Arrumandoa casa! ou A sistemática dos hadrões

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Arrumandoa casa! ou A sistemática dos hadrões"

Transcrição

1 4-6- ModeloPadrão Arrumandoa casa! ou A sistemática dos hadrões Hadrões feitos de quarks Nomenclatura para começar Partões os constituintes dos hadrões: quarks de valência gluões e quarks do mar de quarks Quarks de valência os que determinam as propriedades (exteriores) do hadrão Quarks do mar de quarks os pares q_anti-q que resultam das flutuações de vácuo dos gluões Conjugação de carga operação unitária que faz passar de partícula a anti-partícula: mantém massa vida média e spin; troca o sinal dos nºs quânticos aditivos (q l e l µ l τ c s etc.); troca a paridade intrínseca dos fermiões mas não a dos bosões Αα Alpha Ββ Beta Νν Nu Ξξ Xi Γγ Gamma Οο Omicron δ Delta Εε Epsilon Ζζ Zeta Ηη Eta Θθ Theta Ιι Iota Κκ Kappa Ππ Pi Ρρ Rho Σσς Sigma Ττ Tau Υυ Upsilon Φφ Phi Χχ Chi Λλ Lambda Ψψ Psi Μµ Mu Ωω Omega Conservação do nº de quarks (#q #anti_q) é sempre conservado (EM W S); só o decaimento do protão faria quebrar este princípio Conservação do sabor (#q f #anti_q f ) é conservado em processos EM e S mas não em processos W. Conservação do número bariónico consequência da conservação do nº de quarks é verificado em quaisquer processos (EM w e S).

2 4-6- Hadrões feitos de quarks 3 Grandezas úteis ISOSPIN (ou SPIN ISOTÓPICO ou i-spin) - O spin foi introduzido para permitir dois electrões num mesmo estado quântico - Sabe-se da independência do potencial N-N em ordem à carga (p-n n-n) por isso introduz-se o ISOSPIN como nº quântico ah-hoc que distingue p de n. I 3 - Na verdade esta propriedade pertence aos quarks (u e d desde logo). - Assim: uisospin I /; I 3 (projecção) ½ //> anti_u I /; I 3 -/ /-/> disospin I /; I 3 -½ /-/> anti_d I /; I 3 ½ //> - Nestas condições dois quarks ao associarem-se tanto podem criar estados de i-spin nulo (singuleto) como de i-spin (tripleto) - Curiosamente a projecção do isospin exprime a diferença entre o número de quarks e antiquarks u e d existentes numa partícula: / -/ - Hadrões feitos de quarks 4 Mais quantidades úteis Hipercarga Y Trata-se de mais um nº quântico que é a soma dos números quânticos de estranheza (S) charme (C)beleza (beauty ou botomness ) (B ) «verdade» (truth ou topness ) (T) número bariónico (B) Prova-se que Y S C B T - B - A conservação da hipercarga é equivalente à conservação do sabor (logo as interacções EM e S conservam Y; mas a interacção W não - A carga eléctrica Q a hipercarga Y e a projecção do isospin I3 estão relacionadas pela Fórmula de Gell-Mann Nishijima Q I 3 ½ Y ou Y (Q - I 3 )

3 4-6- Hadrões feitos de quarks 5 Isospin Estados de duas partículas de i-spin / Tripleto I I I 3 > > //> //> > / [ //> /-/> /-/> //> ] -> /-/> /-/> Singuleto > / [ //> /-/> - /-/> //> ] Hadrões feitos de quarks 6 Isospin Estados de duas partículas de i-spin ½ Serão tais estados identificáveis com alguma(s) partícula(s)? Procure-se entre mesões q anti_q> π π π Tripleto I I I 3 > ρ ρ ρ Singuleto > //> //> u anti_d> > / [ //> /-/> /-/> //> ] / ( u anti_u> - d anti_d>) -> /-/> /-/> - d anti_u> > / [ //> /-/> - /-/> //> ] / ( u anti_u> d anti_d>) Da mesma forma que identificámos as famílias π e ρ com I 3 > será que conseguimos dar nome(s) a >? 3

4 4-6- Hadrões feitos de quarks 7 Começando por tentar compreender os casos mais simples... Observemos os sistemas mais leves com estrutura q-anti_q (mesões) Não dispomos à partida dum modelo que permita perceber massas tão distintas apesar de constituição de tal forma próxima. O facto de J e J gerarem duas famílias de massas distintas não abrirá uma hipótese de interpretação? Onde é que encontrámos coisa comparável? Hadrões feitos de quarks 8 Os mesões podem classificar-se com base nas propriedades matemáticas das configurações de spin. Tipo de partícula S L P J J P MesãoPseudoescalar MesãoPseudovector MesãoVectorial MesãoEscalar MesãoTensorial 4

5 4-6- Hadrões feitos de quarks 9 Noneto de mesões pseudoescalares J P - d s u s S du u u d d ss ud s u sd - -/ / I 3 Hadrões feitos de quarks Noneto de mesões vectoriais J P - d s u s S du u u d d ss ud K K * * ρ ω ρ ρ φ s u sd * * K K - -/ / I 3 5

6 4-6- Hadrões feitos de quarks Isospin e Bariões Estados de três partículas de i-spin / Hadrões feitos de quarks Será que todos os mesões têm isospin inteiro e os bariões meio inteiro? p n Ξ Ξ p n K K K K π π π Σ Σ Σ η η φ Nem todos os sabores contam para o i-spin! 6

7 4-6- Hadrões feitos de quarks 3 Decupleto de bariões J P 3/ Σ Σ Σ ( 385) Ξ Ξ ( 53) Ω ( 673) Hadrões feitos de quarks 4 Octeto dos bariões J P / Σ n p Σ Λ Ξ Σ Ξ ( 3) ( 9) 7

