NO ESTÍMULO À MICORRIZAÇÃO DE MUDAS DE SIBIPIRUNA

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1 Ciênci Florestl, Snt Mri, v. 22, n. 1, p , jn.-mr., 2012 ISSN ÓLEO ESSENCIAL DE Euclyptus grndis Hill ex Miden NO ESTÍMULO À MICORRIZAÇÃO DE MUDAS DE SIBIPIRUNA (Ceslpini peltophoroides Benth.) 69 ESSENTIAL OIL OF Euclyptus grndis Hill ex Miden IN STIMULATING MYCORRHIZAL SIBIPIRUNA SEEDLINGS (Ceslpini peltophoroides Benth.) Ricrdo Bemfic Steffen 1 Zid Inês Antoniolli 2 Gerus Puli Kist Steffen 3 Rodrigo Ferreir d Silv 4 RESUMO Os metólitos secundários extrídos de espécies florestis formdors de ectomicorrizs podem estimulr simiose entre fungos ectomicorrízicos e espécies florestis ntivs do Rio Grnde do Sul. O ojetivo deste trlho foi determinr o efeito do óleo essencil de euclipto n formção de ssocição ectomicorrízic e no crescimento de muds de siipirun, em condições de cs de vegetção. Plântuls de siipirun form sumetids qutro trtmentos constituídos pel presenç e usênci do inóculo ectomicorrízico Pisolithus microcrpus (Cooke & Mssee) e plicção ou não do óleo essencil de euclipto. O óleo essencil foi soluilizdo e plicdo com pulverizdor mnul nos períodos de 0, 7 e 14 dis contr d dt de trnsplnte ds plântuls. Utilizou-se o delinemento inteirmente csulizdo com sete repetições. Decorridos 90 dis de crescimento, s muds form coletds e vliou-se ltur, diâmetro do colo, comprimento de rízes, mss sec d prte ére e porcentgem de colonizção micorrízic. A plicção do óleo essencil de euclipto fvoreceu ocorrênci de ssocição ectomicorrízic, com Pisolithus microcrpus em muds de siipirun, proporcionndo umento significtivo no desenvolvimento d prte ére ds muds. Plvrs-chve: plnts ntivs; Pisolithus microcrpus; metólitos secundários. ABSTRACT The secondry metolites extrcted from forest species forming ectomycorrhizl could stimulte the symiosis etween ectomycorrhizl fungi nd ntives forest species of Rio Grnde do Sul stte. The im of this work ws to evlute ectomycorrhizl ssocition nd the seedlings growth of inoculted nd non-inoculted Siipirun with Pisolithus microcrpus (Cooke & Mssee) ectomycorrhizl fungus nd sumitted nd not sumitted to the ppliction of the essentil oil of Euclyptus grndis, in greenhouse conditions. The essentil oil ws soluilized nd pplied with mnul spry during periods of 0, 7 nd 14 dys from the dte of seedlings trnsplnting. A rndomized design with seven repetitions ws used. After 90 dys of plnt growth, it ws evluted the seedling coloniztion degree, the height, the stem dimeter, the root length nd the dry mss of shoots. The euclyptus essentil oil stimultes the occurrence of ectomycorrhizl on Siipirun seedlings, thus providing high seedling development when inoculted with Pisolithus microcrpus. Keywords: ntive plnts; Pisolithus microcrpus; secondry metolites. 1. Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciênci do Solo, Pós-doutorndo do Progrm de Pós-grdução em Ciênci do Solo, Centro de Ciêncis Ruris, Universidde Federl de Snt Mri, Av. Rorim, 1000, CEP , Snt Mri (RS). Bolsist CAPES. emfic_steffen@yhoo.com.r 2. Biólog, Drª., Professor Associd do Deprtmento de Solos, Centro de Ciêncis Ruris, Universidde Federl de Snt Mri, Av. Rorim, 1000, CEP , Snt Mri (RS). Bolsist de produtividde do CNPq. zntoniolli@gmil.com 3. Engenheir Agrônom, MSc., Doutornd do Progrm de Pós-grdução em Ciênci do Solo, Centro de Ciêncis Ruris, Universidde Federl de Snt Mri, Av. Rorim, 1000, CEP , Snt Mri (RS). Bolsist CAPES. ge.puli@yhoo.com.r 4. Engenheiro Agrônomo, Dr., Professor do Curso de Agronomi, Centro de Educção Superior Norte do Rio Grnde do Sul, Universidde Federl de Snt Mri, Linh Sete de Setemro, s/n, BR 386, Km 40, CEP , Frederico Westphlen (RS). rofesil@ol.com.r Receido pr pulicção em 16/06/2010 e ceito em 21/12/2010

2 70 Steffen, R. B. INTRODUÇÃO Dentre s inter-relções iológics estelecids no solo, simiose entre plnt e micro-orgnismos heterotróficos, como o cso ds micorrizs, destc-se pelos enefícios proporciondos à produção vegetl. As micorrizs são considerds simiose de mior expressão ecológic e econômic entre fungos do solo e rízes de plnts superiores (SMITH e READ, 2008), representndo lterntiv pr o estelecimento de muds cmpo e pr mnutenção e estilidde ds florests (OLIVEIRA et l., 2008). Os fungos ectomicorrízicos (fecm) são importntes gentes estruturdores de comuniddes florestis, fvorecendo sucessão e resiliênci, especilmente durnte períodos de lterções climátics (SMITH e READ, 2008). Estes micro-orgnismos intergem com espécies vegetis formndo ssocição simiótic mutulístic, resultndo em enefícios, como mior sorção de águ e nutrientes e proteção ds plnts estresses ióticos e ióticos (KHAN, 2006; GRAZZIOTTI et l., 2001; FENG et l., 2002; SILVA et l., 2003; PERA e PARLADÉ, 2005; ZEPPA et l., 2005; GÖHRE e PASZKOWSKI, 2006). Apesr d consolidção do conhecimento sore os enefícios decorrentes d ssocição micorrízic, poucos são os trlhos de pesquis relciondos à simiose com espécies florestis ntivs. Avlindo simiose ectomicorrízic in vitro de espécies florestis ntivs, Silv (2007) oservou ssocição de isoldos ectomicorrízicos com s espécies cnfístul (Peltophorum duium (Sprengel) Tuert), ngico-vermelho (Prpiptdeni rígid (Benth.) Brenn) e timúv (Enteroloium contortisiliquum (Vell.) Morong.). Estudndo ocorrênci nturl de ssocição micorrízic em espécies florestis ntivs do Rio Grnde do Sul, Andrezz et l. (2008) oservrm presenç de fungos micorrízicos rusculres ssocidos às rízes ds espécies rucári (Arucri ngustifoli (Bertol.) Kuntze), timúv, cnfístul, ipê-mrelo (Teui chrysotrich (Mrt. ex DC.) Stndl.), ipê-roxo (Teui heptphyll (Vell.) Tol.) e grápi (Apulei leiocrp (Vog.) Mcride). Conforme estes utores, o conhecimento sore ssocição entre espécies florestis ntivs no estdo gúcho e fungos ectomicorrízicos pode representr um lterntiv pr o estelecimento, sustentilidde e desenvolvimento dests espécies róres. No entnto, os fecm precem formr simiose pens com espécies florestis específics, limitndo ocorrênci dess ssocição (SMITH e READ, 2008). Contudo, não há um consenso sore ocorrênci de ectomicorrizs em espécies florestis ntivs do Brsil, sendo considerd rr est ssocição em condições nturis (OLIVEIRA et l., 2008). Esse comportmento result do fto de que muits espécies, ou mesmo isoldos de fecm, presentm seletividde em relção determinds espécies vegetis (CARRERA-NIEVA e LÓPEZ- RÍOS, 2004; SMITH e READ, 2008), permitindo dependênci do fungo n presenç de sinis ioquímicos