PARES ADMISSÍVEIS, SISTEMAS ADMISSÍVEIS E BIÁLGEBRAS NA CATEGORIA DOS MÓDULOS DE YETTER-DRINFELD

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PARES ADMISSÍVEIS, SISTEMAS ADMISSÍVEIS E BIÁLGEBRAS NA CATEGORIA DOS MÓDULOS DE YETTER-DRINFELD"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA PARES ADMISSÍVEIS, SISTEMAS ADMISSÍVEIS E BIÁLGEBRAS NA CATEGORIA DOS MÓDULOS DE YETTER-DRINFELD DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Larissa Hagedorn Vieira Santa Maria, RS, Brasil 2014

2 PARES ADMISSÍVEIS, SISTEMAS ADMISSÍVEIS E BIÁLGEBRAS NA CATEGORIA DOS MÓDULOS DE YETTER-DRINFELD Larissa Hagedorn Vieira Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Matemática, Área de Matemática, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Matemática. Orientador: Prof. Dr. Dirceu Bagio Santa Maria, RS, Brasil 2014

3 Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Naturais e Exatas Programa de Pós-Graduação em Matemática A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a Dissertação de Mestrado PARES ADMISSÍVEIS, SISTEMAS ADMISSÍVEIS E BIÁLGEBRAS NA CATEGORIA DOS MÓDULOS DE YETTER-DRINFELD elaborada por Larissa Hagedorn Vieira como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Matemática COMISSÃO EXAMINADORA: Dirceu Bagio, Dr. (UFSM) (Orientador) Iván Ezequiel Angiono, Dr. (UNC - Argentina) (Coorientador) Daiana Aparecida Da Silva Flôres, Dr a.(ufsm) Santa Maria, 19 de março de 2014.

4 Aos meus avós

5 AGRADECIMENTOS Agradeço ao Cara lá de cima que cuida da gente o tempo todo. À minha família por me ajudar de todas as maneiras possíveis para este trabalho ser concluído, além das visitas que me fizeram em todos os lugares. Em especial ao Vanderlei que, mesmo longe, foi companheiro de todos os dias, me escutando sempre e ainda por ter lido o texto. Ao pessoal do PPGMAT, em especial ao professor Dirceu que me aceitou como orientanda, me ajudou com muita paciência e atenção, durante esses dois anos de mestrado, e por ter me aguentado. À professora Daiana, que além de aceitar fazer parte da banca, me ensinou a base para este trabalho. Aos amigos do Tchucupim, pois com eles o mestrado foi mais divertido, em especial ao Tiago pela parceira, inclusive nas madrugadas mal dormidas. Agradezco a las personas que conocí en Argentina. Especialmente a las chicas de la resi y a las del fútbol que hicieron mis días más divertidos. Al profesor Nicolás por haber proporcionado la oportunidad y por sus clases. Y al profesor Iván, por su atención y dedicación durante más de seis meses de estudios. Aos meus amigos de longe, que mesmo com minhas muitas ausências sabem que sempre podem contar comigo. A CAPES que me deu condições de estar no mestrado em Santa Maria e na Argentina. Meu muito obrigada a todos vocês.

6 ... e ele simplesmente fez um gesto de cabeça. Will sabia que isso equivalia a vários vivas de Halt. (Ruínas de Gorlan - Jonh Flanagan)

7 RESUMO Dissertação de Mestrado Programa de Pós-Graduação em Matemática Universidade Federal de Santa Maria PARES ADMISSÍVEIS, SISTEMAS ADMISSÍVEIS E BIÁLGEBRAS NA CATEGORIA DOS MÓDULOS DE YETTER-DRINFELD AUTORA: LARISSA HAGEDORN VIEIRA ORIENTADOR: DIRCEU BAGIO Local e Data da Defesa: Santa Maria, 19 de março de O objetivo deste trabalho é estudar as relações entre pares admissíveis, sistemas admissíveis e biálgebras na categoria dos módulos de Yetter-Drinfeld, bem como algumas propriedades da álgebra de Hopf associada (via bosonização) a um par admissível. Finalizamos esta dissertação com uma família de exemplos de pares admissíveis. Palavras-chave: par admissível, sistema admissível, biálgebra na categoria dos módulos de Yetter-Drinfeld, álgebra tensorial, álgebras de Hopf.

8 ABSTRACT Dissertation Graduate Program in Mathematics Universidade Federal de Santa Maria ADMISSIBLE PAIR, ADMISSIBLE SYSTEM AND BIALGEBRA IN CATEGORY OF MODULES OF YETTER-DRINFELD AUTHOR: LARISSA HAGEDORN VIEIRA ADVISOR: DIRCEU BAGIO Location and Date of Defense: Santa Maria, March 19, The purpose of this work is to study the relationships between admissible pairs, systems admissible and bialgebras in the category of Yetter-Drinfeld modules, as well as some properties of the Hopf algebra associated (via bosonization) to an admissible pair. We end this dissertation with a family of examples of admissible pairs. Keywords: admissible pair, admissible system, bialgebras in category of modules of Yetter-Drinfeld, tensor algebra, Hopf algebras.

9 SUMÁRIO 1 Preliminares Conceitos básicos Álgebra nas categorias de módulos e comódulos Coálgebra nas categorias de módulos e comódulos Álgebra de Hopf Biproduto de Radford Par admissível Sistema admissível Propriedades dos pares admissíveis Biálgebra com uma projeção numa álgebra de Hopf O Teorema Algumas consequências A categoria dos módulos de Yetter-Drinfeld Categorias Funtores Categorias monoidais Categorias monoidais trançadas Módulos de Yetter-Drinfeld A categoria H HYD Propriedades da categoria H HYD Biálgebras em H HYD versus pares admissíveis A álgebra tensorial 77 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 82

10 Introdução Uma das questões mais relevantes na área de álgebras de Hopf é o problema de classificação. Um método eficiente (para uma determinada classe de álgebras de Hopf) é o método de lifting, descrito em [AS]. Uma ferramenta indispensável para este método é o biproduto de Radford ou bosonização. Esta ferramenta será apresentada e estudada nesta dissertação. O objetivo inicial do trabalho era entender e apresentar completamente os resultados de [R2], onde na última seção é dado um exemplo de par admissível. No entanto, tal exemplo é construtivo e não agrega conhecimentos matemáticos novos. Isso nos motivou a uma mudança em relação ao planejamento inicial: não apresentar a última seção de [R2] e, em vez disso, estudar a categoria dos módulos de Yetter-Drinfeld, a qual está intimamente ligada ao trabalho de Radford, [R2], mas não é abordada no mesmo. A inserção deste tema nos permitiu dar exemplos de pares admissíveis de uma maneira bem natural. De forma resumida, neste trabalho estudamos o biproduto de Radford e buscamos condições para que exista uma correspondência um-a-um entre: pares admissíveis, sistemas admissíveis e biálgebras na categoria dos módulos de Yetter-Drinfeld. O Capítulo 1, de preliminares, traz as definições básicas da teoria de álgebras de Hopf necessárias para o restante do trabalho. Alguns exemplos relevantes para esta dissertação também são apresentados. No Capítulo 2, o mais longo desta dissertação, iniciamos com a noção de par admissível. Em seguida, definimos sistemas admissíveis e provamos que a cada par admissível existe um único sistema admissível associado, a menos de isomorfismo. Terminamos o capítulo estudando propriedades dos pares admissíveis. No Capítulo 3 apresentamos uma recíproca da construção dada no Capítulo 2. Mais precisamente, estudamos condições para que a um determinado diagrama possamos associar um sistema admissível que provém de um par admissível. No Capítulo 4 consideramos a categoria H HYD dos módulos de Yetter-Drinfeld sobre H e provamos que a existência de um par admissível (H, B) é equivalente a B ser uma biálgebra em H H YD. No último capítulo construímos a álgebra tensorial T (V ) de um espaço vetorial V qualquer. Por fim, provamos que se V é um módulo de Yetter-Drinfeld então T (V ) é uma biálgebra em H HYD. Particularmente, temos exemplos de pares admissíveis. 9

11 Convenções Nesta dissertação, k denotará um corpo; significará k, salvo mencionado ao contrário; Usaremos a seguinte variante da notação de Sweedler: - para coálgebra: (x) = x 1 x 2 e; - para comódulo à esquerda: ρ(x) = x 1 x 0 ; O produto convolução é denotado por ; lembremos que se C é uma coálgebra, A uma álgebra e f, g Hom k (C, A), então (f g)(c) = f(c 1 )g(c 2 ), para qualquer c C; Álgebra significará álgebra associativa com unidade ; denotará os isomorfismos naturais de espaços vetoriais k V V V k; onde V é um espaço vetorial sobre k; H M denota a categoria dos H-módulos à esquerda; H M denota a categoria dos H-comódulos à esquerda; id X denota a função id X : X X, id X (x) = x, para qualquer conjunto X. 10

12 Capítulo 1 Preliminares Neste capítulo, são estabelecidos os conceitos básicos para a leitura desta dissertação. Inicia-se com uma introdução sobre álgebras, coálgebras e biálgebras, através de suas definições e exemplos. Em seguida, mostram-se alguns resultados que serão utilizados durante as outras seções. Esta seção será concluída definindo álgebras de Hopf e exemplicando-a. 1.1 Conceitos básicos Nesta seção, o objetivo é familiarizar o leitor com as notações, definições e resultados básicos que serão utilizados durante toda a dissertação. Definição Uma k-álgebra A é uma tripla (A, m, u) onde: (i) A é um k-espaço vetorial, e (ii) m : A A A e u : k A são aplicações k-lineares, chamadas multiplicação e unidade, respectivamente, as quais satisfazem a comutatividade dos seguintes diagramas: A A A m id A A A k A u id A A A id A u A k id A m A A m A m m A A seguir, são apresentados exemplos clássicos de álgebras, cujas demonstrações são facilmente realizadas mostrando a comutatividade dos diagramas acima. Exemplo Dado um grupo G, considere o k-espaço vetorial kg com base G, isto é, os elementos de kg são da forma k g g, onde k g k para todo g G. Então, kg tem estrutura g G 11

13 12 de álgebra dada por: m(kg k g ) = (kk )(gg ) e u(1 k ) = 1 kg = 1 k 1 G, k, k k, g, g G. 2. Seja G um grupo. Considere k G o k-espaço vetorial formado pelas funções de G em k. Então, k G tem estrutura de álgebra dada por: m(s t)(g) = s(g)t(g) e u(1 k )(g) = 1 k, s, t k G, g G. Mais ainda, se G é finito, pode-se verificar que k G tem { uma base dada pelos idempotentes centrais e g com g G, onde e g (h) = δ g,h =. 1, g = h, 0, g h. 3. O anel de polinômios k[x] é uma álgebra com produto e unidade usuais. 4. Seja q k uma raiz primitiva de 1 de ordem N 2, N N. Considere a k-álgebra T q (N) gerada por x e g e com as seguintes relações: x N = 0, g N = 1 e xg = qgx. Esta álgebra é denominada álgebra de Taft. Mais ainda, pode-se verificar que a álgebra de Taft tem uma base dada pelo seguinte conjunto B = {g i x j ; 0 i, j < N}. 5. Seja M n (k) o k-espaço vetorial das matrizes n n com coeficientes em k e base {e ij ; 1 i, j n}. M n (k) tem estrutura de álgebra onde a multiplicação é a usual de matrizes e a unidade, u : k M n (k), é definida como u(λ) = λi, onde I é a matriz identidade de ordem n. 6. Sejam (A, m A, u A ) e (B, m B, u B ) álgebras. Então A B tem uma estrutura de álgebra dada por: m((a b) (a b )) = aa bb e u(1 k ) = 1 A 1 B, a, a A, b, b B. Pode-se relacionar álgebras através dos chamados morfismos de álgebras, os quais são aplicações k-lineares, as quais são multiplicativas e associam unidade com unidade. De maneira mais formal, tem-se: Definição Dadas (A, m A, u A ) e (B, m B, u B ) álgebras, diz-se que f é morfismo de álgebras se os seguintes diagramas comutam: A A m A A f f f B B B m B A u A k f u B B

14 13 A noção de coálgebra apresentada a seguir aparece naturalmente como a versão dual da noção de álgebra. Definição Uma k-coálgebra C é uma tripla (C,, ε) onde: (i) C é um k-espaço vetorial, e (ii) : C C C e ε : C k são aplicações k-lineares, chamadas comultiplicação e counidade, respectivamente, que satisfazem os seguintes diagramas comutativos: C C C idc C C id C C C C k C ε id C C C C id C ε C k Abaixo apresentam-se alguns exemplos de coálgebras, cuja verificação é imediata. Exemplo Seja G um grupo. Então kg é uma coálgebra com as seguintes estruturas: (g) = g g e ε(g) = 1 k, g G. 2. Seja G um grupo finito. Sabe-se que k G possui uma base {e g ; g G}; ver Exemplo 1.1.2, item 2. Com isto, k G tem uma estrutura de coálgebra dada por: (e g ) = h G e h e h 1 g e ε(e g ) = δ 1,g. 3. O anel de polinômios k[x] tem estrutura de coálgebra dada por: (x n ) = ( n k ) xn x n k e ε(x n ) = 0, para n > 1 (1) = 1 1 e ε(1) = A álgebra de Taft é uma coálgebra com as seguintes estruturas: (g i x j ) = j ( j ) i i=0 q gj+i x j i g j x i e ε(g i x j ) = { 0, se i = 0 1, se i 1, onde ( { ) j i = q 0, se m < 0 ou n < m q m ( n 1 m ) q + ( ) n 1 m 1, se 0 m < n q.

