COMPETÊNCIA. Art. 114, 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.

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1 Mini curriculum AdvogadomilitanteespecializadoemDireito Civil e Processo Civil, Professor Universitário, de PósGraduação e de CursosPreparatórios para o Exame de Ordem dos Advogados do Brasil. Contatos: E mail: g.custodio@uol.com.brfacebook: fb.com/custodio.nogueirasite: custodionogueira.com.br 2ª Fase OAB - 100% GRATUITOdigite no you tube: custodionogueira 2ª fasegrátis COMPETÊNCIA Competência é o limite da jurisdição. A competência é a medida da jurisdição que, é una. A competência é pressuposto de validade do processo. Art. 42. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei. Possibilidade Juízo Arbitral na Especializada: DISSÍDIO COLETIVO ART. 114 DA CF. Art. 114, 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. A autocomposição (negociação coletiva) dos conflitos trabalhistas é o indicativo preferencial segundo este dispositivo. Sendo impossível a autocomposição, o dispositivo indica que a solução seguinte é a heterocomposição privada (arbitragem). Art. 114, 2º - Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. A heterocomposição pública (jurisdição = dissídio coletivo) pode ser instaurada apenas se as partes estiverem de comum acordo. Antes da EC 45/2004 qualquer das partes poderia instaurar dissídio coletivo e provocar a solução do conflito através do poder normativos da Justiça do Trabalho. O poder normativo continua mas o dissídio coletivo que ensejará a sua aplicação não pode mais ser instaurado unilateralmente. Assim o dissídio coletivo passou a ser uma espécie de arbitragem pública.

2 Discutir Constitucionalidade. Art. 5º, XXXV da CF. Art. 5º, XXXV, CF - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito Jurisprudência: PRELIMINAR DE EXTINÇÃO DO FEITO POR AUSÊNCIA DE COMUM ACORDO PARA A INSTAURAÇÃO DO DISSÍDIO - REJEIÇÃO - COMPREENSÃO DO TEMA À LUZ DO PRINCÍPIO DE INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO. Em razão do princípio da inafastabilidade da jurisdição (Constituição, art. 5º, XXXV), não segue, do texto do art. 114, 2º, da Constituição da República, que o dissídio coletivo só possa resultar, já para a sua instauração, de mútuo acordo entre partes contravindas. É que a jurisdição, a principal garantia dos direitos subjetivos, não se afasta, nem cessa de poder ser invocada, em caso de lesão ou ameaça, a significar também que não a condiciona uma qualquer restrição, menos ainda o veto que uma parte queira apor à pretensão da outra que já não pode prescindir da tutela jurídica. Não obtida a conciliação, abre-se a via judicial, inclusive, por comum acordo. Esta cláusula, como decorre do art. 114, 2º, concerne a uma faculdade das partes ("é facultado", diz a norma) e, portanto, não exclui o exercício da jurisdição para assegurar a tutela coletiva, que é direito fundamental, como fundamentais são os direitos sociais dos trabalhadores, aos quais se negaria, em última análise, proteção e, em certa medida, expansão sempre que se lhes recusasse, enquanto categoria, o acesso à via judicial. Neste caso, o veto em que o comum acordo se transformara passaria a expressar uma recusa peremptória à prestação de justiça, função ontológica e indeclinável do Estado. TRT-3 DISSIDIO COLETIVO DC (TRT-3) DISSÍDIO INDIVIDUAL ART. 507-A da CLT. REFORMA TRABALHISTA ARBITRAGEM NO DISSÍDIO INDIVIDUAL Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja REMUNERAÇÃO seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, PODERÁ ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996 Orientação Anamatra: EFEITOS DE PAGAMENTOS EFETUADOS FORA DA ESFERA JUDICIAL. INDECLINABILIDADE DE JURISDIÇÃO. ART. 5º, XXXV DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ARBITRAGEM INDIVIDUAL. QUITAÇÃO PERIÓDICA, DISTRATO. PROGRAMA DE DEMISSÃO INCENTIVADA. ARTS. DA CLT 507-A, 507-B, 484-A E 477-B. EFEITOS LIMITADOS AOS VALORES PAGOS. AUSÊNCIA DE QUITAÇÃO GERAL. QUITAÇÃO LIMITADA A VALORES. DIREITO DE ACIONAMENTO DO JUDICIÁRIO TRABALHISTA PARA RESGUARDO DE LESÕES. Os pagamentos efetuados por conta de termo de compromisso arbitral, quitação anual de obrigações trabalhistas, extinção do contrato por mútuo acordo e plano de demissão voluntária ou incentivada podem produzir eficácia liberatória limitada aos valores efetivamente adimplidos. Em aplicação à garantia constitucional de acesso à jurisdição (art. 5º, XXXV), mantémse pleno direito de acesso ao Judiciário para solucionar situações conflituosas, inclusive para satisfação de diferenças sobre rubricas parcialmente pagas.

