me fez crer que era possível. Aos meus pais, Pimenel e Julia, pelo apoio, esruura, ensinamenos e exemplo de vida que sempre me deram. Aos meus irmãos, Adriano e Julio, que sempre dividiram comigo boas hisórias e lembranças e, a parir de agora, discussões acadêmicas. À minha avó Helena, que eseve sempre presene em nossas vidas, comparilhando alegrias e luas. Aos meus avós (in memorian) José Ignácio dos Sanos, José Pimenel e Regina Pimenel, com saudades. Aos amigos Marcelo Boelho Cosa Moraes e Willy Genil de Góes, pelas valiosas conribuições e sugesões. Aos professores André Luiz Oda e Silvio Hiroshi Nakao, pelas conribuições e sugesões proferidas na banca de qualificação. Aos funcionários da Secrearia de Pós-Graduação e em especial à Eduardo Casaldelli Jr., pela presaividade e amizade. Aos professores, colegas de mesrado e demais funcionários da FEA Ribeirão, que pariciparam, direa e indireamene, desse processo. Aos meus amigos e colegas, que sempre me apoiaram. À Deus, por esar presene em minha vida e assumir o comando em momenos difíceis.

7 PIMENTEL, L. A. S. Fluxos de Capiais Exernos, Crescimeno e Desenvolvimeno Econômico: Evidências de Causalidade. Disseração de Mesrado. FEA USP, Ribeirão Preo, 2007 A redução da pobreza é um problema amplamene discuido no mundo. Por meio do crescimeno econômico, os países podem melhorar seu padrão de vida e alcançar maiores níveis de desenvolvimeno. Com a aberura promovida no conexo da globalização, houve aumeno no fluxo de bens e capiais exernos para os países em desenvolvimeno, favorecendo seu crescimeno econômico. Ese rabalho buscou idenificar relações de causalidade enre fluxos exernos, crescimeno e desenvolvimeno econômico. Foram uilizados indicadores rimesrais e anuais sugeridos na revisão eórica. Os dados rimesrais foram uilizados para consruir um modelo de auo-regressão veorial (VAR), que verificou relações de causalidade enre as variáveis. Os dados anuais foram uilizados para a análise de regressão. Os resulados sugerem que o crescimeno econômico apresena relações de causalidade com invesimeno inerno, poupança, aberura econômica e produividade. A produividade, por sua vez, é influenciada pelo capial humano, invesimeno esrangeiro direo e progresso ecnológico. O desenvolvimeno econômico apresenou relações de causalidade com educação e renda (aumeno e disribuição de renda). Palavras-Chave: Crescimeno Econômico, Desenvolvimeno, Fluxos de Capiais Exernos, Globalização

8 PIMENTEL, L. A. S. Exernal Capial Flows, Economic Growh and Developmen: Evidences of Causaliy. Disseraion. FEA USP, Ribeirão Preo, 2007 The povery reducion is widely discussed around he world. Through he economic growh, he counries can improve heir paern of life and reach high levels of developmen. The commercial overure promoed by globalizaion increased he inernaional flows of capial and goods ino developing counries and promoed economic growh. This sudy, ried o idenify causaliy relaion among inernaional flows, developmen and economic growh. Quarerly and annual indicaors were used as suggesed in he heoris revision. The quarerly daa were used o buil a vecor auo regression model (VAR) o verify causaliy relaion among he variables. The annual daa were used o he regression analysis. The resuls sugges ha he economic growh has causaliy relaions wih inernal invesmen, savings, economic opening and produciviy. The produciviy is influenced by human capial, exernal direc invesmen and echnological progress. The developmen has causaliy relaions wih educaion and income (increase and disribuion). Keywords: Economic Growh, Developmen, Exernal Capial Flows, Globalizaion

9 Lisa de Gráficos e Ilusrações Gráfico 2.1 Coeficiene de Exporação e crescimeno do PIB Tigres Asiáicos X Brasil. 20 Gráfico 3.1 Saldo da Balança Comercial e Coeficiene de Aberura ( ) Gráfico 3.2 Relação enre o monane e o crescimeno das Exporações Gráfico 3.3 Exporações por classe de produo ( em US$) Gráfico 3.4 Exporações por classe de produo ( em %) Gráfico 3.5 Exporações por caegoria de uso ( em US$) Gráfico 3.6 Exporações por caegoria de uso ( em %) Gráfico 4.1 Evolução do Produo Inerno Bruo (R$ X US$) Gráfico 4.2 Evolução do Produo Inerno Bruo e variação do PIB (2005) Gráfico 4.3 Comparaivo de Crescimeno Econômico do Brasil e do Mundo Gráfico 4.4 Evolução do Produo Inerno Bruo e Produo Nacional Bruo Gráfico 4.5 Produividade da Indúsria de Transformação (1992=100) Gráfico 4.6 Evolução do Invesimeno Inerno e sua paricipação no PIB Gráfico 4.7 Anos de esudo da população em idade aiva e axa de analfabeismo Gráfico 4.8 Evolução das receias e despesas com Royalies e Licenças Gráfico 4.9 Crescimeno da poupança e sua variação em relação ao PIB Gráfico 4.10 Evolução do volume de negócios na Bovespa (em mil R$) Gráfico 4.11 Evolução do PIB per capia Gráfico 4.12 Rendimeno (renda domiciliar e PIB per capia) Gráfico 4.13 Concenração de Renda (1% mais ricos e os 50% mais pobres) Gráfico 4.14 Concenração de Renda Coeficiene de Gini X Índice de Theil Gráfico 4.15 Evolução do Índice de Desenvolvimeno Humano no Brasil Gráfico 4.16 Evolução dos componenes do IDH no Brasil Gráfico 4.17 Evolução do Invesimeno Esrangeiro Direo e sua relação com o PIB Gráfico 4.18 Composição do Invesimeno Esrangeiro Direo Gráfico 4.19 Evolução do Saldo da Balança Comercial e do Coeficiene de Aberura Gráfico 4.20 Evolução das Exporações e Imporações Gráfico 4.21 Paricipação brasileira nas exporações e imporações mundiais Gráfico 4.22 Relação enre o PIB (R$ 2005) e o Coeficiene de Exporação Gráfico 4.23 Crescimeno do PIB (US$) e o Coeficiene de Exporação Gráfico 6.1 Função de Resposa a Impulso para PIB Gráfico 6.2 Função de Resposa a Impulso para Produividade Gráfico 6.3 Função de Resposa a Impulso para Royalies e Licenças Gráfico 6.4 Função de Resposa a Impulso para Invesimeno Inerno Gráfico 6.5 Função de Resposa a Impulso para Poupança Gráfico 6.6 Função de Resposa a Impulso para Invesimeno Esrangeiro Direo Gráfico 6.7 Função de Resposa a Impulso para Exporação Gráfico 6.8 Função de Resposa a Impulso para Coeficiene de Aberura