15 14 5. M n (k) tem estrutura de coálgebra dada por: (e ij ) = n e il e lj e ε(e ij ) = δ i,j, onde e ij C denota a matriz elementar. l=1 6. Sejam (A, A, ε A ) e (B, B, ε B ) coálgebras. Então A B tem uma estrutura de coálgebra dada por: (a b) = (id A τ flip id B ) ( A B )(a b) e ε(a b) = ε A (a)ε B (b) a A, b B. Aqui τ flip (a b) = b a, ou seja, τ flip é o isomorfismo linear twist. Apresenta-se agora a versão dual de morfismo de álgebras. Definição Sejam (C, C, ε C ) e (D, D, ε D ) duas coálgebras, então uma aplicação k-linear g : C D é dita um morfismo de coálgebras se os diagramas abaixo comutam: C g D C g D C D C C g g D D ε C k ε D Nos exemplos anteriores, foram apresentados espaços vetoriais que possuem estruturas tanto de álgebras quanto de coálgebras. O próximo resultado diz quando estas estruturas são compatíveis. Proposição Seja B um k-espaço vetorial tal que (B, m, u) é uma álgebra e (B,, ε) é uma coálgebra. Então, as aplicações e ε são morfismos de álgebras se e somente se as aplicações m e u são morfismos de coálgebras, [DNR, p.157]. A proposição acima permite a definição de biálgebra. Definição Uma biálgebra é uma quíntupla (B, m, u,, ε) onde (i) (B, m, u) é uma álgebra; (ii) (B,, ε) é uma coálgebra; (iii) e ε são morfismos de álgebras (ou equivalentemente, m e u são morfismos de coálgebras). Dos exemplos apresentados anteriormente, os quatro primeiros são biálgebras. O conjunto M n (k) das matrizes não possui nenhuma estrutura de biálgebra, [DNR, p.173]. No último exemplo, se A e B são biálgebras, então A B é biálgebra.

16 15 Definição Sejam A e B duas biálgebras. Então uma aplicação k-linear f : A B é dita um morfismo de biálgebras se f é morfismo de álgebras e de coálgebras. Abaixo é definido H-módulo e H-comódulo, ambos à esquerda. Nota-se que definições análogas pode ser realizadas se forem considerados à direita. Definição Um H-módulo à esquerda é um par (M, τ), onde M é um k-espaço vetorial e τ : H M M é um morfismo linear tal que os seguintes diagramas são comutativos H H M id H τ H M u H id M H M m H id M τ k M τ H M tau M M Exemplo Seja A uma álgebra. Então A é um módulo sobre si mesma com a estrutura dada pela multiplicação. 2. Seja H uma biálgebra. Qualquer espaço vetorial V sobre k, pode ser considerado como H-módulo via ação trivial τ(h v) = ε H (h)v. Em particular, k é um H- módulo via h 1 k = ε H (h)1 k. Definição Um H-comódulo à esquerda é um par (M, ρ), onde M é um k-espaço vetorial e ρ : M H M é um morfismo linear tal que os seguintes diagramas são comutativos M ρ H M M ρ H id M k ρ H M idh ρ H H M ε H id M H M M Exemplo Seja C uma coálgebra. Então C é um comódulo sobre si mesma com a estrutura dada pela comultiplicação. 2. Seja H uma biálgebra. Qualquer espaço vetorial V sobre k, pode ser considerado como H-comódulo via coação trivial ρ(v) = 1 H v. Em particular, k é um H- comódulo via ρ(1 k ) = 1 H 1 k.

17 16 Daqui por diante, a menos que seja mencionado, H denota uma biálgebra. Em todo este capítulo, onde estiver escrito H-módulo entenda-se H-módulo à esquerda. Analogamente, para H-comódulo à esquerda. Mas, deve-se salientar que é possível obter os resultados que serão apresentados aqui considerando-os com as estruturas de H-módulo e H-comódulo à direita. Se B H M e B H M, então τ : H B B h b h b e ρ : B H B b b 1 b 0 denotam as estruturas de H-módulo e de H-comódulo, respectivamente. Observação (1) Se M e N são H-módulos, tem-se que M N é um H-módulo pela ação dada por τ(h m n) = h (m n) = h 1 m h 2 n. De fato, para h, h H, m M e n N tem-se τ (u H id M N )(1 k m n) = τ(1 H m n) m n e τ (m H id M N )(h h (m n)) = τ(hh m n) = (hh ) 1 m (hh ) 2 n = (h 1 h 1) m (h 2 h 2) n = h 1 (h 1 m) h 2 (h 2 n) = τ(h (h 1 m h 2 n)) = τ(id H τ)(h h (m n)). (2) Se M e N são H-comódulos, tem-se que M N é um H-comódulo pela coação dada por ρ(m n) = m 1 n 1 m 0 n 0. De fato, para todo m M e n N tem-se (ε H id M N )ρ(m n) = ε H (m 1 n 1 ) m 0 n 0 = ε H (m 1 )ε H (n 1 ) m 0 n 0 = 1 k ε H (m 1 )m 0 ε H (n 1 )n 0 m n, e (id H ρ) ρ(m n) = (id H ρ)(m 1 n 1 m 0 n 0 ) = m 1 n 1 (m 0 ) 1 (n 0 ) 1 (m 0 ) 0 (n 0 ) 0 ( ) = (m 1 ) 1 (n 1 ) 1 (m 1 ) 2 (n 1 ) 2 m 0 n 0 = ( H id M N )(m 1 n 1 m 0 n 0 ) = ( H id M N ) ρ(m n). As próximas subseções apresentam alguns resultados de álgebras e coálgebras que auxiliam nas demonstrações futuras.

18 Álgebra nas categorias de módulos e comódulos Nesta seção consideram-se álgebras nas categorias de H-módulos e H-comódulos (Um pequeno estudo sobre categorias é realizado no Capítulo 4). São estabelecidas equivalências úteis para as próximas seções, bem como um exemplo importante para esta dissertação. Definição Uma álgebra A é um H-módulo álgebra, se A é um H-módulo à esquerda e, além disso, m e u são morfismos de H-módulos. Com a definição acima, dizer que a álgebra A é um H-módulo álgebra, é equivalente a A ser uma álgebra em H M. A proposição abaixo tem como objetivo apresentar uma maneira equivalente de dizer que m e u são morfismos de H-módulos. Proposição Seja A um H-módulo álgebra. Considerar que m e u são morfismos de H-módulos é equivalente a dizer que satizfazem, respectivamente: h (bb ) = (h 1 b)(h 2 b ) e h 1 B = ε(h)1 B, para h H e b, b B. Demonstração. A partir da definição de m ser um morfismo de H-módulos, tem-se que m deve satisfazer h (m(b b )) = m(h (b b )). Mas isto é equivalente a dizer que h (bb ) = m(h 1 b h 2 b ) = (h 1 b)(h 2 b ), de onde procede a primeira parte da proposição. Além disso, dizer que u é morfismo de H-módulos é afirmar que u(1 k ) = 1 B e que h u(1 k ) = u(h 1 k ), que por sua vez é equivalente a h 1 B = u(ε(h)1 k ) = ε(h)u(1 k ) = ε(h)1 B. Observação Se f é um morfismo de H-módulos, e além disso f é bijetora, então f 1 também é um morfismo de H-módulos. O exemplo abaixo mostra que sendo B uma álgebra em H M e H uma biálgebra, se B tiver uma estrutura de H-módulo, então pode-se munir o produto tensorial B H de uma estrutura de álgebra. Exemplo Sendo B uma álgebra em H M, o produto smash B#H pode ser visto como uma álgebra considerando-se B#H = B H como k-espaço vetorial, a multiplicação dada por m((b#h) (b #h ))=(b#h)(b #h )=b(h 1 b )#h 2 h e a unidade por u(1 k )=1 B #1 H. De fato, B#H com as estruturas acima, é uma álgebra. Por um lado tem-se m (id B#H m)((b#h) (b #h ) (b #h )) = m((b#h) (b (h 1 b )#h 2h )) = b(h 1 (b (h 1 b ))) h 2 h 2h = b((h 1 ) 1 b )((h 1 ) 2 (h 1 b )) h 2 h 2h = b(h 1 b )(h 2 (h 1 b )) h 3 h 2h.

19 18 Por outro lado, tem-se m (m id B#H )((b#h) (b #h ) (b #h )) = m((b(h 1 b )#h 2 h ) (b #h )) = b(h 1 b )((h 2 h ) 1 b ) (h 2 h ) 2 h = b(h 1 b )(((h 2 ) 1 h 1) b ) (h 2 ) 2 h 2h = b(h 1 b 1 )(h 2 (h 1 b )) h 3 h 2h. E, além disso m(id B#H u)((b#h) 1 k ) = m((b#h) 1 B #1 H ) = b(h 1 1 B ) h 2 1 H = bε H (h 1 )1 B h 2 = b ε H (h 1 )h 2 = b h ((b#h) 1 k ). Analogamente, m(u id B#H ) =. Definição Uma álgebra A é dita um H-comódulo álgebra se A for um H-comódulo e, além disso, m e u forem morfismos de H-comódulos. Equivalentemente, um H- comódulo álgebra é uma álgebra em H M. Proposição Seja B uma álgebra em H M. São equivalentes: (i) m e u são morfismos de H-comódulos. (ii) ρ(bb ) = b 1 b 1 b 0 b 0 e ρ(1 B ) = 1 H 1 B, para todo b, b B. (iii) ρ é um morfismo de álgebras. Demonstração. A equivalência entre (i) e (ii) segue da definição de morfismo de H- comódulos. Então, resta mostrar que (ii) (iii). (ii) (iii) Considerando (ii), obtém-se que ρ(bb ) = b 1 b 1 b 0 b 0 = ρ(b)ρ(b ). Além disso, ρ(u B (1 k )) = ρ(1 B ) = 1 H 1 B = u B H (1 k ). Portanto, ρ é morfismo de álgebras. (iii) (ii) Pela hipótese, ρ(bb ) = ρ(b)ρ(b ) = b 1 b 1 b 0 b 0. Além disso, tem-se que ρ(u B (1 B )) = u B H (1 k ), ou seja, ρ(1 B ) = 1 H 1 B. Observação Se f é um morfismo de H-comódulos e além disso f é bijetora, então f 1 também é um morfismo de H-comódulos. 1.3 Coálgebra nas categorias de módulos e comódulos Nesta seção apresentam-se definições duais daquelas apresentadas na seção anterior. Também é apresentado um exemplo relevante para esta dissertação.

20 19 Definição A coálgebra C é dita um H-comódulo coálgebra, se C é um H-comódulo e, além disso, e ε são morfismos de H-comódulos. Equivalentemente, um H-comódulo coálgebra é uma coálgebra em H M. A proposição a seguir apresenta uma equivalência de e ε serem morfismos de H-comódulos. Proposição Seja C um H-comódulo coálgebra. Dizer que e ε são morfismos de H-comódulos é equivalente a e ε satisfazerem, respectivamente, (c 1 ) 1 (c 2 ) 1 (c 1 ) 0 (c 2 ) 0 = c 1 (c 0 ) 1 (c 0 ) 2 e c 1 ε(c 0 ) = ε(c)1 H, c C. Demonstração. Tem-se que (id H ) (ρ(c)) = ρ C C ( (c)) (id H )(c 1 c 0 ) = ρ C C (c 1 c 2 ) c 1 (c 0 ) 1 (c 0 ) 2 = (c 1 ) 1 (c 2 ) 1 (c 1 ) 0 (c 2 ) 0. Além disso, ρ k (ε C (c)) = (id H ε C ) ρ C (c) ε C (c)(ρ k (1 k )) = (id H ε C )(c 1 c 0 ) ε C (c)(1 H 1 k ) = c 1 ε C (c 0 ) ε C (c)1 H 1 k = c 1 ε C (c 0 ) 1 k. De onde segue que ε C (c)1 H = c 1 ε C (c 0 ). Nota-se que, se C é um H-comódulo, então (id H ρ) ρ(c) = ( H id C ) ρ(c), para todo c C. Logo, c 1 (c 0 ) 1 (c 0 ) 0 = (c 1 ) 1 (c 1 ) 2 c 0. (1.1) Além disso, da Proposição 1.3.2, considerando C uma coálgebra em H M, tem-se que, para todo c C, satisfaz (id ) ρ C (c) = ρ C C (c). Aplicando id H id C ρ em ambos os lados da igualdade acima, (id H id C ρ) (id H ) ρ C (c) = (id C id C ρ) (ρ C C ) (c). trabalho. Portanto, c 1 (c 0 ) 1 ((c 0 ) 2 ) 1 ((c 0 ) 2 ) 0 = (c 1 ) 1 (c 2 ) 1 (c 1 ) 0 ((c 2 ) 0 ) 1 ((c 2 ) 0 ) 0. (1.2) Agora pode-se apresentar um exemplo que será muito utilizado no decorrer do Exemplo Seja B uma coálgebra em H M. O coproduto smash B#H é uma coálgebra considerando-se B#H =B H como k-espaço vetorial, ε B#H (b#h)=ε B (b)ε H (h) a counidade e B#H (b#h)=(b 1 #(b 2 ) 1 h 1 ) ((b 2 ) 0 #h 2 ) a comultiplicação.

21 20 De fato, usando (1.1) e (1.2) para b 2, tem-se (id B#H B#H ) B#H (b#h) = (id B#H B#H )(b 1 #(b 2 ) 1 h 1 (b 2 ) 0 #h 2 ) Por outro lado, tem-se = b 1 #(b 2 ) 1 h 1 ((b 2 ) 0 ) 1 #(((b 2 ) 0 ) 2 ) 1 (h 2 ) 1 (((b 2 ) 0 ) 2 ) 0 #(h 2 ) 2 = b 1 #(b 2 ) 1 h 1 ((b 2 ) 0 ) 1 #(((b 2 ) 0 ) 2 ) 1 h 2 (((b 2 ) 0 ) 2 ) 0 #h 3 (1.2) = b 1 #((b 2 ) 1 ) 1 ((b 2 ) 2 ) 1 h 1 ((b 2 ) 1 ) 0 #(((b 2 ) 2 ) 0 ) 1 h 2 (((b 2 ) 2 ) 0 ) 0 #h 3 = b 1 #(b 2 ) 1 (b 3 ) 2 h 1 (b 2 ) 0 #(b 3 ) 1 h 2 (b 3 ) 0 #h 3. ( B#H id B#H ) B#H (b#h) = ( B#H id B#H )(b 1 #(b 2 ) 1 h 1 (b 2 ) 0 #h 2 ) Além disso, = (b 1 ) 1 #((b 1 ) 2 ) 1 ((b 2 ) 1 h 1 ) 1 ((b 1 ) 2 ) 0 #((b 2 ) 1 h 1 ) 2 (b 2 ) 0 #h 2 = (b 1 ) 1 #((b 1 ) 2 ) 1 ((b 2 ) 1 ) 1 (h 1 ) 1 ((b 1 ) 2 ) 0 #((b 2 ) 1 ) 2 (h 1 ) 2 (b 2 ) 0 #h 2 (1.1) = (b 1 ) 1 #((b 1 ) 2 ) 1 (b 2 ) 1 h 1 ((b 1 ) 2 ) 0 #((b 2 ) 0 ) 1 h 2 ((b 2 ) 0 ) 0 #h 3 = b 1 #(b 2 ) 1 (b 3 ) 2 h 1 (b 2 ) 0 #(b 3 ) 1 h 2 (b 3 ) 0 #h 3. (ε B#H id B#H ) B#H (b#h) = (ε B#H id B#H )(b 1 #(b 2 ) 1 h 1 (b 2 ) 0 #h 2 ) = ε B#H (b 1 #(b 2 ) 1 h 1 ) (b 2 ) 0 #h 2 = ε B (b 1 )ε H ((b 2 ) 1 h 1 ) (b 2 ) 0 #h 2 = 1 k ε B (b 1 )ε H ((b 2 ) 1 )(b 2 ) 0 #ε H (h 1 )h 2 = 1 k ε B (b 1 )(b 2 )#h = 1 k b#h = (b#h). Analogamente, é possível mostrar que (id B#H ε B#H ) B#H =. Portanto, (B#H, B#H, ε B#H ) é uma coálgebra. Definição Uma coálgebra C é dita um H-módulo coálgebra ou, equivalentemente, uma coálgebra em H M, se C é um H-módulo e, além disso, e ε são morfismos de H-módulos. O objetivo da proposição a seguir é dar algumas equivalências de quando e ε são morfismos de H-módulos. Proposição Seja C uma coálgebra em H M. As seguintes afirmações são equivalentes: (i) e ε são morfismos de H-módulos; (ii) τ é um morfismo de coálgebras; (iii) (h c) = h 1 c 1 h 2 c 2 e ε C (h c) = ε H (h)ε C (c), para todo h H e c C.

