RESUMO PARA ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DA FAZENDA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "RESUMO PARA ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DA FAZENDA"

Transcrição

1 RESUMO PARA ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DA FAZENDA 1. TRIBUTOS, CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO: De acordo com o art. 3 do CTN, tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Dissecando os cinco elementos de definição do tributo, temos: prestação pecuniária compulsória Significa uma prestação em dinheiro de natureza obrigatória, que visa a assegurar ao Estado os recursos financeiros de que necessita para a consecução de seus objetivos. Tal prestação decorre diretamente da lei. A vontade do contribuinte é irrelevante, daí que até mesmo os incapazes podem ser sujeitos passivos das obrigações tributárias; em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir É dizer que somente a lei pode obrigar o contribuinte a pagar o tributo em moeda corrente do País, então impossível seu pagamento in natura ou in labore. Porém, com o advento da Lei Complementar n 104/2001, que acrescentou o inciso XI ao art. 156 do CTN, admite-se a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei; que não constitua sanção de ato ilícito Importa no pagamento do tributo não se configurar como uma sanção ou uma punição oriunda de um ato ilícito. O tributo decorre sempre de um ato lícito, e não há ato ilícito em se falando de tributo. Quando houver um descumprimento da obrigação tributária, haverá uma multa, que não é tributo, é pena, uma sanção em razão do descumprimento da obrigação tributária. Assim, se há renda auferida em jogo do bicho, ela é tributada de forma normal, regular,

2 pois a obrigação tributária advém da renda nele auferida, e não do ato ilícito em si praticado! Também em razão do Princípio da Universalidade, pelo qual todas as pessoas que auferem renda ou proventos de qualquer natureza estão sujeitas ao Imposto sobre a Renda, exceção feita aos casos de imunidade e isenção; e pelo Princípio do Non Olet, no sentido de que o dinheiro não tem odor e de que não seria justo tributar renda obtida licitamente e deixar de tributar a renda decorrente de atividades ilícitas; instituída em lei Significa dizer que a exigência do tributo é condicionada à lei formal anterior e que traga em seu bojo todos os elementos que caracterizam a exação; cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada É dizer que a cobrança fica vinculada a uma lei, ou seja, não se trata de ato discricionário da Administração Pública. Vale lembrar, ainda, que a natureza jurídica do tributo independe de sua denominação ou de sua destinação (art. 4, I e II, CTN). São espécies de tributos os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria, as contribuições sociais e os empréstimos compulsórios. Previsão constitucional das exações: Impostos, taxas e contribuições de melhoria art. 145, CF; Contribuições sociais art. 149, CF; Empréstimo compulsório art. 148, CF. Com base nos arts. 217 do CTN e 148 e 149 da CF/88, nunca é despiciendo lembrar que as denominações empréstimo compulsório e contribuições sociais são criações da doutrina e da jurisprudência.

3 1.2 - ESPÉCIES: IMPOSTO (art. 145, I, CF) Imposto é modalidade de tributo cujo fato gerador não traz nenhuma atividade estatal que justifique a sua cobrança (art. 16, CTN). É dizer, trata-se de uma exação não vinculada, não dirigida a uma área específica, como saúde, educação ou transporte. Refere-se a uma atividade meramente do particular. Há um agir ou ter do contribuinte, mas nenhuma ação estatal em contrapartida. É, portanto, unilateral. Podem cobrá-lo a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. São eles Imposto de Importação, Imposto de Exportação, IOF, IPI, IR, ITR, Imposto sobre Grandes Fortunas, Imposto Extraordinário de Guerra (art. 154, II), Imposto Residual da União (art. 154, I), Imposto sobre Heranças e Doações (ou causa mortis ), ICMS, IPVA, IPTU, ISS e ITBI. Todos os impostos estão sujeitos ao Princípio da Legalidade, devendo, em regra, sempre serem instituídos por lei ordinária, salvo disposição contrária de lei, tal como a exigência de Lei Complementar para a criação de imposto de competência residual da União (art. 154, I, CF) e Imposto sobre Grandes Fortunas (art.153, VII) TAXAS (art. 145, II, CF) As taxas (art. 77, CTN) representam uma tributação vinculada a uma atividade estatal específica relativa ao contribuinte, podendo tal atividade ser de duas naturezas. Ou em razão do efetivo exercício do poder de polícia (art. 78, CTN), que limita e disciplina direitos e deveres com base no interesse público, regulando questões pertinentes à segurança, higiene, ordem etc. Ou em razão de um serviço público específico e divisível, efetivamente prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição, como água, luz, telefone (art. 79, CTN). Daí porque elas têm este caráter contraprestacional, bilateral ou sinalagmático. Podem cobrá-la a União, os Estados, o DF e os Municípios. Não enseja taxa o serviço público universal (geral), prestado indistintamente à coletividade, como segurança pública, iluminação pública, limpeza pública.

4 Serviços específicos são aqueles que podem ser previamente determinados, destacados em unidades autônomas de fruição, ou seja, em áreas delimitadas de atuação, além de ser relativo somente a determinadas pessoas. Serviços divisíveis são aqueles quantificáveis, suscetíveis de utilização separadamente por seus usuários, de forma individual e mensurável, como a certidão expedida a requerimento do interessado, conta de luz ou de telefone. As taxas não podem ter base de cálculo própria dos impostos. No caso dos impostos, a base de cálculo é o valor do bem ou da renda. Em se tratando de taxas, a base de cálculo é o custo do serviço (art. 145, 2, CF, e art. 77, parágrafo único, CTN). Criadas, modificadas e revogadas sempre via Lei Ordinária CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA (art. 145, III) As contribuições de melhoria são espécies de tributos exigidos para fazer frente ao custo de obras públicas, decorrentes da valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor a cada imóvel resultante da obra (art. 81, CTN). Ex.: o calçamento ou asfaltamento de ruas, iluminação pública, obras contra enchente, instalação de rede elétrica. Trata-se, portanto, de um tributo vinculado, pois há uma atividade estatal específica, que gera uma valorização imobiliária, e que enseja o pagamento dessa contribuição. Instituição por Lei Ordinária, e podem cobrá-la todos os entes políticos tributantes CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS (art. 149, CF) Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico, e de interesse de categorias profissionais ou econômicas. O parágrafo primeiro do art. 149 da CF/88 determina que cabe aos Estados, DF e Municípios instituir contribuições para custeio de sistemas de previdência e assistência social, cobradas de seus servidores e em benefício destes. As contribuições se submetem aos princípios gerais tributários e às limitações constitucionais impostas aos tributos, salvo as contribuições destinadas à Seguridade Social, prevista no art. 195, 6º, da CF, que podem ser cobradas após noventa dias contados da data da publicação da lei que as instituiu ou aumentou. As contribuições sociais que têm como fundamento o art. 149 da CF devem ser criadas por Lei Ordinária, bem como as previstas no art. 195, exceto o disposto no 4º, para as quais se exige Lei Complementar para sua instituição.

5 1.2.5 EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS (art. 148, CF) Trata-se de uma espécie de tributo vinculado à própria despesa para qual ele foi criado. Exige Lei Complementar para a sua instituição, e tão somente a União pode cobrá-lo. Não deve obediência ao Princípio da Anterioridade no caso do inciso I do art. 148, mas o deve na situação descrita no inciso II do referido artigo constitucional. 2. TRIBUTOS DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO: São tributos de competência da União os impostos de Importação, de Exportação, IOF, IPI, IR, ITR, Imposto sobre Grandes Fortunas, Imposto Extraordinário de Guerra (art. 154, II), Imposto Residual da União, Empréstimos Compulsórios, Taxas, Contribuições de Melhoria e as Contribuições Sociais. 3. A OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PRINCIPAL E A ACESSÓRIA: A obrigação tributária encerra a relação jurídica que tem como objeto uma prestação, positiva ou negativa, prevista na legislação tributária, a cargo de um particular e em favor do Estado, traduzida em pagar um tributo ou penalidade, ou em fazer algo no interesse do Fisco ou em abster-se de praticar determinado ato, nos termos da lei. A obrigação tributária nasce a partir da ocorrência do fato gerador (art. 116, CTN). Assim, temos, então, o sujeito passivo (arts. 121 a 123, CTN) - aquele obrigado a pagar o tributo e/ou penalidade, podendo ser o próprio contribuinte, quando há uma relação pessoal e direta com a situação que constitui o fato gerador, ou o responsável pelo pagamento definido em lei (art. 128, CTN); e o sujeito ativo (arts. 119 e 120, CTN) - pessoa jurídica de Direito Público titular do direito de receber tal tributo e/ou penalidade, ou entidade com capacidade tributária ativa definida em lei. A obrigação tributária (art. 113, CTN) se divide em principal, quando se refere ao pagamento de um tributo, de cunho pecuniário (art. 113, 1, CTN), ou seja, a entrega de determinado montante em dinheiro; e acessória, quando se refere a prestações positivas ou negativas (ou seja, um ato de fazer, tolerar ou deixar de fazer), de cunho não pecuniário, previstas na legislação tributária no interesse da

