Ana Ribeiro, * José Costa, * Mónica Bogas, ** Lúcia Costa, *** Domingos Araújo **** Resumo. Introdução. Abstract

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Ana Ribeiro, * José Costa, * Mónica Bogas, ** Lúcia Costa, *** Domingos Araújo **** Resumo. Introdução. Abstract"

Transcrição

1 CASO CLÍNICO DERMATOSE NEUTROFÍLICA AGUDA FEBRIL SÍNDROME DE SWEET Ana Ribeiro, * José Costa, * Mónica Bogas, ** Lúcia Costa, *** Domingos Araújo **** Resumo Em Reumatologia várias são as patologias que podem cursar com manifestações cutâneas criando frequentemente dificuldades diagnósticas. A síndrome de Sweet surge como protótipo das dermatoses neutrofílicas, que são um grupo de doenças não infecciosas, caracterizadas pela presença de um infiltrado neutrofílico e angiocêntrico da derme. São quatro as características principais que definem esta síndrome: erupção cutânea, febre, neutrofilia periférica e infiltrado dérmico neutrofílico não vasculítico na biópsia cutânea. Os autores descrevem um caso clínico típico de Síndrome de Sweet, salientando a multiplicidade de situações clínicas que podem simular esta patologia, dificultando o seu diagnóstico, e chamam a atenção para a necessidade de estar alerta perante doentes com envolvimento cutâneo e músculo-esquelético simultâneo. Palavras-chave: Dermatose Neutrofilica; Síndrome de Sweet. Abstract In Rheumatology there are several diseases that frequently develop cutaneous manifestations creating diagnostic difficulties. The Sweet s syndrome appears as archetype of the neutrophilic dermatosis, which is a group of not infectious illnesses, characterized for a dermic neutrophilic and angiocentric infiltrated. The four main features that define this syndrome are: cutaneous eruption, fever, peripheral neutrophilia and dermic neutrophilic in- Serviço Reumatologia, Unidade Local de Saúde do Alto Minho, Ponte de Lima *Interna Complementar de Reumatologia **Assistente Hospitalar de Reumatologia ***Assistente Graduada de Reumatologia ****Chefe e Director de Serviço de Reumatologia filtrated without vasculitis on skin biopsy. The authors describe a typical clinical case of Sweet s syndrome, pointing out the multiplicity of clinical situations that can simulate this pathology, making difficult its diagnosis and highlighting the need for suspicious in patients with both musculoskeletal and cutaneous involvement. Keywords: Neutrophilic Dermatosis; Sweet s Syndrome. Introdução As dermatoses neutrofílicas são um grupo de doenças não infecciosas, caracterizadas pela presença de um infiltrado neutrofílico e angiocêntrico. Este termo foi inicialmente usado por R.D. Sweet, que em 1964 descreveu um grupo de doentes com um ou vários episódios de placas eritematosas cutâneas dolorosas, acompanhadas de febre, artralgias e leucocitose. Histopatologicamente apresentavam um infiltrado neutrofílico maciço da derme, na ausência de vasculite ou infecção demonstrável. Este processo foi descrito como dermatose neutrofílica aguda febril ou síndrome de Sweet, representando o protótipo das dermatoses neutrofílicas. 1-3 A síndrome de Sweet surge como uma patologia incomum, mais frequente entre os 30 e 60 anos com um claro predomínio do sexo feminino (4:1). 1,4 A etiopatogenia é desconhecida, mas a associação a infecções, doenças autoimunes, doença inflamatória intestinal, neoplasias e fármacos, sugere uma reacção de hipersensibilidade subjacente. São quatro as características principais que definem esta síndrome: erupção cutânea, febre, neutrofilia periférica e infiltrado dérmico neutrofílico não vasculítico na biópsia cutânea. 5 Os autores descrevem um caso clínico típico de Síndrome de Sweet e salientam a multiplicidade de situações clínicas que podem simular esta patologia, chamando a atenção para a elevada frequên- 536

2 ANA RIBEIRO E COL Figura 1, 2, 3 e 4. Lesões cutâneas de Síndrome de Sweet cia do envolvimento cutâneo nas doenças reumáticas, criando frequentemente dificuldades diagnósticas. Caso clínico Doente do sexo masculino, de 28 anos de idade, caucasiano, sem antecedentes patológicos de relevo, que inicia quadro de lesões cutâneas maculopapulares eritematosas e dolorosas, de aparecimento súbito, em forma de alvo nos membros inferiores, predominantemente nas coxas. Recorreu ao serviço de urgência tendo sido colocado o diagnóstico de reacção alérgica e, por isso, medicado com anti-histaminico. Por agravamento das lesões cutâneas, com extensão ao tronco, face, pescoço e mãos (Figuras 1, 2, 3 e 4) e aparecimento de sinais inflamatórios articulares dos joelhos e tibiotársicas, de forma assimétrica e migratória, com incapacidade funcional marcada, recorreu novamente ao serviço de urgência e foi medicado com antihistaminico e corticóide (100 mg de succinato de prednisolona ev). Apesar de melhoria clínica inicial, com regressão da sintomatologia, o quadro clínico reapareceu 2 dias depois, acompanhado de febre (tax:38,2). Foi orientado para o internamento de Reumatologia. Negava outros sintomas constitucionais, queixas cardiorrespiratórias, alterações do trânsito intestinal, queixas genitourinárias, outras alterações das mucosas ou queixas oculares. 537

