Artigo. Quim. Nova, Vol. 36, No. 8, , CONSTITUINTES QUÍMICOS DE Solanum buddleifolium Sendtn
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1 Quim. Nova, Vol. 36, No. 8, , 2013 CONSTITUINTES QUÍMICOS DE Solanum buddleifolium Sendtn Francisco das Chagas L. Pinto, Maria da Conceição M. Torres, Edilberto R. Silveira e Otília Deusdênia L. Pessoa* Departamento de Química Orgânica e Inorgânica, Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, CP , Fortaleza CE, Brasil Raimundo Braz-Filho Departamento de Química, Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campos RJ, Brasil Maria Lenise da Silva Guedes Departamento de Botânica, Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia, , Campus Universitário de Ondina BA, Brasil Artigo Recebido em 6/5/13; aceito em 20/5/13; publicado na web em 1/7/13 CHEMICAL CONSTITUENTS OF Solanum buddleifolium Sendtn. The chemical investigation of the stem EtOH extract of S. buddleifolium resulted in the isolation of terpenoids, amides, lignans and a steroidal alkaloid. Based on HRMS, IR and 1 H and 13 C NMR data analysis, the structures of the isolated compounds were identified as: 13-hydroxysolavetivone, betulinic acid, N-trans-caffeoyltyramine, N-trans-feruloyldopamine, N-trans-p-cumaroyltyramine, N-trans-feruloyltyramine, N-trans-feruloyl- 3 -O-methoxydopamine, alangilignoside C, isolariciresinol, polistachiol, (+)-(8R,7 S,8 S)-3α-O-(β-D-glucopiranosyl)-lioniresinol, (-)-(8S,7 R,8 R)-3α-O-(β-D-glucopiranosyl)-lioniresinol and solamargine. The occurrence of terpenoids and amides is common in Solanum, unlike lignans which are rare. The isolated lignans described in this work are reported for the first time in the genus Solanum. Keywords: Solanum buddleifolium; amides; lignans. INTRODUÇÃO O Brasil abriga em seus vários ecossistemas grande diversidade de plantas, constituindo-se uma das mais ricas floras do mundo e, portanto, um arsenal de matéria-prima para a produção de fitofármacos e fitoterápicos. O nordeste Brasileiro, uma região onde predomina a caatinga, é particularmente rico em plantas usadas na medicina popular como preventivo ou no tratamento de doenças. 1,2 A família Solanaceae, reconhecida por sua importância econômica, envolve vários gêneros de importância medicinal. 3 Neste contexto temos investigado incessantemente plantas dos gêneros Acnistus e Solanum, com vistas ao isolamento de seus metabolitos secundários. 4-6 Plantas do gênero Solanum são facilmente encontradas no Nordeste do Brasil onde, em geral, recebem a designação popular de jurubebas, muitas das quais são indicadas para o tratamento de doenças da pele e/ou desordens hepáticas e digestivas. 5,7 Como exemplo tem-se S. paniculatum um fitoterápico reconhecido pela Farmacopeia Brasileira. 8 Em trabalhos prévios, foram isolados a partir de S. asperum, glicoalcaloides com propriedades antifúngicas, 5 enquanto de S. campaniforme foram obtidos alcaloides solanidanos com potente efeito antiofídico sobre o veneno de Bothrops pauloensis (Jararaca-pintada). 4 Dando continuidade ao estudo envolvendo plantas deste gênero, neste trabalho são relatados os constituintes químicos de S. buddleifolium, o qual está sendo investigado pela primeira vez. RESULTADOS E DISCUSSÃO O estudo químico do extrato etanólico de talos de S. buddleifolium permitiu o isolamento e a identificação de terpenoides, amidas e lignanas (Figura 1), cujas estruturas foram determinadas com base em dados espectrais de RMN 1 H e 13 C, incluindo experimentos bidimensionais (COSY, HSQC e HMBC), além de IV e EMAR-IES, * opessoa@ufc.br e finalmente confirmação por comparação com dados disponíveis na literatura. Da fração em diclorometano, proveniente do fracionamento líquido-líquido do extrato EtOH, foi isolada e identificada a mistura binária dos esteróides β-sitosterol e estigmasterol, bem como a mistura de suas respectivas formas glicosiladas; 9 o triterpeno ácido betulínico (1, P.F C, lit. P.F C), 10 e o sesquiterpeno 13-hidroxisolavetivona (2). 