3 Determinação da Competência: Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. Efeitos da Citação: Art. 240 CPC - A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei n o , de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil). CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA A competência é normalmente classificada em Absoluta e Relativa. A COMPETÊNCIA ABSOLUTA é aquela fundada em fatores cogentes, norma ordem pública, de modo que pode e deve ser objeto de verificação de ofício pelo juiz. Norma de ordem pública é a norma inafastável pela vontade das partes. Ex.: As regras de incapacidade. A competência absoluta é IMPRORROGÁVEL e deve ser declarada em qualquer grau ou instância de jurisdição. Art. 64, 1 o do CPC - A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício. A COMPETÊNCIA RELATIVA se baseia no de interesse exclusivo das partes, devendo ser arguidas para ser conhecida pelo juízo. Quando o réu não opõe exceção de incompetência relativa (arts. 799 e 800 da CLT), esta seprorroga de forma tácita, tornando competente o juízo que era relativamente incompetente. Art. 64 do CPC - A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação. A competência relativa é PRORROGÁVEL. Art. 65 do CPC - Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação. REFORMA TRABALHISTA ANTIGA PREVISÃO Art Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 (vinte e quatro) horas improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir.

4 NOVA PREVISÃO Art Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo. 1º Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção. 2º Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias. 3º Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este houver indicado como competente. 4º Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo competente. E o foro de eleição? Não é admitido nos contratos de trabalho, tendo em vista a hipossuficiência do trabalhador. 1. FUNCIONAL OU HIERÁRQUICO; A competência funcional decorre das funções exercidas pelo juiz em determinado processo, de acordo com as suas fases, ou seja, no decorrer do procedimento, inclusive quanto ao grau de jurisdição. Nesse sentido, a competência hierárquica é uma espécie de competência funcional por se referir à competência originária para conhecer e decidir a causa, bem como à competência recursal, ou seja, para o julgamento de eventual recurso. Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável porconvenção das partes. Competência Originária Dissídio Individual Art Cabe recurso ordinário para a instância superior: I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. Competência Originária TRT em Dissídio Individual: M.S. Contra ato de Juiz; Ação Rescisória; Ação Anulatória de Cláusula Normativa;