3 DERMATOSE NEUTROFÍLICA AGUDA FEBRIL SÍNDROME DE SWEET Figura 5. A derme papilar apresenta edema intersticial e o epitélio malpighiano não apresenta alterações De salientar, que cerca de 15 dias antes do início do quadro clínico o doente tinha sido medicado com penicilina IM em toma única por uma infecção respiratória alta. Não tinha história de contacto com agentes potencialmente alergéneos ou existência de queixas semelhantes nos familiares. Laboratorialmente apresentava leucocitose com neutrofilia (17,03x10/L com 90,7% de neutrófilos), elevação da proteína C reactiva (4,99 mg/dl), da TGP (132U/L) e da gama-gt (130U/L), serologias (HIV 1 e 2, HCV, HBV, Chlamydia trachomatis e Borrelia burgdoferi) negativas, anticorpos antinucleares negativos (ANA) e anticorpos anti-parvovírus (B19) IgM negativos e IgG positivo, hemoculturas negativas. Radiologicamente (tórax e articulações envolvidas) sem alterações. Realizou biópsia cutânea por «punch» de uma das lesões da face ventral do antebraço esquerdo, cujo exame histológico revelou um infiltrado inflamatório da derme com padrão predominantemente perivascular, constituído por uma população de neutrófilos, ausência de infiltrado com envolvimento perifolicular ou sinais de vasculite, sendo a histologia consistente com o diagnóstico de dermatose neutrofílica, Síndrome de Sweet (Figuras 5 e 6). Iniciou tratamento com prednisolona 40mg/dia per os, com melhoria clínica significativa, traduzida na rápida regressão dos sintomas constitucionais, articulares e cutâneos. Figura 6. Na derme infiltrado inflamatório com densidade moderada e de padrão perivascular, constituído por população de neutrófilos e ocasionais células eosinofílicas Discussão O diagnóstico da síndrome de Sweet é estabelecido pela presença de 2 critérios major e dois minor (Tabela I). As manifestações cutâneas caracterizam-se essencialmente por pápulas eritematovioláceas dolorosas, que podem aumentar e formar placas com uma superfície pseudovesicular irregular. Mais frequentemente surgem na face, pescoço e extremidades superiores, mas podem surgir em qualquer localização, 2,6,7 criando por vezes dificuldades diagnósticas com várias doenças reumáticas que podem envolver simultaneamente a pele e as articulações, como o lúpus eritematoso sistémico, sar- Tabela I. Critérios de diagnóstico Critérios major Critérios minor Início súbito de placas Febre >38º cutâneas ou nódulos eritematosos dolorosos Evidência histopatológica Associação com doença neoplásica, de infiltrado neutrofílico inflamatória ou gravidez ou infecção denso sem evidência de respiratória alta ou gastrointestinal prévia vasculite leucocitoclástica ou vacinação Resposta excelente ao tratamento com corticóides orais ou cloreto de iodeto Anomalias laboratoriais na apresentação (3 de 4):VS>20, PCR elevada, leucocitose, >70% neutrófilos 538

4 ANA RIBEIRO E COL. Tabela II. Diagnósticos diferenciais da síndrome de Sweet 3 Condições cutâneas Eritema acral Halogenoderma Erupções por fármacos Rosácea fulminate Infecções ou doenças Sépsis bacteriana Pioderma gangrenoso inflamatórias Celulite Sífilis Erisipela Micose sistémica Vírus herpes simples Tromboflebite Vírus herpes zoster Tuberculose Lepra Exantema vírico Linfangite Paniculite Neoplasias Cloroma Tumor metastático Leucemia cutânea Exantema vírico Linfoma Eritemas reactivos Eritema multiforme Eritema nodoso Urticária Doenças sistémicas Doença de Behçet Febre mediterrânea familiar Síndroma do bypass intestinal LES Dermatomiosite Vasculites Eritema elevatum diutinum Vasculite leucocitoclástica Granuloma facial Periartrite nodosa coidose, síndrome de Behçet, entre outros. 2 Apesar de Sweet, no seu relato inicial, ter focado os aspectos cutâneos da doença, a reacção vascular neutrofílica é um processo sistémico. O exame histopatológico é típico e caracteriza-se por um infiltrado dérmico difuso predominantemente neutrofílico. Uma infecção respiratória superior frequentemente precede o aparecimento das lesões cutâneas, tal como acontece no caso descrito, e associa-se habitualmente a um melhor prognóstico com uma evolução geralmente auto-limitada. No entanto, a Síndrome de Sweet tem sido associada a uma grande variedade de outras infecções e doenças inflamatórias, doenças neoplásicas, uso de fármacos, vacinação e mesmo a gravidez. Estas condições apenas são identificadas em cerca de 30% dos casos. 1-3 O tratamento padrão na doença de Sweet é a corticoterapia, numa dose inicial entre 0,5 e 1 mg/kg/dia de prednisolona (habitualmente 30 a 60 mg) como dose única matinal com desmame progressivo em 4 a 6 semanas. Após início do tratamento com corticóides sistémicos há habitualmente uma rápida resposta, com uma melhoria significativa quer das lesões cutâneas quer dos sintomas sistémicos, o que aconteceu no caso descrito. 6 O diagnóstico diferencial em Reumatologia exige frequentemente uma avaliação cuidadosa de múltiplas lesões cutâneas que podem associar-se a queixas músculo-esqueléticas. No caso clínico apresentado, apesar de típico, cursou com manifestações clínicas que simulavam outras patologias na área da Reumatologia ou uso de fármacos, obrigando ao seu diagnóstico diferencial (Quadro II), nomeadamente com patologia infecciosa ou reactiva e reacção alérgica a fármacos. Correspondência para Ana Sofia Roxo Ribeiro Serviço de Reumatologia Unidade Local de Saúde do Alto Minho, Ponte de Lima anaroxo79@iol.pt Referências 1. Jeffrey P. Callen. Miscellaneous Disorders that commonly affect both skin and joints. In: Sontheimer R., Provost T. Cutaneous manifestations of rheumatic diseases. Philadelphia: Lippincott, Williams & Wilkins, 2004: Anacleto EB, Petri V. Dermatose neutrofílica aguda febril - Síndrome de Sweet, caso clínico. An Bras Dermatol 1991; 66:

5 DERMATOSE NEUTROFÍLICA AGUDA FEBRIL SÍNDROME DE SWEET 3. Nischal KC, Khopkar U. An approach to the diagnosis of neutrophilic dermatoses: a histopathological perspective. Indian J Dermatol Venerol Leprol 2007; 73: Leclech C, Peria P. Syndromes divers à manifestations dermatologiques et rhumatologiques. Encyclopédie Médico-Chirurgicale; A Cabanillas M, Suárez-Amor O, Sánchez-Aguilar D, Pereiro MM, Toribio J. Chronic recurrent neutrophilic dermatosis: a possible variant in the spectrum of neutrophilic dermatoses-case reports. Actas Dermosifiliogr 2008; 99: Philip R Cohen. Sweet s syndrome a comprehensive review of an acute febrile neutrophilic dermatosisreview. Orphanet Journal of rare diseases 2007; 2: 34. Mediterranean Congress of Rheumatology Dubrovnik, Croácia 18 a 21 de Novembro de e Congrès Français de Rhumatologie Paris, França 29 de Novembro a 02 de Dezembro de

Caso Clínico 5. Inês Burmester Interna 1º ano Medicina Interna Hospital de Braga

Caso Clínico 5. Inês Burmester Interna 1º ano Medicina Interna Hospital de Braga Caso Clínico 5 Inês Burmester Interna 1º ano Medicina Interna Hospital de Braga Apresentação do caso J.M.G.M.F. Homem, 40 anos de idade, psicólogo, casado e com 4 filhos Antecedente de enxaquecas Ex-fumador