11 Também foram isoladas as amidas: N-trans-cafeoiltiramina (7), 12 N-trans-feruloildopamina (8), 13 N-trans-p-cumaroiltiramina (6), 13,14 N-trans-feruloiltiramina (3), 14,15 e N-trans-feruloil-3 -O-metoxidopamina (4), 16 cujos dados de RMN 13 C encontram-se dispostos na Tabela 1. Os espectros de RMN 1 H de todas as amidas (3, 4, 6-8) exibiram sinais para dois anéis aromáticos (sistemas tipo AMX e/ou AA BB ), mostraram dupletos na faixa de δ 7,45 a 6,34 e constante de acoplamento (J) próximo de 15,5 Hz, compatíveis com hidrogênios de sistemas α,β-conjugados, envolvendo dupla ligação com configuração trans. Em adição, exibiram também dois tripletos na faixa de δ 3,44 a 2,74 com valor de J de cerca de 7,3 Hz indicando um sistema de spins para dois grupos metilenos, um dos quais ligados a nitrogênio (-NHCH 2 CH 2 -) (ver material suplementar). Os espectros de RMN 13 C dos compostos acima mencionados mostraram claramente sinais para anéis aromáticos, inclusive evidenciando substituintes oxigenados (grupos hidroxila e metoxila), sinais de olefina e carboxila de amida, bem como sinais para carbono metileno nitrogenado (Tabela 1). As amidas, como as isoladas neste trabalho, muitas vezes são referidas como alcamidas, e são resultantes da biocondensação de feniletilaminas naturais com ácidos fenilpropânicos. 17 Todas as amidas citadas acima já foram descritas para outras espécies de Solanum. O processamento do extrato etanólico também possibilitou o isolamento das lignanas: 5-metoxisolariciresinol (5), 18 polistachiol (9), 19 (-)-(8S,7 R,8 R)-9 -O-(β-D-glicopiranosil)lioniresinol (10), (+)-(8R,7 S,8 S)-9 -O-(β-D-glicopiranosil)lioniresinol (11), 20 alangilignosideo C (12), 21 e do glicoalcaloide solamargina (13). 5
2 1112 Pinto et al. Quim. Nova Tabela 1. Deslocamentos químicos de RMN 13 C (CD 3 OD, 125 MHz) de 3, 4, ,4 128,4 127,9 128,5 128, ,7 111,7 130,7 115,2 111, ,4 149,9 116,9 148,9 150, ,9 149,1 160,6 146,8 149, ,6 116,6 116,9 116,9 116, ,4 123,4 130,7 122,2 123, ,2 142,2 141,9 142,3 142, ,9 118,9 118,6 118,6 118, ,3 169,4 169,4 169,4 169, ,5 132,2 131,5 131,5 132, ,9 113,6 130,9 130,9 116, ,4 149,4 116,4 116,4 146, ,1 146,2 157,1 157,0 144, ,4 116,3 116,4 116,4 117, ,9 122,4 130,9 130,9 121,3 7 35,9 36,4 35,9 35,9 36,2 8 42,7 42,6 42,7 42,7 42,7 H 3 CO-3 56,5 56, ,6 H 3 CO-3-56, Figura 1. Estruturas das substâncias isoladas dos talos de S. buddleifolium Os espectros de RMN 1 H e de 13 C das lignanas 5, 9-11 mostraram uma estreita semelhança estrutural inclusive com relação aos grupos substituintes, embora 10 e 11 tenham apresentado sinais adicionais típicos para unidade de glicose. Nos espectros de RMN de todas elas foram verificados sinais para dois anéis aromáticos substituídos com grupos hidroxilas e metoxilas, além dos sinais característicos das unidades C 3 -C 3 (representadas pelos carbonos 7, 8, 9-7, 8, 9 ) de lignanas, os quais aparecem nas faixas de δ 33,0 a 67,0 e 42,0 a 72,0 (Tabela 2). Vale ressaltar que as posições das unidades de glicose em 10 e 11 foram determinadas com base nos valores de deslocamentos químicos dos carbonos oximetilênicos C-9, os quais aparecem mais desprotegidos quando comparados com os mesmos carbonos dos compostos análogos 5 e 9 (5: 65,7; 9: 66,9; 10: 71,6 e 11: 71,6), Tabela 2. Adicionalmente, foram confirmadas com base em experimentos HBMC, através das correlações entre os hidrogênios ligados aos carbonos anoméricos (H-1 ) de 10 e 11 em δ 4,02 e 4,16, respectivamente, com os carbonos oximetilênicos (C-9 ), ambos em δ 71,6. A lignana 12, diferentemente das demais, mostrou sinais típicos de lignanas do tipo dihidrofurânicas, cujos sinais de carbonos correspondentes às unidades C 3 -C 3 aparecem em δ 51,8 a 84,3 e 34,6 a 73,7 (Tabela 2). A localização de todos os substituintes em 12, inclusive da unidade de glicose também foi determinada por experimento HMBC através da correlação entre o sinal de hidrogênio em δ 4,30 (H-1 ) com o carbono em δ 68,6 (C-9 ). As estereoquímicas relativas de todas as lignanas foram determinadas por experimentos de NOESY e NOE seletivo. Muito embora todas as lignanas isoladas neste trabalho já estejam registradas na literatura, as mesmas estão sendo relatadas pela primeira vez para uma espécie do gênero Solanum. Seus dados de RMN 13 C encontram-se dispostos na Tabela 2. A ocorrência de lignanas no gênero Solanum é rara, sendo descrito até o momento apenas para as espécies S. sisymbrifolium, 22 S. nigrum. 23 e S. melongena. 24 Ao longo deste trabalho não foi encontrado nenhum registro ou informação de uso medicinal de S. buddleifolium, mas uma revisão na literatura mostrou que algumas das amidas aqui isoladas exibem atividades farmacológicas. Por exemplo, a amida N-trans-feruloiltiramina (3), possui atividade antiviral 25 e anti-tumoral, 26 já o composto N-transp-cumaroiltiramina (6) exibe atividade anti-micobacteriana, 27 enquanto estes compostos juntamente com N-trans-cafeoiltiramina (7) eram os constituintes majoritários do extrato MeOH das partes aéreas de Polygonum hyrcanicum, o qual mostrou-se fortemente ativo contra o Tripanossoma brucei rhodesiense. 28 Neste contexto, verificou-se que as lignanas, 5-metoxisolariciresinol (5) e (+)-lioniresinol (11) possuem atividade anti-oxidante, 29 e que a última tambem mostrou- -se ativa contra células osteoblásticas. 30 Isto demonstra o potencial terapêutico das plantas do gênero Solanum como promissoras fontes de compostos ativos, fortalecendo seus usos em medicina tradicional. PARTE EXPERIMENTAL Procedimentos experimentais gerais Os espectros no infravermelho foram registrados em espectrômetro da Perkin-Elmer, Spectrum 100 FTIR equipado com assessório UATR. Os espectros de RMN 1 H e 13 C, uni- e bidimensionais, foram obtidos em espectrômetro Bruker, modelo Avance DRX-500 (500 MHz para 1 H e 125 MHz para 13 C) ou Avance DRX-300 (300 MHz para 1 H e 75 MHz para 13 C). Os espectros de massas de alta resolução
3 Vol. 36, No. 8 Constituintes químicos de Solanum buddleifolium Sendtn 1113 Tabela 2. Deslocamentos químicos de RMN 13 C de 5, 9-12 (CD 3 OD, 75 MHz) foram realizados em espectrômetro mod. LCMS-IT-TOF ( ) - SHIMADZU, equipado com fonte de ionização por electrospray. A separação de alguns dos compostos foi realizada em cromatógrafo líquido de alta eficiência da Shimadzu-UFLC com detector UV-Vis com arranjo de diodos modelo FTD-M20A empregando coluna semi-preparativa Phenomenex (C-18, 250 x 10 mm), com partículas de 5 µm. Nas cromatografias de adsorção utilizou-se gel de sílica 60 da Vetec (Ø μm mesh, para cromatografias gravitacionais) e Merck (Ø μm mesh, para cromatografias sobre pressão, flash ), enquanto nos fracionamentos cromatográficos por exclusão molecular foi empregado Sephadex LH-20 (Pharmacia). As cromatografias em camada delgada analítica (CCDA) foram realizadas com gel de sílica 60, (Ø μm 5-40, Merck) com indicador de fluorescência na faixa de 254 hm (F 254 ), sobre cromatofolha de sílica gel sobre alumínio. As substâncias foram reveladas pela exposição a vapores de iodo, ou pela aspersão de uma solução de vanilina/ácido perclórico/ EtOH, seguida de aquecimento