8 4-6- Hadrões feitos de quarks 5 Espectro de massas dos bariões Hadrões feitos de quarks 6 De regresso à questão da massa dos hadrões Muito do que se aprendeu das interacções W e S foi à custa de paralelismos estabelecidos com a interacção EM Na física atómica logo no átomo de hidrogénio -a estrutura hiperfina resultava da interacção dos spins do electrão e do protão E hf 8πγ pe 3c ( ) S e S p m m S e S p 6 Aem ~ 6. ev mem p No próprio estudo do núcleo vimos como a interacção spin-orbital se impunha na definição dos estados de energia do núcleo. Aqui faz-se algo parecido. Para os mesões vale o ansatz M ( meson) m ψ m e p S S As m m 8

9 4-6- Hadrões feitos de quarks 7 Massas de mesões O fit da expressão anterior permite obter um valor para o parâmetro ad-hoc A s 6*(4pm u /h) MeV/c Com este valor podemos estimar razoavelmente as massas de mesões (aqui pseudo-escalares excepto ρ) desde que saibamos os spins dos quarks em cada caso. Massas(MeV) S S Mesão Cálculo Valorexperimental 3 h 4 h 4 3 h 4 h 4 π 4 38 ρ K K* Nota: As massas dependem fortemente do tipo de mesão i.e do acoplamento de spins que os quarks fazem. Hadrões feitos de quarks 8 Massas de mesões 9

10 4-6- Hadrões feitos de quarks 9 Hadrões feitos de quarks Massas de bariões Aqui faz-se o mesmo ansatz(funciona!) M ( baryon) m m m O fit fornece um valor diferente para o parâmetro 3 S S S3 S A s mm m3m S S3 mm3 A s 5*(4πm u /h) MeV/c e obtêm-se resultados também muito aceitáveis. (Notar que o cálculo do produto dos spins nãoé trivial... )

11 4-6- Hadrões feitos de quarks Massas de bariões Hadrões feitos de quarks Outra propriedade calculável: o momento magnético!

12 4-6- Hadrões feitos de quarks 3 Como se observam as reacções? Exemplo dum evento ilustrando a produção de duas partículas estranhas Sugestão: escrever as reacções com os quarks intervenientes e classificar cada uma delas (EM W ou S) Hadrões feitos de quarks 4 Ressonância e fórmula relativista de Breit-Wigner Nas proximidades da energia em CM equivalente à massa em repouso duma dada partícula (ou ressonância) a secção eficaz varia de acordo com ( ) ou σ ( ) f E E ( E mc ) Γ 4 Ex.: Partícula J/ψ 3 S Notação espectroscópica: n s L J Γ9keV Sendo E energia no CM m massa da partícula Γ largura (em energia; logo proporcional a /τ via E.τ ħ) As propriedades das partículas estabelecem-se a partir das observáveis e de hipóteses sobre a sua estrutura interna

13 4-6- Hadrões feitos de quarks 5 J/ψ c anti_c>: porque é tão estreita a ressonância? i) Proibido decair em um único gluão: c anti_cé singuleto de cor; maso gluãotem cargade cor! ii) Dois gluões: Paridade impede (gluõe tem s e P-) iii) Restam 3 gluões... Suprimido porum factor α s 6 Mesmo sabendo a pouco é tudo! Espero que tenha aberto o apetite! 3

1 o Ano. a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, y, z,

1 o Ano. a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, y, z, Metas Curriculares, 1 o ciclo Números e Operações (NO) 1 o Ano 1. Considere as letras do alfaeto latino, a,, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, y, z, e as letras do alfaeto

Leia mais

interação forte (no interior dos núcleos) não depende das massas nem das cargas elétricas

interação forte (no interior dos núcleos) não depende das massas nem das cargas elétricas Vitor Oguri prótons e nêutrons - mesmo spin ( J = ½ ) interação forte (no interior dos núcleos) não depende das massas nem das cargas elétricas prótons e nêutrons, genericamente conhecidos como núcleons,

Leia mais

Física de Partículas 1: Os constituintes da matéria

Física de Partículas 1: Os constituintes da matéria Física de Partículas 1: Os constituintes da matéria Foto CERN L. Peralta O Big Bang Física de Partículas As diferentes escalas Uma equação para o electrão A equação de Dirac admite 2 tipos de soluções

Leia mais

Introdução ao Modelo Padrão. Augusto Barroso

Introdução ao Modelo Padrão. Augusto Barroso Introdução ao Modelo Padrão (Standard Model) Augusto Barroso 1 O que é o Standard Model? 2 Programa Os Constituintes Elementares Leptons & Quarks As Interacções Forte, Electromagnética, Fraca & Gravítica

Leia mais

Estabilidade. Conhecimentos Básicos

Estabilidade. Conhecimentos Básicos Estabilidade Conhecimentos Básicos Unidades NOME SÍMBOLO FATOR MULTIPLICADOR (UND) Exa E 10 18 1 000 000 000 000 000 000 Peta P 10 15 1 000 000 000 000 000 Terá T 10 12 1 000 000 000 000 Giga G 10 9 1

Leia mais

Breve Revisão de Mecânica

Breve Revisão de Mecânica Capítulo 1 Breve Revisão de Mecânica Quântica Seguimos as secções 5.1 a 5.3 do Griffiths [1] e a secção 1.1 do meu texto de Introdução à Teoria de Campo []. É assumido como pré-requisito o conhecimento

Leia mais

Parte A FÓRMULAS Spiegel_II_01-06.indd 11 Spiegel_II_01-06.indd :17: :17:08

Parte A FÓRMULAS Spiegel_II_01-06.indd 11 Spiegel_II_01-06.indd :17: :17:08 Parte A FÓRMULAS Seção I: Constantes, Produtos e Fórmulas Elementares Alfabeto Grego e Constantes Especiais 1 Alfabeto grego Nome Letras Gregas Grego Minúsculas Maiúsculas Alfa Α Beta Β Gama Γ Delta Δ

Leia mais

Introdução à Física das Partículas Elementares. Alfred Stadler, Universidade de Évora, 2007

Introdução à Física das Partículas Elementares. Alfred Stadler, Universidade de Évora, 2007 Introdução à Física das Partículas Elementares Alfred Stadler, Universidade de Évora, 2007 Física das partículas elementares Do que consiste a matéria ao nível mais fundamental? (Partículas elementares!)