Leia mais

HOSPITAL PEDIÁTRICO DAVID BERNARDINO

HOSPITAL PEDIÁTRICO DAVID BERNARDINO HOSPITAL PEDIÁTRICO DAVID BERNARDINO SESSÃO CLÍNICA CASO CLÍNICO DO SERVIÇO DE NEONATOLOGIA Luanda, Setembro de 2016 Anete Caetano Identificação Nome: J.A.M Idade: 13 dias (DN: 27/07/2016) Sexo: Masculino

Leia mais

Eritema Nodoso na criança

Eritema Nodoso na criança 1 PROTOCOLO Eritema Nodoso na criança Introdução O eritema nodoso (EN) é uma doença relativamente rara, com prevalência de 24 por cada 100.000 habitantes. Manifesta-se em qualquer idade, sendo mais frequente

Leia mais

Doenças Exantemáticas Agudas (DEAS)

Doenças Exantemáticas Agudas (DEAS) Doenças Exantemáticas Agudas (DEAS) Definição - Doença infecciosa sistêmica - Manifestação cutânea que acompanha o quadro clínico - Dado fundamental para o diagnóstico Exantema - Etiologia H. contágio

Leia mais

17º Imagem da Semana: Fotografia

17º Imagem da Semana: Fotografia 17º Imagem da Semana: Fotografia Enunciado Paciente de 61 anos, sexo masculino, natural e residente em Belo Horizonte, aposentado, apresentou, há cerca de 20 dias, lesões em membro superior esquerdo, com

Leia mais

SEVEN-YEAR-OLD INDIAN GIRL WITH FEVER AND CERVICAL LYMPHADENITIS THE PEDIATRICS INFECTIOUS DISEASE JOURNAL Vol. 20, No. 4, April, 2001.

SEVEN-YEAR-OLD INDIAN GIRL WITH FEVER AND CERVICAL LYMPHADENITIS THE PEDIATRICS INFECTIOUS DISEASE JOURNAL Vol. 20, No. 4, April, 2001. SEVEN-YEAR-OLD INDIAN GIRL WITH FEVER AND CERVICAL LYMPHADENITIS IDENTIFICAÇÃO: Paciente feminina, 07 anos de idade, de origem indiana. HMA: Pcte com história de febre e aumento doloroso do lado esquerdo

Leia mais

Classificação das doenças dermatológicas Genodermatoses Doenças sistêmicas envolvendo a pele, doenças degenerativas, doenças causadas por agentes físi

Classificação das doenças dermatológicas Genodermatoses Doenças sistêmicas envolvendo a pele, doenças degenerativas, doenças causadas por agentes físi DERMATOPATOLOGIA II PAT 027 Prof. Dra. Sônia Maria Neumann Cupolilo Doutora em Patologia FIOCRUZ/RJ Classificação das doenças dermatológicas Genodermatoses Doenças sistêmicas envolvendo a pele, doenças

Leia mais

Sessão Televoter Reumatologia

Sessão Televoter Reumatologia 2015 2 de maio Sábado Sessão Televoter Reumatologia Avaliação e investigação do doente com dor osteo-articular Manuela Costa Jaime Branco ARTRITE ARTRALGIA 1. Ritmo mecânico ou inflamatório 2. Agudo (dias)

Leia mais

DOENÇA DE KAWASAKI E FLEIMÃO RETROFARÍNGEO: UMA DOENÇA?

DOENÇA DE KAWASAKI E FLEIMÃO RETROFARÍNGEO: UMA DOENÇA? SOCIEDADE DE INFECIOLOGIA PEDIÁTRICA 12º Encontro de Infeciologia Casos Clínicos DOENÇA DE KAWASAKI E FLEIMÃO RETROFARÍNGEO: UMA DOENÇA? A. M. Garcia 1, S. Laranjo 2, F. Pinto 2, L. Varandas 1, C. Gouveia

Leia mais

Referenciação à Consulta de Reumatologia

Referenciação à Consulta de Reumatologia Referenciação à Consulta de Reumatologia O Serviço de Reumatologia do HSM é responsável pela assistência em ambulatório de doentes com patologia da sua especialidade. Contudo dada a enorme prevalência

Leia mais

OSTEOMIELITE CRÓNICA EM LACTENTE

OSTEOMIELITE CRÓNICA EM LACTENTE OSTEOMIELITE CRÓNICA EM LACTENTE Teresa Painho 1, Cristina Borges 2, Luís Varandas 1, Delfin Tavares 3, Catarina Gouveia 1 1- Unidade de Infeciologia Pediátrica 2- Serviço de Cirurgia Pediátrica 3- Serviço

Leia mais

Especificidade das lesões dos membros inferiores

Especificidade das lesões dos membros inferiores Curso Avançado de Feridas Crónicas Especificidade das lesões dos membros LURDES FERREIRA DERMATOLOGISTA Unidade de Dermatologia Médico-Cirúrgica de Lisboa Ulcus - Centro de Estudos e Investigação em Feridas

Leia mais

INVESTIGAÇÃO. Síndrome de Sweet: estudo de 23 casos * Sweet's syndrome: a study of 23 cases

INVESTIGAÇÃO. Síndrome de Sweet: estudo de 23 casos * Sweet's syndrome: a study of 23 cases INVESTIGAÇÃO 265 Síndrome de Sweet: estudo de 23 casos * Sweet's syndrome: a study of 23 cases Adma Silva de Lima Wojcik 1 Fátima Satomi Nishimori 2 Jesus Rodriguez Santamaría 3 Resumo: FUNDAMENTOS: A

Leia mais

Responda às perguntas seguintes usando exclusivamente o glossário.

Responda às perguntas seguintes usando exclusivamente o glossário. Responda às perguntas seguintes usando exclusivamente o glossário. 1 - Um homem de 50 anos com queixas de fadiga muito acentuada fez um exame médico completo que incluiu RX do tórax. Identificaram-se lesões

Leia mais

O exame do líquor mostrou:

O exame do líquor mostrou: 01 Concurso Um lactente de nove meses de idade tem um quadro de febre alta há 48 horas, sem foco de origem definido. Porém, quando a temperatura começou a subir, apresentou uma convulsão tônico-clônica

Leia mais

Imagem da Semana: Fotografia

Imagem da Semana: Fotografia Imagem da Semana: Fotografia Imagem 01. Lesões nas palmas das mãos. Imagem 02. Lesões na superfície extensora do antebraço Imagem 03. Lesão em lábio inferior. Paciente do sexo feminino, 35 anos, casada,

Leia mais

SARCOIDOSE. Luiz Alberto Bomjardim Pôrto Médico dermatologista

SARCOIDOSE. Luiz Alberto Bomjardim Pôrto Médico dermatologista Luiz Alberto Bomjardim Pôrto Médico dermatologista Conceito: Doença granulomatosa sistêmica não infecciosa de etiologia desconhecida. Histologia: Granuloma epitelióide não caseoso e pode acometer vários

Leia mais

Doença inflamatória da coluna vertebral podendo ou não causar artrite em articulações periféricas e inflamação em outros órgãos como o olho.