10 Lisa de Quadros Quadro Crescimeno Econômico e Inovação Tecnológica Quadro 4.1 Crescimeno Econômico e Comércio Inernacional (JAYME JR, 2001) Quadro 4.2 Crescimeno Econômico e Exporações (MATOS, 2003) Quadro 4.3 Crescimeno Econômico e Exporações (MEDINA-SMITH, 2001) Quadro 4.4 Relação dos indicadores sugeridos na revisão bibliográfica Quadro 5.1 Relação dos indicadores para a análise de causalidade de Granger Quadro 5.2 Relação dos indicadores a para análise de regressão Quadro 5.3 Criérios para escolha de defasagens Lisa de Tabelas Tabela 6.1 Tese DFA Valores críicos para verificação de raízes uniárias Tabela 6.2 Esaísica das variáveis para verificação da hipóese nula Tabela 6.3 Resulado do Tese DFA para PIB Tabela 6.4 Resulado do Tese DFA para Produividade Tabela 6.5 Resulado do Tese DFA para Royalies e Licenças Tabela 6.6 Resulado do Tese DFA para Invesimeno Inerno Tabela 6.7 Resulado do Tese DFA para Poupança Tabela 6.8 Resulado do Tese DFA para Invesimeno Esrangeiro Direo Tabela 6.9 Resulado do Tese DFA para Exporação Tabela 6.10 Resulado do Tese DFA para Coeficiene de Aberura Tabela 6.11 Resulado do Tese F (ANOVA) Tabela 6.12 Tese de Causalidade de Granger Tabela 6.13 Decomposição da Variância para PIB Tabela 6.14 Decomposição da Variância para Produividade Tabela 6.15 Decomposição da Variância para Royalies e Licenças Tabela 6.16 Decomposição da Variância para Invesimeno Inerno Tabela 6.17 Decomposição da Variância para Poupança Tabela 6.18 Decomposição da Variância para Invesimeno Esrangeiro Direo Tabela 6.19 Decomposição da Variância para Exporação Tabela 6.20 Decomposição da Variância para Coeficiene de Aberura Tabela 6.21 Tese Kolmogorov-Smirnov Tabela 6.22 Modelo de Regressão para Produividade Tabela 6.23 Modelo de Regressão para IDH Tabela 6.24 Modelo de Regressão para Crescimeno Econômico Tabela 6.25 Modelo de Regressão para Desenvolvimeno Econômico

11 Lisa de Siglas e Abreviauras ABNT Associação Brasileira de Normas e Técnicas AIC Criério de Informação de Akaike AR Auo-Regressivo ARIMA Média Móvel Inegrada Auo-Regressiva ARMA Média Móvel Auo-Regressiva BCB Banco Cenral do Brasil BOVESPA Bolsa de Valores de São Paulo CEPAL Comissão Econômica para a América Laina DFA Dickey Fuller Aumenado EAADs Economias Asiáicas de Alo Desempenho FRI - Funções de Resposa ao Impulso FMI Fundo Moneário Inernacional GATT General Agreemen on Tariffs and Trade (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio) IDH Índice de Desenvolvimeno Humano IED Invesimeno Esrangeiro Direo IBGE Insiuo Brasileiro de Geografia e Esaísica IPEA Insiuo de Pesquisa Econômica Aplicada K-S Kolmogorov-Smirnov MM Média Móvel MMAR Média Móvel Auo-Regressiva PIA População em Idade Aiva PIB Produo Inerno Bruo PNB Produo Nacional Bruo PND Programa Nacional de Desesaiização PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimeno PSI Processo de Subsiuição de Imporações P&D Planejameno e Desenvolvimeno RDH Relaório do Desenvolvimeno Humano SC Schwarz Crierion SPSS Saisical Package for he Social Sciences (Sofware para análise esaísica) UNCTAD Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimeno VAR Auo-Regressão Veorial

12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ESCOLHA DO TEMA DEFINIÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA OBJETIVOS ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO SOBRE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CONCEITOS RECENTES SOBRE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO REFLEXÕES SOBRE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CRESCIMENTO ECONÔMICO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO FLUXOS INTERNACIONAIS DE BENS E CAPITAIS GLOBALIZAÇÃO INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS DIRETOS COMÉRCIO INTERNACIONAL TEORIAS SOBRE COMÉRCIO INTERNACIONAL O BRASIL E O COMÉRCIO INTERNACIONAL ESTUDOS TEÓRICOS E EMPÍRICOS COMÉRCIO INTERNACIONAL, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INDICADORES SUGERIDOS PELA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ANÁLISE DOS INDICADORES BRASILEIROS CRESCIMENTO ECONÔMICO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO FLUXOS INTERNACIONAIS DE CAPITAIS FLUXOS INTERNACIONAIS DE BENS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS MÉTODO DE PESQUISA OBTENÇÃO E TRATAMENTO DOS DADOS INDICADORES UTILIZADOS TRATAMENTO DOS DADOS MODELAGEM ECONOMÉTRICA MENSURAÇÃO DE CAUSALIDADE ENTRE VARIÁVEIS

13 5.3.2 O PROBLEMA DA ESTACIONARIDADE INTEGRAÇÃO DAS SÉRIES DE TEMPO TESTE DE CAUSALIDADE PARA VARIÁVEIS COINTEGRADAS TESTE DE CAUSALIDADE DE GRANGER APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS TESTE DE ESTACIONARIDADE DOS DADOS TESTE F (ANOVA) TESTE DE CAUSALIDADE DE GRANGER ANÁLISE DAS DECOMPOSIÇÕES DA VARIÂNCIA ANÁLISE DAS FUNÇÕES DE RESPOSTA AO IMPULSO ANÁLISE DE REGRESSÃO TESTE DE ADERÊNCIA NÃO-PARAMÉTRICO KOLMOGOROV-SMIRNOV ANÁLISE DE REGRESSÃO PRODUTIVIDADE ANÁLISE DE REGRESSÃO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO ANÁLISE DE REGRESSÃO CRESCIMENTO ECONÔMICO ANÁLISE DE REGRESSÃO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO CONSIDERAÇÕES FINAIS SUGESTÃO PARA ESTUDOS FUTUROS REFERÊNCIAS

