Artigo. Quim. Nova, Vol. 35, No. 11, , NOVAS N-BENZOILTIRAMINAS DE Swinglea glutinosa (Rutaceae) #
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- Manuel Coradelli Mangueira
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1 Quim. Nova, Vol. 35, No. 11, , 2012 NOVAS N-BENZOILTIRAMINAS DE Swinglea glutinosa (Rutaceae # Cristovam do Nascimento Cerqueira, Djalma A. P. dos Santos, Karla da Silva Malaquias, Murilo Marinho de Castro Lima, Maria Fátima das Graças Fernandes da Silva*, João Batista Fernandes e Paulo Cezar Vieira Departamento de Química, Universidade Federal de São Carlos, CP 676, São Carlos SP, Brasil Recebido em 30/4/12; aceito em 17/9/12; publicado na web em 26/10/12 Artigo NOVELS N-BENZOYLTYRAMINES OF Swinglea glutinosa (Rutaceae. Phytochemical studies of the leaves and fruits have led to the identification of the known amides (E-N-methyl-cinnamamide, N-benzoyltyramine, N-benzoyl-O-geranyltyramine, N-benzoyl-O-(4-acetoxyl-geranyltyramine, in addition to the new N-{2-[4-(butoxyl-3-onephenyl]ethyl}benzamide, N-{2-[4-(2,3- dihydroxy-2-methyl-butoxylanalphenyl]ethyl}benzamide, N-{2-[4-(2,3-dihydroxy-2-methyl-butoxyloicphenyl]ethyl}benzamide, N-benzoyl-O-(4-acetoxyl-6,7-epoxy-geranyltyramine, N-benzoyl-O-(4-acetoxyl-6,7-dihydroxy-geranyltyramine and N-benzoyl- O-(6-acetoxyl-4,7-dihydroxy-geranyltyramine. The isolated compounds clearly point to Swinglea phytochemical affinities with other Aurantioideae species. Keywords: Swinglea glutinosa; N-benzoyltyramine; chemosystematics. INTRODUÇÃO Swinglea glutinosa Merr., gênero monotípico, é uma planta arbustiva originária da Ásia, muito utilizada como ornamental na forma de cercas vivas e como quebra ventos em plantações. 1 Como toda planta pertencente à família Rutaceae, é caracterizada por alcaloides acridônicos, cumarinas e amidas. 1-3 Segundo o sistema de classificação de Engler (1931 o gênero Swinglea encontra-se classificado na subfamília Aurantioideae, tribo Citreae, subtribo, Balsamocitrinae. 4 Esta subfamília é considerada de caráter natural pelos vários sistemas de classificação, ou seja, sua constituição em tribos, subtribos e gêneros não tem sido questionada. 5 Um levantamento da literatura mostrou que as folhas de S. glutinosa ainda não tinham sido estudadas, assim, visando contribuir para a homogeneidade sistemática da subfamília Aurantioideae, estas foram coletadas e estudos fitoquímicos foram realizados. Este trabalho relata o primeiro estudo químico das folhas de S. glutinosa, o qual levou à identificação de cinco amidas (1-5, sendo três novas (3-5. Os frutos de S. glutinosa já foram estudados por outros grupos fora do Brasil. Contudo, no trabalho atual a análise de algumas frações por RMN 1 H mostrou a presença de amidas não isoladas anteriormente, assim, estas frações foram reestudadas e levaram ao isolamento de outras cinco amidas (6-10, sendo três novas (8-10 e uma citada como natural pela primeira vez (6. PARTE EXPERIMENTAL Procedimentos experimentais gerais Os espectros de RMN 1 H e 13 C (uni e bidimensionais foram obtidos em espectrômetro Bruker DRX 400 MHz, utilizando-se CDCl 3 e CD 3 OD como solventes e TMS como padrão interno. As separações cromatográficas foram realizadas em colunas utilizando-se gel de sílica 60, , mesh e Sephadex LH-20. Separações feitas por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE foram realizadas no aparelho SCL10A vp Shi madzu, com válvula de injeção Rheodyne 7725i, bomba LC 6AD Shimadzu e detector de ultravioleta modelo SPD 10AV vp Shimadzu em dois comprimentos de onda simultaneamente, * dmfs@ufscar.br #Artigo em homenagem ao Prof. Otto R. Gottlieb (31/8/ /6/ e 254 nm. O modo de separação foi normal, eluição isocrática utilizando coluna propil-diol (10 µm; 30,0 x 0,78 mm e mistura de etanol e hexano como fase móvel. As análises por cromatografia gasosa foram obtidas no aparelho Shimadzu QP O espectrômetro de massas foi operado no modo SIM (monitoramento seletivo de íons com impacto de eletrons (70 ev. A separação cromatográfica foi realizada através de coluna ATM-5 (30 m x 0,25 mm x 0,25 µm, utilizando-se hélio como gás de arraste. O injetor foi operado a 280 o C, no modo split, razão 1:30. A programação do forno foi a seguinte: temperatura inicial de 200 o C (4 min, seguido de aumento de 10 o C/min até 280 o C (10 min. As análises por espectrometria de massas foram realizadas no equipamento Applied Bio System MS (triplo quadrupolo equipado com fonte ESI/APCI, modelo Agilent 1200, no modo positivo de ionização. As análises por espectrometria de massas de alta resolução foram realizadas no equipamento Bruker Daltonics, Billerica, modelo UltrOTOF Q -ESI-TOF no modo positivo de ionização. Material vegetal As folhas e frutos de S. glutinosa foram coletadas no Instituto Agronômico de Campinas, Fazenda Santa Elisa, Campinas, SP, Brasil. A planta foi identificada pela Prof. Dra. M. I. Salgado e a exsicata da espécie encontra-se depositada no herbário do Departamento de Botânica da Universidade Federal de São Carlos (HUUFSCar sob o número Preparação dos extratos As folhas secas e moídas de S. glutinosa foram submetidas à extração com etanol, sob agito contínuo com o aparelho Ika Ultra Turrax (T 25 por 5 min, rpm e concentrados sob vácuo em rotaevaporadores a 35 ºC. O extrato etanólico obtido foi congelado em nitrogênio líquido e, em seguida, liofilizado para remoção dos traços de água, rendendo 90 g de extrato. O extrato etanólico, em seguida, foi submetido a uma partição líquido-liquido, sendo suspendido em uma solução hidroalcoólica de água destilada e metanol 25% (v/v e vertido em funil de separação de 1 L. A partição foi realizada em ordem crescente de polaridade, utilizando hexano, acetato de etila e n-butanol, levando a três extratos após serem concentrados sob vácuo em rotaevaporadores a 35 ºC.
