Expressão Musical II. Universidade De Trás-Os-Montes e Alto Douro Educação Básica 1ºano,2ºsemestre,2012/1013. Docente: António Neves

Transcrição

1 Universidade De Trás-Os-Montes e Alto Douro Educação Básica 1ºano,2ºsemestre,2012/1013 Expressão Musical II Docente: António Neves Discente: Ana Matos nº 53184

2 A música e o som, enquanto energia, estimulam o movimento interno e externo do homem; impulsionam-no à acção e promovem nele uma multiplicidade de condutas de diferentes qualidades e grau. A música e a musicalização são elementos contribuintes para o desenvolvimento e a integração do ser. ( Gainza, 1988) A música tem o poder de atuar em diversas áreas do desenvolvimento infantil. Ela contribui para desenvolvimento psicomotor, sócioafetivo, cognitivo e linguístico, alem de ajudar ao nível da aprendizagem. Musicalização: Processo em que se torna a criança sensível e receptiva aos sons, promovendo o contacto com o mundo musical já existente dentro dela. A musicalização ensina a percepção de elementos musicais como o ritmo, a melodia, a harmonia e trabalha ainda a auto-estima, a criatividade, o juízo estético e a ética da criança. Tal é promovido por actividades intuitivas que criam situações intelectuais favoráveis á aquisição de conhecimentos musicais. O processo de musicalização dos bebes e das crianças começa de forma espontânea e intuitiva por meio de contacto com toda a variedade de sons do quotidiano. Ao contrário do que antigamente pensava antigamente, a partir da 20ª semana de gestação o bebe reage a estímulos vindos do exterior do útero materno logo mesmo antes do bebe nascer a musica é importante na sua vida. Ate aos 2 anos a música intervém a nível sensório motor através de actividades que relacionam e som e o gesto, nesta fase a criança deve fazer gestos, produzir sons e expressar-se corporalmente. A partir dos 2 anos a sua intervenção é ao nível a linguagem, através da sucessão rítmica e bem ordenada dos sons, o cantar e o imitar sons. A partir dos 4 anos procura-se desenvolver o sentido de organização, a coordenação motora e a atenção através de jogos que envolvem a estrutura da dança e da música 2

3 onde é necessária a tal organização. Nesta fase a criança precisa de se ouvir a si mesma e aos outros. Apenas por volta dos 11 anos de idade é que o sistema funcional auditivo fica completamente maduro, por isso é que é fundamental haver uma estimulação auditiva na infância. As crianças que crescem em ambientes ricos em musica têm tendência a desenvolver a aprendizagem e comunicação mais rapidamente que as crianças que não têm tanto contacto com a musica. O processo de musicalidade deve ser iniciado pelos pais e seguido pelos professores da criança, que têm o papel de tentar que a criança ganhe afinidade com a musicalidade, para isso é necessário que estes criem uma proximidade entre os instrumentos musicais e a criança, para que esta se sinta atraída pela música e assim a integre no seu dia-a-dia. As actividades de musicalização permitem então o desenvolvimento: Intelectual e linguístico: As fontes de conhecimento da criança estão presentes no seu dia-a-dia, logo quanto maior for a riqueza de estímulos que a criança receber melhor será o seu desenvolvimento intelectual, um desses estímulos pode sem duvida ser a musica. Psicomotor: As actividades musicais oferecem inúmeras oportunidades : o Controlo dos músculos o Desenvoltura dos movimentos o Através do ritmo é possível obter uma melhor formação e equilíbrio do sistema nervoso. Socio-Afectivo: A criança vai criando a sua identidade, percebendo que esta é diferente da dos outros e mesmo assim tentando integrar-se. Neste processo é muito importante que a criança tenha a sua auto-estima alta, tal pode ser conseguido através da música. 3

4 As actividades musicais na escola podem ter objectivos profilácticos, nos seguintes aspectos: Físico: oferecendo actividades capazes de promover o alívio de tensões devidas à instabilidade emocional e fadiga. Psíquico: promovendo processos de expressão, comunicação e descarga emocional através do estímulo musical e sonoro. Mental: proporcionando situações que possam contribuir para estimular e desenvolver o sentido da ordem, harmonia, organização e compreensão. (Gainza:1988) O ouvido é um órgão nobre, é através dele que sabemos o que é o som, ele é a porta de entrada, por isso é tao importante educa-lo e cuida-lo para assim ter uma boa educação musical. Ao educar o ouvido este torna-se sensível, inteligente, e criativo. E quanto maior for a sensibilidade da criança para o som, mais ela descobrirá as suas qualidades. Alguns estudos foram feito no âmbito da importância da musica, por exemplo: Os estudantes que aprendem música têm melhores resultados em leitura e matemática. Os resultados são mais alargados quanto mais tempo os estudantes estão a aprender música. A música ajuda a afinar a sensibilidade dos alunos, aumenta a capacidade de concentração, desenvolve o raciocínio lógico--matemático e a memória, além de ser forte desencadeador de emoções. Portanto é importante que a música esteja presente na vida humana desde muito cedo, o que não quer dizer que esta tenha de ser imposta forçadamente, a musica deve ser ouvida com prazer, só assim se pode obter o maior partido dos seus benefícios. 4

5 Conclusão Com a realização deste trabalho pude ter uma maior visão da importância que a musica tem a vida. Pude concluir que a musica é importante mesmo antes de nascermos pois mesmo no útero materno recebemos estímulos, estímulos esses que podem ser musica. A música constitui um importante estimulo para a criatividade, sensibilidade, senso rítmico, concentração, desenvolvimento linguístico e auto-estima. É importante também esclarecer que a musica não deve ser imposta á criança, deve-se pois cativar esta para o interesse pela musica. Foi sem duvida um trabalho enriquecedor. 5

6 Bibliografia FUCCI-AMATO, Rita de Cássia. A família como ambiente de musicalização: a iniciação musical de oito compositores e intérpretes sob uma ótica sócio-cultural. In ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE COGNIÇÃO E ARTES MUSICAIS Anais do 4º Simpósio de Cognição e Artes Musicais São Paulo:FFLCH - USP, 2008 p