5 Para onde devemos direcionar o Conflito Coletivo? A competência originária para conhecer e julgar os dissídios coletivos é dos Tribunais (art. 856 da CLT), e não das Varas do Trabalho. Art A instância será instaurada mediante representação escrita ao Presidente do Tribunal. Poderá ser também instaurada por iniciativa do presidente, ou, ainda, a requerimento da Procuradoria da Justiça do Trabalho, sempre que ocorrer suspensão do trabalho. Conflito coletivo que estende-se no limite territorial da competência de determinado Tribunal Regional do Trabalho, este será o competente (arts. 677, 678, inciso I, da CLT e art. 6º da Lei 7.701/1988). Art A competência dos Tribunais Regionais determina-se pela forma indicada no art. 651 e seus parágrafos e, nos casos de dissídio coletivo, pelo local onde este ocorrer. Art Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete: I - ao Tribunal Pleno, especialmente: a) processar, conciliar e julgar originàriamente os dissídios coletivos; No caso do Estado de São Paulo, se o conflito coletivo se estende à área relativa tanto ao TRT da 2.ª Região (com sede em SãoPaulo) como ao TRT da 15.ª Região (com sede em Campinas), a competência é originária do TRT da 2.ªRegião, conforme art. 12 da Lei 7.520/1986, com redação determinada pela Lei 9.254/1996. Por outro lado os conflitos coletivos de trabalho que excedam à área alcançada pelos Tribunais Regionais do Trabalho são de competência originária do Tribunal Superior do Trabalho (art. 702, inciso I, b, da CLT), conforme Lei 7.701/1988, art. 2º, inciso I, a. Art Ao Tribunal Pleno compete: I - em única instância: b) conciliar e julgar os dissídios coletivos que excedam a jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho, bem como estender ou rever suas próprias decisões normativas, nos casos previstos em lei; Nessecaso, a competência funcional é da Seção de Dissídios Coletivos do TST. Da decisão do TRT em dissídio coletivo é cabível recurso ordinário (art. 895, inciso II, da CLT) para a Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho (art. 2º, inciso II, a, da Lei 7.701/1988). 2. TERRITORIAL; A competência em razão do lugar (competência territorial ou de foro) leva em conta à localização, ou seja, o local em que o fato ou o dano ocorreu. No processo do trabalho aplica-se o art. 651 da CLT. Art A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenhasidocontratadonoutro local ou no estrangeiro.

6 COMPETÊNCIATERRITORIAL Também chamada de competência de foro. Cuida de distribuir a parcela de jurisdição entre juizes da mesma condição (material), em função do local onde atua este Juiz. Vamos agora estudar os critérios para saber a localidade onde deve ser ajuizada a ação. A competência em razão do lugar é relativa, ou seja, prorrogável: Súmula 33 do STJ - A incompetência relativa não pode ser declarada de ofício. OJ 149 da SBDI-II do TST - Conflito de competência. Incompetência territorial. Hipótese do art. 651, 3º, da CLT. Impossibilidade de declaração de ofício de incompetência relativa. Não cabe declaração de ofício de incompetência territorial no caso do uso, pelo trabalhador, da faculdade prevista no art. 651, 3º, da CLT. Nessa hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo do local onde a ação foi proposta. Portanto, não pode ser declarada de ofício. Deverá o demandado arguir o reconhecimento da incompetência territorial em Exceção de Incompetência (arts. 799 e 800 da CLT), sob pena de preclusão e prorrogação da competência. O CPC (art. 337, 5º), prevê que o juiz não conhecerá de ofício a incompetência relativa. Como exceção à regra a lei que disciplina a Ação Civil Pública. Art. 2º da Lei 7.347/85 - As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa. É a ação que visa proteger a coletividade, responsabilizando o infrator por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem urbanística, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, a qualquer outro interesse, bem como a direito difuso ou coletivo. Por isso, na realidade, entende-se que essa competência é absoluta, certamente em razão da relevância social dos direitos tutelados, tratando-se de norma específica. REGRA GERAL PARA FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA TERRITORIAL TRABALHISTA: A competência territorial está prevista no caput do art. 651 da CLT, sendo regra geral o local da prestação de serviços, ainda que o empregado tenha sido contratado em outro local ou no estrangeiro. Pouco importa o domicílio do autor ou ainda, o local da contratação. Será competente o Juízo da localidade onde o empregado prestou serviços ao empregador. Art A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. Se o empregado prestou serviços em mais de um local, a competência será do último local de