específicos, produzidos pel plnt hospedeir (MOREIRA e SIQUEIRA, 2006). Ess relção ocorre em ssocições comptíveis (SOUZA et l., 2006), onde o sistem rdiculr ds plnts sintetiz e disponiiliz metólitos secundários preferenciis do fungo que tum como sinis ioquímicos fvoráveis o quimiotropismo (BAPTISTA et l., 1999; FEUGEY et l., 1999). Assim, utilizção dos metólitos produzidos por plnts simiontes, como o euclipto, pode ser um lterntiv tecnológic pr estimulr o estelecimento dess ssocição ns espécies florestis ntivs do Brsil. A utilizção de metólitos secundários n form de óleos essenciis de plnts de euclipto pode cusr efeito ntgônico determinds espécies de micro-orgnismos (BATISH et l., 2008) e lelopti determinds espécies vegetis (CRUZ et l., 2000; FERREIRA e AQUILA, 2000; GOETZE e THOMÉ, 2004). No entnto, dependendo d concentrção de determindos compostos, poderá ocorrer relções de sinergismo, proporcionndo indução do crescimento de microorgnismos ou plnts (BLUM, 1999; MAIRESSE, 2005). A prtir desse efeito, lguns trlhos têm mostrdo ioestimulção dos óleos essenciis no desenvolvimento microino (MARTINS et l., 2000; MUCCIARELLI et l., 2003; AKIYAMA et l., 2005) e em espécies vegetis (ALVES et l., 2004; BONALDO et l., 2007). Entretnto, não há reltos n litertur mostrndo o efeito d plicção do óleo essencil de Euclyptus spp. n ioestimulção d colonizção ectomicorrízic de espécies florestis ntivs. Dentre s essêncis florestis ntivs pssíveis de utilizção em áres de reflorestmento, siipirun (Ceslpini peltophoroides Benth.) tmém conhecid como flso pu-rsil é indicd devido às sus crcterístics fisiológics

3 Óleo essencil de Euclyptus grndis Hill ex Miden no estímulo à micorrizção de desejáveis, potencil mdeireiro e fácil dptção diferentes tipos de solos (LORENZI, 2002; FERRAZ-GRANDE e TAKAKI, 2006; ARRUDA et l. 2009). O ojetivo do trlho foi vlir o efeito do óleo essencil de Euclyptus grndis n estimulção d ssocição ectomicorrízic e no crescimento de muds de siipirun. MATERIAL E MÉTODOS Otenção e prepro ds sementes As sementes de siipirun form otids n Estção Experimentl de Silvicultur de Snt Mri FEPAGRO. Pr desinfestção ds sementes, s mesms form imerss em etnol (70%) durnte 30 segundos, so gitção. Posteriormente, form imerss em hipoclorito de sódio (1%) durnte 30 segundos e lvds três vezes em águ destild estéril, pr retird do residul de hipoclorito. Após ssepsi, s sementes form pré-germinds em plcs de Petri contendo solução de germinção compost por ácido órico (3 mm), glicose (2 g L -1 ), sulfto de cálcio (500 µm) e ágr (4 g L -1 ) ph 5,7. Otenção do óleo essencil de Euclyptus grndis A extrção do óleo essencil foi relizd trvés d técnic de hidrodestilção ds folhs frescs de euclipto (VITTI e BRITO, 2003). As folhs coletds form cortds em pedços de 2 cm, pesds e seprds em lotes individuis de 100 g. Posteriormente, s folhs form colocds em lão de fundo redondo no prelho de Clevenger modificdo (SERAFINI e CASSEL, 2001), mntendo-se águ destild em eulição dentro do lão, por meio de quecedor externo. Os componentes vegetis extrídos, pós pssgem do destildo por um condensdor tipo Lieig, form coletdos e mntidos so refrigerção 4 o C, té su utilizção. Prepro do inoculnte vegettivo de fecm Utilizou-se o