Leia mais

Níveis de energia do átomo

Níveis de energia do átomo Níveis de energia do átomo Para um átomo de hidrogénio, a energia das orbitas é: 13.6 ev E n = n 2 Quando um eletrão salta de uma órbita para outra absorve ou perde energia: Δ E=E i E j = 13.6 ev ( 1 n

Leia mais

As transformações de Lorenz fazem com que certas expressões percam validade. -Uma massa efectiva que depende da velocidade (via factor γ)

As transformações de Lorenz fazem com que certas expressões percam validade. -Uma massa efectiva que depende da velocidade (via factor γ) Relatividade: Relações a reter As transformações de Lorenz fazem com que certas expressões percam validade. Ex.: Energia cinética: num contexto relativista, E k ½ mv 2 embora tenda para ½ mv 2 se for v

Leia mais

Minicurso Básico - L A TEX Aula 3 Apresentação: Jéssyca Cristine, Leandro Chiarini, Rafael Aguiar e Rebeca Chuffi

Minicurso Básico - L A TEX Aula 3 Apresentação: Jéssyca Cristine, Leandro Chiarini, Rafael Aguiar e Rebeca Chuffi Universidade de Brasília Departamento de Matemática PET-MAT Minicurso Básico - L A TEX Aula 3 Apresentação: Jéssyca Cristine, Leandro Chiarini, Rafael Aguiar e Rebeca Chuffi O objetivo desta aula é introduzir

Leia mais

Partículas Elementares (2009/2010)

Partículas Elementares (2009/2010) Partículas Elementares (2009/2010) Introdução Mário Pimenta Lisboa, 9/2009 pimenta@lip.pt Programa da cadeira de Partículas Elementares (2009/2010) Semana 14/9 Introdução. Programa. Avaliação. Unidades

Leia mais

Os fundamentos da Física Volume 3 1. Resumo do capítulo

Os fundamentos da Física Volume 3 1. Resumo do capítulo Os fundamentos da Física Volume 1 Capítulo 0 Física Nuclear AS FORÇAS FUNDAMENTAIS DA NATUREZA Força nuclear forte Mantém a coesão do núcleo atômico. Intensidade 10 8 vezes maior do que a força gravitacional.

Leia mais

18/Maio/2016 Aula 21. Introdução à Física Nuclear. Estrutura e propriedades do núcleo. 20/Maio/2016 Aula 22

18/Maio/2016 Aula 21. Introdução à Física Nuclear. Estrutura e propriedades do núcleo. 20/Maio/2016 Aula 22 18/Maio/2016 Aula 21 Introdução à Física Nuclear Estrutura e propriedades do núcleo 20/Maio/2016 Aula 22 Radioactividade: Poder de penetração. Regras de conservação. Actividade radioactiva. Tempo de meia

Leia mais

Átomos polieletrónicos

Átomos polieletrónicos Átomos polieletrónicos Química Teórica e Estrutural P.J.S.B. Caridade & U. Miranda 2/12/2013 5/11/2013, Aula 8 Química Teórica & Estrutural (2013) Caridade & Ulises 1 Átomo de hidrogénio O Hamiltoniano

Leia mais

Noções básicas sobre o núcleo e o declínio radioactivo

Noções básicas sobre o núcleo e o declínio radioactivo Noções básicas sobre o núcleo e o declínio radioactivo 20 de Abril de 2005 1 Constituição do núcleo O átomo é uma nuvem de Z electrões que rodeia um núcleo constituído por Z protões e N neutrões. Figura

Leia mais

Novas Tecnologias no Ensino da Matema tica

Novas Tecnologias no Ensino da Matema tica Novas Tecnologias no Ensino da Matema tica (GMA00144) Novas Tecnologias no Ensino da Matema tica Lista 06 Humberto Jose Bortolossi ATIVIDADE 1 Estude os tutoriais do GeoGebra 5.x de nu meros 25 e 26 disponı

Leia mais

RESOLUÇÕES ONLINE UNIDADES DE MEDIDAS

RESOLUÇÕES ONLINE  UNIDADES DE MEDIDAS UNIDADES DE MEDIDAS Todas as Unidades de Medidas que são nomes próprios devem ser escritas em maiúsculas quando abreviadas. Se forem escritas por extenso, sempre escrever em minúscula no singular exceto

Leia mais

Introdução Altas Energias

Introdução Altas Energias Introdução à Física de Altas Energias São Paulo Regional Analysis Center Programa Introdução Uma visão geral das partículas e suas interações Aceleradores e Detectores Como explorar o interior da matéria

Leia mais

Métodos Quantitativos

Métodos Quantitativos Métodos Quantitativos Unidade 4. Estatística inferencial Parte II 1 Sumário Seção Slides 4.1 Correlação entre variáveis quantitativas 03 11 4.2 Teste de significância 12 19 4.3 Regressão linear 20 27 4.4

Leia mais

Grego. A pronúncia. Pevmpto mavqhma. Sistema de transliteração

Grego. A pronúncia. Pevmpto mavqhma. Sistema de transliteração 5.... Pevmpto mavqhma Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes Portimão 2010-2011 Departamento de Línguas [Românicas e Clássicas] 12.º ano Turma E Curso Científico-Humanístico de Línguas e Humanidades Docente:

Leia mais

Partículas Elementares (2015/2016)

Partículas Elementares (2015/2016) Partículas Elementares (2015/2016) Introdução Mário Pimenta, Jorge Romão, Ruben Conceição A Física de Partículas Ordens de grandeza Super-cordas? Partículas Núcleos Átomos células 1 Ano-luz Terra-Sol Terra

Leia mais

Aula 10 A matriz de Cabibbo-Kobayashi-Maskawa

Aula 10 A matriz de Cabibbo-Kobayashi-Maskawa Física de Partículas Aula 10 A matriz de Cabibbo-Kobayashi-Maskawa Violação de CP Jorge C. Romão Instituto Superior Técnico, Departamento de Física & CFTP A. Rovisco Pais 1, 1049-001 Lisboa, Portugal 10