6 fiscalização ou arrecadação de tributos, é dizer, a realização de certos deveres instrumentais ou formais legalmente previstos (art. 113, 2, CTN). Exemplo: o pagamento de IR é uma obrigação principal, enquanto o preenchimento da declaração de rendimentos é obrigação acessória. Alguns outros exemplos de obrigação acessória são emitir nota fiscal, escriturar livros fiscais, não receber mercadorias desacompanhadas da documentação legalmente exigida, permitir o exame de livros e documentos pelo fiscal (tolerar) etc. O parágrafo terceiro do art. 113 do CTN prevê que o descumprimento de uma obrigação acessória faz nascer uma obrigação principal com relação à multa. Significa dizer que tal multa será exigida como se fosse um tributo, com todas as garantias e privilégios a ele inerentes. Em Direito Tributário, a obrigação acessória não segue a principal! São elementos da obrigação tributária a lei, os sujeitos ativo e passivo e o fato gerador. 3.1 SUJEITO ATIVO (arts. 119 e 120, CTN) Sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir seu cumprimento. Atenção para um caso especial, no qual podem ser titulares, por delegação, das funções de arrecadar e fiscalizar tributos ou executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária (art. 7º, CTN). É a parafiscalidade, que encerra a possibilidade de a lei atribuir a titularidade de alguns tributos a pessoas diversas do Estado, que os arrecadam em benefício das próprias finalidades. É o caso das autarquias dotadas de capacidade tributária (INSS, OAB, DNER, CEF). Há também as entidades paraestatais, pessoas de direito privado chamadas pela lei a colaborar com a administração pública (bancos, cinema). 3.2 SUJEITO PASSIVO (arts. 121 a 123, CTN) O sujeito passivo da obrigação tributária é a pessoa física ou jurídica obrigada a efetivar seu cumprimento. O CTN distingue os sujeitos passivos da obrigação principal e da obrigação acessória.

7 O sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária (multa). Sempre envolve um pagar. O sujeito passivo da acessória é a pessoa à qual a legislação tributária atribui deveres diversos do dever de pagar a exação. O sujeito passivo pode ser o contribuinte, quando tem relação direta e pessoal com o fato gerador ou o responsável, quando, sem ser contribuinte, sua obrigação decorre expressamente da lei, como no caso do recolhimento do IR pela fonte pagadora. 3.3 CAPACIDADE TRIBUTÁRIA (art. 126, CTN) A capacidade para figurar no pólo passivo da obrigação tributária independe da capacidade civil. Assim, tanto o incapaz como a sociedade de fato podem ser sujeitos passivos de uma obrigação tributária. Também ela independe de a pessoa natural estar submetida a qualquer forma de privação ou de limitação do exercício de suas atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direita de seus negócios ou de seus bens, e igualmente independe de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando, como já dito, constituir uma unidade econômica ou profissional. 3.4 RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA (arts. 128 a 138, CTN) A responsabilidade pelo pagamento do tributo pode ser designada a outra pessoa que não o contribuinte, por lei expressa, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou a mantendo em caráter supletivo. A responsabilidade pode ser: 1 por transferência, quando existe o contribuinte, mas a lei transfere a outrem o dever de pagar o tributo, em razão de eventos posteriores ao surgimento da obrigação tributária. Exemplo: o proprietário de bem imóvel urbano falece sem pagar IPTU do ano corrente, passando a responsabilidade da satisfação desse débito para o espólio. 2 por substituição, quando a lei coloca como sujeito passivo da obrigação tributária uma pessoa qualquer diversa do contribuinte. Aqui é o próprio legislador que afasta o contribuinte e o substitui pelo

8 responsável, e não um evento posterior ao surgimento da obrigação tributária. Como exemplo, o recolhimento de IR pela fonte pagadora, da qual o contribuinte é empregado, mas a lei indica como responsável pelo seu recolhimento o empregador. As convenções particulares (art. 123, CTN) podem ser estabelecidas e são juridicamente válidas entre as partes contratantes, na órbita do Direito Privado, mas não produzem qualquer efeito contra a Fazenda Pública, salvo disposição expressa de lei. É dizer, se há, a título de ilustração, um contrato de locação com previsão de pagamento de IPTU pelo locatário do bem imóvel, isso é absolutamente irrelevante para o Fisco, que irá cobrar tal tributo do proprietário, e este, se quiser, pode ingressar com ação regressiva em face do locatário para tentar reaver o pagamento dos valores. Já a solidariedade (art. 124, CTN) ocorre em face de duas ou mais pessoas simultaneamente obrigadas a recolher um gravame, por estarem ambas interessadas na situação que constitui o fato gerador da obrigação principal, ou aquelas expressamente designadas por lei, não ocorrendo, no caso de solidariedade, benefício de ordem. Exemplo: condomínio, cujo IPTU pode ser cobrado pelo Município de qualquer um dos proprietários. Ainda, são efeitos decorrentes da solidariedade: o pagamento realizado por um dos coobrigados aproveita aos demais; a isenção ou remissão do crédito tributário exonera todos os obrigados, salvo em caso de outorga pessoal, subsistindo a obrigação do saldo aos demais; e a interrupção do prazo prescricional, em favor ou contra um dos coobrigados, favorece ou prejudica os demais. A responsabilidade dos sucessores (arts. 130 a 133, CTN) pode ser pessoal (arts. 130 e 131) ou geral (arts. 132 e 133). A responsabilidade de terceiros (art. 134) significa que, quando for impossível à Fazenda exigir o cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com ele as pessoas enumeradas nos incisos do art. 134 do CTN. Por fim, a responsabilidade por infrações, prevista nos arts. 136 a 138 do CTN, indica que a responsabilidade em matéria de penalidade tributária é por culpa presumida, sem demonstração de dolo ou culpa, mas cabe prova contrária. A responsabilidade também pode ser excluída pela denúncia espontânea da infração, com o pagamento do tributo e juros de mora. Tal denúncia exclui qualquer penalidade, inclusive a multa de mora, mas para ser considerada denúncia espontânea ela deve ser apresentada ao Fisco antes de iniciado qualquer procedimento administrativo relacionado à infração.

9 4. FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA: Fato gerador (art. 114, CTN) é o aspecto material da hipótese tributária. É o fato ou situação da vida que dá ensejo ao nascimento da obrigação tributária. Em outras palavras, encerra o momento concreto e palpável da realização da previsão abstrata descrita na lei. Ocorre, portanto, a perfeita adequação da hipótese de incidência tributária aos fatos ou situações do mundo fenomênico, como num sistema chavefechadura, o que dá ensejo ao nascimento do fato gerador, que por sua vez provocará a necessidade de satisfação da obrigação tributária, por meio do pagamento de um tributo. Exemplo, empresa realiza venda de mercadoria a terceiro, paga ICMS. Este fato, vender mercadoria, enquadra-se perfeitamente na descrição legal do fato gerador do ICMS. Então, o fato da vida vender mercadoria se encaixa na previsão legal, surgindo, então, a obrigação de pagar o tributo em comento. É imperioso ressaltar, ainda, que o art. 118 do CTN autoriza a tributação de atos nulos ou ilícitos. 5. DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO: O domicílio (art. 127, CTN) é o lugar de exercício dos direitos e cumprimento das obrigações pelo sujeito passivo da obrigação tributária. No âmbito tributário, é o local onde o sujeito passivo é chamado para cumprir seus deveres fiscais. Como regra geral, temos o domicílio de eleição, e na sua ausência, aplicam-se os incisos do art Se estes forem incabíveis, aplica-se o 1º, que também será utilizado diante da recusa fundada pela Administração Pública ao domicílio de eleição. 6. CRÉDITO TRIBUTÁRIO, CONCEITO E CONSTITUIÇÃO: O lançamento tributário (art. 142) nada mais é do que o ato documental de quantificação e qualificação da obrigação, sendo tal procedimento requisito indispensável a sua cobrança. Portanto, crédito tributário é uma obrigação tributária lançada. Representa o direito da Administração Pública de exigir o cumprimento da obrigação tributária. Vale lembrar que o Fisco tem o prazo de 5 anos para cobrar

