ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. Lúcio Botelho Sérgio Freitas

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1 ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Lúcio Botelho Sérgio Freitas

2 ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO CONCEITO: Todo aquele que focaliza a ocorrência de um fenômeno numa população ou amostra representativa. Se baseia na observação dos fatos e suas variações. FINALIDADE: DESCRITIVA: analisa a distribuição do fenômeno em função do tempo, lugar e das características das pessoas por ele acometidas para identificar possíveis fatores de risco e descobrir sua origem e modo de propagação. Levanta hipóteses. ANALÍTICA: procura identificar a relação entre o fenômeno e fatores ou condições diversas, aos quais se possa atribuir seu comportamento e distribuição. Testa hipóteses de relação causal entre fatores de exposição e eventos.

3 ESTUDOS DESCRITIVOS RELATO DE CASOS ESTUDO DE SÉRIE DE EVENTOS ESTUDO DE SÉRIE HISTÓRICA

4 ESTUDOS DESCRITIVOS SÉRIE HISTÓRICA 25 Tendências de mortalidade por câncer de bexiga e próstata. Taxas por Próstata Bexiga Ano

5 ESTUDOS ANALÍTICOS OBSERVAÇÃO INTERVENÇÃO OU EXPERIMENTAIS O pesquisador não intervém no estudo. Apenas observa e compara o efeito em grupos expostos e de controle. O pesquisador intervém determinando o fator, a intensidade e o grupo de exposição. Geralmente experimenta métodos para controle ou prevenção do fenômeno

6 NOS ESTUDOS ANALÍTICOS SEMPRE HAVERÁ COMPARAÇÃO DA RELAÇÃO EXPOSIÇÃO E EFEITO ENTRE OS GRUPOS EXPOSTOS E DE CONTROLE EXPOSIÇÃO DOENTES SADIOS TOTAL SIM a b (a+b) NÃO c d (c+d) TOTAL (a+c) (b+d) (a+b+c+d)

7 ESTUDOS EXPERIMENTAIS (ENSAIOS CLÍNICOS) DEFINIÇÃO DO PROBLEMA COM DELIMITAÇÃO DO EVENTO E DOS FATORES DE EXPOSIÇÃO E DE COMPARAÇÃO DEFINIÇÃO DA POPULAÇÃO CRITÉRIOS DE INCLUSÃO DEFINIÇÃO DO DESFECHO DE SUCESSO TERAPÊUTICO CÁLCULO DO TAMANHO DA AMOSTRA/ DISTRIBUIÇÃO ALEATÓRIA/ INÍCIO DO EXPERIMENTO ANÁLISES ESTATÍSTICA DOS RESULTADOS/ CONCLUSÕES

8 ESTUDOS DE OBSERVAÇÃO EXPOSIÇÃO ESTUDOS DE COORTE ESTUDOS DE CASO- CONTROLE ESTUDO TRANSVERSAL DOENÇA ESTUDOS LONGITUDINAIS COORTE CASO-CONTROLE COORTE HISTÓRICA ESTUDOS TRANSVERSAIS OU SECCIONAIS ECOLÓGICOS

9 PASSADO PRESENTE FUTURO Procura-se a exposição ao fator no passado RETROSPECTIVO Selecionam-se os casos e os controles Seleciona-se a coorte e classifica-se segundo a exposição ao fator Observa-se a coorte para constatar o aparecimento ou não da doença PROSPECTIVO Baseado em registros existentes, classificase os indivíduos em coortes, de acordo com a exposição ao fator Identifica uma coorte definida no passado Verifica-se se houve ou não o aparecimento da doença PROSPECTIVO HISTÓRICO

10 Caso-controle Coorte Expostos Doentes Casos Expostos Não Expostos Não Doentes Controles Expostos Não Expostos Não Expostos Doentes Não Doentes

11 TIPO DE ESTUDO ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO COORTE CASO- CONTROLE TRANSVERSAL QUESTÃO CENTRAL Quais são os efeitos da intervenção? Quais são os efeitos da exposição ao fator de risco? Quais são as causas do agravo à saúde? Quais são as freqüências dos eventos? Estão a exposição e a doença associados? ANÁLISE DOS DADOS Incidência do efeito em expostos X não expostos Incidência do efeito em expostos X não expostos Proporção de expostos em casos X controle. Prevalência do efeito em expostos X não expostos. Proporção de expostos em casos X controle.