Leia mais

Léptons e Quarks: os constituintes básicos de todo o Universo

Léptons e Quarks: os constituintes básicos de todo o Universo Léptons e Quarks: os constituintes básicos de todo o Universo Vimos que, segundo o modelo de Bohr, os átomos são formados por elétrons que estão em órbita em torno de um núcleo que, por sua vez, é formado

Leia mais

Neste trabalho de tese, apresentamos o estudo do decaimento D + K S π π + π + (e seu conjugado de carga D K S π + π π implícito ao longo deste

Neste trabalho de tese, apresentamos o estudo do decaimento D + K S π π + π + (e seu conjugado de carga D K S π + π π implícito ao longo deste 1 Introdução Neste trabalho de tese, apresentamos o estudo do decaimento D + K S π π + π + (e seu conjugado de carga D K S π + π π implícito ao longo deste trabalho). O objetivo é estudar a formação de

Leia mais

Partículas Elementares (2008/2009) Mário Pimenta Lisboa, 9/2008

Partículas Elementares (2008/2009) Mário Pimenta Lisboa, 9/2008 Partículas Elementares (2008/2009) Mário Pimenta Lisboa, 9/2008 Programa da cadeira de Partículas Elementares (2008/2009) Semana 15/9 Introdução. Programa. Avaliação. Unidades e escalas. Secção eficaz.

Leia mais

Mecânica Quântica:

Mecânica Quântica: Mecânica Quântica: 016-017 6 a Série 1. Considere as matrizes de Pauli, dadas por ( 0 1 0 i 1 0 σ x =, σ 1 0 y =, σ i 0 z = 0 1 ) 1.1. Demonstre que estas matrizes são Hermíticas. Determine os seus valores

Leia mais

Estrutura Hiperfina e Efeito Zeeman para Muônio e Positrônio

Estrutura Hiperfina e Efeito Zeeman para Muônio e Positrônio Estrutura Hiperfina e Efeito Zeeman para Muônio e Positrônio Armando Valter Felicio Zuffi 05 de dezembro de 014 Resumo Neste trabalho, serão exploradas algumas correções da hamiltoniana do átomo de hidrogênio.

Leia mais

PORQUÊ SIMETRIAS?! Crença de que essas simetrias espelhavam a natureza Leis de Newton e invariância de Galileu

PORQUÊ SIMETRIAS?! Crença de que essas simetrias espelhavam a natureza Leis de Newton e invariância de Galileu NUNO AGOSTINHO PORQUÊ SIMETRIAS?! Fascínio dos Gregos nas simetrias dos objetos Kepler impôs as noções de simetria ao movimento dos planeta Crença de que essas simetrias espelhavam a natureza Leis de Newton

Leia mais

Campo na matéria II. 1 Resumem da aula anterior. Aula de março de campo magnetizante

Campo na matéria II. 1 Resumem da aula anterior. Aula de março de campo magnetizante Campo na matéria II Aula 4 3 de março de 11 1 Resumem da aula anterior A fim de explicar o magnetismo observado na matéria Ampère propões a existência de corrente internas, hoje conhecidas como correntes

Leia mais

Partículas: a dança da matéria e dos campos. Aula 14 Simetrias Simetrias 2. Grupos e suas propriedades 3. Rotações no espaço-tempo

Partículas: a dança da matéria e dos campos. Aula 14 Simetrias Simetrias 2. Grupos e suas propriedades 3. Rotações no espaço-tempo Partículas: a dança da matéria e dos campos Aula 4 Simetrias - 3. Simetrias. Grupos e suas propriedades 3. Rotações no espaço-tempo Simetrias Já discutimos o uso de simetria em arte e a importância desse

Leia mais

A aventura da Física de Partículas e Astropartículas

A aventura da Física de Partículas e Astropartículas A aventura da Física de Partículas e Astropartículas Mário Pimenta Lisboa, Julho 2018 O Universo para compreender, Big Bang 13.8 Billion Years 10 28 cm Today //Escalas, Big Bang Proton Atom Radius of Earth

Leia mais

O Modelo Padrão da Física de Partículas

O Modelo Padrão da Física de Partículas O Que Existe Além de Prótons, Elétrons e Nêutrons? Uma Introdução às Partículas Elementares O Modelo Padrão da Física de Partículas Algumas unidades de medida da Física de Partículas Qual a unidade em

Leia mais

Anexo 1 - Revisões de Teoria das Probabilidades e Processos Estocásticos

Anexo 1 - Revisões de Teoria das Probabilidades e Processos Estocásticos 1 Anexo 1 - Revisões de Teoria das Probabilidades e Processos Estocásticos Documento auxiliar à disciplina de Modelação, Identificação e Controlo Digital Alexandre Bernardino IST-Secção de Sistemas e Controlo

Leia mais

Aula anterior. Equação de Schrödinger a 3 dimensões. d x 2m - E -U. 2m - E -U x, y, z. x y z x py pz cin cin. E E ( x, y,z ) - 2m 2m x y z

Aula anterior. Equação de Schrödinger a 3 dimensões. d x 2m - E -U. 2m - E -U x, y, z. x y z x py pz cin cin. E E ( x, y,z ) - 2m 2m x y z 6/Maio/2013 Aula 21 Efeito de túnel quântico: decaimento alfa. Aplicações: nanotecnologias; microscópio por efeito de túnel. Equação de Schrödinger a 3 dimensões. Átomo de hidrogénio Modelo de Bohr 8/Maio/2013

Leia mais

Fórmulas com o MimeTeX

Fórmulas com o MimeTeX Fórmulas com o MimeTeX Lenimar Nunes de Andrade lenimar@mat.ufpb.br 9 de abril de 014 1 Introdução MimeTeX é um programa que cria imagens de fórmulas e equações baseadas em comandos do L A TEX. Essas imagens

Leia mais

Contextualização. O aparecimento da Física Atómica teve o contributo de diversas descobertas. Contam-se: 1) Os espectros de absorção e de emissão.