22 21 Demonstração. (i) (iii) Sabe-se que a estrutura de H-módulo de k é dada por h k = ε H (h)k e ε C (c) k, segue que ε(h c) = h ε(c) ε(h c) = ε H (h)ε C (c). Além disso, (h c) = h (c) (h c) = h (c 1 c 2 ) (h c) = h 1 c 1 h 2 c 2. (iii) (ii) De (iii) decorre que (τ τ) ( H C (h c)) = (τ τ)((h c) 1 (h c) 2 ) = (τ τ)((h 1 c 1 ) (h 2 c 2 )) = h 1 c 1 h 2 c 2 = C (h c) = C (τ(h c)), e ε C (τ(h c)) = ε C (h c) = ε H (h)ε C (c) = ε H C (h c). (ii) (iii) Se τ é um morfismo de coálgebras, então (τ τ) ( H C (h c)) = C (τ(h c)), ou seja, h 1 c 1 h 2 c 2 = (h c). Além disso, ε C (τ(h c)) = ε H C (h c). Ou seja, ε C (h c) = ε H (h)ε C (c). Qualquer álgebra A sobre k é um H-módulo álgebra com a estrutura trivial, ou seja, com a estrutura h a = ε H (h)a, com h H e a A. E qualquer coálgebra C é um H-comódulo coálgebra se for considerada a estrutura ρ C (c) = 1 H c, chamada trivial. 1.4 Álgebra de Hopf Apresenta-se agora a noção de álgebra de Hopf bem como alguns exemplos. Além disso, serão enunciadas as principais propriedades da antípoda. Definição Seja H uma biálgebra. Uma aplicação k-linear S : H H é chamada antípoda de H se S é o inverso de id H com relação ao produto convolução, ou seja, se S satisfaz S(h 1 )h 2 = h 1 S(h 2 ) = ε(h)1 H, para todo h H. Uma biálgebra H com antípoda é chamada uma álgebra de Hopf. Exemplo Já foi visto que os itens de (1) a (4) do Exemplo são exemplos de biálgebras. Na verdade, estes são exemplos de álgebras de Hopf com as seguintes antípodas: 1. Em kg, S(g) = g Em k G, S(e g ) = e g Em k[x], S(x) = x. 4. Em T q (N), S(x) = g N 1 x e S(g) = g N 1. A seguir estão algumas das propriedades da antípoda de uma álgebra de Hopf, que auxiliarão em demonstrações futuras.

23 22 Proposição Seja H uma álgebra de Hopf com antípoda S. Então é válido que: (i) S é um antimorfismo de álgebras, ou seja, S(1 H ) = 1 H e S(gh) = S(h)S(g), para quaisquer h, g H; (ii) S é um antimorfismo de coálgebras, ou seja, para todo h H tem-se (S(h)) = S(h 2 ) S(h 1 ) e ε H (S(h)) = ε H (h), [DNR, p.153]. Proposição Sejam A e B duas álgebras de Hopf com antípodas S A e S B, respectivamente. Se f : A B é um morfismo de biálgebras, então S B f = f S H, [DNR, p.152]. Com esta proposição, segue que a definição de morfismo de álgebras de Hopf. Definição Sejam A e B duas álgebras de Hopf. Então f : A B é dito um morfismo de álgebras de Hopf se é um morfismo de biálgebras. Nos próximos exemplos serão consideradas as ações adjunta e coadjunta de uma álgebra de Hopf. Exemplo Sejam H uma álgebra de Hopf e f : H B um morfismo de álgebras. Então B é um H-módulo álgebra através da ação adjunta ad f : H B B definida por ad f (h b) = h b = f(h 1 )bf(s(h 2 )). De fato, B é um H-módulo pois para todo h, h H e b B tem-se ad f (id H ad f )(h h b) = ad f (h f(h 1 )bf(s(h 2 ))) = f(h 1)f(h 1 )bf(s(h 2 ))f(s(h 2)) = f(h 1h 1 )bf(s(h 2 )S(h 2)) = f(h 1h 1 )bf(s(h 2h 2 )) = f((h h) 1 )bf(s((h h) 2 )) = ad f (h h b) = ad f (m H id B )(h h b), e, ad f (u H id B )(1 k b) = ad f (1 H b) = f(1 H )bf(s(1 H )) = b (1 k b). Para mostrar que m e u são morfismos de H-módulos, usa-se a Proposição Nota-se que ad f (h 1 b)ad f (h 2 b ) = f((h 1 ) 1 )bf(s((h 1 ) 2 ))f((h 2 ) 1 )b f(s((h 2 ) 2 )) = f(h 1 )bf(s(h 2 ))f(h 3 )b f(s(h 4 )) = f(h 1 )bf(s((h 2 )h 3 ))b f(s((h 4 )) = f(h 1 )bf(ε H (h 2 ))b f(s((h 3 )) = f(h 1 )bf(1 H )b f(s(ε H (h 2 )h 3 )) = f(h 1 )bb f(s(h 2 )) = ad f (h bb ).

24 23 E u é morfismo de H-módulos, pois ad f (h 1 B ) = f(h 1 )1 B f(s(h 2 )) = f(h 1 )f(s(h 2 )) = f(h 1 S(h 2 )) = f(ε(h)1 H ) = ε(h)f(1 H ) = ε(h)1 B. Exemplo Se H é uma álgebra de Hopf e g : C H é um morfismo de coálgebras, então C é um H-comódulo coálgebra via a ação coadjunta, co g : C H C definida por co g (c) = c 1 c 0 = g(c 1 )S(g(c 3 )) c 2. De fato, C é um H-comódulo pois, por um lado tem-se que (id H co g ) co g (c) = (id H co g )(g(c 1 )S(g(c 3 )) c 2 ) e, por outro lado, tem-se que Além disso, = g(c 1 )S(g(c 3 )) g((c 2 ) 1 )S(g((c 2 ) 3 )) (c 2 ) 2 = g(c 1 )S(g(c 5 )) g(c 2 )S(g(c 4 )) c 3, ( H id C ) co g (c) = ( H id C )(g(c 1 )S(g(c 3 )) c 2 ) = (g(c 1 )) 1 (S(g(c 3 ))) 1 (g(c 1 )) 2 (S(g(c 3 ))) 2 c 2 = g((c 1 ) 1 )S(g(c 3 ) 2 ) g((c 1 ) 2 )S(g(c 3 ) 1 ) c 2 = g(c 1 )S(g(c 5 )) g(c 2 )S(g(c 4 )) c 3. (ε H id C ) co g (c) = (ε H id C )(g(c 1 )S(g(c 3 )) c 2 ) = ε H (g(c 1 ))ε H (S(g(c 3 ))) c 2 = ε H (g(c 1 ))ε H (g(c 3 )) c 2 ( ) = ε C (c 1 )ε C (c 3 ) c 2 = 1 k ε C (c 1 )c 2 ε C (c 3 ) = 1 k c = (c). Tem-se que ( ) é válido já que ε H g = ε C, pois g é morfismo de coálgebras. O morfismo C é de H-comódulos, pois por um lado tem-se (id H C ) co g (c) = (id H C )(g(c 1 )S(g(c 3 )) c 2 ) = g(c 1 )S(g(c 3 )) (c 2 ) 1 (c 2 ) 2 = g(c 1 )S(g(c 4 )) c 2 c 3.

25 24 Por outro lado, lembrando que ρ C C (c c ) = c 1 c 1 c 0 c 0, segue que (co g ) C C C (c) = (co g ) C C (c 1 c 2 ) = g((c 1 ) 1 )S(g((c 1 ) 3 ))g((c 2 ) 1 )S(g((c 2 ) 3 )) (c 1 ) 2 (c 2 ) 2 = g(c 1 )S(g(c 3 ))g(c 4 )S(g(c 6 )) c 2 c 5 = g(c 1 )S((g(c 3 ) 1 ))g((c 3 ) 2 )S(g(c 5 )) c 2 c 4 = g(c 1 )ε H (g(c 3 ))S(g(c 5 )) c 2 c 4 = g(c 1 )ε C (c 3 )S(g(c 5 )) c 2 c 4 = g(c 1 )S(g(c 5 )) c 2 ε C (c 3 )c 4 = g(c 1 )S(g(c 4 )) c 2 c 3. Além disso, ε C é morfismo de H-comódulos, pois (id H ε C ) co C (c) = (id H ε C )(g(c 1 )S(g(c 3 )) c 2 ) = g(c 1 )S(g(c 3 )) ε C (c 2 ) = g(c 1 )S(g(ε C (c 2 )c 3 )) 1 k = g(c 1 )S(g(c 2 )) 1 k = (g(c)) 1 S((g(c) 2 )) 1 k = ε H g(c) 1 k = ε C (c)1 H 1 k = ρ k ε C (c).

26 Capítulo 2 Biproduto de Radford O biproduto de Radford, também chamado bozonização é uma ferramenta importante na classificação das álgebras de Hopf. Por conta disso estuda-se propriedades desta ferramenta. 2.1 Par admissível Neste capítulo, considera-se H uma biálgebra e B uma álgebra em H M e uma coálgebra em H M. Além disso, estabelece-se que τ : H B B e ρ : B H B são as estruturas de H-módulo e H-comódulo, respectivamente. Lembra-se que (B#H, m, u) é álgebra com as estruturas m((b#h)(b #h )) = b(h 1 b )#h 2 h e u(1 k ) = 1 B #1 H, e que (B#H, B#H, ε B#H ) é uma coálgebra com as estruturas B#H (b#h) = b 1 #(b 2 ) 1 h 1 (b 2 ) 0 #h 2 e ε B#H (b#h) = ε B (b)ε H (h). O objetivo deste capítulo é fornecer as condições necessárias e suficientes para que B#H seja uma biálgebra. Para isto, primeiramente, serão apresentados alguns resultados auxiliares. Para simplificar a notação, usa-se ε B#H = ε e B#H =. Proposição A aplicação ε é um morfismo de álgebras se e somente se ε B é um morfismo de álgebras e ε B (h b) = ε H (h)ε B (b), para todo h H e b B. Demonstração. ( ) Como a aplicação ε é morfismo de álgebras, é válido que ε(1 B #1 H ) = 1 k, ou seja, ε B (1 B )ε H (1 H ) = 1 k. Desde que H é biálgebra, ε H (1 H ) = 1 k e consequentemente ε B (1 B ) = 1 k. Para mostrar que ε B é morfismo de álgebras basta verificar que é multiplicativo. 25

27 26 Do fato que ε é morfismo de álgebras, segue que ε((b#h)(b#h )) = ε(b#h)ε(b#h ), para quaisquer b, b B, h, h H. Em particular, para b #h = b #1 H segue que ε B (b)ε H (h)ε B (b ) = ε((b#h)(b #1 H )) = ε(b(h 1 b )#(h 2 )1 H ) = ε(b(h 1 b )#h 2 ) = ε B (b(h 1 b ))ε H (h 2 ) = ε B (b(h 1 ε H (h 2 ) b )) = ε B (b(h b )). Ou seja, ε B (b)ε H (h)ε B (b ) = ε B (b(h b )). (2.1) Logo, ε B (bb ) = ε B (b(1 H b )) = ε B (b)ε H (1 H )ε B (b ) = ε B (b)ε B (b ). Portanto, ε B é morfismo de álgebras. Além disso, tomando b = 1 B em (2.1), segue que ε B (h b ) = ε H (h)ε B (b). ( ) Considerando que ε B é um morfismo de álgebras e ε B (h b) = ε H (h)ε B (b), para todo h H e b B tem-se que ε(1 B #1 H ) = ε B (1 B )ε H (1 H ) = 1 k e ε((b#h)(b#h )) = ε(b(h 1 b )#h 2 h ) = ε B (b(h 1 b ))ε H (h 2 h ) = ε B (b)ε B (h 1 b )ε H (h 2 )ε H (h ) = ε B (b)ε B (h 1 ε H (h 2 ) b )ε H (h ) = ε B (b)ε B (h b )ε H (h ) = ε B (b)ε H (h)ε B (b )ε H (h ) = ε(b#h)ε(b #h ). Logo, ε é um morfismo de álgebras. Observa-se que é válida a equação b 1 b 0 = ε B (b 1 )(b 2 ) 1 (b 2 ) 0, b B. (2.2) De fato, b 1 b 0 = ρ(b) = ρ(ε B (b 1 )b 2 ) = ε B (b 1 )ρ(b 2 ) = ε B (b 1 )(b 2 ) 1 (b 2 ) 0. Além disso, tem-se b 1 b 2 = b 1 ε H ((b 2 ) 1 ) (b 2 ) 0. (2.3) Pois, pelo fato de que B é H-comódulo, é válido que ε H (b 1 )b 0 = b. Portanto, tem-se que (b) = b 1 b 2 = b 1 ε H ((b 2 ) 1 )(b 2 ) 0 = b 1 ε H ((b 2 ) 1 ) (b 2 ) 0. Seja C uma coálgebra. Recordando que um elemento não nulo c C é um grouplike se e somente se C (c) = c c, o que implica que ε C (c) = 1 k, tem-se que um elemento b#h B#H é um grouplike se e somente se (b#h) = b 1 #(b 2 ) 1 h 1 (b 2 ) 0 #h 2 = b#h b#h. (2.4) Proposição A unidade 1 B #1 H é um grouplike se e somente se ρ(1 B ) = 1 H #1 B e B (1 B ) = 1 B 1 B.