em estufa ( 100 o C), ou ainda por imersão em Dragendorff. Material vegetal 5 * ,5 130,3 130,3 130,3 136, ,8 107,9 107,9 107,9 107, ,2 148,7 148,8 148,8 149, ,4 138,9 139,0 139,0 134, ,9 147,8 147,7 147,7 149, ,2 126,3 126,5 126,5 107,1 7 33,7 33,6 33,9 33,9 34,6 8 40,4 40,9 40,7 40,7 43,9 9 61,9 64,3 66,3 66,3 73, ,1 139,4 139,5 139,5 133, ,9 106,9 107,1 107,1 104, ,3 149,1 149,1 149,1 149, ,3 134,6 134,6 134,6 134, ,3 149,1 149,1 149,1 149, ,9 106,9 107,1 107,1 104,4 7 48,0 49,6 42,9 42,9 84,3 8 48,6 42,4 46,8 46,8 51,8 9 65,7 66,9 71,6 71,6 68, ,9 104,9 104, ,3 75,3 75, ,4 78,4 78, ,8 71,8 71, ,0 78,0 78, ,9 62,9 62,8 H 3 CO-3-60,2 60,3 60,3 56,8 H 3 CO-5 56,2 56,7 56,7 56,7 56,8 H 3 CO-3 56,3 56,8 56,9 56,9 56,8 H 3 CO-5 56,3 56,8 56,9 56,9 56,8 * Deslocamentos químicos de RMN 13 C de 5 em piridina (C 6 D 5 N). S. buddleifolium foi coletado no município de Piatã-BA em dezembro de A autenticação do material vegetal foi realizada pela Profª. Lenise Guedes do Instituto de Biologia UFBA. Uma exsicata (n 16395), representando a coleta da planta encontra-se depositada no Herbário Prisco Bezerra (EAC) da Universidade Federal do Ceará. Extração e isolamento Os talos (2,0 Kg) de S. buddleifolium, secos a temperatura ambiente e triturados, foram submetidos à percolação com EtOH 96% (3 x 8 L). Após evaporação do solvente, sob pressão reduzida, foram obtidos 100,0 g de extrato (5% em relação ao peso seco). O extrato EtOH foi dissolvido em MeOH/H 2 O (7:3) e particionado com hexano, CH 2 Cl 2 e AcOEt (3 x 200 ml de cada solvente). As frações obtidas, depois de reunidas, foram secas com Na 2 SO 4 anidro, filtradas e concentradas sob pressão reduzida fornecendo as seguintes massas: hexano (5,3 g), CH 2 Cl 2 (7,1 g) e AcOEt-1 (6,1 g). O resíduo proveniente da fase aquosa foi acidificado com uma solução de H 2 O/ AcOH (90: ml) e mantido sob agitação por 1h. Decorrido este período a mistura reacional foi basificada com NH 4 OH até ph 10,0 e posteriormente particionado com AcOEt (3 x 100 ml) e n-buoh (2 x 40 ml). As frações obtidas foram secas com Na 2 SO 4 anidro, filtradas e concentradas sob pressão reduzida, fornecendo 1,5 e 8,1 g de material, respectivamente. A fração CH 2 Cl 2 (7,1 g) foi submetida a fracionamento sobre gel de sílica, empregando os solventes hexano, AcOEt e MeOH, puros ou em gradiente de polaridade crescente. Foram coletadas 20 frações de 50 ml, as quais, após monitoramento em CCD, foram agrupadas em 4 frações (A-I a A-IV). A fração A-I (719,5 mg), obtida por eluição com hexano/acoet (1:1) foi submetida a sucessivas cromatografias, fornecendo os esteroides β-sitosterol e estigmasterol (30,0 mg), em mistura, e 1 (16,5 mg). A-II (913,9 mg), após sucessivos fracionamentos cromatográficos, conduziu ao isolamento da substância 2 (17,1 mg), cuja purificação foi realizada por cromatografia flash, empregando como eluente CH 2 Cl 2 /MeOH (99:1). A-III (1,2 g), foi fracionada em gel de sílica utilizando como eluentes hexano, AcOEt e MeOH, puros ou em gradiente de polaridade crescente, fornecendo 4 frações principais (B1 a B4), após monitoramento em CCD. B3 (706,8 mg), obtida por eluição com AcOEt (100%), foi submetida a cromatografia de exclusão molecular utilizando Sephadex LH-20 e MeOH como fase móvel, obtendo-se 5 frações (C-1 a C-5), após monitoramento por CCD. As frações C-2 (96,4 mg), C-3 (293,6 mg) e C-4 (107,5 mg), foram submetidas a cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), utilizando coluna semipreparativa C-18 (4,6 x 250 mm, 5 μm), um sistema isocrático de H 3 CCN/(H 2 O + 0,1% TFA) (3:7) e, fluxo de 4,72 ml/min. com detecção na faixa de 210 a 350 nm. Este procedimento resultou no isolamento das substâncias 