A REABILITAÇÃO DE FRENTES DE ÁGUA COMO MODELO DE VALORIZAÇÃO

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1 A REABILITAÇÃO DE FRENTES DE ÁGUA COMO MODELO DE VALORIZAÇÃO TERRITORIAL Ana Estevens Centro de Estudos Geográficos, Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa El rio fuye sin alterar su forma, o sin necesidad de alterarla; es distinto siendo aparentemente el mismo Cada momento el rio es otro.... Si el rio es lo fugaz o huidizo, porque se mueve cambiando, es perfectamente explicable que se le compare a la vida, que fluye sin retorno. Es una de las imágenes más humanistas del paisaje. Nuestras vidas son los rios.... De esto se deduce que el rio debe fluir. Si no, es una cinta verde; puro elemento estético de color y varidad. No es menester que lleve mucho agua, sino que fluya. Aunque nadie navegue por él, ha de ser un camino en movimiento. Los rios excesivamente mansos tienen el alma muerta de los canales, los estanques y las charcas. La fauna de éstas es la rana; la de rios, el pez. Munian, 1945 Introdução A relação entre a cidade e o porto sempre foi muito estreita. Na sequência da capacidade de atraírem diferenciadas actividades económicas, os portos desencadearam formas de povoamento específicas diferentes de todo o processo de urbanização do litoral. Neste contexto, os portos foram durante um longo período o centro geográfico e funcional da cidade, tendo-se estruturado o tecido urbano a partir do cais. Contudo, a partir da segunda metade do Século XX, mudanças económicas associadas ao declínio da actividade portuária enfraqueceram a tradicional relação entre cidades e portos (VAN DER KNAAP and PINDER, 1992). Com a desactivação e relocalização 1

2 industrial associadas à diminuição das actividades portuárias e logísticas afins e o desenvolvimento de novas tecnologias, libertaram-se importantes áreas ribeirinhas, tendo muitas destas estruturas dado origem a espaços obsoletos e inúteis e muitas vezes perigosos. Neste sentido, um pouco por toda a Europa assiste-se ao alastrar do movimento de reabilitação de áreas ribeirinhas desactivadas, numa tendência crescente de (re)desenhar a cidade a partir da sua valorização. Assim, o alastrar desta tendência a par da qualidade e do impacto estruturante dos projectos e acções desenvolvidos, levam muitos especialistas a falar da aproximação à água como um novo modelo de intervenção a partir da lógica de intervenção assumida na reabilitação das frentes de água. Pretende-se com a presente comunicação discutir todo o processo reabilitação de frentes ribeirinhas no contexto da Península Ibérica, analisando-se as principais tendências de evolução do processo de reabilitação no contexto europeu. Dois case studies - Área Metropolitana de Lisboa e Área Metropolitana de Barcelona - serão apresentados como projectos de intervenção da Península Ibérica, demonstrando a importância deste modelo para a valorização de áreas em decadência, e a sua capacidade para atraírem e concentrarem novas funções actividades. 1. A reabilitação de frentes de água A reabilitação das frentes de água é um processo que se generalizou nas áreas urbanas norte-americanas e que se difundiu pela Europa e pela Ásia. É um processo de substituição das antigas áreas industriais e comerciais ribeirinhas por novos espaços de serviços, habitação, áreas de lazer e equipamentos (HOYLE, 1992). A implantação dos grandes projectos de reabilitação teve origem nos Estados Unidos da América no final dos anos 50, nas cidades de Baltimore e Boston. Seguidamente foi nas cidades canadianas de Toronto e Montreal que se desenvolveram projectos semelhantes, e só mais tarde, nos anos 80, se implantou em Londres o conhecido projecto das Docklands. HOYLE (1992) afirma que mais cedo ou mais tarde todas as cidades norteamericanas com uma frente de água urbana vêm intervindo no sentido de uma redescoberta e de uma reestruturação das zonas de referência (cidades portuárias e frentes ribeirinhas). 2

