PARTE I APLICAÇÃO DA LEI PENAL

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1 PARTE I

2 PARTE I APLICAÇÃO DA LEI PENAL ü Aplicação da lei penal. ü Princípios da legalidade e da anterioridade. ü A lei penal no tempo e no espaço. ü Tempo e lugar do crime. ü Lei penal excepcional, especial e temporária. ü Territorialidade e extraterritorialidade da lei penal. ü Pena cumprida no estrangeiro. ü Eficácia da sentença estrangeira. ü Contagem de prazo. ü Interpretação da lei penal. ü Analogia. ü Irretroatividade da lei penal. ü Conflito aparente de normas penais. VERSÃO DE AMOSTRA O material completo (incluindo as fichas de revisão para celular) encontra-se em nossa loja virtual: 1

3 COMO MELHOR UTILIZAR O MATERIAL? Olá, futuro policial! Estamos prestes a estudar uma das matérias mais importantes dos editais dos concursos policiais: o Direito Penal. Essa matéria fará parte do seu dia a dia de policial: sempre que uma pessoa é presa, você deverá expor verbalmente o ocorrido para o delegado e também deverá elaborar um relatório policial dos fatos. Acredite... você vai utilizar muito seus conhecimentos de Direito Penal ao longo do concurso, ao longo do curso de formação policial e também durante sua atividade de combate à criminalidade enquanto servidor público. Para seu melhor desempenho, utilize as dicas abaixo: 1) Dê uma passada de olhos nas questões antes de ler o conteúdo para direcionar o foco de seu cérebro. 2) Leia o texto marcando ou anotando o que for mais importante. 3) Faça as questões. 4) Utilize o quadro de revisão: ele foi elaborado para combater o esquecimento, seguindo os estudos de Herman Ebbinghaus. Revise tudo o que está abaixo do quadro, até que surja um novo quadro. 5) Para cada hora de estudo, utilize 10 min na primeira revisão e cerca de 3 a 5 min nas revisões seguintes. Por que seguir a Tabela de revisão? Hermann Ebbinghaus demonstrou de forma empírica por meio de seus estudos que a taxa de retenção de um conteúdo estudado cai drasticamente de um dia para o outro e, após cerca de trinta dias, o conteúdo é praticamente eliminado da memória. Criou, então, um método de revisão espaçada. Adaptamos os estudos de Hermann para a nossa apostila, colocando uma tabela de revisão de tempo em tempo ao longo da apostila. Sugerimos a realização de 2

4 quatro revisões após o estudo: 1 dia depois; 7 dias depois; 15 dias depois; e 30 dias depois. ESTUDE COM TÉCNICA E VOCÊ IRÁ ACELERAR EM 10X SUA APROVAÇÃO. ESTUDE SEM TÉCNICA E JUNTE-SE À FILA DOS RETARDATÁRIOS. VOCÊ É O PILOTO DE SUA JORNADA. VOCÊ DECIDE SEU CAMINHO. 1. PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA ANTERIORIDADE DATA QUADRO DE REVISÃO (PARTE I QUADRO 1) (MARQUE UM X QUANDO CUMPRIDO) REVISÃO DE UM DIA REVISÃO DE SETE DIAS REVISÃO DE 15 DIAS REVISÃO DE 30 DIAS Os princípios servem como uma orientação ao legislador e ao aplicador do Direito, mostrando qual deve ser o Norte a ser seguido. Dentro do Direito penal, os princípios podem estar explícitos, como o princípio da legalidade, que consta no art. 5º, XXXIX, da CF, ou implícitos, como o princípio da insignificância, que não está escrito em lugar algum, mas é tido como uma decorrência do ordenamento jurídico como um todo. Dentro dos princípios, vamos nos aprofundar agora na Legalidade e Anterioridade. Dica: É importante que você saiba que o princípio da legalidade do direito penal é também conhecido como princípio da reserva legal ou princípio da legalidade estrita. 1.1 NOÇÃO GERAL O princípio da reserva legal surgiu na Inglaterra, em 1215, na Carta- Magna de João Sem Terra. Trata-se de um direito fundamental de Primeira Dimensão (ou Geração). Os direitos de Primeira Dimensão visam proteger o 3