fecm Pisolithus microcrpus (UFSC-Pt116), mntido em meio de cultur sólido Melin-Norkrns modificdo, MNM (MARX, 1969) em ph 5,8, em plcs de Petri de 90 mm de diâmetro, em estuf 26ºC. Pr produção do inoculnte vegettivo de fecm, dptou-se técnic descrit por Chávez et l. (2009). Inicilmente, form relizds suspensões micelins do isoldo UFSC-Pt116, em 50 ml de meio MNM líquido, em erlenmeyers de 150 ml, prtir de discos de 10 mm de diâmetro otidos de culturs purs, mntids em meio sólido, seguindo-se de incução 26ºC, durnte 30 dis. Após esse período, o conteúdo dos erlenmeyers foi frgmentdo em liquidificdor, contendo 200 ml de meio MNM líquido, durnte 10 segundos, e misturdo 300 ml de turf estéril, em equer de 1000 ml, sendo posteriormente condiciondo em incudor 26ºC té o momento d utilizção. Trtmentos O efeito do óleo essencil de Euclyptus grndis n estimulção d ssocição ectomicorrízic e no crescimento de muds de siipirun foi vlido nos trtmentos: ) sem inoculção e sem plicção de óleo essencil (controle), ) sem inoculção/ com plicção de óleo essencil (óleo), c) com inoculção/ sem plicção de óleo essencil (inoculdo), d) com inoculção/ com plicção do óleo essencil (inoculdo + óleo), Utilizou-se o delinemento inteirmente csulizdo com sete repetições. Pr os trtmentos com inoculção, completou-se o volume restnte dos vsos com o inoculnte vegettivo, mntendose o sustrto úmido té o momento do trnsplnte ds plântuls de euclipto. Pr os trtmentos sem inoculção, os vsos form preenchidos somente com turf esterilizd. Montgem e condução dos ensios Em cs de vegetção, form utilizdos vsos plásticos de cultivo com 1000 cm 3, os quis tiverm 90% do seu volume preenchido com turf. A mesm presentv ph em águ 5,8; cálcio 25,9 cmol c dm -3 ; mgnésio 4,7 cmol c dm -3 ; H+Al 2,5 cmol c dm -3 ; CTC efetiv 31,1; mtéri orgânic 12%; rgil 9%; potássio 176 mg dm -3 e fósforo 11,3 mg dm -3. O sustrto foi previmente esterilizdo em utoclve 121ºC, durnte 60 minutos, por dus vezes consecutivs. Os vsos form irrigdos fim de densr turf no seu interior, chegndo est um volume proximdo de 80% do vso. Decorrido o período de germinção ds sementes, trnsplntou-se um plântul de siipirun com dois pres de folhs definitivs por vsos de cultivo. A reposição d umidde foi relizd dicionndo-se dirimente

4 72 Steffen, R. B. águ destild. Aplicou-se solução nutritiv de Hoglnd e Arnon (1951) em intervlos de 25 dis. O óleo essencil foi soluilizdo em etnol 96,5% n proporção de 1:1 (v/v), conforme metodologi propost por Frowski et l. (2003). Sore o sustrto dos trtmentos correspondentes, form plicdos, com pulverizdor mnul, 5 ml do óleo soluilizdo n concentrção de 40 µl L -1, nos períodos de 0, 7 e 14 dis contr d dt de trnsplnte ds plântuls. Avlições As vlições form relizds os 90 dis pós o trnsplnte, sendo determindos e nlisdos os seguintes prâmetros: diâmetro do colo (mm), ltur d mud (cm), mss sec d prte ére (mg), comprimento de rízes (cm), porcentgem de colonizção rdiculr e contriuição efetiv dos trtmentos pr ltur e mss sec d prte ére (MSPA) e formção de ectomicorrizs. O diâmetro do colo foi determindo utilizndo-se um pquímetro universl. A ltur foi determind com régu, sendo otid pel distânci do colo d plnt té extremidde ds últims xils