2 2182 Cerqueira et al. Quim. Nova Os frutos frescos de S. glutinosa foram cortados em pedaços pequenos e submetidos à maceração com metanol, à temperatura ambiente, por 3 dias. Após este período o solvente foi concentrado sob vácuo em rotaevaporador a 35 ºC, obtendo-se 27,9 g de extrato. Análise deste extrato em cromatoplacas de sílica gel (CCD mostrou resolução diferente em diclorometano e acetato de etila. Com isto, este foi submetido a uma partição líquido-liquido como acima, utilizando diclorometano e acetato de etila, levando a dois extratos após serem concentrados sob vácuo em rotaevaporadores a 35 ºC. A análise destes por RMN 1 H (200 MHz mostrou que eram similares quanto aos compostos de interesse quimiossistemático, sendo reunidos em um único, o qual foi estudado posteriormente. Isolamento dos constituintes químicos de S. glutinosa Inicialmente, a fração hexânica (5,0 g obtida das folhas foi submetida à cromatografia em coluna (h x Φ = 45,0 x 4,0 cm de gel de sílica ( mesh e eluída em sistema gradiente de polaridade: hexano 100%, hexano/diclorometano 50%, diclorometano 100%, diclorometano/acetato de etila 50%, acetato de etila 100%, acetato de etila/acetona 50%, acetona 100%, metanol 100%, obtendo-se 17 frações. A fração 11 (597,0 mg foi submetida à cromatografia em coluna (h x Φ = 45,0 x 4,0 cm de gel de sílica ( mesh e eluída em sistema gradiente de polaridade: diclorometano 100%, diclorometano/acetato de etila 0-100%, acetato de etila/acetona 0-100%, acetona/metanol 0-100%, obtendo-se a substância 3 (23,3 mg. A fração 8 (334,0 mg foi submetida à cromatografia em coluna (h x Φ = 45,0 x 4,0 cm de gel de sílica ( mesh e eluída em sistema gradiente de polaridade: diclorometano 100%, diclorometano/ acetato de etila 0-100%, acetato de etila/acetona 0-100%, acetona/ metanol 0-100%, fornecendo outras subfrações. A subfração 8-2 foi purificada em CLAE, coluna Propil-diol, vazão de 2,5 ml min -1, injeção de 200 µl, concentração de 20 mg ml -1, sistema isocrático de eluição: hexano/etanol 9:1 (v/v, obtendo-se a substância 2 (3,6 mg. A fração 3 (126,0 mg foi submetida à cromatografia em coluna (h x Φ = 45,0 x 4,0 cm de gel de sílica ( mesh e eluída em sistema gradiente de polaridade: diclorometano 100%, diclorometano/ acetato de etila 0-100%, acetato de etila/acetona 0-100%, acetona/ metanol 0-100%, obtendo-se a friedelina (7,3 mg. A fração 4 (305,7 mg foi submetida à cromatografia em coluna (h x Φ = 45,0 x 4,0 cm de gel de sílica ( mesh e eluída em sistema gradiente de polaridade: diclorometano 100%, diclorometano/ acetato de etila 0-100%, acetato de etila/acetona 0-100%, acetona/ metanol 0-100%, obtendo-se o 3a-hidroxiglutin-5-eno (56,1 mg. A fração 6 (2,122 g foi submetida à cromatografia em coluna (h x Φ = 45,0 x 4,0 cm de gel de sílica ( mesh e eluída em sistema gradiente de polaridade: hexano/diclorometano 0-100%, diclorometano/acetato de etila 0-100%, acetato de etila/acetona 0-100%, acetona/metanol 0-100%, obtendo-se a mistura dos esteroides sitosterol e estigmasterol (identificados por CG-EM e mais 8 subfrações. A subfração 6-3 (151,3 mg foi fracionada em coluna cromatográfica, usando Sephadex LH-20, e eluída em sistema isocrático com metanol 100%, obtendo-se mais três subfrações. A subfração (3,7 mg foi purificada em CLAE, usando coluna Propil-diol, vazão de 2,5 ml min -1, injeção de 200 µl, concentração de 6,3 mg ml -1, sistema isocrático de eluição: hexano/etanol 9:1 (v/v, obtendo-se a substância 1 (1,6 mg e 5-hidroxi-7-metoxiflavanona (pinostrobina (1,7 mg. O extrato acetato de etila mostrou perfil químico em RMN 1 H muito similar ao hexânico e, por isto, não foi trabalhado. O extrato n-butanol mostrou a presença de açúcares, os quais não eram de interesse quimiossistemático, assim este também não foi estudado. Inicialmente a fração diclorometano/acetato de etila obtida (42 g dos frutos foi submetida à cromatografia em coluna (h x Φ = 50,0 x 5,0 cm de gel de sílica ( mesh e eluída em sistema gradiente de polaridade: hexano 100%, hexano/diclorometano 50%, diclorometano 100%, diclorometano/acetato de etila 50%, acetato de etila 100%, acetato de etila/metanol 50%, metanol 100%, obtendo-se 9 frações. A fração 2 foi submetida à cromatografia por adsorção em coluna