5 cidadão dos arbítrios estatais, tendo a liberdade como fundamento. São direitos individuais com caráter negativo por exigirem diretamente uma abstenção do Estado. No art. 5º da CF, inciso XXXIX, consta o princípio da legalidade e da anterioridade em um mesmo dispositivo: Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Extraindo do dispositivo apenas o princípio da legalidade, temos não há crime sem lei que o defina, nem pena sem cominação legal. O que sobra é o princípio da anterioridade, o qual determina que a lei deve ser anterior ao fato e cominação legal da pena deve ser prévia. O Código Penal também repete o dispositivo constitucional em seu art. 1º: Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Portanto, somente a lei pode prever um crime e ninguém poder ser punido por uma lei posterior. Importante: embora esteja escrito crime e pena no texto do princípio da legalidade, reconhece a doutrina que o princípio também se aplica às contravenções penais (gênero de infração penal mais light), bem como às medidas de segurança (gênero de pena). Infração penal = crime (ou delito) + contravenção Para parte da Doutrina, para o STF e para o CESPE, o princípio da reserva legal tem aplicação absoluta em relação ao Direito Penal incriminador, ou seja, para criar crimes e penas, deve a lei ser utilizada. Todavia, não se tratando de direito penal incriminador, não há necessidade de observar tal princípio. O STF admite uma relativização ou flexibilização da reserva legal para direito penal não incriminador. Em breve vamos tratar com um pouco mais de profundidade desse assunto. 1.2 CLÁUSULA PÉTREA Como vimos, o princípio da legalidade está previsto no art. 5º, inciso XXXIX, da CF, dentro dos chamados direitos e garantias individuais. Por essa razão, nos termos do art. 60, 4º, ele constitui cláusula pétrea, juntamente com todos outros direitos e garantias individuais previstos na CF. Mas o que é uma cláusula pétrea? Trata-se de uma cláusula sagrada, ou seja, tais direitos e garantias não podem ser suprimidos. 4

6 Veja o que diz o texto constitucional: Art. 60, 4º. Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. Os princípios de legalidade e anterioridade se encaixam no inciso IV. Por isso, são cláusulas pétreas. 1.3 RETROATIVIDADE DA LEI PENAL Ao fato criminoso, como regra, se aplica a lei anterior. Contudo, em benefício do réu ou acusado, poderá uma lei posterior ser aplicada. É o que determina o art. 5º, XL, da CF: a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu (princípio da retroatividade penal benéfica). 1.4 O QUE SE ENTENDE POR LEI, PARA O DIREITO PENAL? Para responder a essa pergunta, devemos primeiramente entender o que é lei em sentido amplo e em sentido estrito. Lei em sentido amplo é qualquer espécie normativa prevista no art. 59 da CF: emendas à Constituição; leis complementares; leis ordinárias; leis delegadas; medidas provisórias; decretos legislativos; e resoluções 1. Lei em sentido estrito é somente a lei emanada do Congresso Nacional com forma de lei, seguindo o rito de lei (sentido formal) e com conteúdo de matéria constitucionalmente reservada à lei (sentido material): lei complementar; e lei ordinária. Quando tratamos do princípio da legalidade, estamos nos referindo a uma lei em sentido estrito. Assim, somente podem criar crimes a lei complementar 1 Em Direito Constitucional as espécies normativas são estudadas. Caso queira se aprofundar nas espécies normativas, há bons vídeos no youtube. 5