28 27 Demonstração. ( ) Sabendo que 1 B #1 H é um grouplike e tomando b = 1 B em (2.4), tem-se que b 1 #(b 2 ) 1 (b 2 ) 0 #1 H = (1 B #1 H ) (1 B #1 H ). (2.5) Aplicando id B ε H id B ε H em (2.5), segue que b 1 #ε H ((b 2 ) 1 ) (b 2 ) 0 #ε H (1 H ) = 1 B #ε H (1 H ) 1 B #ε H (1 H ). Usando o isomorfismo segue que b 1 ε H ((b 2 ) 1 ) (b 2 ) 0 = 1 B, 1 B. Logo, de (2.3), B (b) = B (1 B ) = 1 B 1 B.O que também resulta em ε B (1 B ) = 1 k. Se for aplicado ε B id H id B ε H em (2.5) tem-se ε B (b 1 )#(b 2 ) 1 (b 2 ) 0 #ε H (1 H ) = ε B (1 B )#1 H 1 B #ε H (1 H ). Assim, desde que ε B (1 B ) = 1 k vem que ε B (b 1 )(b 2 ) 1 (b 2 ) 0 = 1 H 1 B. Por (2.2) segue que ρ(b) = ρ(1 B ) = 1 H 1 B. ( ) Se ρ(b) = ρ(1 B ) = 1 H 1 B e B (b) = B (1 B ) = 1 B 1 B tem-se que Observação (1 B #1 H ) = (1 B ) 1 #((1 B ) 2 ) 1 (1 H ) 1 ((1 B ) 2 ) 0 #(1 H ) 2 = (1 B ) 1 #(1 H )(1 H ) (1 B ) 2 #(1 H ) = 1 B #1 H 1 B #1 H. (i) Para quaisquer b, b B e h, h H tem-se ((b#h)(b #h )) = (b(h 1 b )#h 2 h ) = (b(h 1 b )) 1 #((b(h 1 b )) 2 ) 1 (h 2 h ) 1 ((b(h 1 b )) 2 ) 0 #(h 2 h ) 2 = (b(h 1 b )) 1 #((b(h 1 b )) 2 ) 1 h 2 h 1 ((b(h 1 b )) 2 ) 0 #h 3 h 2, (ii) Para quaisquer b, b B e h, h H tem-se (b#h) (b #h ) = (b 1 #(b 2 ) 1 h 1 (b 2 ) 0 #h 2 )(b 1#(b 2) 1 h 1 (b 2) 0 #h 2) = (b 1 #(b 2 ) 1 h 1 )(b 1#(b 2) 1 h 1) ((b 2 ) 0 #h 2 )((b 2) 0 #h 2) = b 1 (((b 2 ) 1 h 1 ) 1 b 1)#((b 2 ) 1 h 1 ) 2 ((b 2) 1 h 1) (b 2 ) 0 ((h 2 ) 1 (b 2) 0 )#(h 2 ) 2 h 2 = b 1 (((b 2 ) 1 h 1 ) 1 b 1)#((b 2 ) 1 h 1 ) 2 ((b 2) 1 h 1) (b 2 ) 0 (h 2 (b 2) 0 )#h 3 h 2. Proposição A aplicação é multiplicativa se e somente se para quaisquer h H, b, b B, (b(h 1 b )) 1 # (b(h 1 b ) 2 ) 1 h 2 ((b(h 1 b )) 2 ) 0 = (b 1 (((b 2 ) 1 )h 1 ) 1 b 1)#((b 2 ) 1 h 1 ) 2 (b 2) 1 (b 2 ) 0 (h 2 (b 2) 0 ). (2.6)

29 28 Demonstração. ( ) Tomando h = 1 H em ((b#h)(b #h )) = (b#h) (b #h ), usando a Observação e o fato de que H (1 H ) = 1 H 1 H, obtém-se que (b(h 1 b )) 1 #((b(h 1 b )) 2 ) 1 h 2 ((b(h 1 b )) 2 ) 0 #h 3 = b 1 (((b 2 ) 1 h 1 ) 1 b 1)#((b 2 ) 1 h 1 ) 2 ((b 2) 1 ) (b 2 ) 0 (h 2 (b 2) 0 )#h 3. Aplicando id B id H id B ε H na equação acima, segue que (b(h 1 b )) 1 #((b(h 1 b )) 2 ) 1 h 2 ((b(h 1 b )) 2 ) 0 = b 1 (((b 2 ) 1 h 1 ) 1 b 1)#((b 2 ) 1 h 1 ) 2 ((b 2) 1 ) (b 2 ) 0 (h 2 (b 2) 0 ). ( ) Usando a hipótese, segue que ((b#h)(b #h )) = (b(h 1 b )) 1 #((b(h 1 b )) 2 ) 1 h 2 h 1 ((b(h 1 b )) 2 ) 0 #h 3 h 2 = b 1 (((b 2 ) 1 h 1 ) 1 b 1)#((b 2 ) 1 h 1 ) 2 ((b 2) 1 h 1) (b 2 ) 0 (h 2 (b 2) 0 )#h 3 h 2 = (b#h) (b #h ). Os resultados abaixo apresentam condições que auxiliam concluir que é multiplicativo sem a necessidade de recorrer à proprosição anterior. Aplicando ε B id H id B na equação (2.6) resulta que ε B ((b(h 1 b )) 1 )#((b(h 1 b ) 2 ) 1 h 2 ) (((b(h 1 b )) 2 ) 0 ) = tem-se ε B ((b 1 (((b 2 ) 1 )h 1 ) 1 b 1))#(((b 2 ) 1 h 1 ) 2 (b 2) 1 ) ((b 2 ) 0 (h 2 (b 2) 0 )), Supondo que ε é morfismo de álgebras. Então, por (2.2) e pela Proposição (b(h 1 b )) 1 h 2 (b(h 1 b )) 0 = Ou seja, ε B (b 1 )ε H ((((b 2 ) 1 )h 1 ) 1 )ε B (b 1)((b 2 ) 1 h 1 ) 2 (b 2) 1 (b 2 ) 0 (h 2 (b 2) 0 ). (b(h 1 b )) 1 h 2 (b(h 1 b )) 0 = ε B (b 1 )ε B (b 1)(b 2 ) 1 h 1 (b 2) 1 (b 2 ) 0 (h 2 (b 2) 0 ) (2.2) = b 1 ε B (b 1)h 1 (b 2) 1 b 0 (h 2 (b 2) 0 ) (2.2) = b 1 h 1 b 1 b 0 (h 2 b 0). Portanto, (b(h 1 b )) 1 h 2 (b(h 1 b )) 0 = b 1 h 1 b 1 b 0 (h 2 b 0). (2.7) Proposição Se ρ(bb ) = b 1 b 1 b 0 b 0 e (h 1 b) 1 h 2 (h 1 b) 0 = h 1 b 1 (h 2 b 0 ), então a equação (2.7) é válida. Demonstração. Utilizando a hipótese, segue que b 1 h 1 b 1 b 0 (h 2 b 0) = b 1 (h 1 b ) 1 h 2 b 0 (h 1 b ) 0 = (b(h 1 b )) 1 h 2 (b(h 1 b )) 0.

30 29 Proposição A recíproca da proposição acima é válida se ρ(1 B ) = 1 H 1 B. Demonstração. Tomando h = 1 H em (2.7) tem-se ρ(bb ) = (bb ) 1 (bb ) 0 = b 1 b 1 b 0 b 0. Tomando b = 1 B em (2.7) tem-se (1 B (h 1 b )) 1 h 2 (1 B (h 1 b )) 0 = (1 B ) 1 h 1 b 1 (1 B ) 0 (h 2 b 0) (h 1 b ) 1 h 2 (h 1 b ) 0 = (1 H )h 1 b 1 (1 B )(h 2 b 0) (h 1 b ) 1 h 2 (h 1 b ) 0 = h 1 b 1 (h 2 b 0). Num processo análogo ao anterior, aplicando id B ε H id B em (2.6) obtém-se (b(h 1 b )) 1 #ε H ((b(h 1 b ) 2 ) 1 )ε H (h 2 ) ((b(h 1 b )) 2 ) 0 = (b 1 (((b 2 ) 1 )h 1 ) 1 b 1)#ε H (((b 2 ) 1 h 1 ) 2 )ε H ((b 2) 1 ) (b 2 ) 0 (h 2 (b 2) 0 ). Consequentemente, (b(h 1 b )) 1 ε H (h 2 ) (b(h 1 b )) 2 = b 1 (((b 2 ) 1 h 1 ) b 1) (b 2 ) 0 (h 2 b 2). Portanto, (b(h b )) 1 (b(h b )) 2 = b 1 (((b 2 ) 1 h 1 ) b 1) (b 2 ) 0 (h 2 b 2). (2.8) Proposição Se B (bb ) = b 1 ((b 2 ) 1 b 1) (b 2 ) 0 b 2 e B (h b) = h 1 b 1 h 2 b 2, ou seja, se B é multiplicativo e de H-módulos, então a equação (2.8) é válida. Demonstração. O resultado é demonstrado diretamente usando as equações da hipótese: (b(h b )) 1 (b(h b )) 2 = b 1 ((b 2 ) 1 (h b ) 1 ) (b 2 ) 0 (h b ) 2 = b 1 ((((b 2 ) 1 )h 1 ) b 1) (b 2 ) 0 (h 2 b 2). Proposição A recíproca da proposição acima é verdadeira se ρ(1 B ) = 1 H 1 B e B (1 B ) = 1 B 1 B. Demonstração. Tomando h = 1 H em (2.8) tem-se (bb ) 1 (bb ) 2 = b 1 ((b 2 ) 1 b 1) (b 2 ) 0 b 2 B (bb ) = b 1 ((b 2 ) 1 b 1) (b 2 ) 0 b 2.

31 30 Tomando b = 1 B em (2.8) tem-se B (h b ) = (1 B ) 1 ((((1 B ) 2 ) 1 h 1 ) b 1) ((1 B ) 2 ) 0 (h 2 b 2) = h 1 b 1 h 2 b 2. A partir destes resultados é possível enunciar o teorema a seguir. Teorema Seja H uma biálgebra sobre o corpo k, e suponha que B seja uma álgebra em H M e uma coálgebra em H M. Sejam τ : H B B e ρ : B H B as estruturas de módulo e comódulo, respectivamente. Então, as seguintes afirmações são equivalentes: (a) (B#H, m B#H, u B#H, B#H, ε B#H ) é uma biálgebra, isto é, (H, B) é um par admissível; (b) B é uma álgebra em H M e uma coálgebra em H M, ε B é um morfismo de álgebras, B (1 B ) = 1 B 1 B e vale as identidades: (i) B (bb ) = b 1 ((b 2 ) 1 b 1) (b 2 ) 0 b 2 e (ii) (h 1 b) 1 h 2 (h 1 b) 0 = h 1 b 1 (h 2 b 0 ), para quaisquer b, b B e h H; (c) A aplicações ε B e ρ são morfismos de álgebras, B (1 B ) = 1 B 1 B, τ é morfismo de coálgebras e são válidos (i) e (ii) do item (b). Demonstração. A equivalência (b) (c) segue diretamente das Proposições e (a) (b) Como (H, B) é um par admissível, então e ε são morfismos de álgebras. Pela Proposição 2.1.2, ρ(1 B ) = 1 h 1 B e pela Proposição tem-se ρ(bb ) = b 1 b 1 b 0 b 0. Pela Proposição m e u são morfismos de H-comódulos. Portanto, B é uma álgebra em H M. Analogamente, pela Proposição tem-se ε B (h b) = ε H (h)ε B (b) e pela Proposição tem-se B (h b) = h 1 b 1 h 2 b 2. Logo, segue pela Proposição que B é uma coálgebra em H M. Além disso, ε B é morfismo de álgebras pela Proposição 2.1.1; (1 B ) = 1 B 1 B pela Proposição 2.1.4; e (i) e (ii) são válidos pelas Proposições e 2.1.6, respectivamente. (b) (a) Para provar que (H, B) é um par admissível é necessário mostrar que: (B#H, m, u) é uma álgebra; (B#H,, ε) é uma coálgebra; e ε são morfismos de álgebras.