3 É importante começar por conhecer as mudanças estruturais que se registaram na economia durante o século XX, para melhor se compreender todo o processo de reabilitação de frentes de água. Entre 1950 e 1960 observa-se um crescente abandono dos extensos quilómetros de frentes urbanas ribeirinhas. Este facto ocorreu com a transição, durante o período pós Segunda Guerra Mundial, para novas tecnologias de transporte de mercadorias e contentores, tornando obsoletos os meios de transporte cargueiros tradicionais. Esta transição foi pioneira nos EUA. Segundo MOLLENKOPF (1983), é também importante associar a reabilitação de frentes de água ao facto desta ocorrer em cidades onde se regista uma transição económica pós-industrial (de indústria pesada para indústria centrada nos serviços, informação e alta tecnologia), como Boston, S. Francisco, Nova York ou Baltimore. A partir da II G.M., a indústria e o comércio portuário decresceram, surgindo uma variedade de sectores de serviços na economia local (serviços comerciais, de saúde, de educação, de desenvolvimento industrial, turismo e administração local), desenvolvendo-se assim, um novo conjunto de cidades pós-industriais. H.D.BARATA (1996), citando TUNBRIDGE (1998), refere que a reestruturação dos antigos portos se integrou nos movimentos ligados à reabilitação dos centros históricos, ao processo de reorganização da economia urbana orientada para os serviços, à melhoria das condições ambientais e à despoluição das águas e da atmosfera. Neste sentido, e de acordo com ROBERT (2000), a reabilitação urbana é conduzida por (i) uma transição económica, (ii) interesse pelo ambiente social, (iii) obsolescência física e novas exigências territoriais, (iv) qualidade ambiental e desenvolvimento sustentável. Fazendo o paralelismo entre o processo de reabilitação de centros históricos e de frentes de água, o autor refere que a última é forçada pelo encerramento dos portos, desindustrialização, abandono do solo e desejo de espaços públicos (HOYLE et al., 1992; BRUTTOMESSO, ed. 1991; BREEN and RIGBY, 1997) As frentes de água tornaram-se assim, áreas que adjacentes à esfera do comércio central, estão desocupadas e decadentes, em consequência da obsolescência tecnológica dos equipamentos portuários e à desindustrialização. Estes locais tornaram-se, assim, prioritários em todo o processo de reabilitação. MANN (1988), refere dez tendências que estão na origem do movimento de reabilitação de frentes ribeirinhas nos EUA: 1. Oferta de grande diversidade de usos; 3

4 2. Forte procura do público de margens livres e acessíveis; 3. Afastamento das infra-estruturas viárias e substituição por usos pedonais; 4. Recuperação de margens de pequenos cursos de água e canais; 5. Recuperação de património cultural e histórico; 6. Criação de espaços públicos de carácter comercial; 7. Sítios de exposições e eventos culturais; 8. Locais de instalação de elementos artísticos; 9. Oportunidade para realização de festivais e outros acontecimentos artísticos; 10. Promoção de regulação urbanística. As tendências referidas para os EUA ocorrem, também, um pouco por toda a Europa. Este é o denominado síndroma Cinderela, em que se verifica a manifestação do interesse público e das autoridades no sentido da requalificação de áreas anteriormente degradadas, obsoletas ou subutilizadas, tendo em vista o desenvolvimento de um carácter urbano, paisagístico, cultural e de lazer que responda às novas solicitações que se colocam à sua fruição (Urban Wildlife Research Center, 1981). Segundo H.D.BARATA (1996), a reabilitação dos espaços portuários foi assumida, durante os anos 70 e sobretudo 80 em muitas cidades, como a intervenção urbana de maior vulto, despertando a atenção de muitos agentes com interesses por vezes divergentes: autoridades públicas, cidadãos utentes, organismos portuários, grupos profissionais ligados ao planeamento urbano e investidores privados. 2. Um novo modelo de intervenção espacial A reabilitação das frentes de água e dos antigos espaços portuários constitui uma tendência na transformação das cidades Ocidentais, levando-as, muitas vezes, a um projecto urbano assente no modelo City Beautiful, como foram na sua época os boulevards do Século XIX (BRANDÃO, 2004). Para SIEBER (1999), as novas estéticas ambientais e de planeamento estabelecem a água como um elemento central, que muitas vezes serve de pano de fundo na paisagem urbana. Assim, têm-se registado esforços de reabilitação das frentes de água, sendo na Era pós-industrial que este facto ganha importância. O declínio de indústrias pesadas e a 4