Doença inflamatória da coluna vertebral podendo ou não causar artrite em articulações periféricas e inflamação em outros órgãos como o olho. O termo reumatismo, embora consagrado, não é um termo adequado para denominar um grande número de diferentes doenças que tem em comum o comprometimento do sistema músculo-esquelético, ou seja, ossos, cartilagem,

Leia mais

NOME GÊNERO IDADE ENDEREÇO TELEFONE

NOME GÊNERO IDADE ENDEREÇO TELEFONE HISTÓRIA CLÍNICA PARA INVESTIGAÇÃO DE URTICÁRIA DATA / / NOME GÊNERO IDADE ESTADO CIVIL RAÇA ENDEREÇO TELEFONE PROFISSÃO 1. ANTECEDENTES A) história familiar: Urticária angioedema Doenças da tireóide Asma,

Leia mais

Pneumonia intersticial. Ana Paula Sartori

Pneumonia intersticial. Ana Paula Sartori Pneumonia intersticial com achados autoimunes: revisão Ana Paula Sartori ROTEIRO Pneumonia intersticial com achados autoimunes: revisão Ana Paula Sartori Doença Pulmonar Intersticial Consensos/Classificação

Leia mais

Caso Clínico. Humberto B.Lima Forte

Caso Clínico. Humberto B.Lima Forte Caso Clínico Humberto B.Lima Forte Identificação Doente, do sexo feminino, com 26 anos, raça caucasiana, solteira, professora, natural e residente em Proença-a- Nova(Portugal); Queixa Principal Aparecimento

Leia mais

URTICÁRIA: ASPECTOS ESSENCIAIS

URTICÁRIA: ASPECTOS ESSENCIAIS URTICÁRIA: ASPECTOS ESSENCIAIS Ana Paula Schwarzbach Alice Cardoso Pellizzari Renan Rangel Bonamigo UNITERMOS URTICÁRIA; DERMATOSES INFLAMATÓRIAS; ANTI-HISTAMÍNICO. KEYWORDS URTICARIA; INFLAMMATORY DERMATOSES;

Leia mais

PIODERMA GANGRENOSO: RELATO DE CASO

PIODERMA GANGRENOSO: RELATO DE CASO RELATO DE CASO PIODERMA GANGRENOSO: RELATO DE CASO PYODERMA GANGRENOSUM: CASE REPORT Paulo Henrique Teixeira Martins 1 Patricia Mafra Lazzari 2 Daniele A. O. de Salles Santos 3 Aline Corrêa 4 Wilian Mazzucco

Leia mais

GABARITO PROVA TEÓRICA QUESTÕES DISSERTATIVAS

GABARITO PROVA TEÓRICA QUESTÕES DISSERTATIVAS CONCURSO PARA TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PATOLOGIA Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo SÃO PAULO/SP Departamento de Patologia, 1º andar, sala 1154 20 e 21 de MAIO DE 2016 GABARITO PROVA TEÓRICA

Leia mais

Múltiplos nódulos pulmonares, que diagnóstico?

Múltiplos nódulos pulmonares, que diagnóstico? Múltiplos nódulos pulmonares, que diagnóstico? Cecília Pacheco, João F Cruz, Daniela Alves, Rui Rolo, João Cunha 44º Curso Pneumologia para Pós-Graduados Lisboa, 07 de Abril de 2011 Identificação -A.F.O,

Leia mais

Artrite Idiopática Juvenil

Artrite Idiopática Juvenil www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Artrite Idiopática Juvenil Versão de 2016 2. DIFERENTES TIPOS DE AIJ 2.1 Existem tipos diferentes da doença? Existem várias formas de AIJ. Distinguem-se principalmente

Leia mais

Helena Ferreira da Silva, Paula Vaz Marques, Fátima Coelho, Carlos Dias. VII Reunión de Internistas Noveis Sur de Galicia

Helena Ferreira da Silva, Paula Vaz Marques, Fátima Coelho, Carlos Dias. VII Reunión de Internistas Noveis Sur de Galicia Consulta de Doenças Auto-imunes Hospital de São João PORTO, Paula Vaz Marques, Fátima Coelho, Carlos Dias VII Reunión de Internistas Noveis Sur de Galicia das Manifestações Sistémicas A (DB) é uma vasculite

Leia mais

Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues

Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues Avaliação do paciente com queixa osteoarticular. Objetivos. Diagnóstico preciso. Terapêutica adequada e sem demora. Não realização de exames desnecessários. Abordagem.

Leia mais

Um caso típico de Síndrome de Sweet

Um caso típico de Síndrome de Sweet 186 artigosbreves Um caso típico de Síndrome de Sweet Maria Lúcia Ramos,* Luiz Miguel Santiago,** Teresa Tomé*** RE SU MO A Síndrome de Sweet é uma dermatose neutrofílica. Associa-se, em 50% dos casos,

Leia mais

Febre Reumática. Febre reumática. Febre reumática (FR) Febre reumática: Epidemiologia. Dr. Vinícius Moreira Gonçalves. Febre reumática: Epidemiologia

Febre Reumática. Febre reumática. Febre reumática (FR) Febre reumática: Epidemiologia. Dr. Vinícius Moreira Gonçalves. Febre reumática: Epidemiologia Dr. Vinícius Moreira Gonçalves Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Febre Reumática Mestre em Pediatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

Leia mais

Manejo de casos suspeitos de Febre Maculosa. Outubro de 2018

Manejo de casos suspeitos de Febre Maculosa. Outubro de 2018 Manejo de casos suspeitos de Febre Maculosa Outubro de 2018 Febre maculosa Conteúdo Epidemiologia e etiologia Definição de caso Manifestação clínica Diagnóstico diferencial Diagnóstico laboratorial Tratamento

Leia mais

SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE (SES) 2015 PRÉ-REQUISITO / CANCEROLOGIA PEDIÁTRICA PROVA DISCURSIVA

SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE (SES) 2015 PRÉ-REQUISITO / CANCEROLOGIA PEDIÁTRICA PROVA DISCURSIVA SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE (SES) 05 SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE (SES) 05 Com base no caso clínico abaixo, responda às questões de números e. Paciente do sexo feminino, dez anos, natural e residente