12 MEDIDAS DOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Tipo de Estudo Medida de Ocorrência Medida de Associação Transversal Prevalência Razão de Prevalência Coorte Incidência Risco Relativo Caso-Controle - Odds Ratio Ecológico Freqüências Correlação

13 MEDIDAS DOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS EXPOSIÇÃO DOENTES SADIOS TOTAL SIM a b (a+b) NÃO c d (c+d) TOTAL (a+c) (b+d) (a+b+c+d) RR = Ie/Ine Ie = a/(a+b) Ine= c/(c+d) OR = a*d/c*b RP = Pe/Pne Pe = a/(a+b) Pne= c/(c+d)

14 RISCO RELATIVO Câncer de Pulmão Fumo Sim Não Total Sim 72 (a) (b) Não 9 (c) (d) Total Incidência entre expostos = 72/ = 0,0036 Incidência entre não expostos = 9/ = 0,0003 Risco Relativo = 0,0036 / 0,0003 = 12

15 RISCO ATRIBUÍVEL OU DIFERENÇA DE RISCO O excesso na ocorrência do desfecho que pode ser atribuído à exposição D.R = Incidência E 1 -incidência E 0 Se a incidência de desmame precoce = 20% nas mulheres da classe A e 10% nas mulheres da classe B O Risco Atribuível, Diferença no Risco ou Excesso no Risco de desmame precoce entre as mulheres da Classe A quando comparadas a Classe B D.R = IE 1 -IE 0 =Iclasse A-Iclasse B= 20% - 10% D.R = 10% Mulheres da classe A tem um acréscimo de 10% na incidência do desmame precoce quando comparadas as mulheres da classe B. Um excesso de 10% na incidência do desfecho atribuído à exposição. Um excesso de 10% na incidência de desmame precoce pode ser atribuído à classe social mais alta

16 Diferenças de Risco (DR) X Risco Relativo A DENSIDADE DE INCIDÊNCIAS ASSOCIADA A DUAS DOENÇAS A E B. MEDIDA DA DOENÇA DOENÇA A DOENÇA B Incidência nos expostos 10/100 80/100 Incidência nos não expostos 5/100 40/100 RR 2,0 2,0 Diferença de Incidência E-NE 5 40 Mesmo Risco Relativo ao comparar expostos e não expostos Diferença de risco: Impacto da exposição no número de casos gerados: 8 vezes mais casos da doença B são gerados pela exposição comparado a doença A

17 NO EXEMPLO DAS DOENÇAS A E B Risco Relativo = importância etiológica da exposição R.R : 2,0 nas duas doenças A e B. Risco Atribuível = importância na prevenção = remoção da exposição R.A: Doença B gera 8x mais casos do que doença A Conclusão: ponto de vista de saúde pública (remoção da exposição ) A exposição é muito mais importante em B. Remoção em B preveniria a ocorrência de 8 x mais casos do que em A. Se os custos da doença e das medidas de prevenção = em A e B Se a efetividade esperada pela prevenção é a mesma em A e B Melhor aplicação dos recursos seria obtido na luta contra a doença B

18 Diferenças de Risco (DR) MEDE O EFEITO DA EXPOSIÇÃO EM UMA ESCALA ABSOLUTA Exercício Se o risco de diarréia entre as crianças nascidas de mães que não amamentam no peito é de 38% e entre as que amamentam é 18% Calcule o Risco Atribuível e interprete

19 Diferenças de Risco (DR) MEDE O EFEITO DA EXPOSIÇÃO EM UMA ESCALA ABSOLUTA QUÃO MAIOR É A FREQUÊNCIA DA DOENÇA NOS NÃO AMAMENTADOS COMPARADAS AOS AMAMENTADOS? Se o risco de diarréia entre as crianças nascidas de mães que não amamentam no peito é 38% e entre as que amamentam é 18%, a Diferença de Risco ou Risco atribuível é de 20%. Assumindo uma relação de causalidade, a interpretação é que não amamentar foi responsável por um excesso de 20% na incidência de diarréia nas crianças não amamentadas comparada à incidência nas amamentadas

20 RISCO ATRIBUÍVEL PROPORCIONAL (RAP) OU FRAÇÃO ETIOLÓGICA NOS EXPOSTOS É o risco atribuível expresso em percentual em relação à incidência nos expostos FRAÇÃO ETIOLÓGICA NOS EXPOSTOS RAP= Diferença de Risco / incidência nos expostos X 100

21 Fração Etiológica nos Expostos Avaliação do impacto obtido pelo incentivo à amamentação. Fração da doença que poderia ser prevenida entre os nascidos se a não amamentação fosse completamente eliminada. FRAÇÃO ETIOLÓGICA Diferença de Risco / incidência nos expostos X 100 FE= 20% / 38% = 53%

22 Diferenças de Risco (DR) Fração atribuível à não amamentação Avaliação do impacto obtido pelo incentivo à amamentação. Fração da doença que poderia ser prevenida entre os nascidos se a não amamentação fosse completamente eliminada. 20% dos 38% = 20/38=0.53= 53% dos casos de diarréia entre os expostos podem ser atribuídos ao fato de não amamentar

23 FRAÇÃO ETIOLÓGICA NOS EXPOSTOS Avaliação do impacto obtido pelo incentivo à amamentação. Volume da doença que poderia ser prevenida entre os expostos se a não amamentação fosse completamente eliminada. 53% da incidência de diarréia poderia ser prevenida entre as crianças não amamentadas, se o ato da amamentação fosse incentivado entre estas mães.

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