10 o tributo (prazo prescricional, art. 174, CTN), e o marco inicial da contagem depende da modalidade do lançamento. Nessa esteira, a prescrição representa um fato jurídico que aponta para a perda do direito do Fisco de proceder à cobrança de um tributo não pago ou pago a menor, direito este de caráter subjetivo, e que se aperfeiçoa sempre e tão somente por meio de ação de execução fiscal. 7. LANÇAMENTO, CONCEITO E SUAS MODALIDADES: A obrigação tributária surge com a ocorrência do fato gerador. Tal obrigação é ilíquida, e, para que se torne exigível, ocorre o lançamento tributário e a notificação do contribuinte acerca de seu débito. O lançamento tributário (art. 142) nada mais é do que o ato administrativo de cobrança, obrigatório e vinculado, de natureza documental de quantificação e qualificação da obrigação, para que se possa cobrála. Então, crédito tributário é uma obrigação tributária lançada. O Fisco tem o prazo de 5 anos para lançar o tributo (decadência), e outro quinquênio para realizar a sua cobrança (prescrição), sendo que o marco inicial da contagem, como já dito, depende da modalidade do lançamento. O lançamento pode ser: 1 - direto, de ofício ou ex officio, pelo qual o Fisco, dispondo de dados suficientes, procede à cobrança sem o auxílio do contribuinte. Exemplos: IPTU, autos de infração, taxas e contribuição de melhoria. Nessa espécie de lançamento, o Fisco dispõe de cinco anos para cobrar o tributo, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, ou da data em que se tornar definitiva (não cabe mais recurso) a decisão que houver anulado o lançamento anteriormente realizado, em razão de vício formal (art. 173 do CTN). E o lançamento pode ser revisto enquanto não vencido o prazo decadencial, pois podem ocorrer casos de fraude, dolo ou simulação; 2 - misto ou por declaração, onde há ação conjunta entre o Fisco e o contribuinte. Aqui, a Fazenda não dispõe de dados suficientes para realizar o lançamento, e conta com o auxílio do contribuinte para suprir a deficiência de informação, por meio de uma declaração. Exemplos: impostos de importação e exportação.

11 3 - Por homologação ou autolançamento, no qual o contribuinte auxilia ostensivamente o ente fazendário, que apenas o homologa, conferindo a sua exatidão. Exemplos. ICMS, IR e a maior parte dos impostos. Nesta modalidade há uma antecipação do pagamento e o Fisco deve homologá-lo dentro do prazo de cinco anos, contados da data da ocorrência do fato gerador (art. 150, 4, CTN). Se este período transcorrer in albis e o Fisco não homologá-lo expressamente, opera-se a homologação tácita, e o Fisco perde o direito de cobrar uma possível diferença. O lançamento pode ser realizado, também, por arbitramento, nos termos do art. 148 do CTN. O lançamento pode, ainda, ser revisto de ofício pela autoridade administrativa, nos termos do art. 149 do CTN. No que se refere à decadência, ela pode ocorrer nos termos do art. 173, I, ou do art. 150, 4, ambos do CTN. 8. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: A extinção do crédito tributário representa a sua eliminação, seu desaparecimento, e que, segundo a disposição do art. 156 do CTN, pode ocorrer das seguintes maneiras: I Pagamento; II Compensação; III Transação; IV Remissão; V Prescrição e Decadência; VI Conversão do depósito em renda; VII - Pagamento Antecipado e Homologação do Lançamento; VIII Consignação em Pagamento; IX Decisão Administrativa Irreformável favorável ao contribuinte; X Decisão Judicial Passada em Julgado favorável ao contribuinte; XI Dação em pagamento. Troca-se a pecúnia por algo. Só vale para bens imóveis, LC 104/2001.

12 9. EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO E SUAS MODALIDADES: A exclusão do crédito tributário representa verdadeira causa de inibição do lançamento do gravame, após o surgimento da obrigação tributária, e seu aperfeiçoamento ocorre pela via da isenção ou da anistia. Ambas são dispensas legais que se referem a tributos (isenção) ou infrações (anistia). A isenção encerra a dispensa legal do pagamento do tributo, e pode ser dada por prazo certo e determinado ou mediante dadas condições, enquanto a anistia cuida meramente das penalidade pecuniárias, como os juros e as multas. 10. SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: A exigibilidade do crédito tributário pode ser suspensa sempre que se verificar alguma das causas elencadas no art. 151 do CTN, ainda que no curso do processo de sua constituição, antes de sua constituição definitiva. São modalidades de suspensão do crédito tributário, de acordo com o art. 151 do CTN: I Moratória; II Depósito do Montante Integral; III Reclamações e Recursos Administrativos, antes da via judicial; IV Concessão de Liminar em MS; V Concessão de Tutela Antecipada em outras Ações Judiciais; e VI Parcelamento.

13 11. DÍVIDA ATIVA E CERTIDÃO NEGATIVA: 11.1 DÍVIDA ATIVA Art. 201 do CTN. A inscrição do crédito tributário em dívida ativa ocorre em razão do inadimplemento da obrigação tributária, nascida com a efetiva ocorrência do fato gerador. O crédito tributário não suspenso, não excluído e não extinto será inscrito na dívida ativa, gerando uma certidão de dívida ativa dotada de exequibilidade mas que, a despeito dos revestimentos de liquidez e de certeza, nada obsta a apresentação de prova inequívoca, pelo executado ou terceiro interessado, em sentido contrário, capaz de ilidi-los. É nesse cenário que surge a Ação de Execução Fiscal (Lei n 6.830/1980). Uma vez validamente citado, o contribuinte-devedor deverá pagar sua dívida tributária ou, após a garantia do juízo, poderá opor Embargos à Execução Fiscal dentro do prazo legal de 30 dias, em conformidade com o disposto no art. 9 da LEF, objetivando a extinção da ação executiva fiscal, ou previamente ao asseguramento e desde que não disponha de recursos suficientes à garantia judicial, por meio de Exceção de Pré-Executividade, contanto que o assunto nele versado envolva matéria de ordem pública. Repisando, de acordo com o teor do art. 174 do CTN, a Fazenda Pública goza do prazo de 5 anos para realizar a cobrança judicial de seu crédito tributário regular e definitivamente constituído. A inscrição do crédito fazendário deve observar os ditames previstos no art. 202 do CTN. O erro ou a omissão de um deles gera a nulidade da inscrição e do processo de cobrança judicial (art. 203) CERTIDÕES NEGATIVAS - Arts. 205 a 208 do CTN. As certidões negativas têm por objeto a satisfação das necessidades do dia a dia do cidadão comum, em documento que traduza quitação fiscal, permitindo sua participação em licitações e certames, obter empréstimos e financiamentos e, fundamentalmente, manter-se quite com a Fazenda Pública. Se o contribuinte for alvo de um lançamento tributário e não concordar com a exigência, poderá suspendê-la por qualquer um dos métodos previstos no art. 151 do CTN e, necessitando de certidão negativa enquanto perdurar tal suspensão, a Administração Pública emitirá uma certidão de regularização,

14 ou certidão positiva com efeitos de negativa, hábil a produzir os mesmos efeitos da certidão negativa, uma vez que o requerente não se encontra em situação irregular perante o Fisco. Por fim, o funcionário público que emitir uma certidão negativa falsa responderá pessoalmente pelo crédito tributário e pelos juros de mora, penal, tributária e administrativamente.

