Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na Quinta

Transcrição

1 Exmo(a). Senhor(a) Doutor(a) Juiz de Direito do Tribunal do Judicial de Vila Nova de Famalicão 4º Juízo Cível Processo nº 1642/12.7TJVNF Insolvência de PERFILCASAS Construção e Obras Públicas, Lda V/Referência: Data: Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na Quinta do Agrelo, Rua do Agrelo, nº 236, Castelões, em Vila Nova de Famalicão, contribuinte nº , Administrador da Insolvência nomeado no processo à margem identificado, vem requerer a junção aos autos do relatório a que se refere o artigo 155º do C.I.R.E., bem como o respectivo anexo (inventário). Mais informo que não foi elaborada a lista provisória de créditos prevista no artigo 154º do CIRE, uma vez que já foi junto aos autos a relação de credores a que alude o artigo 129º do CIRE. P.E.D. O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Castelões, 30 de Julho de 2012 Página 1 de 1

2 Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) I Identificação do Devedor PERFILCASAS Construção e Obras Públicas, Lda., com sede na Rua Adriano Pinto Basto, nº 228 1º, Loja 46, freguesia e concelho de Vila Nova de Famalicão, com o NIPC , tendo por objecto social a compra e venda de imóveis e ou suas fracções e revenda dos adquiridos para este fim; construção de obras públicas e particulares; administração de bens próprios da sociedade, dos sócios e alheios. A sociedade, constituída em 21 de Maio de 1999, iniciou a sua actividade em 19 de Maio de 1999 e encontra se matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Vila Nova de Famalicão sob o número (corresponde à anterior matrícula 4986/ desta mesma conservatória) e tem actualmente a seguinte estrutura societária: Sócios Valor da Quota Serafim da Silva Rodrigues ,00 José Joaquim Nunes Correia da Silva ,00 Total ,00 A gerência da sociedade até 24 de Junho de 2011 esteve atribuída a amos os sócios; desde aquela data a gerência é exercida pelo sócio José Joaquim Nunes Correia da Silva. A sociedade obriga se pela intervenção conjunta de dois gerentes. Código da Certidão Permanente: II Actividade do devedor nos últimos três anos e os seus estabelecimentos (alínea c) do nº 1 do artigo 24º do C.I.R.E.) O estabelecimento da sociedade insolvente corresponde à sua sede. O local em causa é objecto de contrato de arrendamento. Página 1 de 3

3 Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) A sociedade insolvente numa primeira fase da sua actividade dedicou se exclusivamente à compra e venda de imóveis. Posteriormente alargou o âmbito da sua actividade, passando igualmente a dedicar se à construção de obras (públicas e privadas). A actividade da sociedade insolvente nos últimos três anos tem sido marcada por grandes dificuldades, como se pode verificar pelos elementos contabilísticos: Rubricas Variação 2010/ Variação 2011/2010 Variação 2011/2009 Vendas e Serviços Prestados % % % Variação nos inventários da produção % % % C.M.V.M.C % % % F.S.E % % % Gastos com o Pessoal % % % Resultados Operacionais % % % Resultados Antes de Impostos % % % Resultado Líquido do Período % % % Activo % % % Activos fixos tangíveis % % % Activos intangíveis #DIV/0! % #DIV/0! Inventários % % % Clientes % % % Estado e Outros Entes Públicos % % % Accionistas/sócios #DIV/0! % 0 #DIV/0! Outras contas a receber % % % Diferimentos % % % Caixa e depósitos bancários % % % Passivo % % % Capital Próprio % % % Capital % % 0 0% Nº Médio de trabalhadores % % 3 27% A sociedade tem apresentado resultados líquidos negativos avultados (no exercício de 2008 também é negativo), os quais contribuíram para que o capital próprio apresente um valor negativo de mais de Euros É pois manifesto que a sociedade tem vindo a exercer uma actividade deficitária. Contudo, o culminar das dificuldades da sociedade estão relacionadas com uma empreitada que realizou para a Câmara Municipal de Barcelos e que esta, devido a dificuldades financeiras, ainda não pagou a totalidade do preço (está em dívida cerca de Euros ). O atraso neste recebimento condicionou e limitou a capacidade da sociedade honrar os compromissos junto dos seus credores. Página 2 de 3

4 Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) Apesar de a sociedade ainda ser proprietária de terrenos para construção, com os respectivos projectos em curso, não tem capacidade financeira para os realizar/concluir. Por parte dos sócios também não existe essa capacidade/vontade. Perante todas estas dificuldades, a sociedade insolvente acabou por cessar a sua actividade. III Estado da contabilidade do devedor (alínea b) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.) A contabilidade da sociedade insolvente está organizada até Junho de 2012, tendo sido cumpridas as obrigações declarativas daí emergentes. Pela análise que foi feita da contabilidade, tudo indica que esta reflecte uma imagem verdadeira e apropriada da sua situação patrimonial e financeira. IV Perspectivas futuras (alínea c) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.) Pelos sócios da sociedade não foi manifestada a vontade de ser proposto aos credores um plano de insolvência que preveja a retoma/manutenção da actividade da sociedade. Esta retoma implica investimentos avultados na sociedade (recorde se que o capital próprio é negativo em mais de Euros ), não tendo os sócios manifestado vontade para tal. Perante esta situação, deverão os credores deliberar no sentido do encerramento do seu estabelecimento e bem como a liquidação dos seus activos. Castelões, 30 de Julho de 2012 O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Página 3 de 3

5 Insolvência de PERFILCASAS Construção e Obras Públicas, Lda. Inventário (Artigo 153ºdo C.I.R.E.)

6 Inventário (artigo 153º do C.I.R.E.) Relação dos bens e direitos passíveis de integrarem a massa insolvente: 1. Fracção autónoma designada pelas letras AB Garagem nº 15 sita na Travessa Quinta da Ponte, Edifício da Ponte, nº 30/66, Lugar da Agra, em Aidos, descrita na Conservatória do Registo Predial de Vila Nova de Famalicão sob o nº 334/ AB da freguesia de Avidos e inscrita na matriz predial urbana sob o artigo 870 AB e com o valor tributável de 6.392,09 2. Fracção autónoma designada pelas letras AC Garagem nº 16 sita na Travessa Quinta da Ponte, Edifício da Ponte, nº 30/66, Lugar da Agra, em Aidos, descrita na Conservatória do Registo Predial de Vila Nova de Famalicão sob o nº 334/ AC da freguesia de Avidos e inscrita na matriz predial urbana sob o artigo 870 AC e com o valor tributável de 8.213,89 3. Quinta de Pelhe (cultura e ramada), situada em Pelhe, Calendário, com área de 0,625 ha, inscrita na matriz rústica sob o artigo 827, com o valor tributável de Euros 381,08 4. Direito de crédito sobre a Câmara Municipal de Barcelos no montante de Euros Castelões, 30 de Julho de 2012 O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Página 1 de 1