14 1 1 INTRODUÇÃO A pobreza é problema básico dos países em desenvolvimeno, e sair da pobreza é seu desafio econômico e políico (KRUGMAN; OBSTFELD, 2005, p.493). São consideradas pobres odas as pessoas cuja renda é inferior a um valor preesabelecido, denominado linha de pobreza (HOFFMANN, 1998b). Ainda segundo Hoffmann (1998b), a pobreza pode ser medida por meio de suas manifesações, como condições habiacionais inapropriadas, desnurição das pessoas, incidência de doenças, fala de acesso à serviços básicos, denre ouros. No Brasil, a necessidade de redução de pobreza e desigualdade é um dos grandes problemas de longo prazo. Com a reomada do crescimeno e eficácia dos programas governamenais na década de novena, o nível da pobreza reduziu, conudo, a desigualdade permanece elevada (CAVALCANTI; FRISCHTAK, 2001). Por meio do crescimeno econômico as gerações podem melhorar seu padrão de vida, pois, ao desfruar de renda mais ala, podem consumir maiores quanidades de bens e serviços (MANKIW, 1998). Assim, o crescimeno econômico, se repensado de forma adequada, de modo a minimizar os impacos ambienais negaivos e colocado a serviço de objeivos socialmene desejáveis, coninua sendo uma condição necessária para o desenvolvimeno (SACHS, 2001). A liberalização comercial ocorrida na década de novena, que fomenou o crescimeno econômico aravés do aumeno de ransações comerciais, promoveu a inegração dos países. Segundo Ricupero (2001b), essa inegração à economia mundial pode ser viruosa, permiindo

15 2 a criação de uma sociedade mais igualiária, com menores índices de desigualdades, ou ainda, pode ser perversa, ao perpeuar o araso econômico, permiir a concenração de riqueza e renda, a exclusão e marginalidade, a insabilidade políica e o reardameno educacional, frusrando assim as possibilidades de desenvolvimeno. Um exemplo dessa inegração perversa é o caso de países mais desenvolvidos indusrialmene que, por serem mais compeiivos e disporem de ecnologia e economia de escala, aumenam suas exporações e assim crescem economicamene, enquano países menos desenvolvidos não conseguem ser compeiivos. Apesar do inegável esímulo ao crescimeno econômico proporcionado pela globalização, a percepção da população é que alguns grupos sociais e países ficaram ainda mais pobres com o processo de liberação comercial e que exise uma espécie de conspiração mundial para a exploração dos países mais pobres. (DI SENA JUNIOR, 2004, p. 59) Ao analisar a compeiividade no conexo da globalização, infere-se um dos faores que pode explicar a defasagem do Brasil em relação aos países desenvolvidos é a relaiva escassez dos elemenos essências à produção indusrial moderna (capial e rabalho especializado), que conribui para baixos níveis de renda per capia e impedem países em desenvolvimeno de realizar economias de escala (KRUGMAN; OBSTFELD, 2005, p.493). Desse modo, o aumeno da compeiividade da indúsria nacional, por meio da difusão do conhecimeno e da produividade, ambém deve ser considerada uma forma de promoção ao crescimeno econômico e conseqüene desenvolvimeno de um país. A difusão mais ampla do conhecimeno enderia a decrescer as diferenças de produividade e, por conseguine, rabalhar em prol de uma igualdade, melhorando-a (THERBORN, 2001).

16 3 O aumeno da compeiividade das indúsrias nacionais pode ser foremene incenivado pela enrada de invesimenos esrangeiros direos direcionados à capaciação, ecnologia, planejameno e desenvolvimeno (P&D). Os invesimenos exernos podem represenar uma imporane fone alernaiva de financiameno do desenvolvimeno, principalmene se esiverem associados à criação de novas vanagens compeiivas, a projeos de exporações e de subsiuição de imporações e o aumeno da capacidade de produção. (LACERDA, 2004b, p. 115) Araújo Jr. (1996, p. 86) considera que além dos invesimenos em capial humano realizados no passado, os níveis de compeiividade de uma economia dependem de uma esreia relação enre as esraégias adoadas pelos agenes privados e a condua do governo. Assim, por um lado, o processo écnico mudou o funcionameno de mercados possibiliando associação enre empresas, e por ouro, forçou os governos a abandonar as formas clássicas de proecionismo. Jayme Jr. (2001) considera que uma alernaiva para promover o crescimeno econômico e, como conseqüência, aumenar o bem-esar da população e gerar desenvolvimeno a um país, é o comércio inernacional. Segundo o auor: [...] uma sínese da eoria do comércio inernacional radicional esá na ese de que o comércio inernacional, excluindo-se o caso de disorções ou falhas de mercado, conduz a uma siuação de maior bem-esar, comparaivamene a uma siuação de auarquia. Por isso, prescrições de políica sugerem que a aberura é sempre a melhor alernaiva, viso que políicas de liberalização comercial e de capiais são capazes de aumenar o bem-esar, num modelo esáico de eficiência, ou esimular o crescimeno econômico, num modelo dinâmico (JAYME JR., 2001, p. 72). Ao avaliar os benefícios do comércio inernacional, ambém é necessário analisar o papel das ransnacionais nessa aividade. Nos úlimos cinqüena anos, o volume do comércio inernacional cresceu sisemaicamene mais rápido do que a produção mundial. Enreano, nese período verificou-se inernacionalmene uma ransição, de uma época caracerizada pelo

17 4 apogeu da regulação fordisa 1, com froneiras nacionais parcialmene proegidas e mercados domésicos regulamenados, para uma época de liberalização e desregulamenação, em que o comércio é canalizado por ransnacionais que organizam cada vez mais livremene o rabalho de suas filiais e suas relações de erceirização (CHESNAIS, 1996). Se por um lado as ransnacionais criam emprego e geram renda no país em que esão insaladas, por ouro lado, grande pare dos lucros auferidos com o comércio inernacional reorna ao país de origem, reduzindo os invesimenos e o desenvolvimeno no país em que se enconram. Esse é o caso de algumas empresas insaladas no Brasil que, a parir da década de novena, modificaram sua esruura acionária com os invesimenos esrangeiros e privaizações, auando inernacionalmene sob orienação de marizes no exerior. 1 O fordismo é um méodo de racionalização de produção em massa que surgiu com a indúsria auomobilísica Ford, nos Esados Unidos. Aravés de um acordo, Ford dobrou o salário nominal dos funcionários, acabando com a ala roaividade. Com a produividade obida na cadeia de monagem e a absorção de um coningene significaivo de mão-de-obra no novo mercado de rabalho, melhor remunerado, conseguia-se não só ober uma produção de massa de baixo cuso, mas ambém criar um mercado amplo capaz de consumir esa produção. Esabeleciam-se assim os dois princípios fundamenais do que se ornou poseriormene a Regulação Fordisa da economia.