7 e a lei ordinária com origem no Poder Legislativo Federal, conforme art. 22, I, da CF 2. Portanto, lei delegada, medida provisória, decreto-legislativo e resoluções não podem criar crimes ou cominar penas. Especificamente sobre as medidas provisórias, veja o que afirma a CF: Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetêlas de imediato ao Congresso Nacional. 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I - relativa a: (...) b) direito penal, processual penal e processual civil; Portanto, a CF expressamente afirma que medida provisória não pode tratar sobre direito penal. Mas cuidado: O STF afirmou que poderá medida provisória tratar sobre direito penal em benefício do réu. Assim sendo, devemos ficar com as seguintes ideias na cabeça: Devemos aplicar o princípio da reserva legal sempre que tratarmos de Direito Penal incriminador, ou seja, quando estivermos criando crimes ou penas, ou agravando a situação do réu. Se não for Direito Penal Incriminador, nem sempre utilizaremos a reserva legal, já que poderemos, por exemplo, por meio de uma medida provisória beneficiar um acusado (entendimento do STF). A regra geral é: se for para incriminar ou de qualquer forma piorar a vida de um acusado/réu, só podemos fazer por meio de lei prévia, não podendo ser utilizado decreto, medida provisória, analogia, etc. Se for para melhorar a situação do réu, então poderemos utilizar outras espécies legais diferentes da lei em sentido estrito. Quem pode legislar sobre Direito Penal: Segundo a Constituição Federal, a competência para legislar sobre Direito Penal é privativa da União. Todavia, por meio de lei complementar, poderá a 2 Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; (...) 6

8 União autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas de Direito Penal. Veja o que diz o texto constitucional: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I- direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. (...) Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. Desdobramentos do Princípio da Legalidade: Uso da Analogia: a lei deve ser estrita Nós ainda vamos ver detalhadamente o que é a analogia. Por enquanto, você deve ficar com a seguinte ideia: quando há uma lacuna legal para determinado caso, utiliza-se uma regra de um caso semelhante para integrar a lacuna, ou seja, preenche-la. Pelo princípio da legalidade, a lei deve ser estrita, ou seja, exige-se lei em sentido formal. Por isso, é vedada a utilização de analogia in malan partem (em prejuízo do réu). Todavia, podemos utilizar a analogia em benefício do réu. Uso dos costumes: a lei deve ser escrita Pelo princípio da legalidade, a lei deve ser escrita! Desse modo, não poderemos utilizar os costumes em Direito Penal, seja para criar um crime ou para abolir um crime. Consoante o professor Nucci (posição majoritária): "O costume não serve para criar ou revogar lei penal, a despeito de servir para o processo de interpretação. O Superior Tribunal de Justiça já tratou do tema: A eventual tolerância ou a indiferença na repressão criminal, bem assim o pretenso desuso não se apresentam, em nosso sistema jurídico-penal, como causa de atipicidade (precedentes). A norma incriminadora não pode ser neutralizada ou ser considerada revogada em decorrência de, verbi gratia, desvirtuada atuação policial (art. 2, caput, da LICC)- RE PR)". Crime genérico: a lei deve ser certa O princípio da legalidade não significa apenas que um crime só pode ser criado por lei. Ele vai além, determinando, também, que o crime criado seja preciso, que a lei diga de forma minuciosa qual o crime. A descrição da conduta proibida deve ser taxativa. A lei deve ser certa. Assim, é vedada a criação de um crime genérico. Ex.: é crime fazer mal a alguém. 7

9 Do mesmo modo, a fixação da pena também não pode ser genérica. Deve ser exata, com critérios objetivos. QUESTÕES 1 (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS ANALISTA / 2014) O princípio da reserva legal aplica-se, de forma absoluta, às normas penais incriminadoras, excluindo-se de sua incidência as normas penais não incriminadoras. 2 (CESPE / DETRAN-DF / ANALISTA / 2009) O princípio da legalidade veda o uso da analogia in malam partem e a criação de crimes e penas pelos costumes. 3 (CESPE / TJ-SE / TÉCNICO / 2014) É legítima a criação de tipos penais por meio de decreto. 4) (CESPE/ PRF / 2014) O princípio da legalidade é parâmetro fixador do conteúdo das normas penais incriminadoras, ou seja, os tipos penais de tal natureza somente podem ser criados por meio de lei em sentido estrito. 5 (FCC / MPE-RS / SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS / 2008) Tendo em conta o Princípio da Reserva Legal, é correto afirmar que a) é lícita a aplicação de pena não prevista em lei se o fato praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal. b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do máximo previsto em lei, aplicando os costumes vigentes na localidade em que ocorreu. c) é vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato não previsto em lei como crime, mesmo sendo semelhante a outro por ela definido. d) fica ao arbítrio do juiz determinar a abrangência do preceito primário da norma incriminadora se a descrição do fato delituoso na norma penal for vaga e indeterminada. 8

