Epidemiologia Analítica. Estudos transversais 2017-II Site:
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1 Epidemiologia Analítica Estudos transversais 2017-II Site:
2 O método Epidemiológico estudos descritivos Epidemiologia descritiva: Observação da frequência e distribuição de um evento relacionado à saúde-doença Tabagismo Qual a frequência de tabagismo em jovens?
3 O método Epidemiológico estudos analíticos Observação da frequência e distribuição de um evento relacionado à saúde-doença Formulação de hipóteses : Existe associação entre atividade física e tabagismo Tabagismo aumenta o risco de doença cardiovascular. Estudos analíticos: estudos quantitativos com teste de hipóteses
4 Tipos de estudo epidemiológico (adaptado de Almeida Fº, 2003) Investigador Temporalidade População Tipo de estudo Observacional Transversal Individual Estudo transversal Agregado Estudo ecológico Longitudinal Individual Estudo de coorte Estudo caso-controle Agregado Série temporal (ecológico) Intervenção ou Experimental Longitudinal Individual Ensaio clínico Agregado Ensaio comunitário
5 Tipo de estudos epidemiológicos observacionais A) causa (exposição) e efeito (desfecho) são mensurados em um único momento no tempo. B) Parte-se da exposição (presente/ausente) e, em pelo menos em um momento posterior no tempo, mensura-se a ocorrência do desfecho nos dois grupos. C) Parte-se do desfecho (presente/ausente) e, através de uma fonte confiável, verifica-se a exposição (passado) nos dois grupos.
6 Tipo de estudos epidemiológicos observacionais A) causa (exposição) e efeito (desfecho) são Estudo transversal mensurados em um único momento no tempo. B) Parte-se da exposição (presente/ausente) e, em pelo menos em Estudo um momento de coorte posterior no tempo, mensura-se a ocorrência do desfecho nos dois grupos. C) Parte do desfecho (presente/ausente) e, através de uma fonte Estudo confiável, caso verifica-se controle a exposição (passado) nos dois grupos.
7 Silva EC, Martins MS, Guimarães LV, Segri NJ, Lopes MA, Espinosa MM. Determinantes do consumo de tabaco por estudantes. Rev Saude Publica. 2017; 51:36. Objetivo: Estimar a prevalência e determinantes do consumo de tabaco por estudantes.
8 Estudo Transversal População investigada em um só momento
9 Estudo Transversal Estudo de prevalência descritivo ou Inquérito
10 Estudo transversal analítico Explorar associação entre variáveis Exposição (I) Desfecho (O) Explorar associação entre variáveis Sexo Religião Tabagismo Pais fumantes
11 Pai ou mãe fumante Tabagismo Não fuma Observa-se entre os dois grupos por pais fumantes (fator ou exposição ou determinante) em qual o tabagismo (desfecho) foi mais frequente (prevalência). Pais não fumantes Tabagismo Não fuma
12 Estudos transversais Medida de frequência Tabagismo regular em adolescentes Não tabagismo Total Frequência de tabagismo Pais fumantes Pais não fumantes
13 Medida de frequência de estudos transversais: Prevalência Tabagismo regular em adolescentes Não tabagismo Total Prevalência de tabagismo Pais fumantes ,5% Pais não fumantes ,2%
14 Por que prevalência? Prevalência vs. Incidência
15 Estudos transversais Existe associação entre exposição e desfecho? Compara-se a prevalência do desfecho nos dois grupos: expostos e não expostos Razão de prevalências= Prevalência de tabagismo em filhos pais fumantes Prevalência de tabagismo em filhos pais nãofumantes
16 Como medir associação entre exposição e desfecho? Posso quantificar o quanto a obesidade aumenta ou diminui a prevalência de hipertensão? Tabagismo adolescentes Pais fumantes 9,5% Razão de prevalências Pais não fumantes 2,2% 9,5 / 2,2= 4,31
17 Medida de associação Razão de prevalências RP Razão de prevalências (RP)= No caso => RP= 4,31 Como interpreto? Prevalência de tabagismo em adolescentes pais fumantes (expostos) Prevalência dae tabagismo em adolescentes de pais não-fumantes. (nãoexpostos) E se a RP fosse = 1? E se fosse = 0,5?
18 Estudos transversais Associação ou Causalidade? Podemos falar em risco?
19 Critérios de Hill Quanto mais critérios forem preenchidos, maior a chance de esta associação ser de "causa e efeito : Força da associação: quanto mais forte uma associação, mais provável que seja causal. Consistência: a relação deve ser condizente com os achados de outros estudos Especificidade: exposição específica causa a doença Temporalidade: causa deve ser anterior à doença Gradiente biológico (efeito dose-resposta): deve ser em gradiente, proporcional Plausibilidade biológica: A associação deve ter uma explicação plausível, concordante com o nível atual de conhecimento do processo patológico Coerência: os achados devem seguir o paradigma da ciência atual Evidências experimentais: Mudanças na exposição mudam o padrão da doença Analogia: com outra doença ou com outra exposição Bradford-Hill, Austin. (1965). "The Environment and Disease: Association or Causation?". 'Proceedings of the Royal Society of Medicine' 58: PMID
20 Estudos transversais Pode ser medida a associação entre exposição e desfecho, mas há limitação para causalidade. Não há temporalidade, um critério importante para estabelecer causalidade.
21 Principal problema do estudo transversal Causalidade reversa Para algumas variáveis, não se pode afirmar quem foi causa ou consequência.
22 Explicações alternativas?
23 Análise bruta e ajustada primeira abordagem
24 Confundimento exposição Religião desfecho Tabagismo fator Idade É um outro fator que, de forma independente, é risco ou proteção para o desfecho. Este fator está relacionado com a exposição (maior ou menor frequência entre os expostos) Este fator não faz parte da cadeia causal entre a exposição e o desfecho
25 Controle do confundimento A) Análise estratificada Estima-se a razão de prevalências de tabagismo em quem apresentou/não apresentou religião para cada grupo de idade B) Regressão múltipla Y=a+bx1+bx2+e O efeito de cada x (idade, religião) sobre Y (tabagismo) é estimado independentemente!!!!
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