5 transição para uma economia com base nos serviços fazem com que estas preocupações se tornem evidentes. A redescoberta do valor paisagístico e ambiental das frentes de água, associada à possibilidade da aproximação da população à água, tem-se convertido num novo modelo de urbanização contemporânea. Neste contexto, muitas têm sido as cidades que nos últimos anos têm desenvolvido estratégias de ordenamento territorial nestes espaços. Nesta perspectiva, há uma nova forma de olhar para o espaço existente, mais atenta à paisagem e aos processos de sustentabilidade do território. Os actuais projectos urbanos em diversas cidades demonstram que a reabilitação das áreas ribeirinhas é um guia chave para interpretar a lógica sobre a qual se apoia a reconstrução destes espaços europeus. Actualmente, o novo papel económico deste espaços reflecte-se nas novas iniciativas da sua gestão. A reabilitação ribeirinha atrai progressivamente a população, surgindo novas actividades. Através deste processo é possível satisfazer os desafios de reestruturação económica e ambiental, melhorar a qualidade da água, gerindo as ameaças colocadas pela poluição da água, implementar novas estratégias de ordenamento, melhorar a extensão do acesso público à área ribeirinha e encorajar a participação pública no processo de gestão desta áreas. 3. A Área Metropolitana de Lisboa e a reabilitação de frentes de água Este ponto tem como objectivo dar uma visão geral da dinâmica do desenvolvimento urbano e da reabilitação de frentes de água na Área Metropolitana de Lisboa (AML). Contudo, são necessárias algumas observações introdutórias para clarificar a relação entre estes pontos. A AML é constituída por 18 municípios e, de acordo com os Censos de 2001, tem uma população residente de habitantes, cerca de 27,18% da população do Continente (INE, 2001). Tem uma área de costa com importantes características naturais, culturais e paisagísticas. De um modo geral, a costa Atlântica é composta por arribas, formações dunares e extensos areais, com perto de 20 Km de comprimento, incluíndo os dois estuários, do Tejo e do Sado, que gozam de uma considerável biodiversidade. 5

6 Fig. 1 A Área Metropolitana de Lisboa Apesar da elevada concentração populacional na AML observa-se que na cidade de Lisboa propriamente dita se tem vindo a verificar uma perda de população. A diminuição da população teve início com o processo de suburbanização, que a crescente terciarização da cidade veio reforçar, remetendo para as periferias a sua função residencial. As estatísticas apontam para um acentuar dos níveis de envelhecimento demográfico nos bairros mais centrais da cidade. Por outro lado, assiste-se a um aumento populacional nos concelhos periféricos na sequência do desenvolvimento do sistema de transportes e de redes viárias. Esta tendência de crescimento urbano macrocéfalo emergiu no pós-guerra nas grandes cidades dos países industrializados, tendo sido desencadeada pela concentração das actividades económicas nos centros urbanos. Ao processo de terciarização corresponde uma dinamização do emprego, um deslocamento da função residencial para a periferia e a um abandono de diversos espaços, nos quais encontramos as frentes urbanas ribeirinhas. Emergem assim, concelhos dormitório : primeiro na margem Norte (a partir dos anos 40), ao longo dos eixos ferroviários; e mais tarde (anos 60) na margem Sul, com a abertura da Ponte 25 de Abril, com a auto-estrada do Sul e com as vias rápidas da Caparica e do Barreiro. Contudo, a elevada e crescente densificação de construção residencial nova nas periferias, não foi acompanhada por quaisquer políticas de reconstrução e reabilitação dos espaços e dos edifícios abandonados, ao contrário do que já se verificava entre os parceiros 6