Contextualização. O aparecimento da Física Atómica teve o contributo de diversas descobertas. Contam-se: 1) Os espectros de absorção e de emissão. Contextualização histórica No século XIX existiam as seguintes áreas da Física bem definidas: Mecânica Clássica Electromagnetismo Termodinâmica Física Estatística (tentava compreender a termodinâmica à

Leia mais

8ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT e LMAC

8ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT e LMAC 8ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT e LMAC 1. A vida média de uma partícula é 100 ns no seu referencial próprio. 1.a) Qual a duração da partícula no laboratório, sabendo que

Leia mais

Física Quântica. Aula 11: Spin do Elétron, Princípio de Exclusão de Pauli. Pieter Westera

Física Quântica. Aula 11: Spin do Elétron, Princípio de Exclusão de Pauli. Pieter Westera Física Quântica Aula 11: Spin do Elétron, Princípio de Exclusão de Pauli Pieter Westera pieter.westera@ufabc.edu.br http://professor.ufabc.edu.br/~pieter.westera/quantica.html Quantização do Momento Angular

Leia mais

Estruturas Geométricas da Física Moderna

Estruturas Geométricas da Física Moderna Estruturas Geométricas da Física Moderna João Pimentel Nunes (Departamento de Matemática, IST) NMATH, Jornadas de Matemática, IST 2015 A Matemática e o Universo O Universo que nos rodeia tem estruturas

Leia mais

Teorias de Gauge e Conexões em Fibrados Vectoriais

Teorias de Gauge e Conexões em Fibrados Vectoriais Teorias de Gauge e Conexões em Fibrados Vectoriais 1 Relatividade e Electromagnetismo A Teoria da Relatividade Especial identifica o espaço-tempo com R 4 (com coordenadas Cartesianas (x 0, x 1, x 2, x

Leia mais

1. Qual das seguintes grandezas NÃO é vectorial? A Aceleração B Força C Temperatura D Velocidade

1. Qual das seguintes grandezas NÃO é vectorial? A Aceleração B Força C Temperatura D Velocidade República de Moçambique Física Ministério da Educação Exame Extraordinário 12ª Classe / 2013 Conselho Nacional de Exames, Certificação e Equivalências 120 Minutos Esta prova contém 40 perguntas com 4 alternativas

Leia mais

10ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT, LEGM, LMAC

10ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT, LEGM, LMAC 10ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT, LEGM, LMAC 1. A vida média de uma partícula é 100 ns no seu referencial próprio. 1.a) Qual a duração da partícula no laboratório, sabendo

Leia mais

Capítulo IX Interações Fundamentais

Capítulo IX Interações Fundamentais Capítulo IX Interações Fundamentais No atual estágio de conhecimento, partículas elementares e os campos de interação são os constituintes fundamentais do universo. Toda a matéria conhecida tem como elementos

Leia mais

Simetrias C, P e T para férmions

Simetrias C, P e T para férmions Teoria Quântica de Campos I 152 ( eq. 152.1 ) No entanto a corrente axial: só é conservada se o férmion em questão não tiver massa: Simetrias C, P e T para férmions ( eq. 152.2 ) Além da simetria de Lorentz

Leia mais

E a proporcionalidade entre os dois vai ser, de novo, a seção de choque: ( eq ) densidade por área

E a proporcionalidade entre os dois vai ser, de novo, a seção de choque: ( eq ) densidade por área Teoria Quântica de Campos I 30 E a proporcionalidade entre os dois vai ser, de novo, a seção de choque: ( unidades de área, consistentemente ) densidade por área ( eq. 30.1 ) velocidade relativa volume

Leia mais

Bilineares do Campo de Dirac. Analogamente:

Bilineares do Campo de Dirac. Analogamente: Teoria Quântica de Campos I 133 ( eq. 133.1 ) Analogamente: ( eq. 133.2 ) Bilineares do Campo de Dirac Claramente, qualquer grandeza observável vai ter que ser composta do produto de um número par de campos

Leia mais

Sendo as unidades SI muito inconvenientes para descrever núcleos e partículas, usam-se aqui UNIDADES NATURAIS

Sendo as unidades SI muito inconvenientes para descrever núcleos e partículas, usam-se aqui UNIDADES NATURAIS Unidades na Física Nuclear Sendo as unidades SI muito inconvenientes para descrever núcleos e partículas, usam-se aqui UNIDADES NATURAIS Comprimento: fermi (Fermi) 1 Fm = 1 fm = 10-15 m Secção eficaz (

Leia mais

18/Maio/2016 Aula 21. Introdução à Física Nuclear. Estrutura e propriedades do núcleo. 13Maio/2016 Aula 20

18/Maio/2016 Aula 21. Introdução à Física Nuclear. Estrutura e propriedades do núcleo. 13Maio/2016 Aula 20 13Maio/2016 Aula 20 Átomo de hidrogénio Modelo de Bohr Modelo quântico. Números quânticos. 18/Maio/2016 Aula 21 Introdução à Física Nuclear Estrutura e propriedades do núcleo 1 Aula anterior Átomos modelo

Leia mais

Marina Nielsen Instituto de Física USP

Marina Nielsen Instituto de Física USP Marina Nielsen Instituto de Física USP Marina Nielsen Instituto de Física USP Introdução à QCD: Elementos Invariância de gauge Introdução às Regras de Soma da QCD Partículas Elementares (metade do sec.