32 31 Os dois primeiros itens foram provados anteriormente, no Capítulo 1, nos Exemplos 1.2 e 1.3. Como ε B é morfismo de álgebras e de H-módulos, segue pela Proposição que ε é morfismo de álgebras. Resta mostrar que é morfismo de álgebras. Desde que m e u são morfismos de H- comódulos, segue da Proposição que ρ(1 B ) = 1 H 1 B. Assim, pela Proposição sabe-se que (1 B #1 H ) = 1 B #1 H 1 B #1 H. Portanto, basta mostrar que é multiplicativo. Note que (b(h 1 b )) 1 #(b(h 1 b ) 2 ) 1 h 2 ((b(h 1 b )) 2 ) 0 = (2.8) = b 1 (((b 2 ) 1 (h 1 ) 1 ) b 1)#((b 2 ) 0 ((h 1 ) 2 b 2)) 1 h 2 ((b 2 ) 0 ((h 1 ) 2 b 2)) 0 = b 1 (((b 2 ) 1 h 1 ) b 1)#((b 2 ) 0 (h 2 b 2)) 1 h 3 ((b 2 ) 0 (h 2 b 2)) 0 (2.7) = b 1 (((b 2 ) 1 h 1 ) b 1)#((b 2 ) 0 ) 1 h 2 (b 2) 1 ((b 2 ) 0 ) 0 (h 3 (b 2) 0 ) = b 1 ((((b 2 ) 1 ) 1 (h 1 ) 1 ) b 1)#((b 2 ) 1 ) 2 (h 1 ) 2 (b 2) 1 (b 2 ) 0 (h 2 (b 2) 0 ) = (b 1 (((b 2 ) 1 )h 1 ) 1 b 1)#((b 2 ) 1 h 1 ) 2 (b 2) 1 (b 2 ) 0 (h 2 (b 2) 0 ). Nas duas últimas igualdades foi utilizado o fato de ρ ser coassociativo e H ser multiplicativo. O resultado segue pela Proposição Sistema admissível Esta seção tem por objetivo definir sistema admissível e fornecer as condições necessárias para que, a partir de um par admissível, seja possível obter um sistema admissível. Será considerado (H, B) um par admissível, A uma biálgebra sobre k e o diagrama A π H, onde i e π são morfismos de biálgebras. i Então A é um H-módulo à esquerda via τ l (h a) = h a = i(h)a, h H, a A. De fato, τ l torna A um H-módulo à esquerda, pois para quaisquer h, h H e a A tem-se τ l (u H id A )(1 k a) = τ l (1 H a) = i(1 H )a = a = (1 K a) e τ l (m H id A )(h h a) = τ l (hh a) = i(hh )a = i(h)i(h )a = τ l (h i(h )a) = τ l (id H τ l )(h h a). Analogamente, A é um H-módulo à direita via τ r (a h) = ai(h). Portanto, como τ r (τ l id H )(h a h ) = τ r (i(h)a h ) = (i(h)a)i(h ) = i(h)(ai(h )) = τ l (h ai(h )) = τ l (id H τ r )(h a h ), resulta que A é um H-bimódulo com as ações definidas acima. Além disso, A é um H-bicomódulo através das coações dadas por ρ r (a) = a 1 π(a 2 ) e ρ l (a) = π(a 1 ) a 2, à direita e à esquerda, respectivamente. De fato, A é um H-comódulo

33 32 à direita via ρ r (a) = a 1 π(a 2 ), pois (id A ) ρ r (a) = (id A )(a 1 π(a 2 )) = a 1 (π(a 2 )) 1 (π(a 2 )) 2 = a 1 π((a 2 ) 1 ) π((a 2 ) 2 ) = a 1 π(a 2 ) π(a 3 ) = (a 1 ) 1 π((a 1 ) 2 ) π(a 2 ) = (ρ r id H )(a 1 π(a 2 )) = (ρ r id H ) ρ r (a). E, (id A ε H )(ρ r (a))(a h) = (id A ε H )(a 1 π(a 2 )) = a 1 ε H (π(a 2 )) = a 1 ε A (a 2 ) = a, para todo a A. Analogamente, mostra-se que A é um H-comódulo à esquerda. E como para todo a A (ρ l id H )ρ r (a) = (ρ l id H )(a 1 π(a 2 )) = π(a 1 ) a 2 π(a 3 ) Resulta que A é um H-bicomódulo. = (id H ρ r )(π(a 1 ) a 2 ) = (id H ρ r )ρ l (a). Π Definição Diz-se que B A π H é um sistema admissível se satisfaz as seguintes condições: (i) Π j = id B e π i = id H ; j i (ii) As aplicações i e π são morfimos de biálgebras, j é morfismo de álgebras e Π é morfismo de coálgebras; (iii) A aplicação Π é um morfismo de H-bimódulos considerando em A as estruturas de H-bimódulo apresentadas acima e, em B a estrutura de H-módulo à direita trivial, e à esquerda a estrutura dada pelo par admissível; (iv) O conjunto j(b) é um H-sub-bicomódulo de A e Π j(b) é um morfismo de H- bicomódulos considerando, em A, a estrutura de H-bicomódulo acima e, em B, a estrutura trivial de H-comódulo à direita, e à esquerda a estrutura dada pelo par admissível; e (v) (j Π) (i π) = id A. Antes de apresentar resultados que envolvem sistema admissível, serão analisadas algumas aplicações particulares, relevantes para o primeiro resultado. Considerando H uma biálgebra e B uma álgebra em H M e uma coálgebra em H M, tem-se que as aplicações j B : B B#H b b#1 H e i H : H B#H h 1 B #h

34 33 são monomorfismos de álgebras. De fato, j B (u B (1 k )) = j B (1 B ) = 1 B #1 H = u B#H (1 k ) e m B#H (j B j B )(b b ) = m B#H (b#1 H b #1 H ) = b(1 H b )#1 H 1 H = bb 1 H = j B (bb ) = (j B m B )(b b ). Logo j B é um morfismo de álgebras. Além disso, j B é injetor, pois se b#1 H = b #1 H, aplicando id B ε H segue, pelo isomorfismo de B com B#1 k, que bε H (1 H ) = b ε H (1 H ), de onde obtém-se b = b, pois H é uma biálgebra. Analogamente, i H é um morfismo de álgebras, pois (id H u H )(1 k ) = i H (1 H ) = 1 B 1 H = u B#H (1 k ) e, para quaisquer h, h H, tem-se m B#H (i H i H )(h h ) = m(1 B #h 1 B #h ) = 1 B (h 1 1 B )#h 2 h = ε H (h 1 )1 B #h 2 h = 1 B hh = i H (hh ) = (i H m H )(h h ). Tem-se que i H é injetor se e somente se i H (h) = 0 implica que h = 0. Supondo que h 0, então {1 B h} é linearmente independente. Isso implica que i H (h) 0. Portanto,i H é injetor. Já as aplicações Π B : B#H B b#h bε H (h) e π H : B#H H b#h ε B (b)h são epimorfismos de coálgebras. De fato, tem-se que para quaisquer b B e h H (Π B Π B ) (b#h) = (Π B Π B )(b 1 #(b 2 ) 1 h 1 (b 2 ) 0 #h 2 ) = b 1 ε H ((b 2 ) 1 )ε H (h 1 ) (b 2 ) 0 ε H (h 2 ) (2.3) = b 1 ε H (h 1 ) b 2 ε H (h 2 ) = ε H (h)b 1 b 2 = ε H (h) B (b) = B (ε H (h)b) = B (Π B (b#h)). E, ε B Π B (b#h) = ε B (bε H (h)) = ε H (h)ε B (b) = ε(b#h). Portanto Π B é um morfismo de coálgebras. Observa-se que Π B é sobrejetor. De fato dado b B, toma-se b#1 H B#H. Logo, Π B (b#1 H ) = bε H (1 H ) = b. Analogamente, tem-se que π H é morfismo de coálgebras, pois para quaisquer b B e h H tem-se

35 34 (π H π H ) (b#h) = (π H π H )(b 1 #(b 2 ) 1 h 1 (b 2 ) 0 #h 2 ) = ε B (b 1 )(b 2 ) 1 h 1 ε B ((b 2 ) 0 )h 2 = ε B (b 1 )(b 2 ) 1 ε B ((b 2 ) 0 )h 1 h 2 ( ) = ε B (b 1 )ε B (b 2 )h 1 h 2 = ε B (b 1 ε B (b 2 ))h 1 h 2 = ε B (b)h 1 h 2 = ε B (b) H (h) = H (ε B (b)h) = H (π H (b#h)). Nota-se que ( ) vale pois ε B é morfismo de H-comódulos. E, ε H π H (b#h) = ε H (ε B (b)h) = ε B (b)ε H (h) = ε(b#h). Para mostrar que π H é sobrejetor, observa-se primeiramente que existe b B tal que ε B (b) 0. Pois, caso contrário, ε B (b) = 0 para qualquer b B. Mas como B é coálgebra, b = ε B (b 1 )b 2 = 0b 2 = 0. Então B = 0, o que é um absurdo. Portanto, 1 considera-se b B tal que ε B (b) 0. Então, para qualquer h H, tem-se k ( ) b#h ε B (b) 1 B#H, satisfazendo π k H b#h ε B = 1 k π (b) ε B (b) H(b#h) = h. Agora, dispondo das aplicações acima, segue o primeiro resultado sobre sistema admissível. Teorema Seja (H, B) um par admissível. Então B H é um sistema admissível. Π B j B B#H π H i H Demonstração. Serão consideradas em B, as estruturas triviais de H-módulo e H- comódulo à direita, as quais serão representadas por τ Br e ρ Br, respectivamente. Além disso, as estruturas de H-módulo e H-comódulo à esquerda, dadas pela definição de par admissível, serão representadas por τ Bl e ρ Bl. Usando as aplicações π H e i H, tem-se que a estrutura de H-bimódulo, em B#H, é dada por: τ l (h (b#h)) = (h 1 b)#h 2h e τ r ((b#h) h ) = b#hh, b B, h, h H. A estrutura de H-bicomódulo, em B#H, é dada por: ρ l (b#h) = b 1 h 1 b 0 #h 2 e ρ r (b#h) = b#h 1 h 2, b B, h H. Agora verifica-se os cinco itens que caracterizam um sistema admissível (Definição 2.2.1). (i) Tem-se que (Π B j B )(b) = Π B (b#1 H ) = bε H (1 H ) = b e (π H i H )(h) = π H (1 B #h) = ε B (1 B )h = h;

36 35 (ii) Antes desta demonstração foi provado que a aplicação i H é morfismo de álgebras. Note que i H é também um morfismo de coálgebras, afinal para todo h H tem-se que ε(i H (h)) = ε(1 B #h) = ε B (1 B )ε H (h) = ε H (h) e ( i H )(h) = (1 B #h) = 1 B #h 1 1 B #h 2 = (i H i H )(h 1 h 2 ) = ((i H i H ) )(h). Portanto, i H é morfismo de biálgebras. Além disso, sabe-se que π H é morfismo de coálgebras. Agora observa-se que π H também é morfismo de álgebras. De fato, temse que π H (u(1 k )) = π H (1 B #1 H ) = ε B (1 B )1 H = 1 H = u H (1 k ) e, para todo b, b B e h, h H (π H m)((b#h) (b #h )) = π H (b(h 1 b )#h 2 h ) = ε B (b(h 1 b ))h 2 h = ε B (b)ε H (h 1 )ε B (b )h 2 h = ε B (b)ε B (b )hh = ε B (b)hε B (b )h = π H (b#h)π H (b #h ) = (m (π H π H ))((b#h) (b #h )), Assim, tem-se que π H é morfismo de biálgebras. Como demonstrado acima, antes de enunciar o teorema, j B é um morfismo de álgebras e Π B é morfismo de coálgebras. (iii) A aplicação Π B é morfismo de H-módulos à esquerda, pois dados b B e h, h H tem-se (τ Bl (id H Π B ))(h (b#h)) = τ Bl (h bε H (h)) = (h b)ε H (h) = (h 1ε H (h 2) b)ε H (h) = (h 1 b)ε H (h 2)ε H (h) = (h 1 b)ε H (h 2h) = Π B ((h 1 b)#h 2h) = (Π B τ l )(h (b#h)). Além disso, Π B é morfismo de H-módulos à direita, pois para quaisquer b B e h, h H tem-se (Π B τ r )((b#h) h ) = Π B (b#hh ) = bε H (hh ) = bε H (h)ε H (h ) = τ Br (bε H (h) h ) = (τ Br (Π B id H ))((b#h) h ). Portanto, Π B é de H-bimódulos. (iv) Para todo b B, tem-se j B (b) = b#1 H. Logo, j(b) = B#1 H. Lembrando que para mostrar que o conjunto j B (B) é um H-sub-bicomódulo em B#H, basta mostrar que ρ r (j B (B)) j B (B)#H e ρ l (j B (B)) H#j B (B). Mas, para qualquer b B, tem-se ρ r (b#1 H ) = b#1 H 1 H e ρ l (b#1 H ) = b 1 b 0 #1 H. Segue que j B (B) é um H-subbicomódulo em B#H. Mais ainda, Π B jb (B) é um morfismo de H-comódulos à direita.

37 36 De fato, para b B (Π B id H ) ρ r (b#1 H ) = (Π B id H )(b#1 H 1 H ) = bε H (1 H ) 1 H = b 1 H = ρ Br (b) = ρ Br (bε H (1 H )) = (ρ Br Π B )(b#1 H ). Também, Π B jb (B) é um morfismo de H-comódulos à esquerda, pois (id H Π B ) ρ l (b#1) = (id H Π B )(b 1 b 0 1 H ) = b 1 b 0 ε H (1 H ) = b 1 b 0 = ρ Bl (b) = (ρ Bl Π B )(b#1 H ). Portanto, segue que Π B j(b) é um morfismo H-bicomódulos. (v) Tem-se que, para todo b B e h H [(j B Π B ) (i H π H )](b#h) = (j B Π B )(b 1 #(b 2 ) 1 h 1 )(i H π H )((b 2 ) 0 #h 2 ) = j B (b 1 ε H ((b 2 ) 1 )ε H (h 1 ))i H (ε B ((b 2 ) 0 )h 2 ) = ε H ((b 2 ) 1 )ε H (h 1 )j B (b 1 )ε B ((b 2 ) 0 )i H (h 2 ) = ε H (h 1 )j B (b 1 )ε B (ε H ((b 2 ) 1 )(b 2 ) 0 )i H (h 2 ) = ε H (h 1 )ε B (b 2 )j B (b 1 )i H (h 2 ) = j B (b 1 ε B (b 2 ))i H (ε H (h 1 )h 2 ) = j B (b)i H (h) = (b#1 H )(1 B #h) = b(1 H 1 B )#h = id B#H (b#h). Portanto B Π B j B B#H π H i H H é um sistema admissível. O resultado a seguir afirma que dado um par admissível (H, B) tem-se que seu sistema admíssivel é, a menos de isomorfismo, o apresentado no Teorema Teorema Sejam (H, B) um par admissível, A uma biálgebra sobre k e Π B A π H um sistema admissível. Então: j i (a) existe um único morfismo de álgebras f : B#H A tal que o diagrama j B B#H i H (2.9) B f H j A i