3 (t R 9,37; 17,0 mg), 4 (t R 10,33; 8,0 mg) e 5 (t R 7,68; 7,0 mg), a partir de C-2; 6 (t R 8,46 min; 18,6 mg), isolada da fração C-3, enquanto 7 (t R 5,93 min; 27,8 mg) e 8 (t R 6,44 min; 6,8 mg) foram obtidas da fração C-4. A fração A-IV (3,4 g) foi fracionada em Sephadex LH-20 utilizando MeOH como eluente, resultando em 25 frações de 10 ml que, após análise em CCD, foram reunidas em 4 frações (D-1 a D-4). A fração D-4 (1,5 g) foi recromatografada em Sephadex LH-20, utilizando MeOH como sistema de eluição, obtendo 4 novas frações denominadas de (E-1 a E-4). A fração E-3 (1,0 g) foi posteriormente, submetida à cromatografia flash, utilizado como eluente AcOEt/MeOH aumentando a polaridade até 10% de MeOH, resultando em 85 frações (~ 8,0 ml) as quais, após monitoramento em CCD, foram reunidas em 5 frações codificadas como (F-1 a F-5). A fração F-4 (19,0 mg), apresentou-se como um sólido branco amorfo caracterizado como sendo a mistura dos esteroides β-sitosterol e estigmasterol na sua forma glicosilada. A fração F-5 (415,5 mg) foi submetida a fracionamento em cartucho-spe de fase reversa (C 18 ) empregando como sistemas de eluição H 2 O/MeOH (1:1, 3:7 e 0:10)
4 1114 Pinto et al. Quim. Nova gerando 20 frações de 10 ml cada, as quais após monitoramento por CCD foram reunidas em 3 frações denominadas de (G-1 a G-3). A fração G-1 (320,0 mg), foi submetida a CLAE utilizando um sistema isocrático de MeOH/H 2 O (4:6), com fluxo de 4,72 ml/min, fornecendo 3 picos. A fração correspondente ao pico 1 (t R 5,18; 50,0 mg) foi reinjetada utilizando desta vez o sistema isocrático de H 3 CCN/ H 2 O (18:82), com fluxo de 4,72 ml/min, resultando na purificação da substância 12 (t R 16,0; 8,3 mg). A fração AcOEt-B (1,5 g), obtida da partição após neutralização, foi fracionada em Sephadex LH-20, utilizando MeOH como eluente, gerando 25 frações de 10 ml que, após análise em CCD, foram reunidas em 4 frações designadas F-1 a F-4. A fração F-2 (536,8 mg) foi recromatografada em Sephadex LH-20, utilizando-se MeOH, culminando em 5 frações denominadas (G-1 a G-5). A fração G-3 (314,0 mg) foi submetida a cromatografia em coluna de fase reversa C-18 empregando como sistema de eluição H 2 O/MeOH (2:8, 3:7, 6:4, 5:5 e 0:10), fornecendo 60 frações de 10 ml que após analise em CCD foram reunidas em 3 frações (H-1 a H-3). A fração H-1 (230,0 mg) foi purificada por CLAE usando um sistema isocrático de MeOH/(H 2 O + 0,3% de TFA) (27:73) com fluxo de 4,72 ml/min fornecendo as substâncias: 10 (t R 15,13; 30,0 mg), 11 (t R 16,83; 16,0 mg) e 9 (t R 18,57; 7,0 mg). A fração H-3 (309,5 mg) foi submetida a cromatografia em coluna de fase reversa C 18 empregando como sistema de eluição H 2 O/MeOH (7:3, 5:5 e 0:10), obtendo-se 30 frações de 10 ml que, após monitoramento por CCD, foram reunidas em 3 frações designadas (I-1 a I-3), a fração I-3 (58,0 mg) foi purificada por CLAE empregando um sistema isocrático de H 3 CCN/ H 2 O (2:8) com fluxo de 4,72 ml/min, obtendo-se a substância 13 (t R 15,13; 30,0 mg, P.F C). N-trans-feruloiltiramina (3) resina incolor, 17,0 mg, EMAR-IES, m/z 336,1216, [M+Na] +, C 18 H 19 NNaO 4 (massa calc. 336,1212). RMN 1 H e 13 C (500 e 125 MHz em CD 3 OD) em acordo com a literatura. 14,15 N-trans-feruloil-3 -O-metoxidopamina (4) sólido amorfo, 7,0 mg, P.F C, EMAR-IES, m/z 366,1309, [M+Na] +, C 19 H 21 NNaO 5 (massa calc. 366,1317). RMN 1 H e 13 C (500 e 125 MHz em CD 3 OD) em acordo com a literatura. 16 (+)-(8R,7 S,8 S)-5-metoxisolariciresinol (5) resina, 7,0 mg, [α] D 25 +9,25 (MeOH, conc. 0,12), lit. 20 [α] D + 43,1 (MeOH, conc. 0,20). EMAR-IES, m/z 413,1573, [M + Na] +, C 21 H 26 O 7 Na (massa calc. 413,1576). RMN 1 H e 13 C (300 e 75 MHz em C 5 D 5 N) em acordo com a literatura. 