Leia mais

O Universo Homogêneo II:

O Universo Homogêneo II: Parte III O Universo Homogêneo II: Breve História Térmica do Universo Equação de estado e temperatura Se kt >> mc 2 : relativístico p ρ/3 Se kt

Leia mais

Definições de Estabilidade

Definições de Estabilidade Radioquímica Definições de Estabilidade 1. Não se deteta radioatividade. Não há transformação em outro nuclídeo.. Sistema nuclear é estável em relação a outro quando a diferença de energia é negativa:

Leia mais

Quantização. Quantização da energia (Planck, 1900) hc h. Efeito fotoelétrico (Einstein, 1905) Espectros atômicos (linhas discretas) v 2

Quantização. Quantização da energia (Planck, 1900) hc h. Efeito fotoelétrico (Einstein, 1905) Espectros atômicos (linhas discretas) v 2 Mecânica Quântica Quantização e o modelo de Bohr (revisão) Dualidade Onda-Partícula Princípio da Incerteza Equação de Schrödinger Partícula na Caixa Átomo de Hidrogênio Orbitais Atômicos Números Quânticos

Leia mais

Mecânica Quântica Relativista: Colisões e Decaimentos

Mecânica Quântica Relativista: Colisões e Decaimentos apítulo Mecânica Quântica Relativista: olisões e Decaimentos eguimos aqui essencialmente o capítulo 6 do Griffiths [1]..1 Introdução omo vimos nas aulas anteriores há dois conceitos fundamentais para o

Leia mais

11ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT, LEGM, LMAC

11ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT, LEGM, LMAC 11ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT, LEGM, LMAC 1. A vida média de uma partícula é 100 ns no seu referencial próprio. 1.a) Qual a duração da partícula no laboratório, sabendo

Leia mais

Modelos e técnicas para epidemias na rede

Modelos e técnicas para epidemias na rede Modelos e técnicas para epidemias na rede Wellington G. Dantas 4 de março de 2010 W. G. Dantas () Modelos e técnicas 4 de março de 2010 1 / 28 1 Sistemas em equiĺıbrio e fora-do-equiĺıbrio Condições de

Leia mais

Física IV para Engenharia Elétrica. 2º Semestre de Instituto de Física - Universidade de São Paulo

Física IV para Engenharia Elétrica. 2º Semestre de Instituto de Física - Universidade de São Paulo 1 Física IV para Engenharia Elétrica 2º Semestre de 2014 Instituto de Física - Universidade de São Paulo Professor: Valdir Guimarães E-mail: valdirg@if.usp.br Aula 10 Física das Partículas elementares

Leia mais

Definições Hierarquia de Chomsky Exemplos de gramáticas. Gramáticas. Objetivo de ensinar o inglês pelo computador e conseguir um tradutor de línguas

Definições Hierarquia de Chomsky Exemplos de gramáticas. Gramáticas. Objetivo de ensinar o inglês pelo computador e conseguir um tradutor de línguas Definições Hierarquia de Chomsky Exemplos de gramáticas 1 Gramáticas Conceito introduzido pela lingüística Objetivo de ensinar o inglês pelo computador e conseguir um tradutor de línguas Fracasso da tradução

Leia mais

2. No instante t = 0, o estado físico de uma partícula livre em uma dimensão é descrito pela seguinte função de onda:

2. No instante t = 0, o estado físico de uma partícula livre em uma dimensão é descrito pela seguinte função de onda: Universidade Federal do Pará Instituto de Ciências Exatas e Naturais Programa de Pós-Graduação em Física Exame de Seleção - Data: 03/08/2011 Nome do Candidato: Nível: Mestrado Doutorado 1. No cálculo da

Leia mais

Eq. de Dirac com campo magnético

Eq. de Dirac com campo magnético Eq. de Dirac com campo magnético Rafael Cavagnoli GAME: Grupo de Médias e Altas Energias Eletromagnetismo clássico Eq. de Schrödinger Partícula carregada em campo mag. Eq. de Dirac Partícula carregada

Leia mais

Física IV Poli Engenharia Elétrica: 20ª Aula (04/11/2014)

Física IV Poli Engenharia Elétrica: 20ª Aula (04/11/2014) Física IV Poli Engenharia Elétrica: ª Aula (4/11/14) Prof. Alvaro Vannucci a última aula vimos: Átomos multi-eletrônicos: as energias dos estados quânticos podem ser avaliadas através da expressão: 13,6

Leia mais

Física dos Átomos e Moléculas a) O problema do átomo de hidrogénio O Docente Regente: Prof. Doutor Rogério Uthui

Física dos Átomos e Moléculas a) O problema do átomo de hidrogénio O Docente Regente: Prof. Doutor Rogério Uthui FÍSICA MODERNA Aula 6a: Física dos Átomos e Moléculas a) O problema do átomo de hidrogénio O Docente Regente: Prof. Doutor Rogério Uthui Tema 5: Física dos átomos e moléculas 5.1. Átomo de hidrogénio;

Leia mais

Problemas de Física Estatística e Termodinâmica

Problemas de Física Estatística e Termodinâmica 1 Problemas de Física Estatística e Termodinâmica Todas as grandezas físicas se supõem expressas no Sistema Internacional de Unidades. 1. Uma variável aleatória y pode tomar valores no conjunto {1,2,3,4,5}

Leia mais

Átomos e Moléculas. Ligações moleculares. Energia do ion. A molécula de hidrogênio H 2

Átomos e Moléculas. Ligações moleculares. Energia do ion. A molécula de hidrogênio H 2 Ligações moleculares Átomos e Moléculas Energia do ion H 2 + A molécula de hidrogênio Ligações moleculares Uma molécula é formada por um conjunto de átomos que interagem formando um sistema com energia

Leia mais

Física de Partículas

Física de Partículas matheus@ift.unesp.br http://www.ift.unesp.br/users/matheus/ Física de Partículas Parte 3 Ricardo D Elia Matheus Construindo o Modelo Padrão da Física de Partículas Onde estamos: sabemos qual teoria usar

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE ESTRUTURA DA MATÉRIA

NOTAS DE AULAS DE ESTRUTURA DA MATÉRIA NOTAS DE AULAS DE ESTRUTURA DA MATÉRIA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 11 MOLÉCULAS Primeira Edição junho de 2005 CAPÍTULO 11 MOLÉCULAS ÍNDICE 11-1- Introdução 11.2- Ligação por Tunelamento e a Molécula

Leia mais

PRINCÍPIO BÁSICO: Isótopo Estável + Partícula incidente (n, p, a, g ) Isótopo Radioativo + Partículas emitidas. Medida das radiações emitidas

PRINCÍPIO BÁSICO: Isótopo Estável + Partícula incidente (n, p, a, g ) Isótopo Radioativo + Partículas emitidas. Medida das radiações emitidas Radioquímica PRINCÍPIO BÁSICO: Isótopo Estável + Partícula incidente (n, p, a, g ) Isótopo Radioativo + Partículas emitidas (n, p, a, g ) Medida das radiações emitidas O Núcleo Atómico Importância de A

