BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica
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- Manoela Assunção Castro
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1 BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica
2 PORQUE AS CRIANÇAS ESTÃO PERDENDO TODOS OS REFERENCIAIS DE ANTIGAMENTE EM RELAÇÃO ÀS BRINCADEIRAS? Para se pensar nessa frase é preciso analisar a evolução do brincar, na antiguidade o brincar era uma atividade caracterizada tanto para os adultos quanto para as crianças, ambos participavam de festividades e de jogos juntos, mas ao mesmo tempo tinham um espaço separado para seus próprios jogos, e eles aconteciam nas praças públicas, espaços livres, sem a supervisão dos adultos, onde ficavam em grupos de diferentes idades e sexos.
3 Porque o brincar se modificou ao longo do tempo? Porque as brincadeiras foram se moldando e se transformando com os processos sociais e civilizatórios de produção, dando forma a sociedade industrial moderna, com isso ocorreram dois fatores: Segregação das crianças, em um grupo separado dos adultos, transformando suas relações sociais. Institucionalização das crianças e a utilização de atividades lúdica como um instrumento, afetando o desenvolvimento da educação.
4 A partir desse movimento a educação queria que o brincar foi colocado sob os mesmos princípios que o novo homem, sendo preciso estabelecer propriedades produtivas, racionais e disciplinadas da personalidade.a
5 QUAL SERÁ A CONSEQÜÊNCIA DESSA TRANSFORMAÇÃO? As crianças que nasceram na sociedade contemporânea, tem as suas relações sociais, de criança e adulto e entre elas próprias, ameaçadas pelo avanço tecnológico, que a cada dia produz brinquedos de uso individual. A socialização é tão necessária na vida da criança, quanto a nutrição e os cuidados básicos. A interação social promove uma interiorização de valores e cultura do meio em que a criança está inserida e é a brincadeira que tem um papel fundamental na interação entre: Criança Criança Criança Adulto
6 A partir das brincadeiras e conseqüentemente das trocas sociais, a criança tem a oportunidade de experimentar usar diferentes formas de se comportar e de se relacionar, incorporando assim elementos para a formação de sua personalidade. Assim as brincadeiras, fazem parte do patrimônio lúdico cultural, traduzindo valores, costumes, formas de pensamentos e de ensinamentos.
7 COMO PODEMOS RESGATAR A BRINCADEIRA E TRANSFORMAR A REALIDADE LÚDICA ATUAL? Através da confrontação de passado e presente, não tendo dúvidas de que as crianças precisam brincar, pois todas elas procuram espaços e formas de se expressar e descobrir o mundo através da brincadeira, a partir disso as crianças estabelecem relações com o mundo, transformando através do brincar seus significados.
8 Frente a essas constatações, é de fundamental importância que todos os indivíduos preocupados com a infância, resgatem o espaço que o brinquedo e a brincadeira vem perdendo na nossa sociedade, oferecendo as crianças um espaço com a possibilidade de interagirem umas com as outras, assim como com os adultos, perpetuando de forma paralela, a cultura lúdica tradicional.
9 QUAL É A ESTRUTURA DA ATIVIDADE LÚDICA? TEMPO E O ESPAÇO: Qual o tempo que a criança tem para brincar em seu cotidiano? Ela tem tempo para brincar dentro da escola? E fora da escola quando ela brinca? E dentro de casa? A criança pode brincar na rua?. OS JOGADORES: As interações sociais que a criança estabelece na brincadeira são fundamentais no seu desenvolvimento, durante essas trocas a criança tem a oportunidade de assumir diversos papeis e colocar se no lugar do outro. OS OBJETOS OU BRINQUEDOS: Os objetos com os quais a criança brinca podem ser desde simples elementos da natureza até sofisticados brinquedos, esses objetos aparecem em diversos contextos no cotidiano infantil. AS AÇÕES DO SUJEITO: Podem ser físicas e mentais, o desenvolvimento da atividade lúdica depende, de forma significativa das ações das crianças. RELAÇÃO MEIO E FIM: É importante discernir se a brincadeira acontece com um objetivo ou se ela acontece com um fim em si mesma.