7 prestação de serviços. Não será aplicada a regra do último local de trabalho, quando: A) A lide envolver inteiramente objeto de outro local; B) A última transferência for obstativa ao exercício do direito de ação. Art Competem privativamente aos Presidentes das Juntas, além das que lhes forem conferidas neste Título e das decorrentes de seu cargo, as seguintes atribuições: IX - conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que visem a tornar sem efeito transferência disciplinada pelos parágrafos do artigo 469 desta Consolidação. COMPETÊNCIA TERRITORIAL EXCEÇÕES: Art. 651, 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. O 1º do art. 651 da CLT cuida do vendedor viajante e pode ser aplicado por analogia a todo aquele empregado itinerante, ou seja, aqueles que não tem um local de trabalho, mas vários. Nesta situação, a competência é fixada pela localidade onde estiver a filial a que o empregado está subordinado. Na falta da filial (subordinado diretamente à matriz) a competência é da localidade onde o empregado tiver domicílio. Na falta de Vara do Trabalho no local de domicílio, a competência territorial será da localidade mais próxima do domicílio do empregado agente ou viajante comercial que tenha juízo trabalhista. Às relações de trabalho, caso de trabalhador autônomo, e que preste serviço como agente ou viajante comercial, poderá se aplicar a mesma regra de competência territorial prevista no art. 651, 1º, da CLT. 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. Ainda que a prestação do serviço tenha ocorrido em agência ou filial no exterior, é competente a Justiça do Trabalho brasileira, caso não haja previsão em convenção ou tratado internacional em sentido diverso. Sendo o caso de ajuizar a ação no foro do local da contratação do empregado, da sede ou filial da empresa no Brasil. A previsão exige que o empregado seja brasileiro. Todavia, de acordo com o art. 5º, caput, da CF poderá também o estrangeiro residente no Brasil.

8 Nesse sentido prevê o art. 21 do CPC que é competente à autoridade judiciária brasileira para processar e julgar as ações em que: I o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; III o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. Será domicilio no Brasil da pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal. Desse modo, se o réu for pessoa jurídica estrangeira, mas que tenha agência, filial ou sucursal no Brasil, a ação trabalhista pode ser aqui ajuizada, na forma do art. 651, 2º, da CLT, c/c art. 21, inciso I, do CPC. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que as partes, expressa ou tacitamente, submeterem-se à jurisdição nacional (art. 22, inciso III, do CPC). Jurisprudência: COMPETÊNCIA. CONTRATAÇÃO DE BRASILEIRO PARA TRABALHAR NO EXTERIOR. A competência da Justiça brasileira para julgar ação de trabalhador brasileiro contratado no Brasil, por empresa estrangeira, para prestar serviços no exterior, é regida pelo disposto no artigo 651, 2º, da CLT, ainda que a empresa contratante não tenha filial ou agência no território nacional, pois a norma imperativa brasileira impõe a essas empresas a obrigatoriedade de terem domicílio no Brasil e percentual acionário nacional, nos termos dos artigos 12, 13, 19 e 20 da Lei /82. Preliminar rejeitada. TRT-3 - RECURSO ORDINARIO TRABALHISTA RO (TRT-3) Data de publicação: 03/03/2011 O dispositivo fixa a competência (instituto de direito processual) brasileira, mas, não estabelece, desde logo, que o contrato será regido pelo Direito material brasileiro. Princípio de Direito Internacional: Locus regit actum. Por regra geral, o contrato é regido pelas normas vigentes no local de sua execução. Exceção: Se o contrato contiver previsão de que a legislação brasileira será a aplicada. Jurisprudência: CRUZEIRO MARÍTIMO. TRABALHADOR EMBARCADO. NAVIO ESTRANGEIRO. COMPETÊNCIA E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL. Há que se diferenciar entre a competência da jurisdição brasileira sobre o contrato mantido pelo autor, e a legislação aplicável a este mesmo contrato. São questões que não se comunicam: a primeira, de ordem processual, relativa à competência territorial; a segunda, de direito material, atinente ao conflito de lei no espaço. Tanto assim é, que em determinadas circunstâncias pode o juiz brasileiro aplicar legislação estrangeira, competindo à parte que a invoca a prova do texto e da vigência (art. 14, LINDB). Feita a diferenciação, temos que a competência territorial encontra-se regrada nos arts. 12 da LINDB e 88 do CPC. E especificamente em matéria trabalhista, o parágrafo 2º do art. 651 da CLT adota regra que amplifica o disposto no inciso I do 88 do CPC ("Art (..). parágrafo 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário."). E no caso, é incontroverso que a empresa estrangeira com a qual o autor firmou o contrato de trabalho (MSC Crociere SA) é sócia-proprietária da primeira reclamada, a MSC Cruzeiros do