7 europeus ao nível do investimento na criação de uma dinâmica de desenvolvimento urbano sustentável. O elevado crescimento urbano, a par da ausência ou da fraca qualidade de planeamento, deu origem a uma paisagem urbana desequilibrada e desqualificada no que se refere à qualidade de vida urbana, à degradação de recursos e dos processos naturais e paisagísticos. No seguimento de toda esta dinâmica, colocaram-se e colocam-se alguns problemas no espaço urbano, podendo-se referir, para exemplo, a carência de espaços verdes urbanos de recreio e lazer para exemplo. Neste contexto, os municípios, a Administração do Porto de Lisboa e o Governo têm procurado dar resposta a todas estas preocupações. Têm desencadeado diversas acções e projectos de reabilitação urbana e ambiental, visando devolver o rio à população. Contudo, o planeamento municipal é muitas vezes feito de costas voltadas para os concelhos contíguos, não tendo em conta aspectos de complementaridade e/ou continuidade territorial. Deste modo, é necessário desenvolver e ter em conta estudos básicos e processos de planeamento integrado, a nível municipal e supramunicipal, para o estabelecimento de um lógica de ordenamento com vista a alcançar um desenvolvimento sustentável do território. Como foi referido anteriormente, o processo de reabilitação das frentes de água, inserido num movimento internacional, surgiu para dar resposta às modernas exigências de compatibilização entre os efeitos espaciais negativos da evolução económica e a necessidade da salvaguarda da qualidade urbana e ambiental. Neste contexto, assistimos, actualmente, em todo o território ribeirinho metropolitano a diversas mudanças urbanas e as áreas ribeirinhas são de certo modo o seu case study. Numa tentativa de devolver o rio à população têm-se desenvolvido projectos de intervenção urbanística enquadrados em princípios de sustentabilidade, respeitando o ambiente e as especificidades das áreas ribeirinhas. A paisagem da AML permite-nos encontrar os elementos e os sistemas básicos necessários para a recriação duma nova paisagem cuja sustentabilidade dependerá de princípios, valores, formas e recursos, também presentes na relação de proximidade com a natureza e na dinâmica próprias de todo o território. Seguindo de certa forma este princípio os municípios da AML têm desenvolvido esforços com o objectivo de (re)criar novos espaços. Nesta perspectiva, torna-se de extrema importância saber conjugar o desenvolvimento dos modos de vida emergentes na sociedade 7

8 contemporânea com as condições ambientais e com os recursos ambientais que respondem aos novos consumos urbanos, de cultura, lazer e recreio. Neste contexto, as frentes de água ganham uma crescente importância social, cultural e económica, e ganham uma posição central nas estratégias e políticas territoriais das cidades costeiras europeias. Dos municípios que constituem a AML, 16 têm frentes de água, 6 com frentes costeiras e 10 com os estuários dos rios Tejo ou Sado. Daqui se pode depreender a importância que a água deverá adquirir nas políticas municipais e metropolitanas. Em Portugal, a redescoberta das frentes de água como espaços de valorização urbana, deu-se a partir do final dos anos 80. Contudo, o grande impulso verificou-se com a realização da EXPO 98 e com o projecto do Parque das Nações. Fig.2 EXPO 98 (Lisboa) A EXPO 98 serviu, de certo modo, de alavanca para o projecto do Parque das Nações. Este espaço estende-se por 5 km ao longo da frente ribeirinha do estuário do Rio Tejo. Pretendeu-se revalorizar a relação da cidade com o Rio, recuperarando o ambiente e a paisagem, reconverteendo os usos desta área, assegurarando a integração deste espaço 8