38 37 é comutativo. Além disso, o diagrama B#H (2.10) Π B π H B f H Π A π é comutativo e f é um isomorfismo de biálgebras; (b) existe um único morfismo de coálgebras g : A B#H tal que o seguinte diagrama é comutativo Π B B#H π H (2.11) B g H Π A π Além disso, o diagrama j B B#H i H (2.12) B g H j A i é comutativo e g é um isomorfismo de biálgebras. Mais ainda, f e g são morfismos inversos. Demonstração. Seja f : B#H A definida por f(b#h)=j(b)i(h). Observa-se que: i(h)j(b) = id A (i(h)j(b)) = ((j Π) (i π))(i(h)j(b)) = ((j Π)(i(h)j(b)) 1 )((i π)(i(h)j(b)) 2 ) = ((j Π)(i(h 1 )j(b) 1 ))((i π)(i(h 2 )j(b) 2 )) = j(π(i(h 1 )j(b) 1 ))i(π(i(h 2 )j(b) 2 )) (1) = j(h 1 Π(j(b) 1 ))i(π(i(h 2 ))i(π(j(b) 2 )) (2) = j(h 1 Π(j(b) 1 ))i(h 2 )i(π(j(b) 2 )) (3) = j(h 1 b)i(h 2 )i(1 H ) = j(h 1 b)i(h 2 ). Acima, (1) vale pois Π é morfismo de H-módulos à esquerda e que i e π são morfismos de biálgebras; (2) vale porque π i = id H ; e, (3) vale já que j(b) é um H-sub-

Álgebras de Hopf quase cocomutativas e quasitriangulares

Álgebras de Hopf quase cocomutativas e quasitriangulares Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Matemática e Estatística Programa de Pós-Graduação em Matemática Álgebras de Hopf quase cocomutativas e quasitriangulares Dissertação de Mestrado

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ EDSON MINORU SASSAKI. Descrição dos Objetos Galois sobre uma Álgebra de Hopf Associada a um Conjunto de Dados de Grupo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ EDSON MINORU SASSAKI. Descrição dos Objetos Galois sobre uma Álgebra de Hopf Associada a um Conjunto de Dados de Grupo UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ EDSON MINORU SASSAKI Descrição dos Objetos Galois sobre uma Álgebra de opf Associada a um onjunto de Dados de Grupo URITIBA 2014 EDSON MINORU SASSAKI Descrição dos Objetos

Leia mais

O Teorema de Nichols-Zöeller

O Teorema de Nichols-Zöeller Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Matemática Programa de Pós-Graduação em Matemática O Teorema de Nichols-Zöeller Dissertação de Mestrado LEONARDO DUARTE SILVA Porto Alegre, 31 de

Leia mais

Sequência de Auslander-Reiten para Álgebras de Hopf

Sequência de Auslander-Reiten para Álgebras de Hopf UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Fernando Araujo Borges Sequência de Auslander-Reiten para Álgebras de Hopf Curitiba, 2010. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Fernando Araujo Borges Sequência de Auslander-Reiten

Leia mais

SOBRE A SEMISSIMPLICIDADE DE ÁLGEBRAS DE HOPF FINITO-DIMENSIONAIS E O DUPLO DE DRINFELD

SOBRE A SEMISSIMPLICIDADE DE ÁLGEBRAS DE HOPF FINITO-DIMENSIONAIS E O DUPLO DE DRINFELD Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Matemática Programa de Pós-Graduação em Matemática SOBRE A SEMISSIMPLICIDADE DE ÁLGEBRAS DE HOPF FINITO-DIMENSIONAIS E O DUPLO DE DRINFELD Dissertação

Leia mais

A FILTRAÇÃO STANDARD DE UMA ÁLGEBRA DE HOPF

A FILTRAÇÃO STANDARD DE UMA ÁLGEBRA DE HOPF UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA A FILTRAÇÃO STANDARD DE UMA ÁLGEBRA DE HOPF DISSERTAÇÃO DE MESTRADO João Matheus Jury Giraldi

Leia mais

UMA BASE PARA ÁLGEBRAS DE HOPF GERADAS POR SKEW-PRIMITIVOS SEMI-INVARIANTES

UMA BASE PARA ÁLGEBRAS DE HOPF GERADAS POR SKEW-PRIMITIVOS SEMI-INVARIANTES Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Matemática Programa de Pós-Graduação em Matemática UMA BASE PARA ÁLGEBRAS DE HOPF GERADAS POR SKEW-PRIMITIVOS SEMI-INVARIANTES por Kauê da Rosa Cardoso

Leia mais

OS TEOREMAS DE JORDAN-HÖLDER E KRULL-SCHMIDT (SEGUNDA VERSÃO)

OS TEOREMAS DE JORDAN-HÖLDER E KRULL-SCHMIDT (SEGUNDA VERSÃO) ! #" $ %$!&'%($$ OS TEOREMAS DE JORDAN-HÖLDER E KRULL-SCHMIDT (SEGUNDA VERSÃO) Neste texto apresentaremos dois teoremas de estrutura para módulos que são artinianos e noetherianos simultaneamente. Seja

Leia mais

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz Departamento de Matemática Unesp/Bauru CAPÍTULO 7 ISOMORFISMO

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz Departamento de Matemática Unesp/Bauru CAPÍTULO 7 ISOMORFISMO INRODUÇÃO AO ESUDO DA ÁLGEBRA LINERAR CAPÍULO 7 ISOMORFISMO A pergunta inicial que se faz neste capítulo e que o motiva é: dada uma transformação linear : V W é possível definir uma transformação linear

Leia mais

A DEFINIÇÃO AXIOMÁTICA DO CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS.

A DEFINIÇÃO AXIOMÁTICA DO CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS. A DEFINIÇÃO AXIOMÁTICA DO CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS. SANDRO MARCOS GUZZO RESUMO. A construção dos conjuntos numéricos é um assunto clássico na matemática, bem como o estudo das propriedades das operações

Leia mais

1 Números Complexos. Seja R o conjunto dos Reais. Consideremos o produto cartesiano R R = R 2 tal que:

1 Números Complexos. Seja R o conjunto dos Reais. Consideremos o produto cartesiano R R = R 2 tal que: Números Complexos e Polinômios Prof. Gustavo Sarturi [!] Esse documento está sob constantes atualizações, qualquer erro de ortografia, cálculo, favor comunicar. Última atualização: 01/11/2018. 1 Números

Leia mais

Introdução a Teoria das Categorias

Introdução a Teoria das Categorias Introdução a Teoria das Categorias José Siqueira A Teoria das Categorias surgiu em meados dos anos 1940, a partir da obra de S. Eilenberg e S. Maclane como, inicialmente, uma ferramenta para facilitar

Leia mais

1 Noções preliminares

1 Noções preliminares Álgebras, subálgebras e endomorfirsmos Ana Cristina - MAT/UFMG Durante este texto, vamos considerar F um corpo de característica zero. Iniciaremos com algumas definições da teoria de anéis que serão importantes

Leia mais

Dado um inteiro positivo n, definimos U(n) como sendo o conjunto dos inteiros positivos menores que n e primos com n. Não é difícil ver que a

Dado um inteiro positivo n, definimos U(n) como sendo o conjunto dos inteiros positivos menores que n e primos com n. Não é difícil ver que a Exemplo (U(n)) Dado um inteiro positivo n, definimos U(n) como sendo o conjunto dos inteiros positivos menores que n e primos com n. Não é difícil ver que a multiplicação módulo n é uma operação binária

Leia mais

Coálgebras, Comódulos e o Teorema de Maschke para Álgebras de Hopf

Coálgebras, Comódulos e o Teorema de Maschke para Álgebras de Hopf UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS FÍSICAS E MATEMÁTICAS Coálgebras, Comódulos e o Teorema de Maschke para Álgebras de Hopf TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Gabriel Samuel de Andrade

Leia mais

Unidade 2 - Matrizes. A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa. 9 de agosto de 2013

Unidade 2 - Matrizes. A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa. 9 de agosto de 2013 MA33 - Introdução à Álgebra Linear Unidade 2 - Matrizes A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa PROFMAT - SBM 9 de agosto de 2013 O dono de uma pequena frota de quatro táxis, movidos

Leia mais

Produtos de potências racionais. números primos.

Produtos de potências racionais. números primos. MATEMÁTICA UNIVERSITÁRIA n o 4 Dezembro/2006 pp. 23 3 Produtos de potências racionais de números primos Mário B. Matos e Mário C. Matos INTRODUÇÃO Um dos conceitos mais simples é o de número natural e

Leia mais

FUNCIONAIS LINEARES: ESPAÇO DUAL E ANULADORES

FUNCIONAIS LINEARES: ESPAÇO DUAL E ANULADORES FUNCIONAIS LINEARES: ESPAÇO DUAL E ANULADORES Eduardo de Souza Böer - eduardoboer04@gmail.com Universidade Federal de Santa Maria, Campus Camobi, 97105-900-Santa Maria, RS, Brasil Saradia Sturza Della

Leia mais

GRUPOS ALGUNS GRUPOS IMPORTANTES. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo

GRUPOS ALGUNS GRUPOS IMPORTANTES. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo Professora: Elisandra Bär de Figueiredo GRUPOS DEFINIÇÃO 1 Sejam G um conjunto não vazio e (x, y) x y uma lei de composição interna em G. Dizemos que G é um grupo em relação a essa lei se (a) a operação

Leia mais

TENSORES INTEGRAIS EM ÁLGEBRAS DE HOPF

TENSORES INTEGRAIS EM ÁLGEBRAS DE HOPF UFPE Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Matemática Pós-graduação em Matemática TENSORES INTEGRAIS EM ÁLGEBRAS DE HOPF Marcilio Ferreira dos Santos Dissertação de Mestrado Recife 2013

Leia mais

Notas sobre os anéis Z m

Notas sobre os anéis Z m Capítulo 1 Notas sobre os anéis Z m Estas notas complementam o texto principal, no que diz respeito ao estudo que aí se faz dos grupos e anéis Z m. Referem algumas propriedades mais específicas dos subanéis

Leia mais

O espaço das Ordens de um Corpo

O espaço das Ordens de um Corpo O espaço das Ordens de um Corpo Clotilzio Moreira dos Santos Resumo O objetivo deste trabalho é exibir corpos com infinitas ordens e exibir uma estrutura topológica ao conjunto das ordens de um corpo.

Leia mais

Anéis quocientes k[x]/i

Anéis quocientes k[x]/i META: Determinar as possíveis estruturas definidas sobre o conjunto das classes residuais do quociente entre o anel de polinômios e seus ideais. OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de:

Leia mais

Capítulo 1. Os Números. 1.1 Notação. 1.2 Números naturais não nulos (inteiros positivos) Última atualização em setembro de 2017 por Sadao Massago

Capítulo 1. Os Números. 1.1 Notação. 1.2 Números naturais não nulos (inteiros positivos) Última atualização em setembro de 2017 por Sadao Massago Capítulo 1 Os Números Última atualização em setembro de 2017 por Sadao Massago 1.1 Notação Números naturais: Neste texto, N = {0, 1, 2, 3,...} e N + = {1, 2, 3, }. Mas existem vários autores considerando

Leia mais

Conceitos Básicos sobre Representações e Caracteres de Grupos Finitos. Ana Cristina Vieira. Departamento de Matemática - ICEx - UFMG

Conceitos Básicos sobre Representações e Caracteres de Grupos Finitos. Ana Cristina Vieira. Departamento de Matemática - ICEx - UFMG 1 Conceitos Básicos sobre Representações e Caracteres de Grupos Finitos Ana Cristina Vieira Departamento de Matemática - ICEx - UFMG - 2011 1. Representações de Grupos Finitos 1.1. Fatos iniciais Consideremos

Leia mais

INE0003 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA

INE0003 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA INE0003 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA PARA A COMPUTAÇÃO PROF. DANIEL S. FREITAS UFSC - CTC - INE Prof. Daniel S. Freitas - UFSC/CTC/INE/2007 p.1/3 6 - RELAÇÕES DE ORDENAMENTO 6.1) Conjuntos parcialmente

Leia mais

Álgebra Linear Semana 05

Álgebra Linear Semana 05 Álgebra Linear Semana 5 Diego Marcon 4 de Abril de 7 Conteúdo Interpretações de sistemas lineares e de matrizes invertíveis Caracterizações de matrizes invertíveis 4 Espaços vetoriais 5 Subespaços vetoriais

Leia mais

4.1 Preliminares. No exemplo acima: Dom(R 1 ) = e Im(R 1 ) = Dom(R 2 ) = e Im(R 2 ) = Dom(R 3 ) = e Im(R 3 ) = Diagrama de Venn

4.1 Preliminares. No exemplo acima: Dom(R 1 ) = e Im(R 1 ) = Dom(R 2 ) = e Im(R 2 ) = Dom(R 3 ) = e Im(R 3 ) = Diagrama de Venn 4 Relações 4.1 Preliminares Definição 4.1. Sejam A e B conjuntos. Uma relação binária, R, de A em B é um subconjunto de A B. (R A B) Dizemos que a A está relacionado com b B sss (a, b) R. Notação: arb.

Leia mais

MAT Resumo Teórico e Lista de

MAT Resumo Teórico e Lista de MAT 0132 - Resumo Teórico e Lista de Exercícios April 10, 2005 1 Vetores Geométricos Livres 1.1 Construção dos Vetores 1.2 Adição de Vetores 1.3 Multiplicação de um Vetor por um Número Real 2 Espaços Vetoriais

Leia mais

Axioma dos inteiros. Sadao Massago

Axioma dos inteiros. Sadao Massago Axioma dos inteiros Sadao Massago setembro de 2018 Sumário 1 Os Números 2 1.1 Notação......................................... 2 1.2 Números naturais não nulos (inteiros positivos)................... 2

Leia mais

Vamos começar relembrando algumas estruturas algébricas Grupos. Um grupo é um conjunto G munido de uma função

Vamos começar relembrando algumas estruturas algébricas Grupos. Um grupo é um conjunto G munido de uma função UMA INTRODUÇÃO A ÁLGEBRAS TIAGO MACEDO Resumo. Neste seminário vamos introduzir uma nova estrutura algébrica, álgebras. Começaremos recapitulando estruturas definidas em seminários anteriores. Em seguida,

Leia mais

Álgebra Linear I - Aula Forma diagonal de uma matriz diagonalizável

Álgebra Linear I - Aula Forma diagonal de uma matriz diagonalizável Álgebra Linear I - Aula 18 1 Forma diagonal de uma matriz diagonalizável 2 Matrizes ortogonais Roteiro 1 Forma diagonal de uma matriz diagonalizável Sejam A uma transformação linear diagonalizável, β =

Leia mais

Definição 1. Um ideal de um anel A é um subgrupo aditivo I de A tal que ax I para todo a A, x I. Se I é um ideal de A escrevemos I A.