18 N-trans-p-cumaroiltiramina (6) sólido amorfo, 18,6 mg, P.F C, EMAR-IES, m/z 306,1116, [M+Na] +, C 17 H 17 NNaO 3 (massa calc. 306,1106). RMN 1 H e 13 C (500 e 125 MHz em CD 3 OD) em acordo com a literatura. 13,14 N-trans-cafeoiltiramina (7) sólido amorfo, 27,8 mg, P.F C, EMAR-IES, m/z 322,1053, [M+Na] +, C 17 H 17 NNaO 4 (massa calc. 322,1055). RMN 1 H e 13 C (500 e 125 MHz em CD 3 OD) em acordo com a literatura. 12 N-trans-feruloildopamina (8) sólido amorfo, 6,8 mg, P.F C, EMAR-IES, m/z 352,1159, [M+Na] +, C 18 H 19 NNaO 5 (massa calc. 352,1161). RMN 1 H e 13 C (500 e 125 MHz em CD 3 OD) em acordo com a literatura. 13 Polistachiol (9) resina incolor, 7,0 mg, [α] D 25-2,50 (MeOH; conc. 0,10), lit. 22 [α] D 22 ~ 0 (MeOH, conc. 1,0). EMAR-IES, m/z 420,1764, [M+Na] +, C 21 H 26 O 7 Na (massa calc. 420,1710). RMN 1 H e 13 C (300 e 75 MHz em CD 3 OD) em acordo com a literatura. 19 (-)-(8S,7 R,8 R)-9 -O-(b-D-glicopiranosil)-lioniresinol (10) resina, 30,0 mg, [α] D 25 10,30 (MeOH; conc. 0,10), lit. 23,24 [α] D 105 (MeOH; conc. 1,2). EMAR-IES, m/z 605,2200, [M + Na] +, C 28 H 38 O 13 Na, (massa calc. 605,2210). RMN 1 H e 13 C (300 e 75 MHz em CD 3 OD) em acordo a literatura. 20 (+)-(8R,7 S,8 S)-9 -O-(β-D-glicopiranosil)-lioniresinol (11) resina, 16,0 mg, [α] D ,46 (MeOH; conc. 0,10), lit. 23,24 [α] D +61 (MeOH; conc. 2,20). EMAR-IES, m/z 605,2200, [M + Na] +, C 28 H 38 O 13 Na (massa calc. 605,2210). RMN 1 H e 13 C (300 e 75 MHz em CD 3 OD) em acordo com a literatura. 20 Alangilignosideo C (12) sólido amorfo amarelo, 8,0 mg, P.F C, lit. 25 P.F C; [α] D 25 +1,40 (MeOH, conc. 0,10), lit. 25 [α] D (MeOH, conc. 0,74). EMAR-IES, m/z 605,2198, [M + Na] +, C 28 H 38 O 13 Na, (massa calc. 605,2210). RMN 1 H e 13 C (300 e 75 MHz em CD 3 OD) em acordo com a literatura. 21 MATERIAL SUPLEMENTAR As Figuras 1S à 33S estão disponíveis em sbq.org.br, em arquivo pdf, com acesso livre. CONCLUSÃO O estudo fitoquímico do extrato etanólico de talos de S. buddleifolium conduziu ao isolamento de vários metabólitos secundários de natureza terpênica e fenólica, comuns em espécies de Solanum. Entretanto, contrariando as expectativas, foi isolado apenas um alcalóide esteroidal pertencente ao grupo de compostos considerados como marcadores quimiotaxonômico. S. buddleifolium mostrou-se como uma prolífica fonte de amidas e lignanas. AGRADECIMENTOS Às agencias brasileiras de fomento a pesquisa CNPq/CAPES/ PRONEX/FUNCAP e INCT-NanoBioSimes, pelo auxilio financeiro concedido para a realização deste trabalho, bem como as bolsas de estudo e de pesquisa. REFERÊNCIAS 1. Morais, M. S.; Braz-Filho, R.; Produtos naturais: estudos químicos e biológicos, EdUECE: Fortaleza, Braz-Filho, R.; Quim. Nova. 2010, 33, Friedman, M.; J. Chromatogr. A 2004, 1054, Torres, M. C. M.; Pinto, F. C. L.; Pessoa, O. D. L.; Silveira, E. R.; Braz-Filho, R.; Jorge, R. J. B.; Ximenes, R. M.; Monteiro, H. S. A.; Evangelista, J. S. A. M.; Diz-Filho, E. B. S.; Toyama, M. H.; J. Nat. Prod. 2011, 74, Pinto, F. C. L.; Silva, F. M.; Theodoro, P. N. E. T.; Uchoa, D. E. A.; Espíndola, L. S.; Pessoa, O. D. L.; Silveira, E. R.; Braz-Filho, R.; Quim. Nova. 2011, 34, Maia, A. I. V.; Veras, M. L.; Braz-Filho, R.; Lopes, N. P.; Silveira, E. R.; Pessoa, O. D. L.; J. Braz. Chem. Soc. 2010, 21, Silva, T. M. S.; Nascimento, R. J. B.; Batista, M. M.; Agra, M. F.; Camara, C. A.; Rev. Bras. Farmacogn. 2007, 17, Nurit, K.; Agra, M. F.; Basílio, I. J. L. D.; Rev. Bras. Bioc. 2007, 5, Silva, H. R.; Silva, C. C. M.; Neto, L. B. C.; Lopes, J. A. D.; Citó A. M. G. L.; Chaves, M. H.; Quim. Nova. 2007, 30, David, J. M.; Souza, J. C.; Guedes, M. L. S.; David, J. P.; Rev. Bras. Farmacogn. 2006, 16, 105.