9 no tecido da "cidade" e a participação na sua identidade, de forma a constituir uma nova centralidade na área metropolitana de Lisboa. Este projecto constituiu assim, não só uma oportunidade de reabilitação urbanística e ambiental, mas também de modernização e internacionalização da Área Metropolitana de Lisboa. No contexto da AML, nos últimos 10 anos, com o incentivo de programas estatais, enquadrados no QCA III - como o Programa Polis - surgiram diversos planos e projectos municipais centrados nas frentes de água. Estes tiveram por objectivo a reabilitação urbana e ambiental, e a valorização do recreio e do lazer junto à água. Muitos foram os municípios que desenvolveram projectos com uma visão de conjunto, permitindo uma articulação de temas e conteúdos, e a compatibilização dos diversos usos e ocupações destes espaços. Estes municípios desenvolveram estudos e programas para as respectivas frentes de água, permitindo dar uma articulação e equilíbrio programático aos diversos projectos. A título de exemplo, podemos referir o plano de conjunto para a Baía do Seixal, o programa para a Frente Ribeirinha de Mar da Costa da Caparica, ou o programa PROTEJO para a Orla Ribeirinha do Concelho da Moita. Fig. 3 Almada e Cacilhas 9

10 As linhas estratégicas e o modelo territorial do PROTAML são tomados como referências de partida na medida em que se dá especial importância ao tema da água, das frentes de água e ao Estuário do Tejo. O PROT estabelece nos seus objectivos de estratégia territorial recentrar a Área Metropolitana no Estuário do Tejo, salvaguardando os valores naturais e as áreas protegidas e desenvolver a Grande Lisboa, cidade de duas margens. Assim, observa-se um afirmar do Estuário do Tejo como espaço central da estrutura metropolitana, valorizando-se a presença da Água como recurso e como valor ambiental e paisagístico estratégico, e o Estuário do Tejo como espaço de diferenciação territorial e de identificação e coesão metropolitanas, através de instrumentos de gestão territorial. Neste contexto, a aposta na reabilitação do Estuário do Tejo pode constituir o ponto chave para a valorização internacional do papel da água e das frentes de água na AML, o que funcionará como motor de valorização de todas as frentes de água da região (BRANDÃO, 2004). Assim, e perante uma ampla gama de possibilidades e de oportunidades, criam-se novos espaços de interface entre a vida urbana e os espaços naturais costeiros e estuarinos. 4. A reabilitação de frentes de água em Espanha: o caso da Área Metropolitana Barcelona É a partir da finais da década de 1970, início da década de 1980, que se assiste ao declínio da actividade industrial em Espanha, tal como acontecia um pouco por toda a Europa e já tinha acontecido uma década mais cedo na América do Norte. A Área Metropolitana de Barcelona é um exemplo disso. Nesta década assiste-se em Barcelona ao abandono de vastas áreas, de armazéns, de equipamentos diversos e das instalações industriais que funcionavam no porto. O aparelho produtivo desta cidade portuária entrou assim em declínio, originando paralelamento graves problemas a nível urbanístico. No contexto social, o desemprego alcança níveis elevados, acentuando os problemas sociais e a exclusão social. Neste contexto, tornou-se prioritária para a cidade uma estratégia de reorientação económica que reconvertesse todo esta área abandonada e a devolvesse à cidade e aos seus residentes. Neste sentido desde 1987 que o centro histórico de Barcelona desenvolve um Plano de Reabilitação Integral ao nível de vários sectores: urbanismo, habitação, segurança, bem-estar social, revitalização económica e mobilidade. A par deste plano muitos outros projectos e parcerias se desenvolveram. A operação Olímpica foi um desses 10