Leia mais

Caso clínico. Homem, 50 anos, desempregado, casado, sem filhos, Gondomar. parestesias diminuição da força muscular. astenia anorexia emagrecimento

Caso clínico. Homem, 50 anos, desempregado, casado, sem filhos, Gondomar. parestesias diminuição da força muscular. astenia anorexia emagrecimento Caso clínico Homem, 50 anos, desempregado, casado, sem filhos, Gondomar Setembro 2002 dor dorso-lombar esquerda parestesias diminuição da força muscular astenia anorexia emagrecimento tumefacção braço

Leia mais

PROTOCOLO MÉDICO URTICÁRIA E ANGIOEDEMA HISTAMINÉRGICO

PROTOCOLO MÉDICO URTICÁRIA E ANGIOEDEMA HISTAMINÉRGICO Página: 1 de 6 A urticária é uma das dermatoses mais frequentes e estima-se que 15 a 20% da população já tenha tido pelo menos um episódio ao longo da vida1. Caracteriza-se pela aparição repentina de urticas

Leia mais

Caso Clínico - Tumores Joana Bento Rodrigues

Caso Clínico - Tumores Joana Bento Rodrigues Hospitais da Universidade de Coimbra Serviço de Ortopedia Diretor: Prof. Doutor Fernando Fonseca Caso Clínico - Tumores Joana Bento Rodrigues História Clínica PRGP Sexo feminino 23 anos Empregada de escritório

Leia mais

Aula 13 Patologia Intersticial Idiopática

Aula 13 Patologia Intersticial Idiopática Aula 13 Patologia Intersticial Idiopática DOENÇAS DIFUSAS DO PARÊNQUIMA PULMONAR ENQUADRAMENTO INFLAMAÇÃO? FIBROSE Citocinas, Quimiocinas Factores fibrogénicos, rad oxidantes Enzimas proteolíticas,...

Leia mais

5ª FASE - CRONOGRAMA CRONOGRAMA PROVISÓRIO FINAL 26Set. seg 28/09 ter 29/09 qua 30/09 qui 01/10 sex 02/10

5ª FASE - CRONOGRAMA CRONOGRAMA PROVISÓRIO FINAL 26Set. seg 28/09 ter 29/09 qua 30/09 qui 01/10 sex 02/10 8ª Semana a 5ª FASE - CRONOGRAMA 2015.2 CRONOGRAMA PROVISÓRIO FINAL 26Set seg 28/09 ter 29/09 qua 30/09 qui 01/10 sex 02/10 AVALIAÇÃO GLOBAL I Prof. Paulo/Edelton Hipertensão CLM: Aula Prática 13-10h:00

Leia mais

Semiologia do aparelho osteoarticular. Professor Ivan da Costa Barros

Semiologia do aparelho osteoarticular. Professor Ivan da Costa Barros Semiologia do aparelho osteoarticular Professor Ivan da Costa Barros IMPORTÂNCIA CLÍNICA 10% das consultas médicas Mais de 100 doenças Complicações não articulares Geralmente auto limitado 1 em 5 americanos

Leia mais

Vasculites Pulmonares Diagnóstico Diferencial Histológico

Vasculites Pulmonares Diagnóstico Diferencial Histológico XV Curso Nacional de Atualização em Pneumologia 2014 Vasculites Pulmonares Diagnóstico Diferencial Histológico Rimarcs G. Ferreira Departamento de Patologia EPM/UNIFESP Departamento de Patologia Pulmonar

Leia mais

Padrão acinar Gustavo de Souza Portes Meirelles 1. 1 Doutor em Radiologia pela Escola Paulista de Medicina UNIFESP. 1 Terminologia

Padrão acinar Gustavo de Souza Portes Meirelles 1. 1 Doutor em Radiologia pela Escola Paulista de Medicina UNIFESP. 1 Terminologia Padrão acinar Gustavo de Souza Portes Meirelles 1 1 Doutor em Radiologia pela Escola Paulista de Medicina UNIFESP 1 Terminologia Em alterações comprometendo o ácino (conjunto de alvéolos, sacos alveolares,

Leia mais

Anafilaxia. Pérsio Roxo Júnior. Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria

Anafilaxia. Pérsio Roxo Júnior. Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria Anafilaxia Pérsio Roxo Júnior Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria 1 Definição Reação de hipersensibilidade grave, de início súbito e que pode levar à morte Síndrome

Leia mais

CASO CLÍNICO. Clara Mota Randal Pompeu PET Medicina UFC

CASO CLÍNICO. Clara Mota Randal Pompeu PET Medicina UFC CASO CLÍNICO Clara Mota Randal Pompeu PET Medicina UFC Identificação: FCT, masculino, 53 anos, natural e procedente de São Paulo. QP: Febre e perda de peso HDA: Paciente, há dois anos, apresentou quadro

Leia mais

Resultados população

Resultados população JoaquimPolidoPereira 1, MargaridaVieira 2,AnaRodrigues 1, AnaMargaridaCarvalho 2 MariaJoãoSaavedra 3,AuroraMarques 3,CristinaCatita 3, HelenaCanhão 1, MárioVianaQueiroz 3 JoséAlbertoPereiradaSilva 3,JoãoEuricoFonseca

Leia mais

Espectro clínico. Figura 1 Espectro clínico chikungunya. Infecção. Casos Assintomáticos. Formas. Típicas. Fase Aguda. Fase Subaguda.

Espectro clínico. Figura 1 Espectro clínico chikungunya. Infecção. Casos Assintomáticos. Formas. Típicas. Fase Aguda. Fase Subaguda. Secretaria de Vigilância em Saúde Espectro clínico O período de incubação intrínseco, que ocorre no ser humano, é em média de 3 a 7 dias (podendo variar de 1 a 12 dias). O extrínseco, que ocorre no vetor,

Leia mais

CLACIFICAÇÃO DOS NERVOS NA LEPRA

CLACIFICAÇÃO DOS NERVOS NA LEPRA CLACIFICAÇÃO DOS NERVOS NA LEPRA J. M. CABELLO CAMPOS Chefe de Secção do Inst. de Electro- Chefe de Secção do Inst. do Electro- Radiologia de Santa Casa. Diretor do Inst. de Radiologia de Casa de Saude

Leia mais

História Clínica. 56 anos, sexo masculino, pedreiro

História Clínica. 56 anos, sexo masculino, pedreiro História Clínica História Clínica 56 anos, sexo masculino, pedreiro Queixas: Caso Clínico Leticia Kawano Dourado Grupo de Doenças Intersticiais Pulmonares Divisão de Pneumologia - InCor Faculdade de Medicina

Leia mais

Informação de segurança importante para o médico sobre o tratamento de Síndromes Periódicos associados à Criopirina (CAPS) com Ilaris

Informação de segurança importante para o médico sobre o tratamento de Síndromes Periódicos associados à Criopirina (CAPS) com Ilaris Este medicamento está sujeito a monitorização adicional. Isto irá permitir a rápida identificação de nova informação de segurança. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas

Leia mais

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA PLANO DE ENSINO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA PLANO DE ENSINO CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA PLANO DE ENSINO COMPONENTE CURRICULAR CARGA HORÁRIA PERÍODO: Anatomia Patológica I Teórica Prática Total 5 36 12 54 PROFESSOR RESPONSÁVEL: Maria Auxiliadora Peixoto Peçanha

Leia mais

Revista SPDV 71(1) 2013; Renata Pinto Fernandes Timbó, Aline Sarkis dos Santos, Carolina Degen Meotti, et al.;síndrome de Sweet.