18 5 1.1 ESCOLHA DO TEMA A discussão sobre modelos de crescimeno e desenvolvimeno é recorrene no Brasil e amplamene explorada no mundo, dada à necessidade de promover desenvolvimeno e principalmene eliminar a pobreza. Organizações inernacionais, países e grupos de pesquisa buscam soluções aravés de reuniões, fóruns e aividades, ano em âmbio nacional, quano inernacional. Uma das alernaivas sugeridas e discuidas nesse esforço em buscar soluções é jusamene esimular o comércio inernacional, como forma de proporcionar o crescimeno econômico e, conseqüenemene, o desenvolvimeno econômico. A relevância dessa abordagem proporcionou um grande número de discussões e publicações, ano em livros e arigos, quano em congressos e reuniões inernacionais, faciliando e esimulando as discussões sobre o ema. Assim, a escolha desse ema, evidências de causalidade enre fluxos de capiais exernos, crescimeno e desenvolvimeno econômico, se deu ano pela crescene imporância global, quano pelo ineresse pessoal em paricipar e colaborar com essa discussão. 1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA O problema da pobreza é moivo de discussão em odo o mundo, e o que se acredia é que esse problema pode ser sanado aravés do desenvolvimeno econômico. Freqüenemene se discue que o crescimeno econômico é condição básica para o desenvolvimeno econômico. Uma das alernaivas sugeridas para gerar crescimeno econômico (e, conseqüenemene, promover o desenvolvimeno) se dá aravés do aumeno das exporações e da enrada de

19 6 invesimeno esrangeiro direcionado à modernização do parque indusrial, esimulando a capaciação e aumenando a compeiividade das indúsrias, gerando empregos e renda. Assim, ese rabalho busca responder a seguine quesão: Exise evidência de causalidade enre fluxos de capiais exernos, crescimeno econômico e desenvolvimeno econômico no Brasil, no conexo da globalização ( )? 1.3 OBJETIVOS Segundo Richardson (1999, p. 62) os objeivos de um rabalho cienífico devem ser exraídos do problema de pesquisa e são divididos em objeivo geral e objeivos específicos. De acordo com o auor, o objeivo geral define o que se preende alcançar com a realização da pesquisa, e os objeivos específicos definem as eapas que devem ser cumpridas para alcançar o objeivo geral. Assim, o objeivo geral dese rabalho é idenificar se exise relação de causalidade enre fluxos de capiais exernos, crescimeno e desenvolvimeno econômico no Brasil, no período de 1990 e Como objeivos específicos, êm-se: (1) verificar a exisência de causalidade de Granger enre fluxos de capiais exernos, crescimeno econômico e desenvolvimeno econômico e (2) idenificar a direção dos movimenos em caso de exisência de causalidade.

20 7 1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Ese rabalho esá organizado em seções e subseções, da seguine forma: Na seção 1 é apresenada a inrodução ao ema de pesquisa, abordando as premissas que levaram ao problema de pesquisa. Além da definição do problema de pesquisa, nessa seção esão especificados o objeivo geral do rabalho e os objeivos específicos para elucidação do problema de pesquisa. Nas seções 2, 3 e 4 consam os emas da revisão bibliográfica: a seção 2 aborda o ema Crescimeno e Desenvolvimeno Econômico ; a seção 3 aborda o ema Fluxos Inernacionais de Bens e Capiais ; os Esudos Teóricos e Empíricos são apresenados na seção 4. Como ese rabalho é conexualizado no período de 1990 a 2005, a revisão bibliográfica sobre Fluxos de Capiais Exernos é iniciada com o processo de Globalização, abordando os conceios e reflexões sobre o ema, além de considerar as principais implicações da aberura comercial para o mercado brasileiro, como as privaizações e a enrada de invesimenos esrangeiros direos. Em seguida, os emas abordados os Invesimenos Esrangeiros Direos (IEDs) e os aspecos relacionados ao comércio inernacional. O fechameno da revisão eórica é feio com Esudos Teóricos e Empíricos. Nessa seção são apresenados alguns esudos relacionando comércio inernacional, crescimeno e desenvolvimeno econômico. Os principais auores desses esudos são Medina- Smih (2001) Jayme Jr. (2001) e Maos (2002 e 2003). A seção 5 considera os procedimenos meodológicos para esse rabalho. Nessa seção são discuidos o méodo e a écnica escolhidos, além de informações sobre a obenção das séries

21 8 hisóricas e o raameno de dados. Ainda nessa seção são dealhadas as écnicas economéricas para o esudo de causalidade uilizadas nesse rabalho. A seção 6 esá reservada para a apresenação e análise dos resulados: são apresenadas as saídas do sofwares de análises esaísicas Eviews e SPSS e são discuidos os resulados do ese de causalidade de Granger enre as variáveis de crescimeno, desenvolvimeno e fluxos de capiais exernos. Na seção 7 são feias as considerações finais e a conclusão do rabalho. Ao final do rabalho são inseridas as referências bibliográficas uilizadas no desenvolvimeno desa disseração.

22 9 2 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO A discussão sobre o ema é aniga, e seus conceios esão adapados para cada época e conexo. Dessa forma, para melhor enendimeno do problema de pesquisa, e ambém para compreender e jusificar as variáveis uilizadas nos procedimenos meodológicos, é necessária uma reflexão eórica abordando a evolução do pensameno econômico, os conceios recenes e as reflexões dos economisas. Assim, esa seção é divida em rês subseções. A primeira subseção aborda a evolução do pensameno de acordo com sua época, analisando os principais pensadores e economisas com suas visões e considerações sobre o ema. Poseriormene são abordados nesa seção conceios recenes e reflexões sobre o ema. A segunda subseção é reservada para a discussão sobre os conceios recenes sobre o ema. O primeiro conceio, discuido especialmene na década de 60, aborda as reflexões de Raúl Prebisch sobre a quesão da dependência dos países periféricos. Ouros conceios mais recenes raam das considerações de Douglas Norh, a abordagem de Joseph Sigliz e o pensameno de Amarya Sen. Finalmene, na erceira subseção, baseada na concepção Schumpeeriana da separação enre crescimeno e desenvolvimeno econômico, são inseridas observações e reflexões de diversos auores sobre o ema.