5 Vol. 36, No. 8 Constituintes químicos de Solanum buddleifolium Sendtn Nagaoka, T.; Goto, K.; Watanabe, A.; Sakata, Y.; Yoshihara, T.; J. Biosciences 2001, 56, Silva, T. M. S.; Nascimento, R. J. B.; Camara, C. A.; Castro, R.; Agra, M. F.; Carvalho, M. G.; Braz-Filho, R.; Biochem. Syst. Ecol. 2004, 32, 513; Kim, D. K.; Lim, J. P.; Kim, J. W.; Park, H. W.; Eun, J. S.; Arch. Pharmacal Res. 2005, 28, Zacarés, L.; López-Gresa, M. P.; Fayos, J.; Primo, J.; Bellés, J. M.; Conejero, V.; Mol. Plant-Microbe Interact. 2007, 20, Shu, W.; Zhou, G.; Ye, W.; Zhongcaoyao 2011, 42, Kanada, R. M.; Simionato, J. I.; Arruda, R. F.; Santin, S. M. O.; Souza, M. C.; Silva, C. C.; Rev. Bras. Farmacogn. 2012, 22, Tanaka, H.; Yatsuhashi, Saya.; Yasuda, T.; Sato, M.; Sakai, E.; Xiao, C.; Murata, H.; Murata, J.; Journal of Natural Medicines 2009, 63, 331; Ren, Y.; Shen, L.; Dai, S.; Zhongguo Zhongyao Zazhi 2009, 34, Back, K.; Plant Pathol. J. 2001, 17, Zhang, Z.; Guo, D.; Li, C.; Zheng, J.; Koike, K.; Jia, Z.; Nikaido, T.; Phytochemistry 1999, 51, 469; Chin, Y. W.; Chai, H. B.; Keller, W. J.; Kinghorn, A. D.; J. Agric. Food Chem. 2008, 56, Sadhu, S. K.; Phattanawasin, P.; Choudhuri, M. S. K. ; Ohtsuki, T.; Ishibashi, M.; Journal of Natural Medicines 2006, 60, Da Silva, V. C.; Silva, G. H.; Bolzani, V. S.; Lopes, M. N.; Ecletica Quim. 2006, 31, 55; Sun, G.; Zhang, X.; Xu, X.; Yang, J.; Lu, L.; Zhong, M.; J. Med. Plants Res. 2012, 6, Yuasa, K.; Ide, T.; Tsuka,; H. Ogimi, C.; Hirata, E.; Takushi, A.; Takeda, Y.; Phytochemistry 1997, 45, Chakravarty, A. K.; Mukhopadhyay, S.; Saha, S.; Pakrash, S. C. A.; Phytochemistry 1996, 41, Zhao, Y.; Liu, F.; Lou, H. X. J. Chin. Med. Mat. 2010, 33, 555; Wang, L. Y.; Wang, N. L.; Yao, X. S.; J. Chin. Med. Mat. 2007, 30, Liu, X.; Luo, J.; Kong, L.; J. Nat. Prod. 2011, 6, Wang, R.; Tang, S.; Zhai, H.; Duan, H.; Zhongguo Zhongyao Zazhi 2011, 36, Fang, J.; Liu, Y.; Zhang, Y.; Teng, J.; Duan, H.; Zhongcaoyao 2007, 38, Mata, R.; Morales, I.; Perez, O.; Rivero-Cruz, I.; Acevedo, L.; Enriquez- Mendoza, I.; Bye, R.; Franzblau, S.; Timmermann, B.; J. Nat. Prod. 2004, 67, Moradi-Afrapoli, F.; Yassa, N.; Zimmermann, S.; Saeidnia, S.; Hadjiakhoondi, A.; Ebrahimi, S. N.; Hamburger, M.; Nat. Prod. Commun. 2012, 7, Huang, X. Z.; Cheng. C. M.; Dai, Y.; Fu, G. M.; Guo, J. M.; Liang, H.; Wang, C.; Nat. Prod. Res. 2012, 26, Van, K. P.; Quang, T. H.; Huong, T. T.; Nhung, L. T. H.; Cuong, N. X.; Van, M. C.; Choi, E. M.; Kim, Y. H.; Arch. Pharmacal Res. 2008, 31, 823.