CAPÍTULO 1 - TRIBUTOS 1.1 CONCEITO DE TRIBUTO...16 1.2 ESPÉCIES DE TRIBUTOS...20 1.3 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA...22

CAPÍTULO 1 - TRIBUTOS 1.1 CONCEITO DE TRIBUTO...16 1.2 ESPÉCIES DE TRIBUTOS...20 1.3 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA...22 CAPÍTULO 1 - TRIBUTOS 1.1 CONCEITO DE TRIBUTO...16 1.2 ESPÉCIES DE TRIBUTOS...20 1.3 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA...22 1.3.1 CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA...25 1.3.1.1 INDELEGABILIDADE...25 1.3.1.2

Leia mais

Direito Tributário Introdução, Normas Gerais, Tributos e Espécies e Competência Tributária

Direito Tributário Introdução, Normas Gerais, Tributos e Espécies e Competência Tributária Direito Tributário Introdução, Normas Gerais, Tributos e Espécies e Competência Tributária Sergio Karkache http://sergiokarkache.blogspot.com Ordenamento Jurídico- Tributário 1.Constituição Federal, Título

Leia mais

DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO

DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Art. 175 ao Art. 182 CTN Centro de Ensino Superior do Amapá Direito Financeiro e Tributário II Professora: Ilza Facundes Macapá-AP, 2013.1

Leia mais

Direito Tributário. Módulo IV: Obrigação Tributária e Crédito Tributário.

Direito Tributário. Módulo IV: Obrigação Tributária e Crédito Tributário. Direito Tributário Módulo IV: Obrigação Tributária e Crédito Tributário. Obrigação Tributária Relação obrigacional entre Poder Público e Contribuinte. Obrigação Tributária Espécies: 1. Principal (obrigação

Leia mais

Simulado Super Receita 2013 Direito Tributário Simulado Rafael Saldanha

Simulado Super Receita 2013 Direito Tributário Simulado Rafael Saldanha Simulado Super Receita 2013 Direito Tributário Simulado Rafael Saldanha 2013 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. 01 - (ESAF/2012) Analise as proposições a seguir e

Leia mais

Fiscal Online Disciplina: Direito Tributário Prof. Eduardo Sabbag Data: 13.07.2012 MATERIAL DE APOIO MONITORIA. Índice 1.

Fiscal Online Disciplina: Direito Tributário Prof. Eduardo Sabbag Data: 13.07.2012 MATERIAL DE APOIO MONITORIA. Índice 1. Fiscal Online Disciplina: Direito Tributário Prof. Eduardo Sabbag Data: 13.07.2012 MATERIAL DE APOIO MONITORIA Índice 1. Anotações de Aula 1. ANOTAÇÕES DE AULA DIREITO TRIBUTARIO NO CTN Art. 155-A CTN.

Leia mais

Súmario APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO SINOPSES PARA CARREIRAS FISCAIS... 11

Súmario APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO SINOPSES PARA CARREIRAS FISCAIS... 11 Súmario APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO SINOPSES PARA CARREIRAS FISCAIS... 11 CAPÍTULO I DIREITO TRIBUTÁRIO, TRIBUTO E SUAS ESPÉCIES... 13 1. Breve introdução ao Direito Tributário...13 2. Tributo...14 3. Espécies

Leia mais

ÍNDICE. Alguns estudos do autor... Prefácio...

ÍNDICE. Alguns estudos do autor... Prefácio... ÍNDICE Alguns estudos do autor................... Prefácio..................................... 5 11 Capítulo I - CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO 1. Direito financeiro e direito tributário........ 23 2.

Leia mais

Decadência e Prescrição em Matéria Tributária

Decadência e Prescrição em Matéria Tributária CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Decadência e Prescrição em Matéria Tributária F A B I A N A D E L P A D R E T O M É G O I Â N I A, 1 1 / 0 4 / 2 0 1 5 CICLO DE POSITIVAÇÃO DO DIREITO CONSTITUIÇÃO

Leia mais

Comentários da prova ISS-SJC/SP Disciplina: Direito Tributário Professora: Aline Martins

Comentários da prova ISS-SJC/SP Disciplina: Direito Tributário Professora: Aline Martins Comentários da prova ISS-SJC/SP Prof. Aline Martins 1 de 7 ANÁLISE DAS QUESTÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO ISS-SJC/SP Oi pessoal! Vou comentar abaixo as quatro questões de Direito Tributário da prova do concurso

Leia mais

2.1.3. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. Cuida, primeiramente, destacar que não há um consenso, entre os autores, para essa

2.1.3. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. Cuida, primeiramente, destacar que não há um consenso, entre os autores, para essa 2.1.3. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Cuida, primeiramente, destacar que não há um consenso, entre os autores, para essa classificação, entretanto, apresentaremos a seguir aquela que

Leia mais

Murillo Lo Visco 1 Editora Ferreira

Murillo Lo Visco 1 Editora Ferreira Olá pessoal! Sabemos que se aproxima a prova do concurso destinado a selecionar candidatos para provimento de vagas no cargo de Fiscal de Rendas de 3ª Categoria, do quadro da Secretaria de Estado de Fazenda

Leia mais

Direito Tributário 8. Capacidade tributária. 9. Domicílio tributário.

Direito Tributário 8. Capacidade tributária. 9. Domicílio tributário. Direito Tributário 8. Capacidade tributária. 9. Domicílio tributário. Sergio Karkache http://sergiokarkache.blogspot.com Capacidade Passiva x Convenções Particulares: Salvo disposições de lei em contrário,

Leia mais

06) Precisa atender o princípio da noventena: 01) Qual ente é destituído de poder para instituir tributo?

06) Precisa atender o princípio da noventena: 01) Qual ente é destituído de poder para instituir tributo? 01) Qual ente é destituído de poder para instituir tributo? a) União b) Estado c) Território Federal d) Distrito Federal 02) Qual diploma normativo é apto para estabelecer normas gerais em matéria de legislação

Leia mais

PRINCIPAIS TRIBUTOS PÁTRIOS E SEUS FUNDAMENTOS

PRINCIPAIS TRIBUTOS PÁTRIOS E SEUS FUNDAMENTOS PRINCIPAIS TRIBUTOS PÁTRIOS E SEUS FUNDAMENTOS Thiago Figueiredo de Lima Cursando o 9º Semestre do Curso de Direito A Constituição Federal, como lei fundamental de organização do Estado, determina a competência

Leia mais

II - Fontes do Direito Tributário

II - Fontes do Direito Tributário II - Fontes do Direito Tributário 1 Fontes do Direito Tributário 1 Conceito 2 - Classificação 3 - Fontes formais 3.1 - principais 3.2 complementares 4 Doutrina e jurisprudência 2 1 - Conceito As fontes

Leia mais

Direito Tributário Espécies de Tributos Contribuições de Melhoria, Empréstimos Compulsórios e Contribuições Especiais

Direito Tributário Espécies de Tributos Contribuições de Melhoria, Empréstimos Compulsórios e Contribuições Especiais Direito Tributário Espécies de Tributos Contribuições de Melhoria, Empréstimos Compulsórios e Contribuições Especiais Sergio Karkache http://sergiokarkache.blogspot.com Contribuições de Melhoria A contribuição

Leia mais

constitucional dos Estados e Municípios d) supletiva da legislação dos Estados e Municípios e) concorrente com os Estados e os Municípios

constitucional dos Estados e Municípios d) supletiva da legislação dos Estados e Municípios e) concorrente com os Estados e os Municípios 01- O estabelecimento de normas gerais em matéria de legislação tributária sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários, deverá fazer-se, segundo norma contida na Constituição,

Leia mais

Fiscal - quando seu principal objetivo é a arrecadação de recursos financeiros para o Estado.

Fiscal - quando seu principal objetivo é a arrecadação de recursos financeiros para o Estado. TRIBUTO Conceito: É toda prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou cujo valor nela possa se exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa

Leia mais

PREPARATÓRIO RIO EXAME DA OAB COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA RIA DIREITO TRIBUTÁRIO. RIO 2ª parte. Prof. JOSÉ HABLE www.josehable.adv.br johable@gmail.