11 projectos. Este proceso constituiu uma reestruturação para toda a Área Metropolitana em geral e para o litoral em particular. Este processo de reestruturação foi impulsionado, sobretudo, pelo sector público, nomeadamente pelas entidades nacionais, regionais e locais. Com este projecto, as entidades promotoras pretenderam abrir a cidade ao mar destruindo a cintura portuária e construindo um passeio marítimo pedonal. Foi criado um balcão sobre o mar, hierarquizando-se subterraneamente o tráfego automóvel. Outras intervenções são também dignas de nota como a construção da Vila Olímpica, em 1992, como conceito de reconstrução da cidade interior. Pretendeu-se com esta acção recuperar a fachada litoral de Barcelona transformando a área do Poble Nou em novo quarteirão marítimo (Vila Olímpica) e distribuindo as instalações olímpicas por quatro sectores distintos da cidade, no sentido de associar benefícios sociais a todos os cidadão: colina de Montjuich, parque marítimo, Diagonal e Vall d Hebron (Malta, 1999). Esta nova paisagem urbana é marcada pela consolidação de Barcelona como cidade costeira. Esta transformação foi importante para toda a área reabilitada mas também pelo efeito de contágio que teve em relação às áreas contíguas. Este facto faz com que áreas históricas, como a parte medieval da cidade (Port Veill), e os bairros antigos de trabalhadores que se encontravam degradados (Poblenou e Barceloneta) fossem tidos em conta em todo o processo. Todo este processo foi apoiado no modelo norte-americano da década de 1940 que apostava nas actividades culturais e recreativas, no comércio, em edifícios para o sector terciário, em espaços e passeios públicos. Contudo, e apesar de ser um modelo antigo, conseguiu que toda a área litoral e portuária fosse reabilitada, sendo ao mesmo tempo catalizadora da transformação global da cidade (Malta, 1999). Pode mesmo dizer-se que é um projecto de e para a cidade, revelando um saber fazer e constituindo um modelo possível para muitas cidades europeias. 5. Síntese conclusiva A valorização da água e das frentes de água numa escala metropolitana exige, no quadro institucional, a convergência e a concertação de estratégias, políticas, projectos e procedimentos das diversas entidades que têm a tutela e intervêm nestes espaços. Contudo, o que se verifica actualmente é que esta situação não se verifica, permanecendo a ideia de que as áreas ribeirinhas são áreas de dificuldade e espaços onde convergem as divergências institucionais. Contudo, podem tornar-se áreas actractivas, reconquistando os espaços portuários antes abandonados. 11

12 Os dois casos apresentados são exemplo disso. A par do projecto da Expo 98, encontrámos no outro caso apresentado a operação Olímpica em Barcelona. Se a Expo 98 conseguiu que uma área obsoleta e degradada fosse reabilitada e requalificada urbanistica e ambientalmente, o mesmo se pode dizer do que aconteceu na criação da Vila Olímpica de Barcelona. A criação de Vila Olímpica numa antiga área industrial permitiu a reestruturação de todo o tecido urbano de Barcelona recuperando-se o traçado de Cerdá. Em resumo, pode dizer-se que o caso da experiência de Barcelona, ao longo da década de 1980 e início da década de 1990, pode ser visto como uma nova estratégia de projecção e gestão urbana, vindo superar o impasse que se criou durante a década de Lisboa, tal como muitas outras cidades europeias, procuraram ou procuram uma estratégia similar, um projecto urbano que parte das raízes da própria cidade assegurando uma visão a longo prazo, contemplando estratégias compatíveis com a cidade tradicional (Busquets, 2003). Neste contexto de reabilitação de frentes ribeirinhas, e tendo em conta que a questão institucional é central no processo de transformação das frentes de água e que actualmente muitas foram as entidades que desenvolveram projectos nestas áreas, devem ser tidos em conta alguns pontos: desenvolver programas de reabilitação e de requalificação das frentes de água; construir a diversidade de espaços ribeirinhos, contrariando a banalização e a repetição de modelos conhecidos; entender as formas de apropriação e de identificação das populações com esses espaços, tendo visão dinâmica das mudanças sociais e culturais; transformar os espaços ribeirinhos através de projectos inovadores, enquadrados numa visão de conjunto que tenha em atenção todos factores relevantes para o ordenamento do território- diversidade social, histórica, cultural, paisagística e biofísica, por exemplo; ter em conta a abordagem a diversas escalas territoriais (metropolitana, intermunicipal, municipal/ local) e a sua articulação; recuperar de património cultural e histórico; promover a regulamentação urbanística; ligar a cidade à água. 12