23 EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO SOBRE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO A preocupação com o desenvolvimeno é recorrene em nossa hisória. Os esudos sobre esse ema abordam as caracerísicas e problemas de sua época respeciva. Os precursores dessa preocupação foram os mercanilisas e os fisiocraas, que dedicaram suas reflexões às causas da riqueza de uma nação (KRUGMAN, 2005). Segundo os mercanilisas, a riqueza de uma nação esava baseada no afluxo de meais preciosos e na balança comercial favorável e, por isso, o Esado precisava inerferir na economia e implemenar políicas que gerassem acúmulo de meais preciosos, além de impulsionar o comércio inernacional, provocando um maior crescimeno econômico (GREMAUD e al, 2003). Os países buscavam um superávi comercial coninuado, procurando maximizar o saldo da balança comercial por meio do aumeno das exporações e da resrição das imporações, dificulando, assim, o acesso de produos imporados similares em seu país. Com isso, o Esado maninha uma posura proecionisa e, ao impedir a livre concorrência, as empresas não inham necessidade de se desenvolver e de se ornar compeiivas, o que prejudicava o desenvolvimeno inerno. Segundo Blanco e al (2004), David Hume, um dos críicos do mercanilismo, propôs que um superávi comercial coninuado não era possível, nem desejável. Com o superávi, haveria ransferência de meais preciosos e moedas meálicas para o país superaviário o que, ao invés de proporcionar desenvolvimeno e crescimeno, levaria a um aumeno dos preços dos produos produzidos domesicamene. Isso faria com que as exporações desse país ficassem relaivamene mais caras no reso do mundo, reduzindo a procura delas no exerior (GONÇALVES e al, 1998).

24 11 Um dos represenanes dos fisiocraas, Quesnay 2, indicou como a agriculura fornece um produo líquido que se repare enre as classes da sociedade, e admiiu ser a erra produora da mais valia (GREMAUD e al, 2003). Para os fisiocraas, o aumeno da produividade, por meio da promoção da produção agrícola, poderia impulsionar o crescimeno da economia. Segundo Quesnay, o comércio e a indúsria, que apenas ransformavam valores, não poderiam gerar o produo líquido. Adam Smih, um dos principais represenanes da escola clássica, abordou a quesão do crescimeno e do desenvolvimeno com enfoque em finanças públicas, aumeno do poder econômico e miliar do monarca, sem se preocupar com a melhoria das condições de vida da população (GONÇALVES e al, 1998). De acordo com Smih (1996) a quesão do desenvolvimeno esá na divisão do rabalho que, em ermos modernos, seria a especialização da força de rabalho que acompanha o desenvolvimeno econômico. [...] o crescimeno da produividade do rabalho, que em origem em mudanças na divisão e especialização do processo de rabalho, ao proporcionar o aumeno do excedene sobre os salários permie o crescimeno do esoque de capial, variável deerminane do volume de emprego produivo; a pressão da demanda por mão-de-obra sobre o mercado de rabalho, causada pelo processo de acumulação de capial, provoca um crescimeno concomiane dos salários e, pela melhora das condições de vida dos rabalhadores, da população; o aumeno paralelo do emprego, salários e população amplia o amanho dos mercados que, para um dado esoque de capial, é o deerminane básico da exensão da divisão do rabalho, iniciando-se assim a espiral de crescimeno (FRITSCH 3, 1996 in SMITH, 1996, p. 10) Assim, com a divisão do rabalho haveria aumeno de produividade e, como conseqüência, desenvolvimeno. Como o rabalhador não poderia produzir odos os bens necessários à sua sobrevivência, produziria apenas aqueles para os quais possuísse habilidades ou recursos produivos, o que o obrigaria a negociar e rocar um produo pelo ouro (MUNHOZ, 2004). 2 Não se referindo ao conceio de mais valia discuido por Marx (1996) 3 FRITSCH, Winson O auor fez a apresenação da reedição da obra de Smih (1996)

25 12 [...] a riqueza ou o bem-esar das nações é idenificado com seu produo anual per capia que, dada sua conselação de recursos naurais, é deerminado pela produividade do rabalho úil ou produivo que pode ser enendido como aquele que produz um excedene de valor sobre seu cuso de reprodução e pela relação enre o número de rabalhadores empregados produivamene e a população oal. (FRITSCH, 1996, p.9 in SMITH, 1996) Dessa forma, a divisão do rabalho induziria à especialização e conseqüenemene à divisão inernacional da produção. Segundo os princípios da divisão inernacional da produção, cada país deveria produzir o que fosse economicamene mais conveniene e, por meio do comércio inernacional, vender seus excedenes, diminuindo os cusos e aumenando o bem esar social (MAIA, 2004). O modelo eórico de desenvolvimeno econômico de Smih consiuía pare inegrane de sua políica econômica, pois, ao conesar o padrão mercanilisa de regulamenação esaal e de conrole, apoiava a suposição de que a concorrência maximiza o desenvolvimeno econômico e de que os benefícios do desenvolvimeno seriam parilhados por oda a sociedade (GREMAUD e al, 2003). Thomas Malhus, David Ricardo e John Suar Mill ambém refleiram sobre a quesão do desenvolvimeno (MUNHOZ, 2004, GREMAUD e al, 2003). Ao refleir sobre os possíveis prejuízos às condições de vida da sociedade, considerando o aumeno populacional comparado ao de alimenos, Malhus subesimou o rimo e o impaco do progresso ecnológico em benefício da população. Ricardo, em um primeiro momeno, mosrou-se oimisa em relação às conseqüências sociais do progresso ecnológico, o maquinismo, mas reviu sua posição e concluiu que a máquina poderia provocar o desemprego ecnológico e deeriorar as condições do rabalhador (GREMAUD e al, 2003).