Definição 1. Um ideal de um anel A é um subgrupo aditivo I de A tal que ax I para todo a A, x I. Se I é um ideal de A escrevemos I A. 1. Ideais, quocientes, teorema de isomorfismo Seja A um anel comutativo unitário. Em particular A é um grupo abeliano com +; seja I um subgrupo aditivo de A. Como visto no primeiro modulo, sabemos fazer

Leia mais

ÁLGEBRAS DE HOPF, OBJETOS GALOIS E IDENTIDADES POLINOMIAIS

ÁLGEBRAS DE HOPF, OBJETOS GALOIS E IDENTIDADES POLINOMIAIS Universidade Federal de São Carlos Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia Departamento de Matemática ÁLGEBRAS DE HOPF, OBJETOS GALOIS E IDENTIDADES POLINOMIAIS Abel Gomes de Oliveira Júnior Orientador:

Leia mais

Material Teórico - Módulo: Vetores em R 2 e R 3. Operações Envolvendo Vetores. Terceiro Ano - Médio

Material Teórico - Módulo: Vetores em R 2 e R 3. Operações Envolvendo Vetores. Terceiro Ano - Médio Material Teórico - Módulo: Vetores em R 2 e R 3 Operações Envolvendo Vetores Terceiro Ano - Médio Autor: Prof. Angelo Papa Neto Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto 1 Adição de vetores Na aula anterior

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Matemática

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Matemática Programa de Pós-Graduação em Matemática Co-Módulos Primos e Co-Álgebras Primas por Virgínia Silva Rodrigues Porto Alegre, agosto de 2004.

Leia mais

Generalizações do Teorema de Wedderburn-Malcev e PI-álgebras. Silvia Gonçalves Santos

Generalizações do Teorema de Wedderburn-Malcev e PI-álgebras. Silvia Gonçalves Santos Generalizações do Teorema de Wedderburn-Malcev e PI-álgebras Silvia Gonçalves Santos Definição 1 Seja R um anel com unidade. O radical de Jacobson de R, denotado por J(R), é o ideal (à esquerda) dado pela

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande XI Jornada de Álgebra - 24 a 27 de abril de Álgerbas de Hopf: uma introdução. Notas do Minicurso

Universidade Federal do Rio Grande XI Jornada de Álgebra - 24 a 27 de abril de Álgerbas de Hopf: uma introdução. Notas do Minicurso Universidade Federal do Rio Grande XI Jornada de Álgebra - 24 a 27 de abril de 2019 Álgerbas de Hopf: uma introdução Notas do Minicurso Alveri Alves Sant Ana Porto Alegre, 22 de abril de 2019 Sumário Introdução

Leia mais

Axiomatizações equivalentes do conceito de topologia

Axiomatizações equivalentes do conceito de topologia Axiomatizações equivalentes do conceito de topologia Giselle Moraes Resende Pereira Universidade Federal de Uberlândia - Faculdade de Matemática Graduanda em Matemática - Programa de Educação Tutorial

Leia mais

Códigos Corretores de Erros e Teoria de Galois. Helena Carolina Rengel Koch Universidade Federal de Santa Catarina 2016

Códigos Corretores de Erros e Teoria de Galois. Helena Carolina Rengel Koch Universidade Federal de Santa Catarina 2016 Códigos Corretores de Erros e Teoria de Galois Helena Carolina Rengel Koch Universidade Federal de Santa Catarina 2016 1 Sumário 1 Introdução 3 2 Corpos finitos e extensões de corpos 4 2.1 Polinômios....................................

Leia mais

TEORIA BÁSICA DE DETERMINANTES

TEORIA BÁSICA DE DETERMINANTES TEORIA BÁSICA DE DETERMINANTES DANIEL V. TAUSK Neste texto apresentamos a teoria de determinantes para matrizes quadradas com entradas num anel comutativo. A primeira seção é dedicada ao estudo de permutações,

Leia mais

Aula 3 Propriedades de limites. Limites laterais.

Aula 3 Propriedades de limites. Limites laterais. Propriedades de ites. Limites laterais. MÓDULO - AULA 3 Aula 3 Propriedades de ites. Limites laterais. Objetivos Estudar propriedades elementares de ites, tais como: soma, produto, quociente e confronto.

Leia mais

ÁLGEBRA I. 1 o período de 2005 (Noturno)

ÁLGEBRA I. 1 o período de 2005 (Noturno) UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Brasília, março de 2005 DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA -IE ÁLGEBRA I 1 o período de 2005 Noturno Exercícios de treinamento Observação : Os problemas que se seguem, marcados por *,

Leia mais

ÁLGEBRA LINEAR. NOTAS DE AULAS (ICMC-USP SÃO CARLOS) 2 o semestre de 2015

ÁLGEBRA LINEAR. NOTAS DE AULAS (ICMC-USP SÃO CARLOS) 2 o semestre de 2015 ÁLGEBRA LINEAR. NOTAS DE AULAS (ICMC-USP SÃO CARLOS) 2 o semestre de 2015 1. Notação de aplicações e conjuntos Sejam A e B dois conjuntos de natureza qualquer. Uma aplicação f : A B de A para B é uma lei

Leia mais

Um algoritmo para estimar o segundo grupo de homologia de algum grupo finitamente apresentado

Um algoritmo para estimar o segundo grupo de homologia de algum grupo finitamente apresentado Um algoritmo para estimar o segundo grupo de homologia de algum grupo finitamente apresentado VIEIRA, Flávio Pinto; BUENO, Ticianne Proença Adorno, SERCONECK, Shirlei Instituto de Matemática e Estatística,

Leia mais

obs: i) Salvo menção em contrário, anel = anel comutativo com unidade. ii) O conjunto dos naturais inclui o zero.

obs: i) Salvo menção em contrário, anel = anel comutativo com unidade. ii) O conjunto dos naturais inclui o zero. Lista 1 - Teoria de Anéis - 2013 Professor: Marcelo M.S. Alves Data: 03/09/2013 obs: i) Salvo menção em contrário, anel = anel comutativo com unidade. ii) O conjunto dos naturais inclui o zero. 1. Os conjuntos

Leia mais

Interbits SuperPro Web

Interbits SuperPro Web 1 (Ita 018) Uma progressão aritmética (a 1, a,, a n) satisfaz a propriedade: para cada n, a soma da progressão é igual a n 5n Nessas condições, o determinante da matriz a1 a a a4 a5 a 6 a a a 7 8 9 a)

Leia mais

Grupos: Resumo. Definição 1.1 Um grupo é um conjunto G juntamente com uma operação binária. G G G (a, b) a b. (a b) c = a (b c) a e = e a = a

Grupos: Resumo. Definição 1.1 Um grupo é um conjunto G juntamente com uma operação binária. G G G (a, b) a b. (a b) c = a (b c) a e = e a = a 1 Grupos: Resumo 1 Definições básicas Definição 1.1 Um grupo é um conjunto G juntamente com uma operação binária que satisfaz os seguintes três axiomas: 1. (Associatividade) Para quaisquer a, b, c G, G

Leia mais

Semigrupos Factorizáveis: os casos inverso e ortodoxo

Semigrupos Factorizáveis: os casos inverso e ortodoxo UNIVERSIDADE DE LISBOA Faculdade de Ciências Departamento de Matemática Semigrupos Factorizáveis: os casos inverso e ortodoxo Núria Andreia Gomes Gonçalves Barbosa Moura Mestrado em Matemática 2009 UNIVERSIDADE

Leia mais

Álgebra Linear AL. Luiza Amalia Pinto Cantão. Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP

Álgebra Linear AL. Luiza Amalia Pinto Cantão. Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP Álgebra Linear AL Luiza Amalia Pinto Cantão Depto de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP luiza@sorocabaunespbr Matrizes Inversas 1 Matriz Inversa e Propriedades 2 Cálculo da matriz

Leia mais

Lista de exercícios 1 Grupos e Topológia

Lista de exercícios 1 Grupos e Topológia Universidade Federal do Paraná 1 semestre 2017. Programa de Pós-Graduação em Matemática Grupos de Lie Prof. Olivier Brahic Lista de exercícios 1 Grupos e Topológia Exercício 1. (Propriedades topológicas

Leia mais

extensões algébricas.

extensões algébricas. META: Determinar condições necessárias e/ou suficientes para caracterizar extensões algébricas. OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de: Reconhecer se uma dada extensão é algébrica. PRÉ-REQUISITOS

Leia mais

= o A MATRIZ IDENTIDADE. a(i, :) = (aii, ai2,, ai.) i = 1,, m

= o A MATRIZ IDENTIDADE. a(i, :) = (aii, ai2,, ai.) i = 1,, m Matrizes e Sistemas de Equações 9 para toda matriz A n X n. Vamos discutir, também, a existência e o cálculo de inversas multiplicativas. A MATRIZ IDENTIDADE Uma matriz muito importante é a matriz / n

Leia mais

Álgebras de Lie são espaços vetoriais munidos de uma nova operaçao que em geral não é comutativa nem associativa: [x, y] = xy yx.

Álgebras de Lie são espaços vetoriais munidos de uma nova operaçao que em geral não é comutativa nem associativa: [x, y] = xy yx. 4 Álgebras de Lie Álgebras de Lie são espaços vetoriais munidos de uma nova operaçao que em geral não é comutativa nem associativa: [x, y] = xy yx. 4.1 Álgebras de Lie Simples Definição 4.1 Uma álgebra

Leia mais

Unidade 5 - Subespaços vetoriais. A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa. 10 de agosto de 2013

Unidade 5 - Subespaços vetoriais. A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa. 10 de agosto de 2013 MA33 - Introdução à Álgebra Linear Unidade 5 - Subespaços vetoriais A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa PROFMAT - SBM 10 de agosto de 2013 Às vezes, é necessário detectar, dentro

Leia mais

ANÉIS. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo

ANÉIS. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo Professora: Elisandra Bär de Figueiredo ANÉIS DEFINIÇÃO 1 Um sistema matemático (A,, ) constituído de um conjunto não vazio A e duas leis de composição interna sobre A, uma adição: (x, y) x y e uma multiplicação

Leia mais

e tutor do Programa de Educação Tutorial/SESU Matemática UFMS Campus de Três Lagoas. E MAIL:

e tutor do Programa de Educação Tutorial/SESU Matemática UFMS Campus de Três Lagoas. E MAIL: Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 56 SOBRE A AÇÃO DE AUTOMORFISMOS DE GRUPOS Natália Caroline Lopes da Silva 1 ; Marco Antonio Travassos 2 ; Antonio

Leia mais

(Ciência de Computadores) 2005/ Diga quais dos conjuntos seguintes satisfazem o Princípio de Boa Ordenação

(Ciência de Computadores) 2005/ Diga quais dos conjuntos seguintes satisfazem o Princípio de Boa Ordenação Álgebra (Ciência de Computadores) 2005/2006 Números inteiros 1. Diga quais dos conjuntos seguintes satisfazem o Princípio de Boa Ordenação (a) {inteiros positivos impares}; (b) {inteiros negativos pares};

Leia mais

Geradores e relações

Geradores e relações Geradores e relações Recordamos a tabela de Cayley de D 4 (simetrias do quadrado): ρ 0 ρ 90 ρ 180 ρ 270 h v d 1 d 2 ρ 0 ρ 0 ρ 90 ρ 180 ρ 270 h v d 1 d 2 ρ 90 ρ 90 ρ 180 ρ 270 ρ 0 d 2 d 1 h v ρ 180 ρ 180

Leia mais

Reticulados e Álgebras de Boole

Reticulados e Álgebras de Boole Capítulo 3 Reticulados e Álgebras de Boole 3.1 Reticulados Recorde-se que uma relação de ordem parcial num conjunto X é uma relação reflexiva, anti-simétrica e transitiva em X. Um conjunto parcialmente

Leia mais

Matemática tica Discreta Módulo Extra (2)

Matemática tica Discreta Módulo Extra (2) Universidade Federal do Vale do São Francisco Curso de Engenharia da Computação Matemática tica Discreta Módulo Extra (2) Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br - www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti

Leia mais

Nota: Turma: MA 327 Álgebra Linear. Segunda Prova. Primeiro Semestre de T o t a l

Nota: Turma: MA 327 Álgebra Linear. Segunda Prova. Primeiro Semestre de T o t a l Turma: Nota: MA 327 Álgebra Linear Primeiro Semestre de 2006 Segunda Prova Nome: RA: Questões Pontos Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Questão 5 T o t a l Questão 1. A matriz de mudança da base ordenada

Leia mais

No que segue, X sempre denota um espaço topológico localmente compacto

No que segue, X sempre denota um espaço topológico localmente compacto O TEOREMA DE REPRESENTAÇÃO DE RIESZ PARA MEDIDAS DANIEL V. TAUSK No que segue, sempre denota um espaço topológico localmente compacto Hausdorff. Se f : R é uma função, então supp f denota o{ suporte (relativamente

Leia mais

Capítulo 2. Conjuntos Infinitos

Capítulo 2. Conjuntos Infinitos Capítulo 2 Conjuntos Infinitos Não é raro encontrarmos exemplos equivocados de conjuntos infinitos, como a quantidade de grãos de areia na praia ou a quantidade de estrelas no céu. Acontece que essas quantidades,

Leia mais

OPERADORES LINEARES ESPECIAIS: CARACTERIZAÇÃO EM ESPAÇOS DE DIMENSÃO DOIS*

OPERADORES LINEARES ESPECIAIS: CARACTERIZAÇÃO EM ESPAÇOS DE DIMENSÃO DOIS* OPERADORES LINEARES ESPECIAIS: CARACTERIZAÇÃO EM ESPAÇOS DE DIMENSÃO DOIS* FABIANA BARBOSA DA SILVA, ALINE MOTA DE MESQUITA ASSIS, JOSÉ EDER SALVADOR DE VASCONCELOS Resumo: o objetivo deste artigo é apresentar

Leia mais

Espaços Euclidianos. Espaços R n. O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais:

Espaços Euclidianos. Espaços R n. O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais: Espaços Euclidianos Espaços R n O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais: R n = {(x 1,..., x n ) : x 1,..., x n R}. R 1 é simplesmente o conjunto R dos números

Leia mais

Capítulo 2. Conjuntos Infinitos. 2.1 Existem diferentes tipos de infinito

Capítulo 2. Conjuntos Infinitos. 2.1 Existem diferentes tipos de infinito Capítulo 2 Conjuntos Infinitos Um exemplo de conjunto infinito é o conjunto dos números naturais: mesmo tomando-se um número natural n muito grande, sempre existe outro maior, por exemplo, seu sucessor