13 Bibliografia BARATA, H. D. (1996), O Porto de Lisboa, Estudos para o Planeamento Regional e Urbano, nº44, Centro de Estudos da Universidade de Lisboa, Lisboa BRANDÃO, P. (2004), As ribeirinhas paisagens globais? in Esturium, nº6, Área Metropolitana de Lisboa, Lisboa, pp. 5-8 BREEN, A. and RIGBY, D. (1997) Waterfronts: Cities Reclaim Their Edge, The Waterfront Center, Washington. BRUTTOMESSO, R. (ed.) (1991) Waterfronts: A new frontier for Cities on Water, Città d Acqua, Veneza BUSQUETS, J. (1997) - Los Waterfront de nuevo una prioridad urbanística, in Mediterrâneo, nºs 10 e 11, Institudo Mediterrânico, Faculdade de Ciencias e Tecnologías, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, pp BUSQUETS, J. (2003) - A reabilitação das frentes de água, in Esturium, nº4, Área Metropolitana de Lisboa, Lisboa, pp. 5-8 CHALINE, C. (1999) Avaliação e Reconversão dos Espaços Portuários Abandonados in FERREIRA, V, M; INDOVINA, F. (Org.), A Cidade da Expo 98, Bizâncio, Lisboa, pp FOSTER, J.(1999), Docklands. Cultures in Conflict, Worlds in Collision, UCL Press, London. GASPAR, J. (1999), As frentes e água no contexto estratégico do desenvolvimento da A.M. Lisboa, in FERRREIRA, V, M.; INDOVINA, F(Org.), A Cidade da Expo 98, Bizâncio, Lisboa HOYLE, B. (1989) - The Port- City Interface : Trends, Problems and Examples in Geoforum, Vol 20, Nº4, Pergamon Press, Oxford new York, pp , HOYLE, B.; PINDER, A. (1992) - Cities and the sea: change and development in contemporary Europe, in B. S. HOYLE AND D. PINDER (Eds), European Port Cities in Transition, Belhaven Press, London, pp MALTA, RACHEL RODRIGUÈS (1999) Villes d Espagne en régénération urbaine. Les examples de Barcelona, Bilbao et Madrid, Annales de Géographie, 608, pp Mann, R. B. (1988), Ten Trends in the Continuing Ressaissance of Urban Waterfronts. Landscape and Urban Planning MOLLENKOFOPT, J. H. (1983) The Contested City, Princeton University Press, Princeton 13

14 PINDER, D.; KNAP (1992) - Revitalising the European waterfront: policy evolution and planning issues in B. S. HOYLE AND D. PINDER (Eds), European Port Cities in Transition, Belhaven Press, London, pp ROBERT, P. (2000) The Evolution, Definition and Purpose of Urban Regeneration, in ROBERT and SYKES (ed), Urban Regeneration: A Hand Book, Sage, London SIEBER, R.T. (1999) - Intervenção nas frentes de água das cidades americanas, in FERREIRA, V.M.; INDOVINA, F. (Org.), A Cidade da EXPO 98, Bizâncio, Lisboa, pp SUYKENS, F. (1989) - The City and Its Port an Economic Appraisal in Geoforum, Vol. 20, nº 4, Pergamon Press, Oxford-new York, pp TEIXEIRA, M.B. (1999) - Reconversão de areas urbanas em frentes de água, in Ferreira, V.M.; INDOVINA, F. (Org.), A Cidade da EXPO 98, Bizâncio, Lisboa, pp TUNDERBRIDGE, C. (1988) Policy convergence on the waterfront? A comparative assessment of North American revitalisation strategies, in Revitalizing the waterfront, HOYLE, PINDER AND HUSAIN (Eds.), Belhaven Press, London Urban Wildlife Research Center (1981) Planning for Urban Fishing and Waterfront Recreation, Biological Service Program, Department of the Interior, U.S VIEGAS, L., BRANCO, M., GRANDE (1997) - Contexto, Cenário e impacto das operações de reconversão urbana em frentes de água, in Mediterrâneo, nºs 10 e 11, Instituto Mediterrânico, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, pp.9-19 VILAN, T., CHALINE C. (1997) - La reconquête dês waterfronts: logiques et enjeux de la régéneration urbaine, in Mediterrâneo, nºs 10 e 11, Instituto Mediterrânico, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, pp

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