InDUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO
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- Baltazar Capistrano Castanho
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1 CAPÍTULO 17 InDUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO 1. CONCEITO Consiste em estimular artiicialmente as contrações uterinas coordenadas e efetivas antes de seu início espontâneo, levando ao desencadeamento do trabalho de parto em mulheres a partir da 22ª semana de gestação. Indicações Recomendação Grau de recomendação Gestação prolongada RUPREMA Reduz mortalidade perinatal e síndrome de aspiração meconial. Não se observou aumento frequência de cesarianas Reduz risco de corioamnionite, endometrite e admissão em UTI neonatal. Diabetes Reduz incidência de macrossomia. A A A Pré-eclâmpsia leve a termo Pré-eclâmpsia grave (versus cesariana) Cardiopatia Fracamente a favor, porém não há evidências suicientes. Não se observam danos maiores em relação a cesariana eletiva. Fracamente a favor, porém sem evidências suicientes. D C B 627
2 Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas Maternidade Escola Assis Chateaubriand 2. CONTRAINDICAçÕES Absolutas:» Placenta prévia centro-total» Vasa prévia» Apresentação cómica» Prolapso de cordão umbilical» Cesárea clássica anterior e outras cicatrizes uterinas (miomectomias)» Anormalidade na pelve materna» Herpes genital ativo» Tumores prévios (colo ou vagina e mioma em segmento inferior)» Desproporção cefalopélvica Relativas:» Frequência cardíaca fetal não-tranquilizadora» Macrossomia fetal (peso fetal estimado por USG 4000g)» Gestação gemelar» Apresentação pélvica» Doença cardíaca materna» Poliidrâmnio» Grande multiparidade» Oligoâmnio (ILA <50mm)» Cesariana anterior (cicatriz transversa): a depender do método escolhido para indução 3. CONDIçÕES para INDUçãO DO parto» Gestação única a termo ou com maturidade pulmonar comprovada» Apresentação cefálica» Peso fetal > 2500 g e < 4000 g» ILA > 50 mm» Avaliação de vitalidade fetal normal Riscos relacionados à indução» Ruptura uterina 628
3 » Infecção intracavitária» Prolapso de cordão umbilical» Prematuridade iatrogênca» Sofrimento ou morte fetal» Falha na indução, com aumento nos índices de cesarianas. 4. MéTODOS para INDUçãO DO TRABALHO DE parto Para escolha do método a ser utilizado para indução, utiliza-se o escore de Bishop modiicado quefundamenta-se nas características do colo uterino e altura da apresentação. Baixos escores cervicais têm sido associados a falha de indução, ao seu prolongamento e ao elevado índice de cesariana. BISHOP MODIFICADO Pontuação Altura da apresentação /0 +1/+2 Dilatação do colo (cm) >4 Comprimento do colo (cm) >2 2 1 <1 Consistência do colo Firme Intermediário Amolecido - Posição do colo Posterior Intermediário Central - Métodos a. Descolamento de membranas ovulares Tentativa de separação das membranas ovulares da decídua parietal no segmento inferior uterino, através do toque vaginal. Além de auxiliar na dilatação do colo, promove liberação de prostaglandinas. Observou-se redução na duração da gravidez e no número de gestantes que ultrapassam as 41 semanas, sem aumentar risco materno ou neonatal de infecção. b. Sonda de Foley Utilizada nos casos de contraindicação ao uso do misoprostol. A associação com ocitocina diminui o risco de cesárea em relação ao parto induzido apenas com ocitocina, parecendo ser tão efetiva quanto o misoprostol. Técnica: Inserção da sonda de Foley nº 12, enchimento do balão e tração através da ixação da sonda à perna da gestante. 629
4 Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas Maternidade Escola Assis Chateaubriand c. Ocitocina Utilizada para estimular as contrações uterinas; ocorre melhor resposta nas últimas semanas de gestação, pois é dependente dos níveis de estrógeno circulante (aumento de receptores); Apesar da ação rápida tanto para início da estimulação quanto da sua cessação (suspensão da infusão), não é usualmente indicado quando colo ainda é imaturo (Bishop < 7), sendo associada a percentual elevado de partos prolongados, intoxicação hídrica (pelo aumento sucessivo das doses) e, consequentemente de cesáreas. Apresentação: ampola de 3 unidades internacionais e 5UI. Técnica recomendada pela ACOG:» Iniciar com doses de 1 a 2 mui/min, EV, aumentando 1 a 2 mui/min a cada 30 min até desencadeamento do trabalho de parto. d. Misoprostol Análogo sintético da prostaglandina E1; Utilizado quando Bishop < 7, promovendo amadurecimento cervical e estimulação de contrações uterinas; Apresentação: comprimidos de 25 mcg e 200 mcg; Técnica: administração de comprimido via vaginal, em fundo de saco posterior; Riscos: maior chance de taquissistolia e hiperestimulação uterina;» Indução do parto com feto vivo: 25mcg as 7h, 12h, 17h evitar a dose noturna Taquissistolia: 5 ou mais contrações em 10 min, detectadas por 2 vezes consecutivas (20 min), sem alteração de FCF; Conduta: Remoção de partes não absorvidas do medicamento (não utilizar irrigação vaginal); Hidratação materna, 2000 ml SRL EV rápido, pode ser utilizado, mas não há evidências suicientes de que diminua as contrações; DLE e oxigenação são também recomendados, porém sem evidências fortes; Se não solucionado, faz-se tocólise em dose de ataque com nifedipina 20 mg VO até cessação ou diminuição das contraçõesou Sulfato de magnésio 4 a 6 g EV diluído em SG5%. 630
5 Síndrome de hiperestimulação uterina: taquissistolia com alteração de FCF; Conduta: Resolução por via abdominal em um tempo que não ultrapasse 30min. 631
INDUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO
INDUÇÃODOTRABALHODEPARTO CarlaDias ZuleikaStudartSampaio FranciscoEdsondeLucenaFeitosa Conceito Consiste em estimular artificialmente as contrações uterinas coordenadas e efetivasantesdeseuinícioespontâneo,levandoaodesencadeamentodotrabalhode
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