PREPARATÓRIO RIO EXAME DA OAB COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA RIA DIREITO TRIBUTÁRIO. RIO 2ª parte. Prof. JOSÉ HABLE www.josehable.adv.br johable@gmail. PREPARATÓRIO RIO EXAME DA OAB DIREITO TRIBUTÁRIO RIO 2ª parte COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA RIA Prof. JOSÉ HABLE www.josehable.adv.br johable@gmail.com SISTEMA TRIBUTÁRIO RIO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 2. Competência

Leia mais

Desse modo, esse adquirente

Desse modo, esse adquirente 1-(FCC - 2012 - Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal do Município) Uma pessoa adquiriu bem imóvel, localizado em área urbana de município paulista, sem exigir que o vendedor lhe exibisse ou entregasse

Leia mais

Maratona Fiscal ISS Direito tributário

Maratona Fiscal ISS Direito tributário Maratona Fiscal ISS Direito tributário 1. São tributos de competência municipal: (A) imposto sobre a transmissão causa mortis de bens imóveis, imposto sobre a prestação de serviço de comunicação e imposto

Leia mais

CONCURSO PÚBLICO FICHA DE RESPOSTA AO RECURSO CARGO: TÉCNICO DA FAZENDA MUNICIPAL

CONCURSO PÚBLICO FICHA DE RESPOSTA AO RECURSO CARGO: TÉCNICO DA FAZENDA MUNICIPAL CARGO: TÉCNICO DA FAZENDA MUNICIPAL QUESTÃO Nº 13 Gabarito divulgado: D Mantemos o gabarito apresentado na alternativa D. A candidata indicou a alternativa correta, ou seja a alternativa D. Recurso improcedente.

Leia mais

Questões Extras Direito Tributário Profº Ricardo Alexandre www.lfg.com.br/ www.cursoparaconcursos.com.br

Questões Extras Direito Tributário Profº Ricardo Alexandre www.lfg.com.br/ www.cursoparaconcursos.com.br TRIBUTO - CONCEITO 1. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) Na atividade de cobrança do tributo a autoridade administrativa pode, em determinadas circunstâncias, deixar de aplicar a lei. 2. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) Segundo

Leia mais

Legislação e tributação comercial

Legislação e tributação comercial 6. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 6.1 Conceito Na terminologia adotada pelo CTN, crédito tributário e obrigação tributária não se confundem. O crédito decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (CTN, 139).

Leia mais

DECRETO Nº 2.525, DE 4 DE SETEMBRO DE 2014 - Institui o Programa de Recuperação de Créditos da Fazenda Estadual REFAZ e dá outras providências.

DECRETO Nº 2.525, DE 4 DE SETEMBRO DE 2014 - Institui o Programa de Recuperação de Créditos da Fazenda Estadual REFAZ e dá outras providências. DECRETO Nº 2.525, DE 4 DE SETEMBRO DE 2014 - Institui o Programa de Recuperação de Créditos da Fazenda Estadual REFAZ e dá outras providências. EMENTA: Concede parcelamento de débitos fiscais com anistia

Leia mais

CURSO DE RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DE TRIBUTÁRIO FCC

CURSO DE RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DE TRIBUTÁRIO FCC CURSO DE RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DE TRIBUTÁRIO FCC Lançamento 1-(FCC - 2012 - Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal do Município) Um contribuinte do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU possuía

Leia mais

UNIDADE 5 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

UNIDADE 5 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA UNIDADE 5 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA Sujeito Ativo Sujeito Passivo Objeto Causa Sujeito Ativo (Credor) Pode ser: Direto Estado (Capacidade Plena) Por delegação Por Sub-rogação - Desmembramento territorial Sujeito

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO Parte II. Manaus, abril de 2013 Jorge de Souza Bispo, Dr. 1

DIREITO TRIBUTÁRIO Parte II. Manaus, abril de 2013 Jorge de Souza Bispo, Dr. 1 DIREITO TRIBUTÁRIO Parte II Manaus, abril de 2013 Jorge de Souza Bispo, Dr. 1 TRIBUTO Definido no artigo 3º do CTN como sendo toda prestação pecuniária compulsória (obrigatória), em moeda ou cujo valor

Leia mais

Primeiras Linhas de Direito Tributário

Primeiras Linhas de Direito Tributário Aldemario Araujo Castro Mestre em Direito Professor da Universidade Católica de Brasília (UCB) Coordenador da Especialização a distância em Direito do Estado da UCB Membro do Conselho Consultivo da Associação

Leia mais

Sumário. Parte I - CAP 01 - Tributo Conceitos e Espécies Parte I - CAP 02 - Competência Tributária 2.1 Repartição das receitas tributárias 18

Sumário. Parte I - CAP 01 - Tributo Conceitos e Espécies Parte I - CAP 02 - Competência Tributária 2.1 Repartição das receitas tributárias 18 Parte I - CAP 01 - Tributo Conceitos e Espécies Parte I - CAP 02 - Competência Tributária 2.1 Repartição das receitas tributárias 18 2.2 Exercício da competência tributária 20 Parte I - CAP 03 - Princípios

Leia mais

PARECER DOS RECURSOS REFERENTES À ELABORAÇÃO DAS QUESTÕES DE PROVA OU GABARITO PRELIMINAR

PARECER DOS RECURSOS REFERENTES À ELABORAÇÃO DAS QUESTÕES DE PROVA OU GABARITO PRELIMINAR QUESTÃO: 22 22- Assinale a alternativa correta: (A) O direito do contribuinte em pleitear a repetição de tributos sujeitos a lançamento por homologação, indevidamente recolhidos, extingue-se em cinco anos,

Leia mais

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA SUBSECRETARIA DA RECEITA MANUAL REFAZ II

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA SUBSECRETARIA DA RECEITA MANUAL REFAZ II MANUAL REFAZ II 1. O QUE É: 1.1 - REFAZ II é o Segundo Programa de Recuperação de Créditos da Fazenda Pública do DF, destinado a promover a regularização de créditos, constituídos ou não, inscritos ou

Leia mais

Direito Tributário Revisão Final

Direito Tributário Revisão Final Direito Tributário Revisão Final Sergio Karkache http://sergiokarkache.blogspot.com Tributo (Conceito): Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que

Leia mais

www.direitofacil.com f ÅâÄtwÉ W Üx àé gü uâàöü É @ `öüv t cxä áátü

www.direitofacil.com f ÅâÄtwÉ W Üx àé gü uâàöü É @ `öüv t cxä áátü TRIBUTÁRIO 02 QUESTÕES DE CONCURSO 01 - (TTN/97 ESAF) O Distrito Federal pode instituir a) impostos, taxas e empréstimos compulsórios b) imposto sobre serviços de qualquer natureza; taxas, em razão do

Leia mais

Tributos www.planetacontabil.com.br

Tributos www.planetacontabil.com.br Tributos www.planetacontabil.com.br 1 Conceitos 1.1 Art. 3º do CTN (Disposições Gerais) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua

Leia mais

Professor Alex Sandro.

Professor Alex Sandro. 1 (OAB 2009-3 CESPE Q. 58) Considere que João e Marcos tenham deliberado pela constituição de sociedade limitada, com atuação no segmento de transporte de cargas e passageiros na América do Sul. Nessa

Leia mais

1) Explique o conceito de tributo. Art. 3º do CTN, prestação em dinheiro, obrigação ex lege, baseada em fatos lícitos.

1) Explique o conceito de tributo. Art. 3º do CTN, prestação em dinheiro, obrigação ex lege, baseada em fatos lícitos. Chave de Correção Direito Tributário Professor: Alexandre Costa 1) Explique o conceito de tributo. Art. 3º do CTN, prestação em dinheiro, obrigação ex lege, baseada em fatos lícitos. 2) Diferencie imposto

Leia mais

5º REVOGADO. 6º REVOGADO. 7º REVOGADO. 8º REVOGADO. 9º REVOGADO.