Revista SPDV 71(1) 2013; Renata Pinto Fernandes Timbó, Aline Sarkis dos Santos, Carolina Degen Meotti, et al.;síndrome de Sweet. SÍNDROME DE SWEET - RELATO DE CASO E REVISÃO DE COMO INVESTIGAR E TRATAR Renata Pinto Fernandes Timbó 1, Aline Sarkis dos Santos 2, Carolina Degen Meotti 3, Fernanda da Fonseca Oliveira 4, Karen Elfrith

Leia mais

Inquérito epidemiológico *

Inquérito epidemiológico * ETAPA de MITIGAÇÃO Diagnóstico, vigilância e tratamento Inquérito epidemiológico * A preencher pelo Delegado de Saúde da área do hospital ou pelo Delegado de Saúde de residência do doente em colaboração

Leia mais

Glomerulonefrites Secundárias

Glomerulonefrites Secundárias Doenças sistêmicas nfecto-parasitárias Nefropatia da gravidez Medicamentosa doenças reumáticas, gota, mieloma, amiloidose, neoplasias SDA hepatite viral shistossomose Doenças Reumáticas Lupus eritematoso

Leia mais

GRANULOMA FACIAL REVISÃO CLINICO-PATOLÓGICA. Interno do 3.º ano da Formação Específica em Dermatovenereologia/Resident Dermatology and Venereology 2

GRANULOMA FACIAL REVISÃO CLINICO-PATOLÓGICA. Interno do 3.º ano da Formação Específica em Dermatovenereologia/Resident Dermatology and Venereology 2 GRANULOMA FACIAL REVISÃO CLINICO-PATOLÓGICA João Alves 1, Elvira Bártolo 2 1 Interno do 3.º ano da Formação Específica em Dermatovenereologia/Resident Dermatology and Venereology 2 Chefe de Serviço de

Leia mais

INVESTIGAÇÃO. An Bras Dermatol. 2011;86(2):

INVESTIGAÇÃO. An Bras Dermatol. 2011;86(2): 702 INVESTIGAÇÃO Síndrome de Sweet: estudo de 73 casos, com ênfase nos achados histopatológicos * Sweet's syndrome: study of 73 cases, emphasizing histopathological findings Mayra Carrijo Rochael 1 Luciana

Leia mais

Envelhecimento e Doenças Reumáticas

Envelhecimento e Doenças Reumáticas Envelhecimento e Doenças Reumáticas Armando Malcata CHUC XVII Forum de Apoio ao Doente Reumático Envelhecimento e Doenças Reumáticas Variações demográficas e sociais. Impacto crescente; multidimensional.

Leia mais

ANEXO II CONTEÚDO PROGRAMÁTICO EDITAL Nº. 17 DE 24 DE AGOSTO DE 2017

ANEXO II CONTEÚDO PROGRAMÁTICO EDITAL Nº. 17 DE 24 DE AGOSTO DE 2017 ANEXO II CONTEÚDO PROGRAMÁTICO EDITAL Nº. 17 DE 24 DE AGOSTO DE 2017 ÁREA DE CONHECIMENTO: CIRURGIA GERAL 4. Cuidados Pré, trans e pós operatório. 5. Resposta endócrina e metabólica ao trauma. 6. Infecção

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. ZIKA VIRUS Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. ZIKA VIRUS Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS ZIKA VIRUS Aula 2 Profª. Tatiane da Silva Campos DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO DE ZIKA PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL Caso suspeito: - Pacientes que apresentem

Leia mais

XIV Curso Básico de Doenças Hereditárias do Metabolismo

XIV Curso Básico de Doenças Hereditárias do Metabolismo XIV Curso Básico de Doenças Hereditárias do Metabolismo 11 a 13 Dezembro 2017 Coimbra Daniela Vieira 1, Daniela Alves 2, Manuela Grazina 3, Carmo Macário 1 1 Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar

Leia mais

Caso do mês Janeiro/ Carlos Camilo Neto

Caso do mês Janeiro/ Carlos Camilo Neto Caso do mês Janeiro/2016-2 Carlos Camilo Neto História clínica. RAS, masculino, 34 anos. Paciente com história de trauma nasal. HD: Condroma? História clínica Não há informações de testes laboratoriais

Leia mais

III - CASUÍSTICA E MÉTODOS

III - CASUÍSTICA E MÉTODOS III - CASUÍSTICA E MÉTODOS Foram selecionados e estudados 43 pacientes com hanseníase em estado reacional internados no Hospital Lauro de Souza Lima de Bauru, que apresentavam artropatia inflamatória.

Leia mais

12 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ALERGISTA. Com relação à corticoterapia sistêmica na dermatite atópica grave, assinale a resposta CORRETA:

12 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ALERGISTA. Com relação à corticoterapia sistêmica na dermatite atópica grave, assinale a resposta CORRETA: 12 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ALERGISTA QUESTÃO 21 Com relação à corticoterapia sistêmica na dermatite atópica grave, assinale a resposta CORRETA: a) não há estudos sistematizados que avaliem a

Leia mais

Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS)

Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) Versão de 2016 1. O QUE É A CAPS 1.1 O que é? A Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) compreende

Leia mais

Pneumonias - Seminário. Caso 1

Pneumonias - Seminário. Caso 1 Pneumonias - Seminário Caso 1 Doente do género masculino, de 68 anos, com quadro de infecção das vias aéreas superiores. Posteriormente desenvolve tosse e expectoração purulenta, febre alta, resistente

Leia mais

Mediadores pré-formados. Mediadores pré-formados. Condição alérgica. Número estimado de afetados (milhões) Rinite alérgica Sinusite crônica 32.