de vidro (f x h = 3 x 45 cm, utilizando como fase estacionária gel de sílica ( mesh e eluída em sistema isocrático hexano/ diclorometano 4:1, que levou a 2 subfrações obtidas após reunião daquelas que mostraram R f similares em cromatoplacas de sílica gel (CCD. A subfração 2-1 foi recromatografada como acima, usando-se hexano/acetona 3:1, fornecendo a substância 6 (12 mg. A subfração 2-2 foi novamente submetida à cromatografia como acima e posteriormente via CLAE semipreparativa. Foi utilizada uma coluna C-18 Phenomenex Luna (250 x 4,6 mm d.i.; 10 µm e eluição com MeOH/CH 2 Cl 2 (7:3, fornecendo as substâncias 7 (8 mg e 8 (5,9 mg. A fração 3 foi submetida à cromatografia em coluna (h x Φ = 50,0 x 5,0 cm de gel de sílica ( mesh e eluída em sistema gradiente de polaridade: hexano 100%, hexano/diclorometano 50%, diclorometano 100%, diclorometano/acetato de etila 50%, acetato de etila 100%, acetato de etila/metanol 50%, metanol 100%, obtendo- -se 3 subfrações. A subfração 3-2 foi submetida à cromatografia via CLAE semipreparativa, utilizando-se uma coluna C-18 Phenomenex Luna (250 x 4,6 mm d.i.; 10 µm e eluição com CH 2 Cl 2, fornecendo as substâncias 9 (13 mg e 10 (9,2 mg. A fração 4 foi submetida à cromatografia em coluna (h x Φ = 50,0 x 5,0 cm de gel de sílica ( mesh e eluída em sistema gradiente de polaridade: diclorometano 100%, diclorometano/acetato de etila 50%, acetato de etila 100%, acetato de etila/metanol 50%, metanol 100%, obtendo-se a substância 2 (5 mg. Os extratos estudados apresentaram melhores resoluções, nos diferentes tipos de cromatografia citados acima, quando foi utilizado o eluente diclorometano. Contudo, os autores atualmente evitam o uso deste solvente devido aos seus problemas à saúde humana e ao meio ambiente. RESULTADOS E DISCUSSÃO O estudo fitoquímico dos extratos das folhas de S. glutinosa levou ao isolamento do flavonoide 5-hidroxi-7-metoxiflavanona (pinostrobina, dos triterpenos 3α-hidróxi-glutin-5-eno e friedelina e das amidas (E-N-metil-cinamamida [(E-N-metil-fenilacrilamida] (1 e N-benzoiltiramina (2, os quais são conhecidos na literatura. 2,6-9 Uma interessante benzoiltiramina inédita, contendo um nor-preniloxil substituinte, também foi obtida neste estudo (3 (Figura 1. Figura 1. Amidas isoladas de S. glutinosa A substância 1 foi isolada como um sólido branco amorfo e no espectro de RMN 1 H foram observados dois sinais em δ 7,36 (3H, m e 7,54 (2H, dd, J = 8,4 e 2,0 Hz, típicos de sistema aromático
3 Vol. 35, No. 11 Novas N-benzoiltiraminas de Swinglea glutinosa (Rutaceae 2183 monossubstituído com livre rotação, sendo estes sinais referentes aos 2H-meta, H-para e 2H-orto, respectivamente. Além desses sinais, foi observada a presença de dois dubletos em δ 7,51 (1H, d, J = 16,0 Hz e 6,57 (1H, d, J = 16,0 Hz, referentes a hidrogênios olefínicos em relação trans. O sinal em δ 7,51 sugeriu uma ligação dupla conjugada à carboxila, característica de derivados do ácido cinâmico, permitindo atribuir os sinais acima: δ 7,36 (H-6,7,8, 7,54 (H-5,9, 7,51 (H-3 e 6,57 (H-2. Constatou-se também um sinal em δ 2,84 (3H, s referente a uma metila ligada a heteroátomo. Dados de EM forneceram o pico do pseudoíon molecular m/z de 162 [M+1] +, compatível com a fórmula molecular C 10 H 11 NO, permitindo a identificação da amida (E-N-metil-cinamamida (1. Esta amida foi isolada anteriormente nas folhas de Clausena lansium. 8 A substância 2 foi isolada como um sólido branco amorfo e no espectro de RMN 1 H foram observados dois dubletos integrando para dois hidrogênios cada em δ 7,10 (2H, d, J = 8,5 Hz e 6,60 (2H, d, J = 8,5 Hz, com acoplamento orto característicos de anel aromático para-dissubstituído, e foram atribuídos aos H-2/6 e H-3/5, respectivamente. Os sinais em δ 7,68 (2H, d, J = 6,8 Hz, 7,48 (1H, m e 7,40 (2H, d, J = 7,4 Hz sugeriram a presença de um segundo anel aromático, porém, monossubstituído, permitindo atribuir estes sinais, respectivamente, aos H-2 /6, H-4 e H-3 /5. O espectro de RMN 1 H ainda mostrou um tripleto, integrando para dois hidrogênios em δ 2,87 (2H, t, J = 6,8 Hz, e um quadrupleto integrando para dois hidrogênios, em δ 3,69 (2H, q, J = 6,8 Hz. O espectro de massas obtido por CG-EM mostrou o pico do íon molecular m/z 241 (Figura 2 e os fragmentos em m/z 134 (C 8 H 8 NO, e 105 (C 7 H 5 O, sugerindo a presença de uma unidade benzamida e permitindo propor a fórmula molecular C 15 H 15 NO 2. O espectro de RMN 1 H também mostrou dois singletos largos em δ 6,10 (1H, sl e 5,00 (1H, sl, os quais foram atribuídos a N-H e O-H, respectivamente, permitindo posicionar esta hidroxila em um anel fenila. Na posição para a esta hidroxila foi posicionado um grupo etila, ao qual foram associados os sinais em δ 2,87 e 3,69 discutidos acima. Assim, a substância 2 foi definida como a N-benzoiltiramina (2, a qual foi isolada anteriormente dos frutos de Limonia acidissima. 