5º REVOGADO. 6º REVOGADO. 7º REVOGADO. 8º REVOGADO. 9º REVOGADO. CAPÍTULO II DO PARCELAMENTO DE DÉBITO Art. 163. O débito decorrente da falta de recolhimento de tributos municipais poderá ser pago em até 96 (noventa e seis) parcelas mensais e sucessivas, observado o

Leia mais

Direito Tributário Exercícios Aula 2

Direito Tributário Exercícios Aula 2 Direito Tributário Exercícios Aula 2 Sergio Karkache http://sergiokarkache.blogspot.com (PGE.RN.2001.FCC.47) São causas extintivas do crédito tributário, segundo o Código Tributário Nacional: a) o pagamento,

Leia mais

Controladoria MANUAL DO Estratégica

Controladoria MANUAL DO Estratégica Controladoria MANUAL DO Estratégica ALUNO 2010 Universidade Cruzeiro do Sul www.cruzeirodosul.edu.br Unidade: Planejamento Tributário (Parte I) MATERIAL TEÓRICO Responsável pelo Conteúdo: Prof. Esp. Daniel

Leia mais

PLANO DE CURSO 2014/02 TOTAL DE AULAS/ OU CARGA HORÁRIA

PLANO DE CURSO 2014/02 TOTAL DE AULAS/ OU CARGA HORÁRIA Este Plano de Curso poderá sofrer alterações a critério do professor e/ou da Coordenação. PLANO DE CURSO 2014/ DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO II PROFESSOR: MARCELO MARTINS ALTOÉ TURMA: 9º DM / EN UNIDADE

Leia mais

Questão 3. A analogia constitui elemento de

Questão 3. A analogia constitui elemento de (AFCE.ESAF.2006.44) As limitações constitucionais ao poder de tributar constituem garantias aos contribuintes de que não serão submetidos à tributação sem a estrita observância de tais princípios. Sobre

Leia mais

lançamento A cada (notificação) 5 anos 5 anos 1º de janeiro 1º/01

lançamento A cada (notificação) 5 anos 5 anos 1º de janeiro 1º/01 DIREITO TRIBUTÁRIO Jurisprudência do STJ Prescrição e Decadência Ministra Eliana Calmon 1. GENERALIDADES - Fato Gerador obrigação gç lançamento crédito tributário - Lançamento (art. 142 do CTN) - Tipos

Leia mais

Gestão Tributária 03.09.2015. André Antunes Soares de Camargo

Gestão Tributária 03.09.2015. André Antunes Soares de Camargo Gestão Tributária 03.09.2015 André Antunes Soares de Camargo Meus Deus... http://www.impostometro.com.br/ Como está a tributação no Brasil? http://www.doingbusiness.org/data/exploreeconomies/brazil/ http://ibpt.com.br/home/publicacao.list.php?publicacaotipo_id=2

Leia mais

SUMÁRIO. I. Sistema tributário nacional. 1. Introdução ao estudo do direito tributário atual - p. 12

SUMÁRIO. I. Sistema tributário nacional. 1. Introdução ao estudo do direito tributário atual - p. 12 SUMÁRIO I. Sistema tributário nacional 1. Introdução ao estudo do direito tributário atual - p. 12 2. Linguagem, direito tributário e ciência do direito tributário - p. 17 3. Noções acerca do sistema tributário

Leia mais

DECADÊNCIA E CONSERVAÇÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS

DECADÊNCIA E CONSERVAÇÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS DECADÊNCIA E CONSERVAÇÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS Elaborado em 11.2007. José Hable Auditor tributário da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal, graduado em Agronomia pela UFPR, Administração de Empresas

Leia mais

Dando prosseguimento à aula anterior, neste encontro, encerraremos o

Dando prosseguimento à aula anterior, neste encontro, encerraremos o Dando prosseguimento à aula anterior, neste encontro, encerraremos o art.195, CF, comentando os seus principais parágrafos, para fins de concurso público! Alberto Alves www.editoraferreira.com.br 1º As

Leia mais

b) custeio geral da administração e das atividades públicas. Em regra, sem vinculações a órgão, fundo ou despesa

b) custeio geral da administração e das atividades públicas. Em regra, sem vinculações a órgão, fundo ou despesa UNIDADE VII 1. IMPOSTOS a) definição legal (tributo não-vinculado) b) custeio geral da administração e das atividades públicas. Em regra, sem vinculações a órgão, fundo ou despesa c) pessoalidade, em regra

Leia mais

MINUTA LEI ANISTIA / LEI Nº 16.943

MINUTA LEI ANISTIA / LEI Nº 16.943 MINUTA LEI ANISTIA / LEI Nº 16.943 Dispõe sobre a concessão de redução na multa e no juros de mora no pagamento de crédito tributário do ICMS nas situações que especifica. A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO

Leia mais

Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Dívida Ativa. Cartilha aos Órgãos de Origem 8/3/2013

Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Dívida Ativa. Cartilha aos Órgãos de Origem 8/3/2013 2013 Procuradoria Geral da Fazenda Nacional Dívida Ativa Cartilha aos Órgãos de Origem Esta cartilha tem por fim informar e explicar o que é a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional PGFN, quais créditos

Leia mais

FATO GERADOR. Conceito - É o fato, o conjunto de fatos a que o legislador vincula o nascimento da obrigação jurídica de pagar um tributo determinado.

FATO GERADOR. Conceito - É o fato, o conjunto de fatos a que o legislador vincula o nascimento da obrigação jurídica de pagar um tributo determinado. Instituições de Direito Profª Doutora Ideli Raimundo Di Tizio p 14 FATO GERADOR Conceito - É o fato, o conjunto de fatos a que o legislador vincula o nascimento da obrigação jurídica de pagar um tributo

Leia mais

- lei ordinária: regra - lei complementar: empréstimos compulsórios e contribuição para a seguridade social. - bitributação X bis in idem

- lei ordinária: regra - lei complementar: empréstimos compulsórios e contribuição para a seguridade social. - bitributação X bis in idem I. SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 1. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA - lei ordinária: regra - lei complementar: empréstimos compulsórios e contribuição para a seguridade social vide arts. 146 e 148 da CF vide arts.

Leia mais

REVISÃO 1.º SEMESTRE SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO CONCEITO DE TRIBUTO

REVISÃO 1.º SEMESTRE SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO CONCEITO DE TRIBUTO REVISÃO 1.º SEMESTRE SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO CONCEITO DE TRIBUTO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1.988 ACABA POR NÃO CONCEITUAR O QUE SEJA TRIBUTO. ENTRETANTO, LEVA EM CONSIDERAÇÃO, IMPLICITAMENTE,

Leia mais

Abrangência: Esse programa abrange:

Abrangência: Esse programa abrange: Condições a serem observadas para adesão ao programa de recuperação fiscal que concede condições especiais para o pagamento à vista e o parcelamento de débitos de qualquer natureza (Portaria Conjunta PGFN/RFB

Leia mais

PARECER Nº, DE 2011. RELATOR: Senador LUIZ HENRIQUE

PARECER Nº, DE 2011. RELATOR: Senador LUIZ HENRIQUE PARECER Nº, DE 2011 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 244, de 2011, do Senador Armando Monteiro, que acrescenta os arts. 15-A, 15-B e 15-C à Lei nº 6.830, de 22 de

Leia mais

Aula 04 IMPOSTOS FEDERAIS

Aula 04 IMPOSTOS FEDERAIS IMPOSTOS FEDERAIS 1- IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO (II) É um tributo extrafiscal, pois sua finalidade principal não é arrecadar, mas sim controlar o comércio internacional (intervenção no domínio econômico)

Leia mais

Tributos em espécie. Impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais

Tributos em espécie. Impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais Tributos em espécie Impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais 1 Espécies tributárias Impostos Taxas De polícia De serviço Contribuição de melhoria Empréstimo

Leia mais

PRAZOS DE GUARDA E MANUTENÇÃO DE LIVROS E DOCUMENTOS

PRAZOS DE GUARDA E MANUTENÇÃO DE LIVROS E DOCUMENTOS PRAZOS DE GUARDA E MANUTENÇÃO DE LIVROS E DOCUMENTOS Regra geral Regra geral, o prazo de guarda e manutenção de livros e documentos fiscais, seja de competência federal, estadual ou municipal, tem ligação

Leia mais

Contribuinte x Responsável Regulamento do Imposto de Importação e Exportação

Contribuinte x Responsável Regulamento do Imposto de Importação e Exportação Contribuinte x Responsável Regulamento do Imposto de Importação e Exportação Guilherme Ehlers Farias é sócio do escritório Rodrigues, Ehlers & Neves. Formado em Ciências Contábeis no Centro Universitário