folires. Posteriormente, s plnts form cortds rente o sustrto e colocds, individulmente, em scos de ppel devidmente identificdos e levdos à estuf 65ºC, onde permnecerm té peso constnte, efetundo-se determinção d mss sec d prte ére em lnç nlític com precisão de 0,01 g. O comprimento ds rízes foi determindo pel distânci entre o colo d plnt e o ápice d riz. Pr determinção d porcentgem de colonizção rdiculr, empregou-se técnic ds intersecções de Giovnetti e Mosse (1980), modificdo por Brundrett et l. (1996). A contriuição efetiv dos trtmentos (CET) express contriuição porcentul dos trtmentos em relção o trtmento controle, sendo clculd pel fórmul: CET (%) = [(PCT PST) / PST]*100, onde P: prâmetro nlisdo (ltur ou MSPA); CT: com trtmento (óleo, fungo, ou óleo + fungo) e ST: sem trtmento (controle). A formção de ectomicorrizs foi vlid por meio ds crcterístics ntômics ds rízes, sendo relizdos cortes histológicos trnsversis ds rízes dventícis mão livre com uxílio de lâmin de isturi, cordos com fucsin ásic (ROESER, 1962) e posterior confecção de lâmins. A vlição d morfologi intern foi relizd trvés d nálise de fotogrfis otids com máquin fotográfic digitl mrc Sony, copld o microscópio óptico mrc Olympus modelo CX40 com umento de 200x, detectndo-se presenç de mnto fúngico e rede de Hrtig (BRUNDRETT et l., 1996). Os resultdos form sumetidos à nálise de vriânci e qundo d significânci dos efeitos pontdos pel nálise, s médis form comprds pelo teste de Tukey pelo softwre SISVAR (FERREIRA, 2000), tomndo-se como se os níveis de significânci miores que 95% (P 0,05). RESULTADOS E DISCUSSÃO Não form oservds estruturs crcterístics d formção de ectomicorrizs ns rízes de siipirun não inoculds com o fecm (va) e ns rízes inoculds ms que não receerm plicção do óleo essencil. Ns rízes ds plnts inoculds e sumetids à plicção do óleo essencil de euclipto, oservrm-se lterções n morfologi intern pel presenç d rede de Hrtig e do mnto fúngico recorindo superfície ds rízes (Figur 1B). Esss estruturs são típics formções ectomicorrízics e são responsáveis pelo rmzenmento temporário de nutrientes e pels trocs de nutrientes e croidrtos entre o fungo e o sistem rdiculr ds plnts (BRUNDRETT et l., 1996; PETERSON et l., 2004). Oservou-se penetrção de hifs fúngics trvés d lmel médi, presenç de hifs enovelds ns cmds externs d epiderme (Figurs 1B, 1C e 1D) e ocorrênci de hifs externs, perpendiculres à riz, prtir do mnto fúngico (Figurs 1C e 1D). A formção ds ectomicorrizs inici-se pel superfície ds rízes e, posteriormente, pel penetrção dests trvés ds junções celulres n zon de colonizção micorrízic (SOUZA et l., 2006). A formção d ssocição entre o fecm e o sistem rdiculr no trtmento inoculdo + óleo resultou em mior ltur e diâmetro do colo ds muds de siipirun (va, 2B). Esses resultdos demonstrm efeito positivo d plicção do óleo essencil e d simiose ectomicorrízic no crescimento em ltur e diâmetro ds muds de siipirun, já que isoldmente o inóculo micorrízico e o óleo essencil não diferencirm do controle. Resultdos demonstrndo o efeito positivo d ssocição ectomicorrízic qunto o crescimento ds plnts têm sido constntemente reltdos n litertur (SILVA et l., 2003; ANDREAZZA et l., 2004; OLIVEIRA et l., 2008; MELLO et l., 2009).