Mediadores pré-formados. Mediadores pré-formados. Condição alérgica. Número estimado de afetados (milhões) Rinite alérgica Sinusite crônica 32. REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE HIPERSENSIBILIDADE : É uma resposta imunológica exagerada ou inapropriada a um estímulo produzido por um antígeno. REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE

Leia mais

Doenças exantemáticas DIP II

Doenças exantemáticas DIP II Doenças exantemáticas DIP II Profª Christiane Rangel Doenças exantemáticas Em geral infecto-contagiosas Diagnóstico essencialmente clínico Exantema é variável, de acordo com tipo de afecção: Macular Papular

Leia mais

Imagem da Semana: Fotografia. Imagem 01. Fotografia da região lateral do tronco

Imagem da Semana: Fotografia. Imagem 01. Fotografia da região lateral do tronco Imagem da Semana: Fotografia Imagem 01. Fotografia da região lateral do tronco Imagem 02: Fotografia da região posterior do tronco Imagem 03: Fotografia dos membros inferiores Paciente do sexo masculino,

Leia mais

30º Imagem da Semana: Fotografia

30º Imagem da Semana: Fotografia 30º Imagem da Semana: Fotografia Enunciado Lactente de 12 meses, masculino, iniciou com febre alta há 11 dias com resposta parcial a antitérmicos. Foi levado, no quarto dia, ao serviço de prontoatendimento,

Leia mais

Lúpus eritematoso sistêmico com acometimento neurológico grave: Relato de Caso

Lúpus eritematoso sistêmico com acometimento neurológico grave: Relato de Caso Lúpus eritematoso sistêmico com acometimento neurológico grave: Relato de Caso Eduardo Lopes 1 ; Antônio Carlo Klug Cogo¹; Carolina Dolinski¹; Patrícia Formigheri Feldens²; Fabio Cardoso³, Lucas Pereira

Leia mais

Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS)

Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) www.printo.it/pediatric-rheumatology/pt/intro Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) Versão de 2016 1. O QUE É A CAPS 1.1 O que é? A Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) compreende

Leia mais

Cuidados Partilhados Reumatologia / MGF. Alertar para agudizações e complicações graves mais comuns em doenças reumáticas inflamatórias

Cuidados Partilhados Reumatologia / MGF. Alertar para agudizações e complicações graves mais comuns em doenças reumáticas inflamatórias Cuidados Partilhados Reumatologia / MGF Luís Sousa Inês Reumatologia CHUC / FMUC Objetivos Alertar para agudizações e complicações graves mais comuns em doenças reumáticas inflamatórias Indicar como identificar

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. HIV/AIDS Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. HIV/AIDS Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS HIV/AIDS Aula 2 Profª. Tatiane da Silva Campos Diagnóstico - investigação laboratorial após a suspeita de risco de infecção pelo HIV. janela imunológica é

Leia mais

Algoritmo de Investigação Elevação da Velocidade de Sedimentação

Algoritmo de Investigação Elevação da Velocidade de Sedimentação 2012 4 de Maio Sexta-feira Algoritmo de Investigação Elevação da Velocidade de Sedimentação Alice Gonçalves Lígia Peixoto Manuel Ferreira Gomes Teste simples e barato Fundamento: medição da distância (em

Leia mais

Caso Clínico. Sarah Pontes de Barros Leal

Caso Clínico. Sarah Pontes de Barros Leal Caso Clínico Sarah Pontes de Barros Leal Paciente de 22 anos Admitido no hospital por febre, dor abdominal, diarréia e poliartralgia HDA Até dois anos antes da admissão o paciente estava bem, quando desenvolveu

Leia mais

RELATO DE CASO Identificação: Motivo da consulta: História da Doença atual: História ocupacional: História patológica pregressa: História familiar:

RELATO DE CASO Identificação: Motivo da consulta: História da Doença atual: História ocupacional: História patológica pregressa: História familiar: RELATO DE CASO Identificação: V.L.G.E., 38 anos, branca, casada, natural e procedente de Canoas (RS). Motivo da consulta: diarréia e dor abdominal intensa. História da Doença atual: Paciente procurou o

Leia mais

Lesões e Condições Pré-neoplásicas da Cavidade Oral

Lesões e Condições Pré-neoplásicas da Cavidade Oral Disciplina: Semiologia Lesões e Condições Pré-neoplásicas da Cavidade Oral PARTE Parte 12 http://lucinei.wikispaces.com Prof.Dr. Lucinei Roberto de Oliveira 2012 2012 LESÕES E CONDIÇÕES CANCERIZÁVEIS DA

Leia mais

Doenças Exantemáticas em Pediatria. Dra. Joelma Gonçalves Martin Departamento de Pediatria Faculdade de Medicina - UNESP

Doenças Exantemáticas em Pediatria. Dra. Joelma Gonçalves Martin Departamento de Pediatria Faculdade de Medicina - UNESP Doenças Exantemáticas em Pediatria Dra. Joelma Gonçalves Martin Departamento de Pediatria Faculdade de Medicina - UNESP Doenças Exantemáticas São moléstias infecciosas nas quais a erupção cutânea é a característica

Leia mais

Síndromes clínicas ou condições que requerem precauções empíricas, associadas às Precauções Padrão.

Síndromes clínicas ou condições que requerem precauções empíricas, associadas às Precauções Padrão. 1 Síndromes clínicas ou condições que requerem precauções empíricas, associadas às Precauções Padrão. SÍNDROMES OU CONDIÇÃO CLÍNICA PATÓGENOS POTENCIAIS PRECAUÇÕES EMPIRICAS Diarréia: Aguda, por provável

Leia mais

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR Rosilan 22,75 mg/ml, gotas orais, suspensão Deflazacorte Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento. Conserve este folheto. Pode ter

Leia mais

ESCLEROSE SISTÉMICA - CASUÍSTICA SERVIÇO MEDICINA IV

ESCLEROSE SISTÉMICA - CASUÍSTICA SERVIÇO MEDICINA IV ESCLEROSE SISTÉMICA - CASUÍSTICA SERVIÇO MEDICINA IV Análise retrospectiva dos doentes com esclerose sistémica seguidos desde Junho 2009 a Novembro 2013 seguidos no Serviço EPIDEMIOLOGIA Southern (Tunisian)

Leia mais

Vigilância das Arboviroses

Vigilância das Arboviroses Vigilância das Arboviroses - 2018 Arbovírus (Arthropod-borne virus) Transmitidos aos seres humanos pela picada de artrópodes hematófagos (Aedes aegypti; Aedes albopictus). Flaviviridae (Dengue, febre amarela,