9 Brasil Ltda, esta estabelecida em território nacional, pelo que é tida como sua agência ou filial, atraindo a incidência do parágrafo 2º do art. 651 da CLT. Assim, a presente lide se submete à jurisdição nacional, merecendo reforma a sentença, neste ponto. Já no que concerne à legislação trabalhista aplicável, como regra, nosso país consagra o critério da territorialidade, enfatizado na Súmula nº 207/TST, que preconiza a adoção da lex loci executiones. Todavia, consoante entendimento do TST em demanda idêntica (RR-127/ , Rel. Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi), há espaço para interpretação que atenda às peculiaridades de cada caso. Além... TRT-2 - RECURSO ORDINÁRIO RO SP A28 (TRT-2) Data de publicação: 06/09/2013 EMPREGADOR QUE PROMOVE ATIVIDADES EM LOCAL DIVERSO DO CONTRATADO 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. Aqui é o empregador que realiza atividade em local diverso da contratação do empregado. Nesse caso, o empregado poderá escolher o foro para ajuizamento da ação trabalhista, no local da celebração do contrato ou naquele(s) da prestação dos serviços. Jurisprudência: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. COMPETÊNCIA DAS VARAS DO TRABALHO. ART. 651, 3º, DA CLT. Tendo em conta que o reclamante não tem domicilio no local da prestação do serviço (Quebrangulo - AL), tampouco a reclamada ali tem sua sede, há de acolher a alternativa legal para o ajuizamento da ação - o local da celebração do contrato (Fortaleza - CE), foro ao qual devem ser enviados os autos para regular distribuição, aplicação do art. 651, 3º, da CLT. TRT-7 - Recurso Ordinário RO CE (TRT-7) Data de publicação: 31/05/2012 O empregado poderá estender a escolha do foro para outras hipótese? Entendimento mais restritivo, não admite, pois o 3º do art. 651 da CLT não deverá ser interpretado de forma a contrariar a regra prevista no caput do mesmo dispositivo, ao fixar a competência de acordo com o local da prestação do serviço. Portanto, o 3º do art. 651 apenas incidiria nos casos em que a atividade exercida pelo empregador, por sua natureza, envolva a mudança de localidade, como ocorre com a realização de feiras culturais, circos, construção civil etc. Por outro lado, vem prevalecendo na jurisprudência, interpretação do art. 651, 3º, da CLT de forma mais ampla, garantindo ao empregado contratado em certa localidade, mas que tenha prestado serviço em outra(s) localidades a, opção de ajuizar a ação no local da contratação ou em qualquer dos locais em que ocorreu a prestação dos serviços. Nessa linha, no caso do empregado contratado em São Paulo, e que tenha prestado serviços no Rio de Janeiro e em Campo Grande, é possível a este ajuizar a ação trabalhista em qualquer um dos três locais. Pode ocorrer do empregado não ter condições de ajuizar a ação no último local em que prestou serviço. É que muitas vezes acaba retornando à localidade onde foi contratado, por ali reside.

10 Jurisprudência: DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO. COMPETÊNCIA TERRITORIAL. EMPRESA QUE RECRUTA TRABALHADORES PARA PRESTAREM SERVIÇOS EM LOCALIDADE DIVERSA DA DE SUA SEDE. POSSIBILIDADE DE AJUIZAMENTO NO LOCAL DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS. APLICAÇÃO DO ART. 651, 3º DA CLT. Se o empregador recruta e seleciona empregados para trabalharem em unidades da federação distintas do local de sua sede, há que se permitir ao trabalhador eleger o foro do local da prestação de serviços, nos termos do art. 651, 3º da CLT, pois a ratio legis é permitir ao hipossuficiente exercer o seu direito de ação, constitucionalmente garantido (Constituição, art. 5º, inc. XXXV ). TRT-1 - RECURSO ORDINÁRIO RO RJ (TRT-1) Data de publicação: 31/03/2015

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