Leia mais

uma breve introdução a estruturas algébricas de módulos sobre anéis - generalizando o conceito de espaço vetorial

uma breve introdução a estruturas algébricas de módulos sobre anéis - generalizando o conceito de espaço vetorial V Bienal da SBM Sociedade Brasileira de Matemática UFPB - Universidade Federal da Paraíba 18 a 22 de outubro de 2010 uma breve introdução a estruturas algébricas de módulos sobre anéis - generalizando

Leia mais

Espaço Dual, Transposta e Adjunta (nota da álgebra linear 2)

Espaço Dual, Transposta e Adjunta (nota da álgebra linear 2) Espaço Dual, Transposta e Adjunta nota da álgebra linear 2) Sadao Massago Outubro de 2009 1 Espaço Dual Dado um espaço vetorial V sobre o corpo F, o espaço dual V é o espaço de todas transformações lineares

Leia mais

Compreendendo a teoria das Álgebras de Hopf

Compreendendo a teoria das Álgebras de Hopf Félix Afonso De Afonso Compreendendo a teoria das Álgebras de Hopf Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil Novembro, 2015 Félix Afonso De Afonso Compreendendo a teoria das Álgebras de Hopf Trabalho de Conclusão

Leia mais

DANIEL V. TAUSK. se A é um subconjunto de X, denotamos por A c o complementar de

DANIEL V. TAUSK. se A é um subconjunto de X, denotamos por A c o complementar de O TEOREMA DE REPRESENTAÇÃO DE RIESZ PARA MEDIDAS DANIEL V. TAUSK Ao longo do texto, denotará sempre um espaço topológico fixado. Além do mais, as seguintes notações serão utilizadas: supp f denota o suporte

Leia mais

DAMCZB014-17SA Introdução à análise funcional Claudia Correa. Conjuntos quocientes e espaços vetoriais quocientes

DAMCZB014-17SA Introdução à análise funcional Claudia Correa. Conjuntos quocientes e espaços vetoriais quocientes DAMCZB014-17SA Introdução à análise funcional Claudia Correa Conjuntos quocientes e espaços vetoriais quocientes O objetivo do presente texto é recordar as noções relacionadas a conjuntos quocientes e

Leia mais

Introdução à Teoria de Grupos Grupos cíclicos Grupos de permutações Isomorfismos

Introdução à Teoria de Grupos Grupos cíclicos Grupos de permutações Isomorfismos Observação Como para k > 1 se tem (a 1, a 2,..., a k ) = (a 1, a k )(a 1, a k 1 ) (a 1, a 2 ), um ciclo de comprimento par é uma permutação ímpar e um ciclo de comprimento ímpar é uma permutação par. Proposição

Leia mais

Lista 2 - Bases Matemáticas

Lista 2 - Bases Matemáticas Lista 2 - Bases Matemáticas (Última versão: 14/6/2017-21:00) Elementos de Lógica e Linguagem Matemática Parte I 1 Atribua valores verdades as seguintes proposições: a) 5 é primo e 4 é ímpar. b) 5 é primo

Leia mais

Parte II. Análise funcional II

Parte II. Análise funcional II Parte II Análise funcional II 12 Capítulo 5 Produto de Operadores. Operadores inversos Neste capítulo vamos introduzir a noção de produto de operadores assim como a de operador invertível. Para tal precisamos

Leia mais

AÇÕES PARCIAIS DE GRUPOS SOBRE ÁLGEBRAS: TEORIA DE GALOIS E CONTEXTO DE MORITA

AÇÕES PARCIAIS DE GRUPOS SOBRE ÁLGEBRAS: TEORIA DE GALOIS E CONTEXTO DE MORITA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA (Mestrado) GILBERTO BRITO DE ALMEIDA FILHO AÇÕES PARCIAIS DE GRUPOS SOBRE ÁLGEBRAS:

Leia mais

1 a Lista de Exercícios de MAT3458 Escola Politécnica 2 o semestre de 2016

1 a Lista de Exercícios de MAT3458 Escola Politécnica 2 o semestre de 2016 1 a Lista de Exercícios de MAT3458 Escola Politécnica o semestre de 16 1 Para que valores de t R a função definida por (x 1, x ), (y 1, y ) = x 1 y 1 + tx y é um produto interno em R? Para cada par de

Leia mais

1 NOTAS DE AULA FFCLRP-USP - VETORES E GEOMETRIA ANALÍTICA. Professor Doutor: Jair Silvério dos Santos

1 NOTAS DE AULA FFCLRP-USP - VETORES E GEOMETRIA ANALÍTICA. Professor Doutor: Jair Silvério dos Santos FFCLRP-USP - VETORES E GEOMETRIA ANALÍTICA 1 NOTAS DE AULA Professor Doutor: Jair Silvério dos Santos (i) Matrizes Reais Uma matriz real é o seguinte arranjo de números reais : a 11 a 12 a 13 a 1m a 21

Leia mais

Álgebra Linear - 2 a lista de exercícios Prof. - Juliana Coelho

Álgebra Linear - 2 a lista de exercícios Prof. - Juliana Coelho Álgebra Linear - 2 a lista de exercícios Prof. - Juliana Coelho 1 - Verifique que os conjuntos V abaixo com as operações dadas não são espaços vetoriais explicitando a falha em alguma das propriedades.

Leia mais

Categorias, álgebra homológica, categorias derivadas

Categorias, álgebra homológica, categorias derivadas Categorias, álgebra homológica, categorias derivadas slides de aula Sasha Anan in ICMC, USP, São Carlos 25//205 09/2/205 5. Categorias derivadas 5.. Categoria de frações. Seja C uma categoria e seja S

Leia mais

Análise I Solução da 1ª Lista de Exercícios

Análise I Solução da 1ª Lista de Exercícios FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS Centro de Ciências e Tecnologia Curso de Graduação em Matemática Análise I 0- Solução da ª Lista de Eercícios. ATENÇÃO: O enunciado

Leia mais

ALGEBRA I Maria L ucia Torres Villela Instituto de Matem atica Universidade Federal Fluminense Junho de 2007 Revis ao em Fevereiro de 2008

ALGEBRA I Maria L ucia Torres Villela Instituto de Matem atica Universidade Federal Fluminense Junho de 2007 Revis ao em Fevereiro de 2008 ÁLGEBRA I Maria Lúcia Torres Villela Instituto de Matemática Universidade Federal Fluminense Junho de 2007 Revisão em Fevereiro de 2008 Sumário Introdução... 3 Parte 1 - Preliminares... 5 Seção 1 - Noções

Leia mais

Teorema da Triangularização de Schur e Diagonalização de Matrizes Normais

Teorema da Triangularização de Schur e Diagonalização de Matrizes Normais Teorema da Triangularização de Schur e Diagonalização de Matrizes Normais Reginaldo J Santos Departamento de Matemática-ICEx Universidade Federal de Minas Gerais http://wwwmatufmgbr/~regi 16 de novembro

Leia mais

Topologia de Zariski. Jairo Menezes e Souza. 25 de maio de Notas incompletas e não revisadas RASCUNHO

Topologia de Zariski. Jairo Menezes e Souza. 25 de maio de Notas incompletas e não revisadas RASCUNHO Topologia de Zariski Jairo Menezes e Souza 25 de maio de 2013 Notas incompletas e não revisadas 1 Resumo Queremos abordar a Topologia de Zariski para o espectro primo de um anel. Antes vamos definir os

Leia mais

Lema. G(K/F ) [K : F ]. Vamos demonstrar usando o Teorema do Elemento Primitivo, a ser provado mais adiante. Assim, K = F (α).

Lema. G(K/F ) [K : F ]. Vamos demonstrar usando o Teorema do Elemento Primitivo, a ser provado mais adiante. Assim, K = F (α). Teoria de Galois Vamos nos restringir a car. zero. Seja K/F uma extensão finita de corpos. O grupo de Galois G(K/F ) é formado pelos isomorfismos ϕ : K K tais que x F, ϕ(x) = x. Lema. G(K/F ) [K : F ].

Leia mais

MCTB Álgebra Linear Avançada I Claudia Correa Exercícios sobre corpos e espaços vetoriais sobre corpos

MCTB Álgebra Linear Avançada I Claudia Correa Exercícios sobre corpos e espaços vetoriais sobre corpos MCTB002-13 Álgebra Linear Avançada I Claudia Correa Exercícios sobre corpos e espaços vetoriais sobre corpos O Exercício 8 é o exercício bônus dessa lista Exercício 1. Seja K um conjunto formado exatamente

Leia mais

Capítulo 7. Operadores Normais. Curso: Licenciatura em Matemática. Professor-autor: Danilo Felizardo Barboza Wilberclay Gonçalves Melo

Capítulo 7. Operadores Normais. Curso: Licenciatura em Matemática. Professor-autor: Danilo Felizardo Barboza Wilberclay Gonçalves Melo Capítulo 7 Operadores Normais Curso: Licenciatura em Matemática Professor-autor: Danilo Felizardo Barboza Wilberclay Gonçalves Melo Disciplina: Álgebra Linear II Unidade II Aula 7: Operadores Normais Meta

Leia mais

Axiomas de corpo ordenado

Axiomas de corpo ordenado Axiomas de corpo ordenado 2 a lista de exercícios Análise real A abordagem axiomática dos números reais previne erros que a intuição pode ocasionar e torna mais rigoroso o processo de demonstração matemática,

Leia mais

Capítulo 3. Operadores sobre subconjuntos. 3.1 Operadores

Capítulo 3. Operadores sobre subconjuntos. 3.1 Operadores Capítulo 3 Operadores sobre subconjuntos No capítulo anterior foram definidas vários mapeamentos, chamados de operações, envolvendo subconjuntos ou funções binárias. Neste capítulo, vamos introduzir outros

Leia mais

Lista 2 - Álgebra I para Computação - IME -USP -2011

Lista 2 - Álgebra I para Computação - IME -USP -2011 Lista 2 - Álgebra I para Computação - IME -USP -2011 (A) Relações de Equivalência e Quocientes 1. Seja N = {0, 1, 2,...} o conjunto dos números naturais e considere em X = N N a seguinte relação: (a, b)

Leia mais

Sobre coálgebras distributivas e de cadeia

Sobre coálgebras distributivas e de cadeia Universidade Federal de Santa Catarina Curso de Pós-Graduação em Matemática e Computação Científica Sobre coálgebras distributivas e de cadeia Monique Müller Lopes Rocha Orientadora: Prof.ª Dra. Virgínia

Leia mais

Apostila Minicurso SEMAT XXVII

Apostila Minicurso SEMAT XXVII Apostila Minicurso SEMAT XXVII Título do Minicurso: Estrutura algébrica dos germes de funções Autores: Amanda Monteiro, Daniel Silva costa Ferreira e Plínio Gabriel Sicuti Orientadora: Prof a. Dr a. Michelle

Leia mais

RETICULADOS: NOTAS DO SEMINÁRIO DE 7/03/03

RETICULADOS: NOTAS DO SEMINÁRIO DE 7/03/03 RETICULADOS: NOTAS DO SEMINÁRIO DE 7/03/03 PEDRO A. TONELLI 1. Introdução: o esqueleto do espírito E ainda mais remoto que o tempo em que as coisas não tinham nome, é o tempo em que as coisas nem existiam,

Leia mais

Gabarito P2. Álgebra Linear I ) Decida se cada afirmação a seguir é verdadeira ou falsa.

Gabarito P2. Álgebra Linear I ) Decida se cada afirmação a seguir é verdadeira ou falsa. Gabarito P2 Álgebra Linear I 2008.2 1) Decida se cada afirmação a seguir é verdadeira ou falsa. Se { v 1, v 2 } é um conjunto de vetores linearmente dependente então se verifica v 1 = σ v 2 para algum

Leia mais

Lema. G(K/F ) [K : F ]. Vamos demonstrar usando o Teorema do Elemento Primitivo, a ser provado mais adiante. Assim, K = F (α).

Lema. G(K/F ) [K : F ]. Vamos demonstrar usando o Teorema do Elemento Primitivo, a ser provado mais adiante. Assim, K = F (α). Teoria de Galois Vamos nos restringir a car. zero. Seja K/F uma extensão finita de corpos. O grupo de Galois G(K/F ) é formado pelos isomorfismos ϕ : K K tais que x F, ϕ(x) = x. Lema. G(K/F ) [K : F ].

Leia mais

Capítulo 1. Os Números. 1.1 Notação. 1.2 Números naturais (inteiros positivos)

Capítulo 1. Os Números. 1.1 Notação. 1.2 Números naturais (inteiros positivos) Capítulo 1 Os Números 1.1 Notação Números naturais: N = {1, 2, 3,...}, mas existem vários autores considerando N = {0, 1, 2, 3,...}. Por isso, é recomendado dizer números positivos, números não negativos,

Leia mais

Relações Binárias, Aplicações e Operações

Relações Binárias, Aplicações e Operações Relações Binárias, Aplicações e Operações MAT 131-2018 II Pouya Mehdipour 6 de dezembro de 2018 Pouya Mehdipour 6 de dezembro de 2018 1 / 24 Referências ALENCAR FILHO, E. Teoria Elementar dos Conjuntos,

Leia mais

Reticulados, Álgebra Booleana e Formas Quadráticas Abstratas

Reticulados, Álgebra Booleana e Formas Quadráticas Abstratas Reticulados, Álgebra Booleana e Formas Quadráticas Abstratas Clotilzio Moreira dos Santos Resumo O objetivo deste trabalho é introduzir formas quadráticas sobre reticulados. Demonstramos que a definição

Leia mais

Inversão de Matrizes

Inversão de Matrizes Inversão de Matrizes Prof. Márcio Nascimento Universidade Estadual Vale do Acaraú Centro de Ciências Exatas e Tecnologia Curso de Licenciatura em Matemática Disciplina: Álgebra Matricial - 2015.2 21 de

Leia mais

Contando o Infinito: os Números Cardinais

Contando o Infinito: os Números Cardinais Contando o Infinito: os Números Cardinais Sérgio Tadao Martins 4 de junho de 2005 No one will expel us from the paradise that Cantor has created for us David Hilbert 1 Introdução Quantos elementos há no

Leia mais