2,9 A substância 3 foi isolada como um sólido branco amorfo e nos espectros de RMN 1 H e 13 C mostrou um padrão de sinais semelhantes à amida 2, sugerindo tratar-se de um derivado com o núcleo N-benzoiltiramida. Entretanto, o espectro de RMN 1 H (Tabela 1 também mostrou dois tripletos em δ 4,22 (t, J = 6,3 Hz e 2,91 (t, J = 6,3 Hz, os quais acoplavam entre si e no HSQC correlacionaram com os sinais em δ 62,9 e 42,6, respectivamente. No experimento de HMBC o sinal em δ 4,22 mostrou correlação com o sinal em δ 157,2. Este sinal δ 157,2 foi atribuído ao C-1 do núcleo N-benzoiltiramina, indicando um grupo etoxila nesta posição. No espectro de RMN 1 H foi observado um singleto típico de metila em δ 2,24 (3H, s. No experimento de HMBC este sinal de metila e os dois referentes a dois metilenos em δ 4,22 e 2,91 mostraram correlação com um sinal em δ 206,4 característico de carbonila, sugerindo como substituinte em C-1 um grupo butoxil-3-ona. A análise da substância 3 em CG- EM mostrou o pico do íon molecular em m/z 311 e fragmentos em m/z 296 indicando perda de metila, m/z 268, o qual sugere perda de MeCO, e outro em m/z 240, o qual indica perda da cadeia (C 4 H 7 O; m/z ligada ao oxigênio de C-1 (Figura 2, confirmando o substituinte em C-1 como o grupo butoxil-3-ona. O seu espectro de massas de alta resolução forneceu o pseudoíon molecular [M + H] + 312,1593, calculado para C 19 H 21 NO 3. Portanto, a substância 3 pode ser definida como N-{2-[4-(butoxil-3-onafenil]etil}benzamida, a qual segundo levantamento na literatura é inédita. Biogeneticamente, a substância 3 pode ser formada a partir da 2 O-prenilada, com posterior formação de epóxido entre C-2 e C-3, e abertura deste levando ao diol. A metila da unidade prenila poderia ter sido oxidada a aldeído e, posteriormente, a ácido carboxílico e, em seguida, sofrer uma eliminação descarboxilativa com simultânea eliminação de água (Figura 3. Figura 2. Proposta de fragmentação para os compostos 2-5 com base nos dados de CG/EM
4 2184 Cerqueira et al. Quim. Nova Tabela 1. Dados de RMN 1 H e 13 C das amidas 3, 8-10 H/C ,2-156,9 157,6 157,2 2 7,14 (d, 8,5 114,7 6,83 (d, 8,4 114,5 6,87 (d, 8,4 114,9 6,87 (d, 7,3 114,9 3 6,87 (d, 8,5 129,7 7,12 (d, 8,2 129,4 7,16 (d, 8,4 129,7 7,15 (d, 7,8 129, ,2 128,1 130,7 130,9 5 6,87 (d, 8,5 129,7 7,12 (d, 8,2 129,4 7,16 (d, 8,4 129,7 7,15 (d, 7,8 129,8 6 7,14 (d, 8,5 114,7 6,83 (d, 8,4 114,5 6,87 (d, 8,4 114,9 6,87 (d, 7,3 114,9 7 2,87 (t, 6,9 34,7 2,84 (t, 6,8 34,4 2,87 (t, 6,8 34,7 2,87 (t, 6,3 34,7 8 3,68 (q, 6,9 41,2 3,62 (q, 6,2 41,2 3,69 (q, 6,6 41,2 3,68 (q, 6,0 41, ,7 167,3 167,5 167, ,6 134,3 134,4 134,4 2 7,67 (d, 7,2 126,7 7,72 (d, 7,2 126,7 7,70 (d, 7,0 126,8 7,70 (d, 7,3 126,7 3 7,37 (d, 7,2 128,5 7,38 (m 128,1 7,41 (m 128,4 7,42 (m 128,4 4 7,46 (m 131,3 7,45 (m 131,0 7,48 (m 131,7 7,48 (m 131,3 5 7,37 (d, 7,2 128,5 7,38 (m 128,1 7,41 (m 128,4 7,42 (m 128,4 6 7,67 (d, 7,2 126,7 7,72 (d, 7,2 126,6 7,70 (d, 7,0 126,8 7,70 (d, 7,0 126,7 1 4,22 (t, 6,3 62,9 4,55 (d, 6,0 64,0 4,56 (d, 6,2 64,3 4,56 (d, 5,8 64,2 2 2,91 (t, 6,3 42,6 5,77 (t, 5,8 122,7 5,79 (t, 5,5 122,2 5,77 (m 120, ,4 136,7 138,1 141,6 3 -Me 1,74 (s 12,7 1,76 (s 13,3 1,74 (s 12,7 4 2,24 (s 30,5 5,36 (t, 6,4 75,3 5,44 (d, 10,1 75,3 3,97 (d, 9,8 73,8 5 1,91 (m 32,2 35,5 1,8 (m 35,6 6 2,71 (t, 6,0 60,4 3,33 (d, 10,4 73,4 4,99 (d, 9,9 77,2 7-57,6 72,4 71,8 8 1,25 (s 18,5 1,16 (s 23,5 1,22 (s 25,7 7 -Me 1,26 (s 24,2 1,23 (s 26,1 1,22 (s 25,7 COMe 2,06 (s 20,8 2,11 (s 21,1 2,14 (s 20,9 COMe 169,8 171,3 171,8 N-H 6,09 (sl Dados em parênteses correspondem às multiplicidades e valores de J em Hz. Atribuições realizadas baseando-se