26 13 De acordo com Ricardo (1996), o grande problema do crescimeno se enconrava na agriculura, incapaz de produzir alimenos suficienemene baraos. Apoiado na eoria das vanagens comparaivas, o auor afirma que cada país deveria especializar-se nas produções que apresenassem vanagens comparaivas de cuso, o que proporcionaria ganhos para odos os países envolvidos no comércio inernacional. [...] as rocas inernacionais seriam vanajosas mesmo em uma siuação em que um deerminado país ivesse maior produividade que o ouro na produção de odas as mercadorias. [...] o comércio inernacional sob condições de livre concorrência faria ambos os países especializarem-se na produção dos bens em que inham maiores vanagens comparaivas, e aumenaria o poencial de acumulação em ambos. (RICARDO, 1996, p. 11) Mill inroduziu na economia preocupações de jusiça social e dedicou-se ao esudo da produção, disribuição da riqueza, roca de produos e riquezas, influência do progresso écnico sobre a disribuição do produo enre capialisas, rabalhadores e proprieários de erra, e influência da progressão sobre o governo (GREMAUD e al, 2003; MILL, 1996). Segundo Mill (1996), o aumeno da produção pode resular em crescimeno demográfico, acumulação de capial ou inovações ecnológicas na produção e comércio de bens. Para os neoclássicos o crescimeno econômico geraria disribuição eqüiaiva para odos os agenes econômicos de acordo com sua conribuição ao processo produivo (MUNHOZ, 2004). Segundo Marshall (1996, p. 320), o progresso econômico das nações perence ao esudo do comércio inernacional. Pareo ambém faz considerações sobre o comércio inernacional: [...] Ao demonsrar que o equilíbrio de uma economia em concorrência perfeia conduzia ao máximo de bem-esar da sociedade (primeiro eorema), Pareo ornou preciso o conceio clássico de mão invisível : a capacidade de os agenes econômicos aingirem, de forma descenralizada e não inencional, o máximo de bem-esar da sociedade. Esse resulado fundamenou, por exemplo, a idéia de que o livre-comércio enre as nações levaria suas economias ao máximo de bem-esar social, defendida por

27 14 expoenes da Economia Clássica como Adam Smih e Ricardo. (GARCIA 4, 1996 in PARETO, 1996, p. 13) Para esses economisas, o desenvolvimeno era considerado um processo gradual, conínuo e harmonioso, derivado da acumulação de capial da poupança e axa de juros, não sendo enfaizado a curo prazo. [...] uma resrição moderada e emporária à acumulação de riqueza não será necessariamene um mal, mesmo de um puro pono de visa econômico. Se levado a efeio paulainamene e sem perurbações, proporciona melhores oporunidades à grande massa da população, aumena sua eficiência e desenvolve nela os hábios de que resula o crescimeno de uma raça muio mais eficiene de produores na geração seguine. Desse modo, pode-se promover muio melhor, afinal de conas, o desenvolvimeno mesmo da riqueza maerial do que pela muliplicação do número de fábricas e máquinas a vapor. (MARSHALL, 1996, p.40) Por um ouro prisma, o economisa alemão Karl Marx analisou o crescimeno econômico capialisa e seu funcionameno, preocupando-se com as conseqüências sociais da indusrialização (GREMAUD e al, 2003). Segundo Marx (1996), no processo de crescimeno econômico capialisa, a evolução ecnológica gerava crescimeno do capial e essa acumulação de capial era responsável pela elevação da produividade e da mais valia, expandindo o exércio indusrial de reserva, empobrecendo a maioria da população e diminuindo o rimo de consumo global. Para Marx (1996, p. 169): [...] a força produiva do rabalho é deerminada por meio de circunsâncias diversas, enre ouras, pelo grau médio de habilidade dos rabalhadores, o nível de desenvolvimeno da ciência e sua aplicabilidade ecnológica, a combinação social do processo de produção, o volume e a eficácia dos meios de produção e as condições naurais. Schumpeer (1996) aborda o ema separando desenvolvimeno e crescimeno econômico, pois, para o auor, desenvolvimeno consisia nas mudanças da vida econômica que não eram imposas de fora, enquano crescimeno econômico, demonsrado pelo crescimeno da população e riqueza, não susciava qualquer fenômeno novo. O auor desaca a inovação 4 GARCIA, Fernando O auor fez a apresenação da reedição da obra de Pareo (1996)

28 15 empresarial como a principal força para o crescimeno econômico e ainda discue as funções do crédio e do capial no desenvolvimeno econômico. A concenração de riquezas, o desenvolvimeno de alguns países mais indusrializados e a ausência de desenvolvimeno por pare de ouros países no fim do século XIX levaram pesquisadores a refleir a noção de desenvolvimeno e a relação com a disribuição de renda. Dessa forma, os neoclássicos, passaram a se preocupar com a alocação dos recursos escassos enre usos alernaivos, com o fim de maximizar a uilidade ou a saisfação dos consumidores (GREMAUD e al, 2003). No conexo da Grande Depressão, os economisas perceberam que a ciência clássica não lhes permiia analisar inegralmene a expansão da aividade econômica e elaborar políicas econômicas adequadas (GREMAUD e al, 2003). Como alernaiva à Grande Depressão, Keynes (1996) defendeu o desenvolvimeno susenado pelo Esado, focando suas reflexões no pleno emprego, faores do crescimeno do invesimeno e impacos sobre a renda e emprego. 2.2 CONCEITOS RECENTES SOBRE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO Com o fim da Segunda Guerra Mundial a Europa e o Japão esavam desruídos. Os países precisavam reerguer suas indúsrias, produzir, gerar emprego e renda e com isso promover crescimeno econômico. Como as economias dos países esavam parcialmene desruídas, havia imporação de produos de países esrangeiros (MAIA, 2004). Conudo, havia um