Leia mais

1 Regras de Feynman para QED

1 Regras de Feynman para QED 1 Regras de Feynman para QED Decaimentos e espalhamentos que geram duas partículas no estado final são descritas da seguinte maneira no CM: Γ = p f 3π M dω 1) s onde s é a energia do centro de massa; e

Leia mais

Equações de Klein-Gordon e Dirac

Equações de Klein-Gordon e Dirac Capítulo 4 Equações de Klein-Gordon e Dirac Seguimos aqui as secções 7. a 7.3 do Griffiths ] e as secções.2 a.5 de ITC 2]. 4. A equação de Klein-Gordon. Comecemos pela partícula livre. Em mecânica quântica

Leia mais

Click to edit Master title style

Click to edit Master title style Aproximação Click to orbital edit ψ=ψ(1)ψ(2)... Master text styles Átomos polielectrónicos Principio de exclusão de Pauli: Não existem dois electrões num átomo com os 4 números quânticos iguais Regra de

Leia mais

Orbitais do H. s p x p y p z. d z 2 d x 2 -y 2 d xy d xz dyz. z y

Orbitais do H. s p x p y p z. d z 2 d x 2 -y 2 d xy d xz dyz. z y Orbitais do H z y s p x p y p z x d z d x -y d xy d xz dyz Átomos polielectrónicos -e (x 1,y 1,z 1 ) 1 +e r 1 (x,y,z ) -e r r 1 V e r e r e r = + 1 4 0 1 1 πε 0 4 1 8 1 1 0 1 1 1 Ψ = + Ψ + + + Ψ + + +

Leia mais

FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X

FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X A análise por fluorescência de raios X é um método de análise elementar qualitativo e quantitativo que se aplica à identificação de praticamente todos os elementos (Z > 13). O

Leia mais

Aceleração metro por seg. ao quadrado m/s 2

Aceleração metro por seg. ao quadrado m/s 2 Sistemas de Unidades. SISTEMAS DE UNIDADES. Grandezas físicas Define-se como uma grandeza como sendo tudo aquilo que pode ser mensurado. No dia a dia são utilizadas de forma natural enumeras grandezas

Leia mais

O bóson de Higgs e a massa das coisas

O bóson de Higgs e a massa das coisas O bóson de Higgs e a massa das coisas F.S. Navarra Instituto de Física Universidade de São Paulo navarra@if.usp.br Parte I O lado qualitativo O Modelo Padrão Portadores de força Matéria: quarks e leptons

Leia mais

! # %!&% % # ()%&! & % &% # # % &%! +, #! %!%. / ( % # 0 / )1 2 %3 /%!!

! # %!&% % # ()%&! & % &% # # % &%! +, #! %!%. / ( % # 0 / )1 2 %3 /%!! ! # %!&% % # ()%&! & % &% # # % &%! +, #! %!%. / ( % # 0 / )1 2 %3 /%!! iii ! # % & & & iv ! # #! %!#& ( )! +!!,(!! % # #. + # / 0 1!! 2! 1! +!! v 1 1 1! 1 1 1 3 %! (! 2 3!,(!! / % 1 1 3. 3 3 4 3 1! 1

Leia mais

Não serão aceitas respostas sem justificativa:

Não serão aceitas respostas sem justificativa: Primeira Prova de Conceitos de Mecânica Quântica -(,5) Uma partícula de massa m encontra-se no estado ψ(x,t)= A exp[ω(mx /ħ+it)], onde A e a são constantes reais e positivas. a- Normalize ψ(x,t); b- Calcule

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 16. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 16. Professora: Mazé Bechara Instituto de Física USP Física V - Aula 16 Professora: Mazé Bechara Aula 16 Criação e aniquilação de matéria (e antimatéria) 1. As antipartículas o que são. 2. Processos que evidenciam o caráter corpuscular

Leia mais

A FÍSICA DO LHC: Conceitos fundamentais e principais resultados

A FÍSICA DO LHC: Conceitos fundamentais e principais resultados A FÍSICA DO LHC: Conceitos fundamentais e principais resultados 1 a Aula Depto. de Física - PUC-Rio 1/ 69 Tópicos de Hoje 1 Os Constituintes da Matéria As Interações Fundamentais A equação de Dirac e Diagramas

Leia mais

O Modelo Standard Eletrofraco: SU(2) L U Y (1)

O Modelo Standard Eletrofraco: SU(2) L U Y (1) Capítulo 9 O Modelo Standard Eletrofraco: SU() L U Y (1) Aqui seguimos o capítulo 5 do meu texto FIE [5]. A matéria está também coberta no capítulo 9 do Griffiths [1]. 9.1 Introdução Vamos neste capítulo

Leia mais

Restauração de Simetrias Quirais em Meios Quentes e Densos e suas Manifestações em Propriedades Mesónicas

Restauração de Simetrias Quirais em Meios Quentes e Densos e suas Manifestações em Propriedades Mesónicas Universidade de Coimbra Faculdade de Ciências e Tecnologia Departamento de Física Restauração de Simetrias Quirais em Meios Quentes e Densos e suas Manifestações em Propriedades Mesónicas Pedro Fernando

Leia mais

Descoberta do Núcleo

Descoberta do Núcleo Unidade 3 Núcleo Atômico Descoberta do Núcleo Propriedades dos Núcleos Forças Nucleares Estabilidade Nuclear Ressonância Magnética Nuclear Consultas http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/nuccon.html#nuccon

Leia mais

Introdução à QCD Perturbativa

Introdução à QCD Perturbativa Capa Volta Anterior Próxima Tela cheia Pág. i Última Sair Introdução à QCD Perturbativa Mauro Anselmino Dipartimento di Fisica Università degli Studi di Torino Francisco Caruso Laboratório de Física Experimental

Leia mais

Olimpíadas de Física Selecção para as provas internacionais. Prova Teórica

Olimpíadas de Física Selecção para as provas internacionais. Prova Teórica Olimpíadas de Física 006 Selecção para as provas internacionais Prova Teórica Sociedade Portuguesa de Física 6/Maio/006 Olimpíadas Internacionais de Física 006 Selecção para as provas internacionais Resolução