em experimentos HSQC e HMBC. Figura 3. Proposta biogenética para a amida 3 Considerando esta possibilidade, os intermediários aldeído e ácido carboxílico poderiam estar presentes nos extratos das folhas estudados. Na tentativa de reforçar esta proposta, estes intermediários foram avaliados usando-se a cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas no modo de análise por monitoramento seletivo de íons (CG/EM-MSI. Foram utilizadas as amidas 2 e 3 como padrão de fragmentação, as quais levaram aos íons m/z 77, 105, 120, 134, 254, 311, os quais caracterizam bem o esqueleto N-benzoiltiramina e o substituinte preniloxil em C-1 (Figura 2. Para a detecção dos possíveis intermediários foram analisadas as frações anterior (FH- 10 e posterior (F-12 àquela (F-11 de onde foi isolado a amida 3. A fração hexânica (FH-10 não havia sido estudada por conter pequena quantidade em massa. Contudo, em análise por CG/EM-MSI mostrou a presença dos íons selecionados em um dos seus picos cromatográficos, o qual levou a um EM (Figura 7S, material suplementar cujos fragmentos (Figura 2 permitiram propor a estrutura da amida N-{2- [4-(2,3-di-hidroxi-2-metil-butoxilanalfenil]etil}benzamida (4. O íon molecular m/z 357 confirmou a massa esperada para a amida 4 e o fragmento m/z 356 [M-1] reforçou a presença da função aldeído na cadeia lateral, pois em substâncias com esta função é comum perder hidrogênio radicalar, resultando em um fragmento [M-1]. A fração FH-12 também não havia sido estudada por conter pequena quantidade em massa, contudo, em análise por CG/EM- MSI mostrou a presença dos íons selecionados em um dos seus picos cromatográficos, o qual levou a um EM (Figura 8S, material suplementar cujos fragmentos (Figura 2 permitiram propor a estrutura da amida N-{2-[4-(2,3-di-hidroxi-2-metil-butoxiloicofenil] etil}benzamida (5. O íon molecular m/z 373 (Figura 2 confirmou a massa esperada para a amida 5 e o pico m/z 90, formado através de um rearranjo McLafferty, forneceu a base para se propor a presença da amida 5 com a carboxila na cadeia lateral. O estudo fitoquímico dos extratos dos frutos de S. glutinosa levou ao isolamento da amida N-benzoiltiramina (2 e mais cinco (6-10
5 Vol. 35, No. 11 Novas N-benzoiltiraminas de Swinglea glutinosa (Rutaceae 2185 derivados de 2 com substituintes geraniloxilas em C-1 (Figura 1. O composto 6 mostrou dados espectrais de RMN 1 H e 13 C similares à substância 2 e mais três singletos em δ 1,72, 1,67 e 1,60 referentes a metilas vinílicas, dois multipletos característicos de hidrogênios olefínicos em δ 5,48 e 5,09, um multipleto integrando para quatro hidrogênios em δ 2,09 e um dubleto em δ 4,52 (2H, d, J = 6,5 Hz. No experimento de HMBC o sinal em δ H 4,52, atribuído aos 2H-1, mostrou correlação com os sinais de 13 C em δ C 157,6; 119,5 e 123,8, atribuídos ao C-1, C-2 e C-3, respectivamente. O sinal de metila em δ H 1,67, atribuído a 3 -Me, estava correlacionado com os sinais em δ C 119,5 e 123,8, atribuídos aos C-2 e C-3, respectivamente. O HMBC também mostrou correlações de dois sinais de metila em δ H 1,67 e 1,60, atribuídos às 7 -Me e Me-8, com os sinais em δc 141,2 e 131,4, atribuídos aos C-6 e C-7, respectivamente. Estas correlações permitiram atribuir estes sinais a um grupo O-geranila ligado em C-1. O derivado 6 foi definido como a amida N-benzoil- O-geraniltiramina, a qual foi citada na literatura como tendo sido preparada a partir de 2, 10 portanto esta é a primeira vez que esta substância é citada como natural. A substância 7 mostrou dados espectrais de RMN 1 H e 13 C similares à substância 6 e mais um singleto intenso em δ 2,03, característico de metila de um grupo acetila, e um tripleto em δ 5,13 (J = 6,9 Hz referente a um hidrogênio acetilcarbinólico. As correlações observadas no HMBC permitiram posicionar a acetoxila no grupo geranila em C-4 (δ H 5,13, H-4 δ C 122,8, C-2, 137,4 C-3 e 118,8, C-6. Assim, esta amida foi identificada como N-benzoil- O-(4-acetoxil-geraniltiramina, isolada anteriormente também dos frutos desta mesma espécie. 10 Os outros três derivados (8-10 apresentaram dados espectrais muito semelhantes às amidas epóxido-acidissiminol e di-hidroxi- -acidissiminol, isoladas anteriormente dos frutos de Limonia acidissima. 