Leia mais

Resolução de Questões Direito Tributário Prof. Vinícius Casalino 18.03.2009

Resolução de Questões Direito Tributário Prof. Vinícius Casalino 18.03.2009 01. Analise os itens a seguir: I - Imposto direto é aquele em que a pessoa que praticou o fato tipificado na lei suporta o respectivo ônus fiscal e imposto indireto é aquele em que o ônus financeiro do

Leia mais

Prof. Alexandre Lugon

Prof. Alexandre Lugon DIREITO TRIBUTÁRIO ROTEIRO DAS AULAS Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda PARTE III Prof. Alexandre Lugon OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA LEI FATO GERADOR SUJEITO ATIVO SUJEITO PASSIVO DEVER

Leia mais

MATERIAL DE APOIO MONITORIA

MATERIAL DE APOIO MONITORIA Delegado Federal Disciplina: Direito Tributário Prof. Eduardo Sabbag Data: 13.01.2010 Aula n.º 08 MATERIAL DE APOIO MONITORIA Índice 1. Artigos Correlatos 1.1 Lançamento por homologação 2. Jurisprudência

Leia mais

Ponto 1. Ponto 2. Ponto 3

Ponto 1. Ponto 2. Ponto 3 DIREITO TRIBUTÁRIO PEÇA PROFISSIONAL Ponto 1 Em Agosto de 2008, o município de São Paulo promoveu, contra o Partido do Triunfo Nacional (PTN), regularmente registrado no Tribunal Superior Eleitoral, execução

Leia mais

1 (FCC/TRE-AC/Analista/2010) A respeito das entidades políticas e administrativas, considere:

1 (FCC/TRE-AC/Analista/2010) A respeito das entidades políticas e administrativas, considere: 1 (FCC/TRE-AC/Analista/2010) A respeito das entidades políticas e administrativas, considere: I. Pessoas jurídicas de Direito Público que integram a estrutura constitucional do Estado e têm poderes políticos

Leia mais

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS Autorizado pela Portaria no 1.393 de 04/07/01 DOU de 09/07/01 PLANO DE CURSO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS Autorizado pela Portaria no 1.393 de 04/07/01 DOU de 09/07/01 PLANO DE CURSO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS Autorizado pela Portaria no 1.393 de 04/07/01 DOU de 09/07/01 Componente Curricular: DIREITO TRIBUTÁRIO Código: CTB-262 Pré-requisito: ---------- Período Letivo: 2015.2 Professor:

Leia mais

Redução Juros sobre Multa Punitiva. Redução Multa Punitiva. Parcela Única 60% 60% 75% 75% - N/A

Redução Juros sobre Multa Punitiva. Redução Multa Punitiva. Parcela Única 60% 60% 75% 75% - N/A TRIBUTÁRIO 16/11/2015 ICMS - Regulamentação do Programa Especial de Parcelamento do Estado de São Paulo PEP Reduções Com base na autorização do Convênio ICMS 117/2015, de 07 de outubro de 2015, no último

Leia mais

Trataremos nesta aula das contribuições destinadas ao custeio da seguridade social

Trataremos nesta aula das contribuições destinadas ao custeio da seguridade social 1.4.7.3. Contribuições do art.195 CF Trataremos nesta aula das contribuições destinadas ao custeio da seguridade social (previdência, saúde e assistência social), espécies de contribuições sociais, como

Leia mais

PREPARATÓRIO RIO EXAME DA OAB 7ª PARTE RIO TRIBUTÁRIO. Prof. JOSÉ HABLE www.josehable.adv.br johable@gmail.com

PREPARATÓRIO RIO EXAME DA OAB 7ª PARTE RIO TRIBUTÁRIO. Prof. JOSÉ HABLE www.josehable.adv.br johable@gmail.com PREPARATÓRIO RIO EXAME DA OAB 7ª PARTE OBRIGAÇÃO E CRÉDITO TRIBUTÁRIO RIO Prof. JOSÉ HABLE www.josehable.adv.br johable@gmail.com RELAÇÃO JURÍDICO DICO-TRIBUTÁRIA RIA - CRONOLOGIA PRIN CC ÍPIO DD A A LL

Leia mais

A empresa formalizou consulta acerca da utilização de créditos relacionados à entrada de combustíveis, aos seguintes termos, em síntese:

A empresa formalizou consulta acerca da utilização de créditos relacionados à entrada de combustíveis, aos seguintes termos, em síntese: Assunto : Consulta utilização de créditos de combustíveis. EMENTA: CONSULTA EMPRESA TRANSPORTADORA - CRÉDITOS DE COMBUSTÍVEIS. ANÁLISE. 1. RELATÓRIO: A empresa formalizou consulta acerca da utilização

Leia mais

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL OAB XIII EXAME DE ORDEM C006 DIREITO TRIBUTÁRIO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL OAB XIII EXAME DE ORDEM C006 DIREITO TRIBUTÁRIO C006 DIREITO TRIBUTÁRIO PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL C006042 Responsabilidade Tributária. Exceção de pré-executividade. Determinada pessoa jurídica declarou, em formulário próprio estadual, débito de ICMS.

Leia mais

DIREITO FINANCEIRO JULIANA BRAGA

DIREITO FINANCEIRO JULIANA BRAGA DIREITO FINANCEIRO JULIANA BRAGA CONCEITO DE DIREITO FINANCEIRO CONCEITO DE DIREITO FINANCEIRO Ciência das Finanças: estuda o fenômeno financeiro em geral, seus aspectos econômico,social; trata-se de uma

Leia mais

Planejamento Tributário Empresarial

Planejamento Tributário Empresarial Planejamento Tributário Empresarial Aula 12 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina, oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades,

Leia mais

CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Prof. Cássio Marques da Silva 2015 TRIBUTOS Modalidades 1 MODALIDADES DE TRIBUTOS Como vimos tributo seria a receita do Estado, que pode estar ou não vinculada a uma contra-prestação. Entretanto existem

Leia mais

Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário

Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário Faculdades Integradas IPEP Campinas/SP Disciplina: Legislação Tributária Administração de Empresas Apostila 02 Professor: Rodrigo Tomas Dal Fabbro Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário Muitas

Leia mais

TRIBUTAÇÃO DO SETOR IMOBILIÁRIO E DA CONSTRUÇÃO CIVIL. Martelene Carvalhaes

TRIBUTAÇÃO DO SETOR IMOBILIÁRIO E DA CONSTRUÇÃO CIVIL. Martelene Carvalhaes TRIBUTAÇÃO DO SETOR IMOBILIÁRIO E DA CONSTRUÇÃO CIVIL Martelene Carvalhaes GESTÃO DE RISCOS O mercado de empreendimentos imobiliários é onde as empresas operam com maior nível de riscos devido às particularidades

Leia mais

Atividade Financeira do Estado

Atividade Financeira do Estado Atividade Financeira do Estado O Estado desenvolve atividades políticas, econômicas, sociais, administrativas, financeiras, educacionais, policiais, com a finalidade de regular a vida humana na sociedade,

Leia mais

Regulamenta os incentivos e benefícios fiscais instituídos pela Lei nº 5.780, de 22 de julho de 2014.

Regulamenta os incentivos e benefícios fiscais instituídos pela Lei nº 5.780, de 22 de julho de 2014. DECRETO Nº 39680 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2014 Regulamenta os incentivos e benefícios fiscais instituídos pela Lei nº 5.780, de 22 de julho de 2014. O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições

Leia mais

Código de Processo Civil, encontramos regras nesse sentido nos artigos 1003 e seguintes, 1022 e seguintes, artigo 1026.