Leia mais

Física de Partículas

Física de Partículas Física de Partículas 23 a aula (1ª Parte) Física IV - Eng.Elétrica 2014 Professor Alvaro Vannucci A palavra átomo vem do grego atamos, que significa "indivisível". Aceitou-se inicialmente que a matéria

Leia mais

A Experiência de Stern-Gerlach e o Spin do Elétron

A Experiência de Stern-Gerlach e o Spin do Elétron UFPR 28 de Abril de 2014 Figura: Placa Comemorativa. ela foi realizada em 1922; ela investiga os possíveis valores do momento de dipolo magnético, µ, de um átomo de prata; ela explora a dinâmica do dipolo

Leia mais

Mecânica Quântica e Indiscernibilidade

Mecânica Quântica e Indiscernibilidade Mecânica Quântica e Indiscernibilidade t ou ou?? Mecânica clássica Partículas discerníveis ( A, A ) ψ ( A A ) ψ =, Mecânica quântica Partículas indiscerníveis ( A, A ) ψ ( A A ) ψ = ψ, ou = ( A, A ) ψ

Leia mais

Parte II. Interacção Radiação-Matéria: Espectroscopia Molecular. Cap. 4 Introdução à Mecânica Quântica. Estrutura Molecular

Parte II. Interacção Radiação-Matéria: Espectroscopia Molecular. Cap. 4 Introdução à Mecânica Quântica. Estrutura Molecular Parte II Interacção Radiação-Matéria: Espectroscopia Molecular Cap. 4 Introdução à Mecânica Quântica. Estrutura Molecular E z Onda Electromagnética (onda progressiva) onda estacionária H x Velocidade da

Leia mais

Interna'onal Masterclasses

Interna'onal Masterclasses Interna'onal Masterclasses 10 th Edi'on 2014 Interna'onal Masterclasses hands on par'cle physics 2014 Edi'on Programa A Estrutura Elementar da Matéria Do que o mundo é feito: q As parbculas e suas interações

Leia mais

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da final nacional PROVA TEÓRICA 25 de maio de 2018 Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. As primeiras 6 questões são de escolha

Leia mais

4 Simbolização de enunciados 24

4 Simbolização de enunciados 24 Matemática Discreta Tópicos da Linguagem e da Lógica Matemáticas Texto da Semana 1, Parte 3 Simbolização de Enunciados Sumário 1 Conectivos e simbolização dos conectivos 18 2 Enunciados componentes 18

Leia mais

Princípios de Magnetoquímica. Prof. Fernando R. Xavier

Princípios de Magnetoquímica. Prof. Fernando R. Xavier Princípios de Magnetoquímica Prof. Fernando R. Xavier UDESC 2015 Parte da física é simples, parte da física é complicada. Magnetismo está na segunda parte. (1921) 2 Conceitos básicos Magnetismo é uma propriedade

Leia mais

O Bóson de Brout- Englert-Higgs

O Bóson de Brout- Englert-Higgs O Bóson de Brout- Englert-Higgs Leandro de Paula leandro@if.ufrj.br Mestrado Profissional de Ensino de Física 15 de abril de 2014 Plano das Apresentação Introdução Simetrias e leis de conservação O Modelo

Leia mais

4 e 6/Maio/2016 Aulas 17 e 18

4 e 6/Maio/2016 Aulas 17 e 18 9/Abril/016 Aula 16 Princípio de Incerteza de Heisenberg. Probabilidade de encontrar uma partícula numa certa região. Posição média de uma partícula. Partícula numa caixa de potencial: funções de onda

Leia mais

A AVENTURA DAS PARTÍCULAS. Escola Secundária José Saramago 2007 Adaptado do CERN por Marília Peres

A AVENTURA DAS PARTÍCULAS. Escola Secundária José Saramago 2007 Adaptado do CERN por Marília Peres A AVENTURA DAS PARTÍCULAS Escola Secundária José Saramago 2007 Adaptado do CERN por Marília Peres A Procura do que é Fundamental Não é de hoje que as pessoas perguntam: "De que é que o mundo é feito? ou

Leia mais

7 RESISTÊNCIA AO ESFORÇO O TRANSVERSO PROGRAMA

7 RESISTÊNCIA AO ESFORÇO O TRANSVERSO PROGRAMA 7 RESISTÊNCIA AO ESFORÇO O TRANSERSO ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I PROGRAMA 1.Introdução ao betão armado 2.Bases de Projecto e Acções 3.Propriedades dos materiais: betão e aço 4.Durabilidade 5.Estados limite

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE ESTRUTURA DA MATÉRIA

NOTAS DE AULAS DE ESTRUTURA DA MATÉRIA NOTAS DE AULAS DE ESTRUTURA DA MATÉRIA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 10 ÁTOMOS COMPLEXOS Primeira Edição junho de 2005 CAPÍTULO 10 ÁTOMOS COMPLEXOS ÍNDICE 10-1- Introdução 10.2- Átomos com mais de um

Leia mais

Zoo. Partículas. las. Higgs GUT. SUSY Supercordas. Teoria Cinética, Termodinâmica. Electromagnetismo. Mecânica. Electromagnético. Geiger.

Zoo. Partículas. las. Higgs GUT. SUSY Supercordas. Teoria Cinética, Termodinâmica. Electromagnetismo. Mecânica. Electromagnético. Geiger. 1895 1905 1900 1910 1920 e - Teoria Cinética, Termodinâmica Partículas Átomo Núcleo p + Boltzmann Movimento Browniano Relatividade Restrita Interacções Electromagnético Fotão Mecânica Quântia Onda/Corpúsculo

Leia mais

= 1, kg. m protão. ħ = 1, J s

= 1, kg. m protão. ħ = 1, J s Oscilador harmónico O conceito de oscilador harmónico pode ser usado para descrever moléculas. Por exemplo, a molécula de H apresenta níveis de energia igualmente espaçados, separados por 8,7.10-0 J. Admitindo

Leia mais