29 16 senimeno de proecionismo em oda a Europa, pois se os países imporassem produos esrangeiros, a indúsria inerna não se desenvolveria. Dessa forma, ao subsiuir as imporações por produos nacionais, os países esimulavam a indúsria nacional a se desenvolver. Apesar dos acordos sobre arifas e comércio, esse proecionismo ocorreu por meio de barreiras arifárias e não arifárias, e esse senimeno foi parilhado por diversos países no mundo. Assim, desde o fim da Segunda Guerra aé a década de 70, muios países adoaram o modelo de indusrialização pela subsiuição de imporações. Esse modelo, conhecido como Processo de Subsiuição de Imporações (PSI), foi empregado em países como o Brasil, e apregoado pela Comissão Econômica para a América Laina e o Caribe (CEPAL) como sendo um elemeno imporane para o desenvolvimeno de economias menos desenvolvidas (PEREIRA, 2003). [...] Por cerca de 30 anos após a Segunda Guerra Mundial, as políicas comerciais em muios países em desenvolvimeno foram inensamene influenciadas pela crença de que a chave para o desenvolvimeno era criar um fore seor manufaureiro, e que a melhor maneira de criar al seor era proegendo os manufaureiros domésicos da concorrência inernacional. (KRUGMAN, 2005, p. 191) Na América Laina, a CEPAL realizou esudos sobre os países laino-americanos, apresenando o conceio de cenro-periferia, defendido por Prebisch (1950, 1963). Baseado no conceio cenro-periferia, Prebisch (1950) e Singer (1950) apresenaram a eoria da deerioração dos ermos de roca, em que os países periféricos, produores de maérias-primas de menor valor agregado, ficariam sempre dependenes dos países cenrais, produores de bens indusrializados. Para Soares (2004), a ese de Prebisch pare da consaação empírica de que os países subdesenvolvidos são exporadores primários enquano os países desenvolvidos obêm sua renda de exporação de produos manufaurados.

30 17 A quesão do crescimeno de nações subdesenvolvidas ornou-se o foco das preocupações dos países cenrais, quer seja por razões políicas ou por razões humaniárias (BHAGWATI, 1975). O auor ainda complemena que os países subdesenvolvidos sofreram um adverso declínio em longo prazo, nos ermos em que rocaram suas exporações por imporações. Soares (2004) considera que os produos primários, exporados pelos países subdesenvolvidos, êm elasicidade-preço baixa, decorrene do progresso écnico dos países desenvolvidos, o que os desfavorece. Para Prebisch (1963, p. 102): [...] do pono de viso da relação de preços, as diferenças fundamenais são as seguines: Anes de mais nada, o caráer essencialmene indusrial das exporações dos cenros. Os produos indusriais êm, via de regra, uma elasicidade renda da procura muio elevada, e ão logo esa ende a saurarse, com o correr do empo, no ocane a alguns arigos, surgem ouros novos, ou novas formas para os arigos já exisenes, que reavivam coninuamene a procura indusrial. Há deslocamenos de mão de obra para indúsria, mas a aividade indusrial absorve, no seu conjuno, uma proporção crescene do incremeno de população aiva, pelo menos aé um cero limie, para lá do qual esa função se ransfere progressivamene para ouras aividades absorvenes. Na produção primária, ocorre precisamene o conrário, e, à medida que cresce, com relaiva lenidão, a procura dos arigos exisenes, só excepcionalmene surgem novos arigos ou novas variedades e, mesmo assim, isso não aconece com a amplidão necessária para conrabalançar a endência da mão de obra para se deslocar para aividades urbanas [...]. Prebisch criicou a visão Ricardiana de que cada país deveria se especializar nas produções que apresenassem vanagens comparaivas de cuso, pois a eoria de Ricardo não considera a evolução da demanda à medida que as economias se desenvolvem e seu nível de renda cresce (GREMAUD; VASCONCELLOS; TONETO JR., 2002). Pela eoria das Vanagens Comparaivas, a América Laina deveria produzir alimenos e maérias primas para exporação, e imporar produos indusrializados. Por essa visão, os países subdesenvolvidos não necessiariam de se indusrializar, uma vez que eriam os benefícios das rocas com países que produziriam a baixos cusos (vanagem comparaiva de cuso).

31 18 Esse fenômeno resularia na dependência da América Laina dos produos indusrializados dos países cenrais, perpeuando o subdesenvolvimeno e as diferenças econômico-sociais nos países periféricos. Prebisch (1963) propôs a indusrialização como núcleo da políica de desenvolvimeno, procurando diversificar mercados e, com isso, elevando o nível de renda da população, uma vez que o aumeno da demanda por produos aumenaria a necessidade de mão de obra nas indúsrias, e a renda gerada por esses rabalhadores aqueceria o comércio, fechando um ciclo de desenvolvimeno. O desenvolvimeno de ecnologia aumenaria o nível de produção e o aumeno da produividade e renda permiiria a acumulação de capial. Nesse conexo de proecionismo e dependência, os países subdesenvolvidos passaram a reivindicar maior ajuda dos países desenvolvidos (MUNHOZ, 2004). Para os pesquisadores, o novo enfoque das pesquisas foi o quesionameno dos faores que causavam o subdesenvolvimeno. Os esudos foram realizados para diagnosicar os obsáculos ao desenvolvimeno e esudos sobre o crescimeno dos países. Após duas décadas de relaivo abandono, ressurgiram esudos sobre o crescimeno econômico na segunda meade dos anos 80. Com a aceleração do processo de globalização ocorrido na década de 90, o ema volou a ser objeo de discussão, quando o crescimeno econômico alcançou alos níveis, ano em países desenvolvidos quano em países em desenvolvimeno, especialmene do Lese Asiáico (MATOS, 2003). A globalização passou a ser esudada sob a óica do desenvolvimeno, avaliando seus efeios sobre a melhoria da qualidade de vida da população. Para Sreeen (2001), a globalização foi boa para o Japão, Europa, América do Nore, Lese e Sudese Asiáico, em derimeno dos

32 19 países em desenvolvimeno na África e América Laina, com exceção das ilhas Maurício, Boswana, Chile e Cosa Rica. Ao mesmo empo que a reesruuração econômica, a liberalização, as mudanças ecnológicas e a compeição feroz que acompanharam a globalização, ano no mercado de bens quano no de mão de obra, conribuíram para aumenar o empobrecimeno, a desigualdade, a insegurança no rabalho, o enfraquecimeno das insiuições, dos sisemas de apoio social, o desgase da idenidade e dos valores esabelecidos. A liberalização e a diminuição da proeção à agriculura, reduzindo o fornecimeno agrícola, fizeram subir o preço dos alimenos, aumenando o sofrimeno dos países imporadores de gêneros alimenícios (STREETEN, 2001, p. 72) Os países asiáicos, conhecidos como economias asiáicas de alo desempenho (EAADs), aingiram um crescimeno econômico de 10% ao ano, baseadas no livre comércio e políica econômica não inervencionisa (KRUGMAN, 2005). Segundo Krugman (2005), o sucesso desses países se deu graças às medidas que favoreceram indúsrias por meio de políicas de fomeno à exporação, como arifas e resrições à imporação, subsídios à exporação, emprésimos a juros baixos e apoio do governo em pesquisas e desenvolvimeno. Como medida de comparação, a relação enre exporação e o PIB desses países é basane ala, em especial quando comparada com os países da América Laina e Sul da Ásia. Um exemplo dessas economias asiáicas de alo desempenho são os Tigres Asiáicos. Segundo Mankiw (1998), além do ganho em produividade, que é conesado em alguns rabalhos, esses países apresenam mudanças em vários indicadores, como a relação enre invesimeno e PIB, acréscimos no esoque de capial, paricipação da força de rabalho e melhoria do grau de insrução (percenual da população economicamene aiva com grau de insrução igual ou superior ao 2º grau). A seguir, no gráfico 2.1, são apresenados os dados de comparação enre o crescimeno médio do PIB (enre os anos de 1990 e 2001) e a relação enre exporação e PIB (coeficiene de