Código de Processo Civil, encontramos regras nesse sentido nos artigos 1003 e seguintes, 1022 e seguintes, artigo 1026. Escritura pública de inventário e partilha Documentos Necessários A relação de documentos necessários para uma escritura pública de inventário e partilha, especialmente quando contemplam bens imóveis,

Leia mais

Especial Área Fiscal Direito Tributário Professor Irapuã Beltrão

Especial Área Fiscal Direito Tributário Professor Irapuã Beltrão 1 O que você aconselha para quem começa agora a se preparar para a área fiscal? Em primeiro lugar, deve ser elaborado algum tipo de planejamento de estudo, com reserva de tempo para aulas num bom curso

Leia mais

Receita Orçamentária: Conceitos, codificação e classificação 1

Receita Orçamentária: Conceitos, codificação e classificação 1 Para mais informações, acesse o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, Parte I Procedimentos Contábeis Orçamentários, 5ª edição. https://www.tesouro.fazenda.gov.br/images/arquivos/artigos/parte_i_-_pco.pdf

Leia mais

Ilegalidade e inconstitucionalidade da cobrança da Contribuição Sindical Rural. Proposta de sua extinção

Ilegalidade e inconstitucionalidade da cobrança da Contribuição Sindical Rural. Proposta de sua extinção Ilegalidade e inconstitucionalidade da cobrança da Contribuição Sindical Rural. Proposta de sua extinção Kiyoshi Harada* É pacífico na doutrina e na jurisprudência que o crédito tributário resulta do ato

Leia mais

Prefeitura Municipal de Ibirataia Estado da Bahia

Prefeitura Municipal de Ibirataia Estado da Bahia DECRETO Nº 3857, de 29 de setembro de 2015. "Institui e Regulamenta a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS e) no Município de Ibirataia e dá outras providências." O Prefeito do Município de Ibirataia,,

Leia mais

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum 11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas As sociedades não-personificadas são sociedades que não tem personalidade jurídica própria, classificada em: sociedade em comum e sociedade

Leia mais

Receita Orçamentária: Conceitos, codificação e classificação 1

Receita Orçamentária: Conceitos, codificação e classificação 1 Receita Orçamentária: Conceitos, codificação e classificação 1 1. CODIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA Para melhor identificação da entrada dos recursos aos cofres públicos, as receitas são codificadas

Leia mais

Imposto de Renda sobre o Ganho de Capital

Imposto de Renda sobre o Ganho de Capital Imposto de Renda sobre o Ganho de Capital Formas de Redução e Isenção da Obrigação Tributária gerada pelo ganho de capital com a venda de imóveis. Lucas Calafiori Catharino de Assis Conceito de Tributo

Leia mais

Responsabilidade Tributária: dissolução irregular, subsidiariedade, solidariedade e substituição tributária

Responsabilidade Tributária: dissolução irregular, subsidiariedade, solidariedade e substituição tributária Responsabilidade Tributária: dissolução irregular, subsidiariedade, solidariedade e substituição tributária Pós-Doutora pela Universidade de Lisboa; Doutora pela PUC/SP; Mestre pela UFC; Professora Graduação

Leia mais

Dívida Ativa e Certidões Negativas

Dívida Ativa e Certidões Negativas Direito Tributário Aula 7 Dívida Ativa e Certidões Negativas Sergio Karkache http://sergiokarkache.blogspot.com sekarkache@yahoo.com.br Dívida Ativa Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito

Leia mais

CURSO SOBRE TRIBUTAÇÃO MUNICIPAL PANORAMA DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL

CURSO SOBRE TRIBUTAÇÃO MUNICIPAL PANORAMA DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL CURSO SOBRE TRIBUTAÇÃO MUNICIPAL PANORAMA DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL FUNÇÃO DOS TRIBUTOS FUNÇÃO FISCAL OU ARRECADATÓRIA; FUNÇÃO EXTRAFISCAL OU REGULATÓRIA NECESSIDADE ARRECADATÓRIA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

Leia mais

Direito Tributário Toque 1 Competência Tributária (1)

Direito Tributário Toque 1 Competência Tributária (1) É com grande satisfação que inicio minha jornada no site da Editora Ferreira. Neste espaço, iremos abordar o Direito Tributário com um único objetivo: obter, nesta disciplina, uma ótima pontuação em qualquer

Leia mais

RESPONSABILIDADE PESSOAL DOS SÓCIOS ADMINISTRADORES NOS DÉBITOS TRIBUTÁRIOS QUANDO DA DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA SOCIEDADE

RESPONSABILIDADE PESSOAL DOS SÓCIOS ADMINISTRADORES NOS DÉBITOS TRIBUTÁRIOS QUANDO DA DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA SOCIEDADE compilações doutrinais RESPONSABILIDADE PESSOAL DOS SÓCIOS ADMINISTRADORES NOS DÉBITOS TRIBUTÁRIOS QUANDO DA DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA SOCIEDADE Carlos Barbosa Ribeiro ADVOGADO (BRASIL) VERBOJURIDICO VERBOJURIDICO

Leia mais

CRÉDITO TRIBUTÁRIO. e) A aplicação retroativa de legislação tributária formal pode atribuir responsabilidade tributária aterceiros.

CRÉDITO TRIBUTÁRIO. e) A aplicação retroativa de legislação tributária formal pode atribuir responsabilidade tributária aterceiros. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 01- Sobre o lançamento, com base no Código Tributário Nacional, assinale a opção correta. a) O lançamento é um procedimento administrativo pelo qual a autoridade fiscal, entre outras

Leia mais

PARTE I INTRODUÇÃO REGRA GERAL

PARTE I INTRODUÇÃO REGRA GERAL PARTE I INTRODUÇÃO Este guia tratará dos prazos de guarda e manutenção de livros e documentos fiscais, seja de competência federal, estadual ou municipal, bem como das multas decorrentes da falta, atraso

Leia mais

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2011.

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2011. Rio de Janeiro, 26 de julho de 2011. Ementa: Direito Administrativo e tributário. Desapropriação de imóvel urbano Responsabilidade pelo pagamento da dívida de IPTU e Compensação com o valor a ser recebido

Leia mais

DECRETO Nº 18.480, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2013.

DECRETO Nº 18.480, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2013. DECRETO Nº 18.480, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2013. Estabelece o Calendário Fiscal de Arrecadação dos Tributos Municipais para o exercício de 2014. O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso das atribuições

Leia mais

RESOLUÇÃO AGE Nº 279, DE 6 DE OUTUBRO DE 2011. (Texto Consolidado)

RESOLUÇÃO AGE Nº 279, DE 6 DE OUTUBRO DE 2011. (Texto Consolidado) RESOLUÇÃO AGE Nº 279, DE 6 DE OUTUBRO DE 2011. (Texto Consolidado) Regulamenta o oferecimento e a aceitação de seguro garantia e da carta de fiança no âmbito da Advocacia Geral do Estado - AGE. O ADVOGADO-GERAL

Leia mais

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO LEI N. 1.021, DE 21 DE JANEIRO DE 1992 "Define microempresa para efeito fiscal previsto na Lei Complementar n. 48/84 e dá outras providências." O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE seguinte Lei: FAÇO SABER que

Leia mais

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. FATO GERADOR e OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. Curso Online Intensivo OAB/FGV - V Exame Unificado

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. FATO GERADOR e OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. Curso Online Intensivo OAB/FGV - V Exame Unificado Curso Online Intensivo OAB/FGV - V Exame Unificado Direito Tributário Aula 07 Professor Claudio Carneiro Fato Gerador Classificação do Fato Gerador Elementos do Fato Gerador Integral Relação Jurídica Tributária

Leia mais

ENTIDADE DE EDUCAÇÃO SEM FINALIDADE LUCRATIVA ISENÇÃO DA COFINS SOBRE RECEITAS PRÓPRIAS E RECOLHIMENTO

ENTIDADE DE EDUCAÇÃO SEM FINALIDADE LUCRATIVA ISENÇÃO DA COFINS SOBRE RECEITAS PRÓPRIAS E RECOLHIMENTO ENTIDADE DE EDUCAÇÃO SEM FINALIDADE LUCRATIVA ISENÇÃO DA COFINS SOBRE RECEITAS PRÓPRIAS E RECOLHIMENTO DA CONTRIBUIÇÃO DO PIS/PASEP MEDIANTE ALÍQUOTA DE 1% (UM POR CENTO) INCIDENTE SOBRE A FOLHA DE SALÁRIO

Leia mais

ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR E REGIME TRIBUTÁRIO PROF. SERGIO MONELLO

ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR E REGIME TRIBUTÁRIO PROF. SERGIO MONELLO ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR E REGIME TRIBUTÁRIO PROF. SERGIO MONELLO 08/10/2013 Para as desonerações tributárias, as entidades podem ser divididas em dois campos: 1) as imunes 2) as isentas 2 IMUNIDADE

Leia mais