10 e) o juiz tem o poder de impor sanção penal ao autor de um fato não descrito como crime na lei penal, se esse fato for imoral, antissocial ou danoso à sociedade. 6 (FCC / SIGEP-MA / AUDITOR / 2016) O princípio do direito penal que possui claro sentido de garantia fundamental da pessoa, impedindo que alguém possa ser punido por fato que, ao tempo do seu cometimento, não constituía delito é a) atipicidade. b) reserva legal. c) punibilidade. d) analogia. e) territorialidade. 7 (VUNESP/TJ-SP - Adaptado) Pode-se afirmar que o princípio da legalidade tem índole constitucional e tem por finalidade proteger o cidadão contra o arbítrio do poder punitivo estatal, já que deve haver perfeita correspondência entre a conduta praticada e a previsão legal. 8 (CESPE/AGU) O princípio da legalidade, que é desdobrado nos princípios da reserva legal e da anterioridade, não se aplica às medidas de segurança, que não possuem natureza de pena, pois a parte geral do Código Penal apenas se refere aos crimes e contravenções penais. 9 (CESPE/PF/Escrivão) Uma vez que as medidas de segurança não são consideradas penas, possuindo caráter essencialmente preventivo, a elas não se aplicam os princípios da reserva legal e da anterioridade. 10 (IBEG / PROCURADOR MUNICIPAL - ADAPTADA) O Estado é a única fonte de produção do direito penal, já que compete privativamente à União legislar sobre normas gerais em matéria penal, ressaltando que, excepcionalmente, lei estadual (ou distrital) poderá tratar sobre questões específicas de Direito Penal, desde que permitido pela União por meio de lei complementar. 9

11 11 (AGENTE PENITENCIÁRIO MA) Com relação ao princípio da legalidade, assinale a afirmativa incorreta. a) Tal princípio se aplica às contravenções e medida de segurança. b) Tal princípio impede a criação de crimes por meio de medida provisória. c) Tal princípio impede incriminação genérica por meio de tipos imprecisos. d) Tal princípio impede a aplicação de analogia de qualquer forma no Direito Penal. e) Tal princípio está previsto no texto constitucional vigente. 12 (PC-SP/DELEGADO) A lei estrita, desdobramento do princípio da legalidade, veda o emprego do(a) (os) (as) a) analogia b) costumes. c) princípios gerais do direito. d) equidade. e) jurisprudência. 13 (FCC/BACEN/ANALISTA) As regras da irretroatividade e da taxatividade das normas penais incriminadoras decorrem do princípio da a) culpabilidade. b) proporcionalidade. c) igualdade. d) legalidade. e) subsidiariedade. 14 (FCC/TCM-RJ/AUDITOR) Determinada lei dispõe: Subtrair objetos de arte. Pena: a ser fixada livremente pelo juiz de acordo com as circunstâncias do fato". Para um fato cometido após a sua vigência, é correto afirmar que a referida lei a) fere o princípio da legalidade. b) fere o princípio da anterioridade. c) fere os princípios da legalidade e da anterioridade. 10