5 Óleo essencil de Euclyptus grndis Hill ex Miden no estímulo à micorrizção de FIGURA 1: Cortes trnsversis de rízes de muds de siipirun (Ceslpini peltophoroides) não inoculds (A) e inoculds com o fecm Pisolithus microcrpus e sumetids à plicção do óleo essencil de euclipto (B, C e D). (EP) céluls d epiderme, (C) céluls do córtex rdiculr, (RH) rede de Hrtig, (M) mnto fúngico, (H) hif. Aumento de 200x. FIGURE 1: Cross-sections of Siipirun seedling (Ceslpini peltophoroides) roots non-inoculted (A) nd inoculted with Pisolithus microcrpus fecm nd sumitted to the ppliction of euclyptus essentil oil (B, C nd D). (EP) epidermis cells, (C) root cortex cells (RH) Hrtig net (M) fungl mntle, (H) hyphe. Mgnifiction of 200x. A Altur ds muds, cm A * B Diâmetro do colo, mm. 4 B 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Controle Inoculdo Óleo Inoculdo + Óleo Trtmentos 0 Controle Inoculdo Óleo Inoculdo + Óleo Trtmentos FIGURA 2: Altur (A) e diâmetro do colo (B) de muds de siipirun sumetids os trtmentos: controle, inoculdo, óleo e inoculdo mis óleo. * Médis seguids d mesm letr não diferem entre si pelo teste de Tukey 5% de proilidde. Altur ds muds (CV% 11,94), diâmetro do colo (CV% 12,31). FIGURE 2: Height (A) nd stem dimeter (B) Siipirun seedlings inoculted with Pisolithus microcrpus fecm nd sumitted to the ppliction of euclyptus essentil oil. * Mens followed y sme letter do not differ y Tukey test t 5% proility. Height of seedlings (CV 11.94%), neck dimeter (CV 12.31%).

6 74 Steffen, R. B. Oservou-se diferenç significtiv n mss sec d prte ére ds muds de siipirun nos trtmentos de inoculção e plicção de óleo essencil em relção o controle (Figur 3A). A ltur ds muds e mss sec d prte ére são considerds os prâmetros mis importntes em estudos relciondos à eficiênci de trtmentos sore o crescimento e desenvolvimento vegetl (SOUZA, 2003). Os fecms são cpzes de produzir sustâncis que uxilim o crescimento d plnt, como hormônios de crescimento vegetl e presentm cpcidde de rmzenr metólitos e nutrientes, funcionndo como sistem de reserv pr situções de escssez nutricionl ou crescimento tivo de mos (KENDRICK, 2000; SMITH e READ, 2008). A mss sec d prte ére no trtmento inoculdo + óleo presentou umento significtivo em relção os trtmentos inoculdo e óleo (Figur 3A), indicndo ocorrênci de efeito sinérgico entre o fecm e o óleo essencil de euclipto plicdo. Alguns compostos vegetis são denomindos de ioestimuldores, proporcionndo mior produção vegetl e resistênci ftores externos (RUSSO e BERLYN, 1990). Mfi et l. (2007) e Bonldo et l. (2007) descrevem que plicção de óleos essenciis sore s plnts result n tivção de mecnismos de defes ltentes ou reguldores do crescimento, como fitolexins e citocinins. A tivção desses mecnismos pode resultr em mior desenvolvimento vegetl. Não foi oservd diferenç significtiv entre os trtmentos qunto o comprimento ds rízes (Figur 3B). O mior crescimento ds plnts micorrizds se estelece pel elongção ds hifs fúngics no solo, não sendo resultnte de umentos no comprimento rdiculr (SMITH e READ, 2008). Segundo estes utores, em muitos csos, plnts micorrizds podem presentr rízes menores em relção plnts não micorrizds. O mior vlor de mss sec d prte ére oservdo no trtmento óleo, em relção o trtmento sem óleo (Figur 3A), pode ter ocorrido devido à introdução dos compostos fenólicos presentes no óleo que so condições fvoráveis, podem promover diret ou indiretmente, o crescimento de plnts (COLPAS et l., 2009). Não foi oservd formção de estruturs crcterístics d ssocição ectomicorrízic nos trtmentos inoculdo e óleo (Figur 4). Esses resultdos corroorm com Oliveir et l. (2008), que considerm rr ocorrênci de ssocição de fecm com espécies florestis ntivs do Brsil. Entretnto, no trtmento inoculdo + óleo, porcentgem de