33 20 exporação) do Brasil e Tigres Asiáicos (exceo Hong Kong) em Pode-se noar que o Brasil apresena um menor crescimeno médio do PIB enre 1990 e 2001 quando comparado aos Tigres Asiáicos, assim como o coeficiene de exporação. Tigres Asiáicos X Brasil (2001) 180,0% 7,4% 8,0% 160,0% 140,0% 120,0% 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 2,8% 5,7% 3,8% 35,6% 38,8% 3,6% 3,3% 44,8% 45,0% 3,8% 56,8% 6,5% 99,9% 161,0% 7,0% 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 20,0% 11,6% 1,0% 0,0% Brasil Coréia do Sul Indonésia Taiwan (Formosa) Filipinas Tailândia Malásia Cingapura 0,0% Exporações / PIB PIB - crescimeno (% média ao ano) ( ) Gráfico 2.1 Coeficiene de Exporação e crescimeno do PIB Tigres Asiáicos X Brasil Esse modelo de crescimeno dos países em desenvolvimeno preocupou os países desenvolvidos à medida que os primeiros (países periféricos) combinavam ala produividade e baixos salários, ameaçando a manuenção do padrão nos países cenrais (KRUGMAN, 1997; KRUGMAN, 2005). O crescimeno econômico acelerado e o desenvolvimeno proporcionado pela exporação permiiram o aumeno do nível de renda para muios países em desenvolvimeno, porém os indicadores sociais (nível de vida, acesso à educação, índice de moralidade, denre ouros) não acompanharam essa mesma evolução. Conudo, o modelo de desenvolvimeno adoado por esses países emergenes não era oalmene imune a grandes períodos de crise. As grandes crises econômicas da década de 90 rouxeram recessão para os países em desenvolvimeno (KRUGMAN, 2001).

34 21 As recenes crises financeiras ocorridas nos mercados emergenes comparilham com as seguines caracerísicas: (1) elas foram precedidas por grandes fluxos de enradas de capiais; (2) desenvolveram-se aravés de uma complicada ineração enre seores financeiros, domésicos e não-financeiros, invesidores e bancos inernacionais e governos soberanos; (3) poucas pessoas foram capazes de prevê-las; (4) elas levaram a uma acenuada redução do crescimeno econômico, quase levando a um colapso da produção (CALVO, 2001, p. 77) No Brasil, assim como na América Laina, rês quesões fundamenais balizam o debae sobre as perspecivas de desenvolvimeno: (1) as nações laino-americanas se disinguem da Ásia por uma dependência muio mais elevada com relação a recursos financeiros do exerior, sobreudo financiamenos e emprésimos; (2) a necessidade de políicas de disribuição de riqueza e renda, considerando que os países laino-americanos apresenam maior concenração de renda que os países da Ásia, ameaçando o próprio crescimeno econômico e; (3) a arefa dos governos laino-americanos em assegurar melhor qualidade das políicas macroeconômicas, principiando maior esabilidade (RICUPERO, 2001a). As economias laino-americanas foram marcadas por desigualdades na disribuição de renda e pela pobreza (CHESNAIS, 1998). No Brasil, hisoricamene noa-se evolução posiiva da produção per capia, conudo ao ser comparado com países desenvolvidos, apresena níveis baixos de PIB per capia (CHESNAIS, 1998). Aé a década de 80, a não ser em algumas poucas oporunidades, o PIB per capia brasileiro cresceu a axas basane razoáveis (GREMAUD; VASCONCELLOS; TONETO JR., 2002). Apesar do Plano Real, o crescimeno econômico brasileiro coninuou inexpressivo. Medido aravés do Produo Inerno Bruo (PIB), o crescimeno verificado enre 1990 e 2003 ficou abaixo da média mundial e a renda per capia apresenou esagnação enre 1990 e 2003 (CORDEIRO, 2005). O PIB apresenou períodos de ala enre 1993 e 1995 e períodos de baixa durane o governo Collor ( ), Crise do México (1995), Crise Russa (1998),

35 22 crise cambial ( ), Crise Argenina (2001), racionameno e insabilidade políica das eleições ( ). O baixo crescimeno da renda per capia limiou o crescimeno do mercado inerno e por conseqüência dificulou a melhoria do padrão de vida da população. Aualmene há rês principais correnes na análise acadêmica do desenvolvimeno: o novo insiucionalismo, que em como principal colaborador Douglass Norh, as relações enre renda, produividade e desenvolvimeno defendidas por Joseph Sigliz e as reflexões sobre liberdade, de Amarya Sen (MUNHOZ, 2004; ABRAMOVAY, 2001). Norh (1990) discue a influência das insiuições no desenvolvimeno da sociedade. O auor defende que o desenvolvimeno dos países menos desenvolvidos pode ser explicado pela ineficiência de suas insiuições, por meio de análise dos cusos de ransação, das resrições e coerções, e do aprendizado, o que impede a acumulação de capial e conhecimeno. Segundo Norh (1990) os faores que explicam o crescimeno econômico susenado não são a capacidade inovadora, a democraização do ensino e a valorização do conhecimeno, e sim um reflexo da eficiência das insiuições. Para Abramovay (2001), o que caraceriza o subdesenvolvimeno é o conjuno de insiuições, iso é, de regras do jogo, de normas e valores que orienam a condua do dia-a-dia, de orienações que reduzem a incereza dos indivíduos, que dissociam o rabalho do conhecimeno, que dificulam o acesso à erra e bloqueiam a inovação. Uma sociedade que concenra as oporunidades de geração de renda e os aivos, dificilmene consegue ransmiir aos seus cidadãos a confiança necessária a que se formem as esruuras de cooperação capazes de valorizar de maneira generalizada as aividades produivas (ABRAMOVAY, 2001).

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