Leia mais

densidade óptica está ilustrada na Figura 1. O grupo anti-lpl positivo (anti- LPL+) foi detectado em 25 dos sessenta e seis pacientes com LES (37,8 %)

densidade óptica está ilustrada na Figura 1. O grupo anti-lpl positivo (anti- LPL+) foi detectado em 25 dos sessenta e seis pacientes com LES (37,8 %) A distribuição dos anticorpos anti-ll do subtipo IgG de acordo com a densidade óptica está ilustrada na Figura 1. O grupo anti-ll positivo (anti- LL+) foi detectado em 25 dos sessenta e seis pacientes

Leia mais

Ac. Marina Martinichen Furlaneto 2015

Ac. Marina Martinichen Furlaneto 2015 Ac. Marina Martinichen Furlaneto 2015 A Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) - antes denominada artrite reumatoide juvenil (ARJ) - é uma doença inflamatória crônica que afeta crianças com idade igual ou inferior

Leia mais

As primeiras queixas referidas pelos pacien tes, com as respectivas percentagens, sãos

As primeiras queixas referidas pelos pacien tes, com as respectivas percentagens, sãos 5 - RESULTADOS 5 - Resultados 5.1. Resultados Clinico-Dermatológicos 5.1.1 Sintomatologia 5.1.1.1 Sintomatologia Inicial As primeiras queixas referidas pelos pacien tes, com as respectivas percentagens,

Leia mais

Dores de Crescimento

Dores de Crescimento Dores de Crescimento 23 Fevereiro João Nascimento Hospital Pediátrico Coimbra Sumário Evolução do diagnóstico Prevalência Clínica das crises dolorosas Critérios de exclusão / risco Questionários rastreio

Leia mais

Infecção pelo HIV-AIDS

Infecção pelo HIV-AIDS Infecção pelo HIV-AIDS Doenças Oportunístas Valdes Roberto Bollela Divisão de Moléstias Infecciosas Departamento de Clínica Médica da FMRP-USP Contagem de CD4 Infecções Oportunistas/CD4+ 800 700 600 500

Leia mais

CASO CLÍNICO 2014. Pôs graduação de ginecologia Enfermaria 28 Rosário Sarmiento Santa casa da misericórdia

CASO CLÍNICO 2014. Pôs graduação de ginecologia Enfermaria 28 Rosário Sarmiento Santa casa da misericórdia CASO CLÍNICO 2014 Pôs graduação de ginecologia Enfermaria 28 Rosário Sarmiento Santa casa da misericórdia Nome: A.C.S.B.R Idade: 47 anos Sexo : feminino Identificação acompanhada Naturalidade: de febre

Leia mais

VIII - Doenças alérgicas

VIII - Doenças alérgicas VIII - Doenças alérgicas Douglas A. Rodrigues Jane Tomimori Marcos C. Floriano Sofia Mendonça SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros RODRIGUES, DA., et al. Atlas de dermatologia em povos indígenas

Leia mais

Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto. Departamento de Ciências Neurológicas Waldir Antonio Maluf Tognola

Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto. Departamento de Ciências Neurológicas Waldir Antonio Maluf Tognola Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Departamento de Ciências Neurológicas Waldir Antonio Maluf Tognola Definição Doença crônica, inflamatória e degenerativa do Sistema Nervoso Central, com destruição

Leia mais

Glomerulonefrite pós infecciosa

Glomerulonefrite pós infecciosa Glomerulonefrite pós infecciosa Residentes: Liliany Pinhel Repizo Roberto Sávio Silva Santos Nefrologia HCFMUSP Epidemiologia Cerca de 470.000 casos por ano no mundo, 97% em países em desenvolvimento.

Leia mais

parte 1 estratégia básica e introdução à patologia... 27

parte 1 estratégia básica e introdução à patologia... 27 Sumário parte 1 estratégia básica e introdução à patologia... 27 1 Terapêutica: estratégia geral... 29 terminologia de doenças... 29 História do caso... 34 Disposição do fármaco... 39 Seleção do fármaco...

Leia mais

SARCOIDOSE MULTISSISTÉMICA Quando somos nós os primeiros a suspeitar!

SARCOIDOSE MULTISSISTÉMICA Quando somos nós os primeiros a suspeitar! SARCOIDOSE MULTISSISTÉMICA Quando somos nós os primeiros a suspeitar! Serviço de Oftalmologia do HFF Susana Pina, Cristina Santos, Samuel Alves, Nuno Amaral, Graça Pires, Maria João Santos, Manuela Bernardo

Leia mais

HIPERSENSIBILIDADE. Acadêmicos: Emanuelle de Moura Santos Érica Silva de Oliveira Mércio Rocha

HIPERSENSIBILIDADE. Acadêmicos: Emanuelle de Moura Santos Érica Silva de Oliveira Mércio Rocha HIPERSENSIBILIDADE Acadêmicos: Emanuelle de Moura Santos Érica Silva de Oliveira Mércio Rocha CONCEITO São desordens que tem origem em uma resposta imune que se torna exagerada ou inapropriada, e que ocasiona

Leia mais

Síndrome de Sweet Um diagnóstico inesperado?

Síndrome de Sweet Um diagnóstico inesperado? CASO CLÍNICO Síndrome de Sweet Um diagnóstico inesperado? Sweet s syndrome An unexpected diagnosis? Data de recepção / Received in: 30/04/2011 Data de aceitação / Accepted for publication in: 17/06/2011

Leia mais

Vasculite leucocitoclástica: uma rara manifestação associada ao metimazol

Vasculite leucocitoclástica: uma rara manifestação associada ao metimazol Arq Bras Endocrinol Metab v.46 n.6 São Paulo dez. 2002 Vasculite leucocitoclástica: uma rara manifestação associada ao metimazol Leukocytoclastic vasculitis associated with methimazole Ricardo Rodrigues;

Leia mais

A estigmatização de um paciente pediátrico como alérgico à penicilina implica em consequências importantes, como:

A estigmatização de um paciente pediátrico como alérgico à penicilina implica em consequências importantes, como: Compartilhe conhecimento: Estudo testa crianças com suposta alergia à penicilina comumente relatada pelos pais na prática pediátrica, porém rara na realidade. Será que há tantos casos assim de alergia?

Leia mais

Paracetamol FARMOZ é um medicamento disponível na forma farmacêutica de comprimidos doseados a 500 mg de paracetamol.

Paracetamol FARMOZ é um medicamento disponível na forma farmacêutica de comprimidos doseados a 500 mg de paracetamol. FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR Paracetamol FARMOZ, 500 mg, comprimidos Paracetamol Este folheto contém informações importantes para si. Leia-o atentamente. - Este medicamento pode ser

Leia mais