9 A substância 8 mostrou dados espectrais de RMN 1 H e 13 C similares aos da amida epóxido-acidissiminol, porém o sinal do hidrogênio carbinólico se encontrava desblindado em δ 5,36 (t, J = 6,4 Hz, sugerindo a presença de um grupo acetila, o qual foi confirmado analisando-se o sinal de um singleto intenso em δ 2,06 (3H e de uma carboxila no espectro de RMN 13 C (δ 169,8. O HMBC mostrou o sinal desblindado em δ 5,36, atribuído ao H-4, correlacionado aos sinais em δ C 122,7; 136,7 e 60,4, atribuídos aos C-2, C-3 e C-6, respectivamente, permitindo identificar a substância 8 como N-benzoil-O-(4-acetoxil-6,7-epóxi-geraniltiramina. A substância 9 mostrou o sinal de um dos hidrogênios carbinólicos desblindado em δ 5,44 (d, J = 10,1 Hz, sugerindo a presença de um grupo acetoxila. Este sinal, atribuído ao H-4, no HMBC estava correlacionado aos sinais em δ C 122,2; 138,1 e 171,3, atribuídos aos C-2, C-3 e a uma carboxila, respectivamente. Estas correlações mostraram a presença de uma acetoxila, permitiu posicioná-la em C-4 e, assim, identificar a substância 9 como N-benzoil-O-(4-acetoxil-6,7-di-hidroxi-geraniltiramina. A substância 10 mostrou características espectrais similares às de 9, contudo, nos experimentos de HMBC o sinal de hidrogênio carbinólico desblindado em δ 4,99 estava correlacionado com os sinais em δ C 71,8 (carbono quaternário, sem correlação no HSQC e 171,8, enquanto o mais blindado em δ H 3,97 se correlacionava com os sinais em δ C 120,4 e 141,6, atribuídos aos C-2 e C-3, respectivamente. Estas correlações permitiram posicionar a hidroxila em C-4 e a acetoxila em C-6, definindo a substância 10 como N-benzoil-O-(6-acetoxil-4,7-diidroxi-geraniltiramina. As amidas 7-10 foram obtidas do extrato metanólico dos frutos após partição com acetato de etila, levando à incerteza se elas seriam naturais ou produtos de reação com o solvente durante o processo de partição. Mesmo considerando que a reação de O-acetilação tenha sido eficiente, traços dos compostos com a hidroxila correspondente livre teriam sido isolados. Assim, as amidas 8-10 são inéditas e acredita-se serem naturais. A co-ocorrência de N-benzoiltiraminas em Swinglea e Limonia (sin. Feronia mostra a afinidade química entre estes gêneros e confirma a homogeneidade sistemática da subfamília Aurantioideae, pois ambos pertencem a esta subfamília e à mesma tribo Balsamocitrinae. Swinglea também mostra afinidade química com Clausena lansium, gênero da mesma subfamília, mas de outra tribo, Clauseninae, pois ambos compartilham a amida (E-N-metil-cinamamida (1. 8 A literatura cita a presença de vários alcaloides acridônicos em Swinglea, 11,12 os quais também são encontrados em gêneros de Aurantioideae, ou seja, concordando com a homogeneidade da subfamília. MATERIAL SUPLEMENTAR Os espectros de RMN 1 H e 13 C, experimentos de HSQC e HMBC e EM para a substância 3, e EM para 4 e 5 encontram-se disponíveis em em arquivos PDF, com acesso livre. AGRADECIMENTOS À CAPES, CNPq (INCT, / e FAPESP (INCT, 08/ pelas bolsas e apoios financeiros concedidos. REFERÊNCIAS 1. Weniger, B.; Um, B-H.; Valentin, A.; Estrada, A.; Lobstein, A.; Anton, R.; Maillé, M.; Sauvain, M.; J. Nat. Prod. 2001, 64, Gosh, P.; Sil, P.; Das, S.; Thakur, S.; J. Nat. Prod. 1991, 54, Purcaro, R.; Schrader, K. K.; Burandt, C.; DellaGreca, M.; Meepagala, K. M.; J. Agric. Food Chem. 2009, 57, Engler, H. G. A. Em Die Naturlichen Pflanzenfamilien; Engler, H. G. A.; Prantl, K., eds.; Wilhelm Engelmann: Leipzig, 1931, 2 ed., vol. 19a, p Silva, M. F. das G. F. da; Gottlieb, O. R.; Ehrendorfer, F.; Plant Syst. Evol. 1988, 161, Vasconcelos, J. M. J.; Silva, A. M. S.; Cavaleiro, J. A. S.; Phytochemistry 1998, 49, González, A. G.; Ferro, E. A.; Ravelo, A. G.; Phytochemistry 1987, 26, Li, S-H.; Wu, S-L.; Li, W-S.; Chin. Pharm. J. 1996, 46, Ghosh, P.; Ghosh, M. K.; Thakur, S.; Dan, J.; Akihisa, T.; Tamura, T.; Kimura, Y.; Phytochemistry 1994, 37, Dreyer, D. L.; Tetrahedron 1970, 26, Santos, D. A. P.; Vieira, P. C.; Silva, M. F. das G. F. da; Fernandes, J. B.; Rattray, L.; Croft, S.; J. Braz. Chem. Soc. 2009, 20, Severino, R. P.; Guido, R. V. C.; Marques, E. F.; Brömme, D.; Silva, M. F. das G. F. da; Fernandes, J. B.; Adricopulo, A. D.; Vieira, P. C.; Bioorg. Med. Chem. 2011, 19, 1477.