10 Desenvolvimento da criança por intermédio do Brincar: BRINCAR E PRAZER: Prazer é um componente essencial do brincar, ele traz a novidade, incerteza e desafio, pois no brincar tudo pode acontecer e a curiosidade da criança a desperta para a descoberta do prazer intrínseco do brincar.
11 BRINCAR E DESCOBERTA: No brincar os objetos desvendam as suas particularidades e as crianças aprendem a utilizá los. A descoberta do mundo através do brincar trás efeitos evidentes sobre a evolução das habilidades da criança, que nada mais é que a memória de procedimento e declarativa.
12 BRINCAR E DOMÍNIO DA REALIDADE: brincando a criança aprende que pode dominar o ambiente, única dona da direção tem o poder de decidir as regras e o começo e fim da brincadeira. O que faz o brincar é o processo e não o resultado, pois nele a criança pode ter iniciativa, correr o risco de fracassar, enfim cria situações que aprende a solucionar problemas conforme eles aparecem.
13 BRINCAR E CRIATIVIDADE: Winnicott, trás que a ação do brincar pressupõe a existência de uma zona intermediária de experiências na qual a realidade interna e externa estão embutida. Certos estudos relatam que existe uma possível relação entre o brincar e a capacidade futura de solucionar problemas de forma original.
14 BRINCAR E EXPRESSÃO: mesmo sem falar as crianças podem comunicar seus sentimentos positivos e negativos, ele é a linguagem primária da criança. Através do brincar ela fala de si e do outro, pois transfere ali todo o seu mundo interno.
15 As Funções do Brincar Seus efeitos Sobre a criança PRAZER MOTIVAÇÃO PARA FAZER DESCOBERTA ESTRATÉGIA DE AÇÃO ADAP TAÇÃO DOMÍNIO CRIATIVIDADE INICIATIVA E AUTO ESTIMA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS EXPRESSÃO COMUNICAÇÃO DOS SENTIMENTOS
16 Competir ou cooperar, qual é o melhor
17 Jogar é viver uma OPORTUNIDADE criativa para ENCONTRAR: Com a gente mesmo. Com os outros. Com o TODO. A partir daí, o jogo passa a ser conseqüência de nossas visões, ações e relações. Existem dois estilos básicos de jogo: 1º) Jogar COM o outro COOPERAÇÃO. 2º) Jogar CONTRA o outro- COMPETIÇÃO.
18 Segundo Zajonc (1975), na vida diária, a maioria das relações de cooperação e competição são altamente convencionalizadas, institucionalizadas e organizadas; e muito raramente nos permitem escolher entre cooperar e competir. De acordo com Deutsch e Krauss, a única vantagem da opção competitiva é que um jogador pode fazer mais pontos que o outro, muito embora, faça sempre menos do que poderia obter se tivesse escolhido a estratégia cooperativa.
19 A diferença principal entre Jogos Cooperativos e Competitivos é que nos Jogos Cooperativos todo mundo coopera e todos ganham. Tais jogos eliminam o medo do fracasso e o sentimento de fracasso. Eles também reforçam a confiança em si mesmo, como uma pessoa digna e de valor. Na maioria dos jogos (novos e antigos) este reforço é deixado ao acaso, ou concebido apenas a um vencedor. Nos Jogos Cooperativos a confiança está embutida nos próprios jogos.
20 Quando conseguimos nos descontrair e ficar mais flexível nas nossas interações com os outros, liberamos todo o potencial criativo que há em cada um. Através dos Jogos Cooperativos nos sentimos confortáveis e confiantes para desfazer nossos bloqueios.
21 Participando deste jogos tocamos uns aos outro pelo coração. Desfazemos a ilusão de sermos separados e isolados. E percebemos o quanto é bom e importante ser a gente mesmo e respeitar a singularidade do outro. O legal é estar jogando uns com os outros ao invés de uns contra os outros.
22 Análise Clínica: Aspecto Físico: Aspecto Emocional: Aspecto Cognitivo: Aspecto Social: Aspecto Sensorial:
23 OBRIGADA!!!
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