12 d) não fere os princípios da legalidade e da anterioridade. e) é uma norma penal em branco. 15 (CESPE/TJ-AC/TÉCNICO) Dado o princípio da legalidade, o Poder Executivo não pode majorar as penas cominadas aos crimes cometidos contra a administração pública por meio de decreto. GABARITO COMENTADO 1 (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS ANALISTA / 2014) O princípio da reserva legal aplica-se, de forma absoluta, às normas penais incriminadoras, excluindo-se de sua incidência as normas penais não incriminadoras. CERTO Dizer que o princípio da reserva legal se aplica de forma absoluta significa dizer que somente por meio de lei podemos tratar de normas penais incriminadoras. A afirmação está correta. Todavia, para normas penais não incriminadoras, que favoreçam ao réu, por exemplo, a reserva legal é flexibilizada, admitindo-se que a medida provisória trate do tema. Norma penal incriminadora: apenas lei. Norma penal não incriminadora: lei e medida provisória (entendimento da doutrina e do STF). 2 (CESPE / DETRAN-DF / ANALISTA / 2009) O princípio da legalidade veda o uso da analogia in malam partem e a criação de crimes e penas pelos costumes. CERTO O princípio da legalidade apenas aceita a analogia in bonam parte, ou seja, para beneficiar ao réu. Não é aceito o uso da analogia in malem partem. Além disso, a criação de crimes pelos costumes também é vedada. 3 (CESPE / TJ-SE / TÉCNICO / 2014) É legítima a criação de tipos penais por meio de decreto. ERRADO A afirmação está incorreta, pois somente a lei pode criar tipos penais, ou seja, criar crimes ou contravenções. 11

13 4) (CESPE/ PRF / 2014) O princípio da legalidade é parâmetro fixador do conteúdo das normas penais incriminadoras, ou seja, os tipos penais de tal natureza somente podem ser criados por meio de lei em sentido estrito. CERTO A afirmativa está correta. Por lei em sentido estrito devemos entender: lei complementar e lei ordinária (Poder Legislativo). Lei em sentido amplo: lei ordinária, lei complementar, medida provisória, decreto, etc. 5 (FCC / MPE-RS / SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS / 2008) Tendo em conta o Princípio da Reserva Legal, é correto afirmar que a) é lícita a aplicação de pena não prevista em lei se o fato praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal. b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do máximo previsto em lei, aplicando os costumes vigentes na localidade em que ocorreu. c) é vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato não previsto em lei como crime, mesmo sendo semelhante a outro por ela definido. d) fica ao arbítrio do juiz determinar a abrangência do preceito primário da norma incriminadora se a descrição do fato delituoso na norma penal for vaga e indeterminada. e) o juiz tem o poder de impor sanção penal ao autor de um fato não descrito como crime na lei penal, se esse fato for imoral, antissocial ou danoso à sociedade. RESPOSTA: C a) Por força do princípio da legalidade, só é possível a aplicação de penas previstas em lei. b) O juiz deve se ater ao princípio da legalidade, utilizando os limites da lei. c) Alternativa correta. A analogia só pode ser utilizada em benefício do réu. d) Jamais poderá ficar ao arbítrio do juiz a fixação do preceito primário de um crime, pois isto é função da lei. Exemplo de preceito primário: Art. 121 do CP matar alguém. Exemplo de preceito secundário: Pena reclusão, de seis anos a vinte anos. e) O juiz só pode fazer o que diz a lei, por força do princípio da legalidade. 6 (FCC / SIGEP-MA / AUDITOR / 2016) O princípio do direito penal que possui claro sentido de garantia fundamental da pessoa, impedindo que alguém possa ser punido por fato que, ao tempo do seu cometimento, não constituía delito é 12

14 a) atipicidade. b) reserva legal. c) punibilidade. d) analogia. e) territorialidade. RESPOSTA: B O princípio da reserva legal afirma que não há crime sem lei anterior que o defina. Logo, é o princípio da reserva legal que impede que uma pessoa seja punida por fato que não constituía crime ao tempo de seu cometimento. 7 (VUNESP/TJ-SP - ADAPTADO) Pode-se afirmar que o princípio da legalidade tem índole constitucional e tem por finalidade proteger o cidadão contra o arbítrio do poder punitivo estatal, já que deve haver perfeita correspondência entre a conduta praticada e a previsão legal. CERTO O princípio da legalidade está previsto na Constituição Federal no art. 5º, XXXIX, constituindo, de fato, uma proteção ao indivíduo, já que ninguém poderá ser punido em razão de uma decisão arbitrária, mas apenas se o fato praticado constituir um crime previsto em lei anterior à prática do ato. 8 (CESPE/AGU) O princípio da legalidade, que é desdobrado nos princípios da reserva legal e da anterioridade, não se aplica às medidas de segurança, que não possuem natureza de pena, pois a parte geral do Código Penal apenas se refere aos crimes e contravenções penais. ERRADO A pena e a medida de segurança são espécies do gênero da sanção penal e devem obedecer ao princípio da legalidade, conforme aponta a doutrina. 9 (CESPE/PF/ESCRIVÃO) Uma vez que as medidas de segurança não são consideradas penas, possuindo caráter essencialmente preventivo, a elas não se aplicam os princípios da reserva legal e da anterioridade. ERRADO A afirmação está incorreta, pois a medida de segurança é espécie de sanção penal, devendo obedecer ao princípio da reserva legal e da anterioridade. 13