colonizção rdiculr foi de 22% (Figur 4). Ess colonizção, emor poss ser clssificd como A Mss sec d prte ére, mg * c FIGURA 3: Mss sec d prte ére (A) e comprimento de rízes (B) de muds de siipirun sumetids os trtmentos: controle, inoculdo, óleo e inoculdo + óleo. * Médis seguids d mesm letr não diferem entre si pelo teste de Tukey 5% de proilidde. Mss sec d prte ére (CV% 14,72), comprimento de rízes (CV% 9,25). FIGURE 3: Shoot dry mss (A) nd root length (B) siipirun s seedlings inoculted with Pisolithus microcrpus fecm nd sumitted the ppliction of euclyptus essentil oil. * Mens followed y the sme letter do not differ from Tukey s test t 5% proility. Dry mss of shoot (CV 14.72%), root length (CV% 9.25). Controle Inoculdo Óleo Inoculdo + Óleo Trtmentos B B Comprimento de rízes, cm Controle Inoculdo Óleo Inoculdo + Óleo Trtmentos

7 Óleo essencil de Euclyptus grndis Hill ex Miden no estímulo à micorrizção de FIGURA 4: Porcentgem de colonizção rdiculr e contriuição efetiv dos trtmentos inoculdo, óleo e inoculdo + óleo pr ltur e mss sec d prte ére (MSPA) ds muds de siipirun, em relção o trtmento controle. * Médis seguids d mesm letr, nos diferentes prâmetros nlisdos, não diferem entre si pelo teste de Tukey 5% de proilidde. FIGURE 4: Percentge of root coloniztion nd effective inoculted tretments, oil nd inoculted + oil for height nd dry mss of shoot (MSPA) siipirun s seedlings compred to the control. * Mens followed y the sme letter in different prmeters do not differ from Tukey s test t 5% proility. ix, conforme clssificção propost por Zngro et l. (2002), indic possiilidde d ocorrênci de ssocição ectomicorrízic ns muds de siipirun, qundo inoculção for condiciond por estímulos ioquímicos externos. Nos trtmentos inoculdo e óleo, s muds de siipirun presentrm contriuição efetiv de 48 e 52% n produção d mss sec d prte ére e 13 e 10% n ltur ds muds, em relção o trtmento controle, respectivmente (Figur 4A). Provvelmente, esse resultdo tenh sido influencido pel dição dos metólitos secundários, os quis podem fvorecer o desenvolvimento vegetl, ou por interções entre micro-orgnismos n rizosfer, que indiretmente, podem ter influencido o mior desenvolvimento ds muds (BAREA et l., 2005; DUPONNOIS et l., 2008). Contudo, no trtmento inoculdo + óleo, contriuição efetiv n mss sec d prte ére foi de 74% e, n ltur ds muds, de 77% superiores o trtmento controle. Estes resultdos reforçm ocorrênci de efeito enéfico d plicção do óleo essencil de euclipto sore o estelecimento d simiose micorrízic e, consequentemente, no crescimento de muds de siipirun. A oservção d ssocição entre o fecm e o sistem rdiculr ds plnts e su consequente respost em crescimento, evidenci possiilidde de micorrizção de espécies florestis ntivs, desde que fornecidos compostos ou soluções cpzes de gir como sinlizdores ioquímicos ou fisiológicos tuntes no quimiotropismo fungo/plnt. No entnto, outros trlhos devem ser desenvolvidos fim de elucidr os mecnismos fisiológicos e/ou ioquímicos, os quis culminrm n ssocição entre o fecm e o sistem rdiculr ds muds de siipirun. CONCLUSÃO A plicção do óleo essencil de euclipto, n concentrção de 40 µl L -1, estimul ocorrênci de ssocição ectomicorrízic em muds de siipirun. A plicção do óleo essencil de euclipto e de inóculo do fungo ectomicorrízico Pisolithus microcrpus proporcion mior desenvolvimento d prte ére de muds de siipirun. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AKIYAMA, K. et l. Plnt sesquiterpenes induce hyphl rnching in rusculr mycorrhizl fungi. Nture, London, v. 435, p , June ALVES, M. d C. S. et l. Alelopti de extrtos voláteis n germinção de sementes e no comprimento d riz de lfce. Pesquis Agropecuári Brsileir, Brsíli, v. 39, n. 11, p , nov

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