Relatório de Gestão 2016
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- Lucas Gabriel Klettenberg Nunes
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1 Relatório de Gestão 2016 LUSITÂNIA (em liquidação)
2 LUSITÂNIA Relatório de Gestão Resumo Executivo O Fundo de Investimento Imobiliário Fechado LUSITÂNIA prosseguiu em liquidação no presente exercício. A sua actividade continuou centrada na resolução do processo judicial resultante do incumprimento do contracto de promessa de compra e venda do Hotel do Parque, em Vila Real, por parte do promitente-comprador. 10 de Fevereiro de 2017
3 LUSITÂNIA Relatório de Gestão Conteúdo Resumo Executivo... 1 Conteúdo... 2 Ambiente de Negócio... 3 Actividade do Fundo... 3 Investimentos do Exercício... 3 Alienações do Exercício... 4 Comentário aos Resultados... 5 Proposta de Distribuição de Resultados... 5 Perspectivas para Agradecimentos de Fevereiro de 2017
4 LUSITÂNIA Relatório de Gestão Ambiente de Negócio O crescimento da economia portuguesa em 2016 permaneceu deprimido, com as previsões à data da escrita a fixarem o crescimento real do PIB em 1,2%, 40 pontos base abaixo do anterior. Manteve-se uma situação de investimento privado limitado pelo efeito conjugado de elevado endividamento empresarial e fragilidade do sistema bancário, a par de consumo privado restringido por níveis de desemprego ainda altos (11%, 150 pontos base abaixo de 2015). No que às finanças públicas respeita, a consolidação orçamental decorrente da obtenção de saldos primários positivos não foi suficiente para inverter o crescimento do ratio entre dívida pública e PIB, que voltou a subir e se fixou, de novo, acima de 130%, alto quer em termos absolutos (mais do dobro do limite previsto no Tratado de Maastricht) quer em termos relativos (o terceiro mais alto da União Europeia e o quinto mais alto do mundo). Adicionalmente, foi também insuficiente para permitir configurar investimento público susceptível de impulsionar significativamente o crescimento económico. Em contraste com os restantes indicadores, a balança de transacções correntes manteve-se superavitária, já pelo quarto ano consecutivo. O exercício de 2016 decorreu assim num ambiente de crescimento anémico e em queda, com marcadas restrições de financiamento. Actividade do Fundo Tal como reportado nos anteriores Relatórios e Contas, o Fundo Lusitânia foi constituído a 4 de Abril de 2008 com uma duração inicial de dois anos. Teve por isso e no presente exercício o sexto ano integralmente decorrido em situação de liquidação, tendo a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a pedido da Sociedade Gestora, autorizado a prorrogação do prazo de liquidação até ao dia 4 de Abril de Nos termos legais, a Sociedade Gestora diligenciou, em primeira prioridade, para liquidar o Passivo do Fundo. 10 de Fevereiro de 2017
5 LUSITÂNIA Relatório de Gestão No seguimento do que já vem sendo referido em relatórios de exercícios anteriores, o Fundo celebrou um contrato-promessa de compra e venda do prédio urbano sito na Av. 1º de Maio, freguesia de São Pedro, concelho de Vila Real, com a Fernandes & Bragança Lda. ( Fernandes e Bragança ), tendo pago, a título de sinal e princípio de pagamento, o valor de ,00, correspondente a 99% do preço total de aquisição do referido activo. Dada a impossibilidade de celebrar a escritura pública de compra e venda do imóvel por motivo imputável à sociedade vendedora, o Fundo intentou em 2010 uma acção de execução específica do aludido contrato-promessa, tendo o tribunal de 1ª instância condenado a Ré Fernandes & Bragança ao pagamento da quantia paga pelo Fundo a título de sinal, no já referido montante de ,00, acrescido de juros de mora à taxa legal de 4% vencidos desde a data de citação até integral pagamento. A Ré Fernandes & Bragança interpôs recurso da decisão do Tribunal de 1ª instância que conferiu provimento à pretensão do Fundo, tendo o Tribunal da Relação de Guimarães sufragado a decisão do Tribunal de 1ª instância, favorável ao Fundo. Para garantia do ressarcimento do seu crédito, o Fundo arrestou judicialmente o imóvel objecto do litígio em Após o trânsito em julgado da decisão do Tribunal da Relação de Guimarães, os mandatários do Fundo encetaram diligências tendo em vista a execução judicial da supra referida decisão, concretamente, pela conversão do arresto em penhora, com a consequente venda judicial do imóvel. Neste âmbito, e atentas as despesas expectáveis com o processo executivo, procedeu o Fundo à ampliação do objecto da penhora para o actual valor da quantia exequenda (que inclui capital, juros, custas judiciais e demais despesas), ou seja, de ,00 para ,85. No seguimento da conclusão do processo de registo de penhora do imóvel objecto do litígio, foi o Fundo notificado da sustação da sua execução em virtude da existência de uma execução anterior movida pela Mercadomus Mediação Imobiliária, Lda. contra a já referida Fernandes & Bragança, tendo o Fundo iniciado um processo de reclamação do seu crédito no âmbito do processo de execução movido pela referida Mercadomus, aguardando o Fundo a prolação de despacho de verificação e graduação do respectivo crédito. Investimentos do Exercício Não aplicável Alienações do Exercício Não aplicável 10 de Fevereiro de 2017
6 LUSITÂNIA Relatório de Gestão Comentário aos Resultados Conforme contas em anexo, o resultado líquido foi negativo e cifrou-se em (em 2015 foi também negativo em ), essencialmente devido a custos com comissão de depósito, taxa da CMVM, honorários de advogados e auditoria. O valor da unidade de participação fixou-se em 9,0008 ( 9,0624 em 2015). A rentabilidade anualizada desde o lançamento do Fundo fixou-se em -1,20%. Proposta de Distribuição de Resultados Propõe-se que o prejuízo apurado seja levado a Resultados Transitados. Perspectivas para 2017 A Sociedade Gestora vai continuar a acompanhar a execução da sentença do Tribunal da Relação de Guimarães, tendo em vista o pagamento da quantia de ,85. Com o recebimento da dívida por parte da Ré, o objectivo final será a liquidação dos passivos do Fundo e subsequente encerramento da liquidação do Fundo, com a entrega aos Senhores Participantes o valor do património líquido. Agradecimentos O Conselho de Administração da Sociedade Gestora deseja apresentar os seus agradecimentos: Ao Banco Invest, pela importante intervenção enquanto Banco Depositário; Ao Senhor Revisor Oficial de Contas, que acompanhou sempre prontamente a actividade e formulou valiosas recomendações; Aos Senhores Peritos Avaliadores; e Aos Advogados do Fundo, pelo zelo e empenho colocados na defesa dos interesses do Fundo. Lisboa, 10 de Fevereiro de 2017 Pelo Conselho de Administração da Sociedade Gestora Joaquim Miguel Calado Cortes de Meirelles Administrador Delegado Manuel Joaquim Guimarães Monteiro de Andrade Administrador Delegado 10 de Fevereiro de 2017
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