15 10 (IBEG/PROCURADOR MUNICIAL - ADAPTADA) O Estado é a única fonte de produção do direito penal, já que compete privativamente à União legislar sobre normas gerais em matéria penal, ressaltando que, excepcionalmente, lei estadual (ou distrital) poderá tratar sobre questões específicas de Direito Penal, desde que permitido pela União por meio de lei complementar. CERTO A afirmação está correta e o fundamento está no art. 22 da CF: Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; (...) Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. 11 (AGENTE PENITENCIÁRIO MA) Com relação ao princípio da legalidade, assinale a afirmativa incorreta. a) Tal princípio se aplica às contravenções e medida de segurança. b) Tal princípio impede a criação de crimes por meio de medida provisória. c) Tal princípio impede incriminação genérica por meio de tipos imprecisos. d) Tal princípio impede a aplicação de analogia de qualquer forma no Direito Penal. e) Tal princípio está previsto no texto constitucional vigente. RESPOSTA: D Todas as afirmações estão corretas, à exceção da alternativa D, pois é admitida a analogia in bonam partem. 12 (PC-SP/Delegado) A lei estrita, desdobramento do princípio da legalidade, veda o emprego do(a) (os) (as) a) analogia b) costumes. c) princípios gerais do direito. d) equidade. e) jurisprudência. RESPOSRTA: A São três desdobramentos: ü A lei deve ser estrita à veda a analogia in malam partem. ü A lei deve ser escrita à veda a utilização dos costumes 14

16 ü A lei deve ser certa à veda o arbítrio, devendo a lei ser taxativa. 13 (FCC/BACEN/ANALISTA) As regras da irretroatividade e da taxatividade das normas penais incriminadoras decorrem do princípio da a) culpabilidade. b) proporcionalidade. c) igualdade. d) legalidade. e) subsidiariedade. RESPOSTA: D É em razão do princípio da legalidade que existem as regras da irretroatividade (os crimes devem ser previstos por leis anteriores) e da taxatividade (a lei penal deve prever o crime de forma taxativa, precisa, sem ambiguidade). A taxatividade está implícita na legalidade 14 (FCC/TCM-RJ/AUDITOR) Determinada lei dispõe: Subtrair objetos de arte. Pena: a ser fixada livremente pelo juiz de acordo com as circunstâncias do fato". Para um fato cometido após a sua vigência, é correto afirmar que a referida lei a) fere o princípio da legalidade. b) fere o princípio da anterioridade. c) fere os princípios da legalidade e da anterioridade. d) não fere os princípios da legalidade e da anterioridade. e) é uma norma penal em branco. RESPOSTA: A O princípio da legalidade, por meio da taxatividade, impões que a normal penal deve ser certa, precisa. Logo, a viola a legalidade uma pena que seja fixada livremente pelo juiz. 15 (CESPE/TJ-AC/TÉCNICO) Dado o princípio da legalidade, o Poder Executivo não pode majorar as penas cominadas aos crimes cometidos contra a administração pública por meio de decreto. CERTO Só a lei penal, emanada do Poder Legislativo, pode majorar as penas. 15

17 DIREITO PENAL PARA CARREIRAS POLICIAIS 16

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