6 Quim. Nova, Vol. 35, No. 11, S1-S4, 2012 NOVAS N-BENZOILTIRAMINAS DE Swinglea glutinosa (Rutaceae # Cristovam do Nascimento Cerqueira, Djalma A. P. dos Santos, Karla da Silva Malaquias, Murilo Marinho de Castro Lima, Maria Fátima das Graças Fernandes da Silva*, João Batista Fernandes e Paulo Cezar Vieira Departamento de Química, Universidade Federal de São Carlos, CP 676, São Carlos SP, Brasil Material Suplementar Figura 1S. Espectro de RMN 1 H da substância 3 (400 MHz, CDCl 3 Figura 2S. Espectro de RMN 13 C da substância 3 (100 MHz, CDCl 3 * dmfs@ufscar.br #Artigo em homenagem ao Prof. Otto R. Gottlieb (31/8/ /6/2011
7 S2 Cerqueira et al. Quim. Nova Figura 3S. Espectro de COSY da substância 3 (400 MHz, CDCl 3 Figura 4S. Espectro de HSQC da substância 3 (400 MHz/100 MHz, CDCl 3
8 Vol. 35, No. 11 Novas N-benzoiltiraminas de Swinglea glutinosa (Rutaceae S3 Figura 5S. Espectro de HMBC da substância 3 (400 MHz/100 MHz, CDCl 3 Figura 6S. Espectro de massas de alta resolução da substância 3: [M+H] +, [M+Na] +, [M+K] +
9 S4 Cerqueira et al. Quim. Nova Figura 7S. A Cromatograma da amostra contendo a substância 4 analisada por CG/EM-MSI; B espectro de massas de 4 por CG/EM-MSI Figura 8S. A Cromatograma da amostra contendo a substância 5 analisada por CG/EM-MSI; B espectro de massas de 5 por CG/EM-MSI
4006 Síntese do éster etílico do ácido 2-(3-oxobutil) ciclopentanona-2-carboxílico
4006 Síntese do éster etílico do ácido 2-(3-oxobutil) ciclopentanona-2-carboxílico CEt + FeCl 3 x 6 H 2 CEt C 8 H 12 3 C 4 H 6 C 12 H 18 4 (156,2) (70,2) (270,3) (226,3) Classificação Tipos de reações
2017 Obtenção da amida do ácido cinâmico através da reação do cloreto do ácido cinâmico com amônia
217 Obtenção da amida do ácido cinâmico através da reação do cloreto do ácido cinâmico com amônia O O Cl NH 3 NH 2 C 9 H 7 ClO (166.6) (17.) C 9 H 9 NO (147.2) Classificação Tipos de reação e classes de
4002 Síntese de benzil a partir da benzoína
4002 Síntese de benzil a partir da benzoína H + 1 / 2 2 VCl 3 + 1 / 2 H 2 C 14 H 12 2 C 14 H 10 2 (212,3) 173,3 (210,2) Classificação Tipos de reações e classes de substâncias oxidação álcool, cetona,
4005 Síntese do éster metílico do ácido 9-(5-oxotetra-hidrofuran- 2-ila) nonanóico
4005 Síntese do éster metílico do ácido 9-(5-oxotetra-hidrofuran- 2-ila) nonanóico H (CH I 2 ) 8 C + 3 C CH 2 CH 3 H 3 C (CH 2 ) 8 CH 3 CH 2 I C 12 H 22 2 C 4 H 7 I 2 C 14 H 24 4 C 2 H 5 I (198,3) (214,0)
4001 Transesterificação do óleo de mamona em ricinoleato de metila
4001 Transesterificação do óleo de mamona em ricinoleato de metila Classificação Tipos de reações e classes de substâncias. Reação do grupo carbonila de derivados do ácido carboxílico, trans-esterificação,
4023 Síntese do éster etílico do ácido 2-cicclopentanona carboxílico a partir do éster dietílico do ácido adípico
NP 4023 Síntese do éster etílico do ácido 2-cicclopentanona carboxílico a partir do éster dietílico do ácido adípico NaEt C 10 H 18 4 Na C 2 H 6 C 8 H 12 3 (202,2) (23,0) (46,1) (156,2) Classificação Tipos
4028 Síntese de 1-bromodecano a partir de 1-dodecanol
4028 Síntese de 1-bromodecano a partir de 1-dodecanol C 12 H 26 O (186.3) OH H 2 SO 4 konz. (98.1) + HBr (80.9) C 12 H 25 Br (249.2) Br + H 2 O (18.0) Classificação Tipos de reações e classes das substâncias
3003 Síntese de 2-cloro-ciclohexanol a partir de ciclohexeno