6 Quim. Nova, Vol. 36, No. 8, S1-S17, 2013 Constituintes químicos de Solanum buddleifolium sendtn Francisco das Chagas L. Pinto, Maria da Conceição M. Torres, Edilberto R. Silveira e Otília Deusdênia L. Pessoa* Departamento de Química Orgânica e Inorgânica, Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, CP , Fortaleza CE, Brasil Raimundo Braz-Filho Departamento de Química, Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campos RJ, Brasil Maria Lenise da Silva Guedes Departamento de Botânica, Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia, , Campus Universitário de Ondina BA, Brasil Material Suplementar Figura 1S. Espectro de RMN 1 H (300 MHz, CDCl 3 ) de 2 * opessoa@ufc.br
7 S2 Pinto et al. Quim. Nova Figura 2S. Espectro de RMN 13 C (75 MHz, CDCl 3 ) de 2 Figura 3S. Espectro de RMN 1 H (500 MHz, CD 3 OD) de 3
8 Vol. 36, No. 8 Constituintes químicos de Solanum buddleifolium sendtn S3 Figura 4S. Espectro de RMN 13 C (125 MHz, CD 3 OD) de 3 Figura 5S. Espectro de RMN 1 H (500 MHz, CD 3 OD) de 4
9 S4 Pinto et al. Quim. Nova Figura 6S. Espectro de RMN 13 C (125 MHz, CD 3 OD) de 4 Figura 7S. Espectro de RMN 1 H (300 MHz, C 5 D 5 N) de 5
10 Vol. 36, No. 8 Constituintes químicos de Solanum buddleifolium sendtn S5 Figura 8S. Espectro de RMN 13 C (75 MHz, C 5 D 5 N) de 5 Figura 9S. Espectro de RMN 1 H, 1 H NOESY (300 x 300 MHz, C 5 D 5 N) de 5
11 S6 Pinto et al. Quim. Nova Figura 10S. Espectro de RMN 1 H (500 MHz, CD 3 OD) de 6 Figura 11S. Espectro de RMN 13 C (125 MHz, CD 3 OD) de 6
12 Vol. 36, No. 8 Constituintes químicos de Solanum buddleifolium sendtn S7 Figura 12S. Espectro de RMN 1 H (500 MHz, CD 3 OD) de 7 Figura 13S. Espectro de RMN 13 C (125 MHz, CD 3 OD) de 7
13 S8 Pinto et al. Quim. Nova Figura 14S. Espectro de RMN 1 H (500 MHz, CD 3 OD) de 8 Figura 15S. Espectro de RMN 13 C (125 MHz, CD 3 OD) de 8
14 Vol. 36, No. 8 Constituintes químicos de Solanum buddleifolium sendtn S9 Figura 16S. Espectro de RMN 1 H (300 MHz, CD 3 OD) de 9 Figura 17S. Espectro de RMN 13 C (75 MHz, CD 3 OD) de 9
15 S10 Pinto et al. Quim. Nova Figura 18S. Espectro de RMN 1 H NOE seletivo (300 MHz, CD 3 OD) de 9 Figura 19S. Espectro de RMN 1 H NOE seletivo (300 MHz, CD 3 OD) de 9
16 Vol. 36, No. 8 Constituintes químicos de Solanum buddleifolium sendtn S11 Figura 20S. Espectro de RMN 1 H (300 MHz, CD 3 OD) de 10 Figura 21S. Espectro de RMN 13 C (75 MHz, CD 3 OD) de 10
17 S12 Pinto et al. Quim. Nova Figura 22S. Espectro de RMN 1 H, 13 C HMBC (500 x 125 MHz, C 5 D 5 N) de 10 Figura 23S. Espectro de RMN 1 H, 1 H NOESY (500 x 500 MHz, C 5 D 5 N) de 10
18 Vol. 36, No. 8 Constituintes químicos de Solanum buddleifolium sendtn S13 Figura 24S. Espectro de RMN 1 H (300 MHz, CD 3 OD) de 11 Figura 25S. Espectro de RMN 13 C (75 MHz, CD 3 OD) de 11
19 S14 Pinto et al. Quim. Nova Figura 26S. Espectro de RMN 1 H, 13 C HMBC (500 x 125 MHz, C 5 D 5 N) de 11 Figura 27S. Espectro de RMN 1 H, 1 H NOESY (500 x 500 MHz, C 5 D 5 N) de 11
20 Vol. 36, No. 8 Constituintes químicos de Solanum buddleifolium sendtn S15 Figura 28S. Espectro de RMN 1 H (300 MHz, CD 3 OD) de 12 Figura 29S. Espectro de RMN 13 C (75 MHz, CD 3 OD) de 12
21 S16 Pinto et al. Quim. Nova Figura 30S. Espectro de RMN 1 H, 13 C HMBC (300 x 75 MHz, CD 3 OD) de 12 Figura 31S. Espectro de RMN 1 H, 1 H NOESY (300 x 300 MHz, CD 3 OD) de 12
22 Vol. 36, No. 8 Constituintes químicos de Solanum buddleifolium sendtn S17 Figura 32S. Espectro de RMN 1 H (500 MHz, C 5 D 5 N) de 13 Figura 33S. Espectro de RMN 13 C (125 MHz, C 5 D 5 N) de 13
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