PRÁTICAS DE INCLUSÃO SÓCIO EDUCATIVAS, CULTURAIS E RECREATIVAS COMO FORMA DE REDUZIR DESIGUALDADES.
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- Júlio César Duarte Nunes
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1 PRÁTICAS DE INCLUSÃO SÓCIO EDUCATIVAS, CULTURAIS E RECREATIVAS COMO FORMA DE REDUZIR DESIGUALDADES.
2 TÍTULO: INSERÇÃO DO LÚDICO (BRINCAR) AO PROCESSO DA INCLUSÃO PRODUTIVA.
3 INTRODUÇÃO Verifiquei a importância da imaginação para o desenvolvimento e o brincar como uma instância propícia ao processo de uma inclusão produtiva. Dependendo das formas de mediação dentro do grupo, alunos com deficiência podem engajar-se em situações imaginárias relativamente complexas, com características que sugerem contribuições para seu desenvolvimento.
4 O brinquedo age como fonte de desenvolvimento fazendo com que a criança se esforce para alcançar um determinado objetivo. A brincadeira é um momento de troca das crianças independente das condições físicas, classe econômica e relação social. As crianças precisam brincar independentemente de suas condições físicas, intelectuais ou sociais, pois a brincadeira é essencial á vida. Além de diversos benefícios, brincar alegra e motiva as crianças, juntando-as e dando oportunidade de ficar feliz, trocar experiências, ajudarem-se mutuamente; as que enxergam e as que não enxergam, as que escutam muito bem e aquelas que não escutam, as que correm muito depressa e as que não podem correr.
5 OBJETIVOS GERAL: Relacionar a teoria á prática afirmando a importância proporcionada pelo lúdico e a brincadeira em casos de deficiência. ESPECÍFICO: Levar a escrita do nome e conhecimento das vogais, além de tornar a escola um lugar mais agradável.
6 DIAGNÓSTICO DA UNIDADE A EMEF Com. Vicente Amato Sobrinho está localizada na Zona Leste, atua no Ensino Fundamental I e II. Atende um grande número de alunos com necessidades educacionais especiais. Para isso conta com o apoio dos estagiários do CEFAI. A função principal dos estagiários é fornecer apoio pedagógico aos alunos no ambiente escolar.
7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A nova LDB caracteriza educação especial como modalidade de educação escolar, destinada aos educandos portadores de necessidades. Preveem-se, a existência de apoio especializado no ensino regular e de serviços especiais separados quando não for possível a integração, em virtude das condições específicas dos alunos. Prevê ainda que o ensino precisa assegurar currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica para atender suas necessidades. A Declaração de Salamanca, desencadeou o debate sobre o movimento mundial da inclusão para todos. Porém, não basta incluir, precisa-se garantir qualidade de vida para esse sujeito no ambiente escolar.
8 O termo lúdico segundo o dicionário Larousse (1992, p. 699), vem do Latim - Ludus e traduz-se por jogo, brinquedo, divertimento, passatempo, relativo ao jogo enquanto componente do comportamento humano. Wallon (1989) fala da importância da relação lúdica para a constituição do sujeito. O brincar, as brincadeiras e os brinquedos são elementos fundamentais para a organização psíquica e para o desenvolvimento cognitivo das crianças.
9 Vygotski (1995) concebe o desenvolvimento como processo cultural e argumenta que todo funcionamento humano se origina e se transforma nas relações sociais. Recusa a ideia de estabelecer limites para os casos de indivíduos com alguma deficiência: "o que decide o destino da pessoa, em última instância, não é o defeito em si mesmo, mas suas consequências sociais, sua realização psicosocial". (VYGOTSKI, 1997, p. 19) Vygotski, ainda trata as atividades simbólicas tendo uma característica de primeira grandeza para o desenvolvimento mental da criança, já que, quando a criança simboliza, brinca, ela adquire novos conhecimentos e/ou habilidades.
10 Não é possível uma educação que se construa sobre as bases do defeito de uma criança, do que ela não possui, do que ela não pode, do que ela não sabe. A escola deve educá-la visando elevar suas formas de pensamento. Não podemos nos conformar com uma escola que utilize métodos reduzidos e simplificados de ensino, oferecendo à criança deficiente uma pedagogia menor. Para criarmos e mantermos escolas e comunidades realmente inclusivas é necessário sermos agentes ativos da mudança, garantindo a todas as crianças acesso às oportunidades da educação e educação de qualidade.
11 Vivenciar experiências que conduzam à ação criadora é uma possibilidade, uma necessidade e um direito desse sujeito. A pretensão dessa proposta não é a prescrição de ideias pedagógicas ou colocar-se como um receituário de atividades, o interesse maior está em tentativas de atender o objetivo aqui apresentado. Este projeto, porém poderá provocar questionamentos e motivações para a possibilidade de uma investigação mais profunda daqui pra frente.
12 METODOLOGIA E CRONOGRAMA Jogo da memória Jogo de sequência lógico Música Dobradura Crachá (placa com nome) Jogo de sílabas Jogo de dominó ilustrado
13 Tais atividades proporcionam aos alunos ganhos em diversos sentidos, como por exemplo, raciocínio lógico, coordenação motora, imaginação, socialização, percepção de regras, percepção de tempo e espaço, dentre outros
14 RESULTADOS APRESENTADOS Hoje acompanho um aluno que diante de relatos da mãe, durante o final de semana ele pergunta que dia tem aula, e diz querer ir. Continua progredindo apesar de suas limitações. Consegue obedecer às regras do ambiente escolar, o que antes relutava. A mãe do aluno relata que esta contente com o trabalho realizado e se sente confiante. A Equipe Multidisciplinar (Fonoaudióloga, Psicóloga e Psicopedagoga) visitaram a escola, elogiaram a forma em que estamos exercendo nossa prática, afirmaram que está de acordo com as necessidades do aluno, e reafirmaram que seu comportamento em relação á escola melhorou.
15 A aluna esboça ótimos resultados, após iniciarmos trabalho com as vogais, fazendo uso da música, com uma semana, pedi que a aluna escrevesse as vogais em seu caderno, e a aluna escreveu. Hoje é uma aluna que consegue reconhecer as vogais, é capaz de reconhecer alguns números entre 0 á 10. E no dia 30 de julho com autonomia escreveu corretamente seu primeiro nome, sem qualquer intervenção. Ambas as crianças realizam com entusiasmo as atividades propostas e é evidente que ainda haverá avanços.
16 CONCLUSÃO Ao problematizar a crença na incapacidade de abstração do deficiente, aponta-se hesitações dos educadores frente ao que esse sujeito deveria aprender, ao que realmente conseguirá alcançar, ao que vale a pena encorajar em sua formação. Quase sempre presos a tal crença, colocam-se a pergunta: será que precisa aprender isso? A mesma pergunta se faz em relação ao brincar. A resposta deve ser afirmativa. Os ganhos propiciados pelo brincar não ocorrem de maneira automática, é preciso criar condições concretas nas interações sociais, nas relações que a criança estabelece com outros. Assim a atuação dos profissionais da educação é fundamental para que essa atividade aconteça e seja promovida de maneira que tenha repercussões favoráveis ao desenvolvimento da criança.
17 Ser educador é fazer um mundo melhor a cada dia, é saber que a sociedade é feita por cada um que circula por nossas vidas. É provocar uma metamorfose diária, transformando e deixando se transformar. Continuo trabalhando o lúdico com tais crianças e recebo o apoio da professora para me orientar em como inserir determinada atividade de forma a aprimorar minha prática. Sempre lanço novos objetivos ao passo que o anterior é alcançado.
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