3003 Síntese de 2-cloro-ciclohexanol a partir de ciclohexeno _ + SO 2 NCl Na OH H 2 SO 4 + x 3 H 2 O + Cl CH 3 SO 2 NH 2 CH 3 C 6 H 10 (82.2) C 7 H 13 ClNNaO 5 S (281.7) (98.1) C 6 H 11 ClO (134.6) C 7
3005 Síntese de 7,7-diclorobiciclo [4.1.0] heptano (7,7- dicloronorcarano) a partir de ciclohexeno
00 Síntese de,-diclorobiciclo [..0] heptano (,- dicloronorcarano) a partir de ciclohexeno + CHCl NaOH tri-n-propylamine CCl + HCl C H 0 (8.) (9.) NaOH C 9 H N C H 0 Cl (0.0) (.) (.) (.) Classificação Tipos
2005 Síntese da acetonida do meso-1,2-difenil-1,2-etanodiol (2,2- dimetil-4,5-difenil-1,3-dioxolana)
2005 Síntese da acetonida do meso-1,2-difenil-1,2-etanodiol (2,2- dimetil-4,5-difenil-1,3-dioxolana) Ph H H H H Ph + H 3 C CH 3 - H 2 FeCl 3 H Ph H Ph H 3 C CH 3 C 14 H 14 2 (214.3) C 3 H 6 (58.1) (162.2)
4004 Síntese de γ-decalactona a partir de 1-octeno e éster etílico do ácido iodoacético
NP 4004 Síntese de γ-decalactona a partir de 1-octeno e éster etílico do ácido iodoacético + I CH 2 CH 3 Cu + CH 3 CH 2 I C 8 H 16 C 4 H 7 I 2 C 10 H 18 2 (112,2) (214,0) (63,6) (170,3) C 2 H 5 I (156,0)
5026 Oxidação do antraceno à antraquinona
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1011 Síntese do 1,4-di-terc-butil benzeno a partir do terc-butil benzeno e cloreto de terc-butila. + Cl AlCl 3 C 10 H 14 (134.) C 4 H 9 Cl C 14 H (9.6) (133.3) (190.3) Classificação Tipos de Reações e
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2011 Síntese do L-(+)-tartarato de dietila a partir do ácido L- (+)-tartárico e etanol catalisada por ácido O H HO O C C OH OH H OH O O CH C 3 Amberlyst 15 H OH + 2 H 3 C OH + 2 H HO H 2 O C O O CH 3 C
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4010 Síntese de p-metoxiacetofenona a partir do anisol O C 3 + O O C 3 O C 3 Zeolith O C 3 + C 3 COO O C 3 C 7 8 O (108,1) C 4 6 O 3 (102,1) C 9 10 O 2 (150,2) C 2 4 O 2 (60,1) Classificação Tipos de reação
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NP 4013 Síntese de benzalacetofenona a partir de benzaldeído e acetofenona KSF/ + + H 2 C 8 H 8 C 7 H 6 C 15 H 12 (120.2) (106.1) (208.3) Classificação Tipos de reações e classes das substâncias reação
3015 Síntese de iodociclohexano a partir de ciclohexano e iodofórmio
5 Síntese de iodociclohexano a partir de ciclohexano e iodofórmio + CHI NaOH I C 6 H (8.) CHI (9.7) (.) C 6 H I (.) Referências Bibliográficas P. R. Schreiner, O. Lauenstein, E. D. Butova, and A. A. Fokin,
2004 Redução diastereosseletiva de benzoina com boro-hidreto de sódio a 1,2-difenil-1,2-etanodiol
24 Redução diastereosseletiva de benzoina com boro-hidreto de sódio a 1,2-difenil-1,2-etanodiol OH O NaBH 4 H HO OH meso H + H OH H OH racemic C 14 H 12 O 2 (212.3) (37.8) C 14 H 14 O 2 (214.3) Referência
2030 Reação do brometo de (carbometoximetil) trifenilfosfônio com benzaldeído
23 Reação do brometo de (carbometoximetil) trifenilfosfônio com benzaldeído H P Br + H NaH + H H H CH 3 + PPh 3 + NaBr CH 3 C 2 H 2 Br 2 P C 7 H 6 (45,3) (6,) (4,) C H 2 (62,2) CH 3 C 8 H 5 P (278,3) NaBr
4024 Síntese enantioseletiva do éster etílico do ácido (1R,2S)-cishidroxiciclopentano-carboxílico
4024 Síntese enantioseletiva do éster etílico do ácido (1R,2S)-cishidroxiciclopentano-carboxílico H levedura C 8 H 12 3 C 8 H 14 3 (156,2) (158,2) Classificação Tipos de reação e classes de substâncias
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