Possibilitar à criança o desenvolvimento de novas capacidades que a levem às situações de independência e autonomia.

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1 Movimento Objetivo da Aula Possibilitar à criança o desenvolvimento de novas capacidades que a levem às situações de independência e autonomia. Trataremos aqui sobre o movimento, elemento que também pode ser considerado construtor de uma cultura lúdica ou favorecedor de um ambiente lúdico. Ao brincar, a criança se movimenta, o corpo e a mente não param. As brincadeiras têm estreitas relações com os jogos corporais, e a dança pode tornar-se uma rica brincadeira; tudo dependerá das situações propostas e de como são ricas as possibilidades do corpo: expressões, gestos, movimentos, brincadeiras. O movimento, para a criança pequena, signifi ca muito mais do que mexer partes do corpo ou deslocar-se no espaço. A criança se expressa e se comunica por meio de seus gestos e mímicas, e interage utilizando fortemente o apoio do seu corpo. Quanto menor a criança, mais ela precisa de adultos que interpretem o significado de seus movimentos e expressões, auxiliando-a na satisfação de suas necessidades. À medida que a criança cresce, a aquisição de novas habilidades possibilita que ela atue de maneira cada vez mais independente, ganhando maior autonomia em relação aos adultos. (RCNEI, 1998, p.18) Aula 17 pg. 174

2 Assim, na instituição infantil, o movimento é concebido como uma experiência que parte da segurança da criança em si própria rumo à sua crescente possibilidade de atuação prática no mundo. Isso sugere a necessidade de se favorecer um ambiente físico e social onde ela se sinta segura, mas também tenha possibilidade de se arriscar. Saiba mais: THURLER, Mônica Gather. Inovar no interior da escola. Porto Alegre: Artmed, As crianças usam o corpo para tudo e em todos os momentos estão correndo, pulando, brincando, falando, cantando, batendo, brigando, tocando em tudo e em todos. Ao mesmo tempo, esse corpo precisa ser cuidado e olhado para que os adultos possam perceber suas expressões e limites. É preciso cuidado para que a criança não se machuque em um pulo de um lugar alto, por exemplo, ou quando estiver brincando com outras crianças; também é preciso cuidado para não machucá-las. Enfi m, os limites podem ser construídos nos relacionamentos. Muitas vezes na escola, porém, os limites são defi nidos de antemão pelos adultos: não pode correr, não pode pular, não pode falar alto. Assim, o corpo vai sendo calado, modelado, padronizado. O movimento é uma forma de expressão. E nós, adultos, precisamos estar atentos aos signifi cados dessas expressões. O corpo é composto por uma diversidade que o faz complexo e rico. Podemos compará-lo a uma orquestra sinfônica, na qual há diferentes grupos de instrumentos interagindo e produzindo som. No som fi nal, reconhecemos alguns elementos isoladamente, mas a harmonia dos instrumentos nem sempre é distinguida. Ao incluir a refl exão sobre o corpo e o movimento na educação de crianças de 0 a 6 anos, também propomos uma experiência humana mais sensível e afetiva, aproximandoos da infância como tempo de descobertas, de invenção, de conhecimentos, de vivência das várias formas de expressão e de linguagem contidas no movimentar-se humano. Aula 17 pg. 175

3 Expressão corporal 1. Jogo de mímica: uma criança imita um animal e as outras têm de adivinhar qual é. 2. Representar a personalidade e as emoções de um personagem, com as expressões facial e corporal, conforme o professor conta uma história que pode ser criada no momento para permitir grande variedade de expressões: personagens bons, maus, alegres, nervosos, apressados etc. Ao reconhecer o movimentar-se humano como construção social, devemos incluí-lo de modo intencional no cotidiano da escola. Mas é preciso critérios na escolha do repertório, o espaço da escola deve ser um local de valorização e conhecimento de danças, ritmos e outras formas de expressão que estão presentes nas diferentes regiões de nosso país e que muitas vezes são esquecidas e desvalorizadas. Aula 17 pg. 176

4 Referências BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, CENTURIÓN, Marília et al. Jogos, projetos e ofi cinas para a Educação Infantil. São Paulo: FTD, Aula 17 pg. 177

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