Editores Responsáveis EditoresAssociados Comissão Executiva Conselho Editorial

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Editores Responsáveis EditoresAssociados Comissão Executiva Conselho Editorial"

Transcrição

1

2 Editores Responsáveis Prof. Dr. Fernando Pessotto Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL/Brasil Prof. Dr. Héctor Cavieres Higuera Universidad Católica Silva Henriquez/Chile EditoresAssociados Prof. Dr. Daniel Bartholomeu Centro Universitário Salesiano de São Paulo UNISAL Profa. Ms. Paula Riquelme Portales Universidad Católica Silva Henriquez/Chile Comissão Executiva Profa. Dra. Cintia H. Bueno Centro Universitário Salesiano de São Paulo Prof. Dr. João Carlos Caselli Messias Centro Universitário Salesiano de São Paulo Prof. Dr. José Maria Montiel Fundação Insituto para Ensino de Osasco Profa. Mg. Ximena Canelo Pino Universidad Católica Silva Henriquez Conselho Editorial 1. Prof. Dr. Afonso Antonio Machado Universidade do Estadual Paulista 2. Profa. Dra. Lenia Carvalhais Universidade de Aveiro 3. Prof. Dr. Marcos Alencar Balbinoti Universitat du Quebec 4. Prof. Dr. Antonio Rui Gomes Universidade do Minho 5. Prof. Dr.Gleiber Couto Universidade Federal de Goiás 6. Profa. Dra. Mara Rubia Orsini Universidade Federal de Goiás 7. Prof. Dr. Marcos Loureiro - Universidade Federal de Goiás 8. Prof. Dr.Fabián Javier Marín Rueda Universidade São Francisco 9. Profa. Dra.Marjorie Cristina da Rocha Silva Faculdades Integradas Einstein 10. Profa. Dra.Claudia Barbosa Universidade Assis Gurgaz 11. Profa. Dra.Monalisa Muniz Nascimento - Universidade do Vale do Sapucaí 12. Profa. Dra.Elisabete Monteiro Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL 13. Profa. Dra. Norma Silbia Trindade Lima - Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL 14. Profa. Dra. Miriam Tachibana Universidade de São Paulo 15. Profa. Dra. Gloria Gonzalez-Lopez University of Texas 16. Prof. Dr. David Crow Centro de Investigación y Docencia Económica - México 17. Prof. Mg. Carlos Ascencio Garrido Universidad de Santiago de Chile 18. Prof. Dr. Gonzalo Miranda Hiriart - Pontificia Universidad Católica de Chile 19. Profa. Mg. Evelyn Palma Flores Universidad de Chile 20. Prof. Mg. Marcel Álvarez Lerzundi Pontificia Universidad Católica de Chile 21. Profa. Dra. Renata da Rocha Campos Franco Instituto Católico de Toulouse 22. Prof. Dr. Fabiano Koich Miguel Universidade Estadual de Londrina 23. Prof. Dr. Arthur Berberian Universidade Federal de São Paulo 24. Prof. Dr. Nelimar Ribeiro Castro Faculdades de Ciências da Saúde - FACISA/UNIVIÇOSA 25. Prof. Dr. Lucas de Francisco Carvalho Universidade São Francisco 26. Humberto José Lourenção Academia da Força Aérea

3 Editorial Tenemos el agrado de presentar el segundo número del quinto año de funcionamiento, de este esfuerzo conjunto entre UNISAL sede Americana y la Universidad Católica Silva Henríquez. Siguiendo con la propuesta con la que nace la Revista Sul Americana de Psicología los artículos incluidos en este volumen son diversos, pero tienen como eje transversal el espíritu crítico propio de una construcción de conocimiento situado que busca realizar aportes concretos a temáticas reales que son el foco del accionar psicológico en los tiempos actuales. Ideas que resultan ad-hoc con el artículo Historia de la psicología en contexto, que nos propone algunas claves para el estudio de la historia de la psicología en clave historiográfica relacionada al contexto, alejándose de las miradas clásicas más bien basadas en autores. En los artículos sobre Intervención no medicamentoso en demencia Alzheimer: efectos de la estimulación cognitiva queda de manifesto el interés de los investigadores por construir evidencia que avale que dispositivos no medicamentosos pueden tener efectos positivos en la salud mental y la calidad de vida. Misma premisa motiva el artículo Los matices relacionados con el concepto de salud mental y su influencia en la calidad de vida de los estudiantes de medicina. Una mirada más amplia de la salud mental y la calidad de vida, en donde aparece el entorno como factor central está presente en los artículos Nudos críticos en la atención psicoterapéutica a migrantes y refugiados desde un centro universitario y Violencia hacia las personas con diagnostico psiquiátrico la radio estación locura como dispositivo de visibilización en donde el cuestionamiento a la condiciones ambientales, acaso culturales, aparece como un factor central en la posibilidades de mejorar la calidad de vida de sectores tradicionalmente catalogados en situación de desventaja. Por último, hay dos artículos que tiene como elemento central las nuevas tecnologías, uno que derechamente explora como es la subjetividad respecto del comunicarse a través de plataformas tecnológicas La experiencia de conversar por videoconferencia ana lisis exploratorio de contenidos y el segundo Estrés ocupacional en profesionales de Tecnología de Información explora la salud mental de profesionales que trabajan con tecnologías de información desde el punto de vista del estrés.

4 La reseña de este número también es respecto de una problemática contingente en donde en el marco de las nuevas aproximaciones de género se exploran los discursos oficiales, en el caso chileno sobre infancia y parentalidad. Editorial Temos a satisfação de apresentar o segundo número do quinto ano de funcionamento deste esforço conjunto entre o UNISAL Americana e a Universidade Católica Silva Henríquez. Seguindo com a proposta da Revista Sul-Americana de Psicologia, os artigos incluídos neste volume são diversificados, porém possuem, como eixo transversal, o espírito crítico próprio de um a construção de conhecimento aplicado, que busca realizar contribuições concretas a temáticas reais, foco do fazer psicológico dos tempos atuais. Ideias para esse fim no artigo História da psicologia em contexto nos propõem algumas chaves para o estudo da história da psicologia em um referencial historiográfico relacionado com o contexto, que se distancia dos olhares clássicos mais embasados em autores. Nos artigos sobre Intervenção não medicamentosa em Alzheimer: efeitos da estimulação cognitiva fica manifesto o interesse dos pesquisadores em construir evidências que endossem que dispositivos não medicamentosos podem ter efeitos positivos para a saúde mental e qualidade de vida. A mesma premissa motiva o artigo As nuances relacionadas com o conceito de saúde mental e sua influência na qualidade de vida dos estudantes de medicina. Um olhar mais amplo da saúde mental e qualidade de vida, no qual aparece o entorno como fator central está presente nos artigos Nós críticos na atenção psicoterápica a emirantes e refugiados em um centro universitário e Violência conta pessoas com diagnóstico psiquiatrico: a rádio estação loucura com dispositivo de visibilidade no qual o questionamento acerca de condições ambientais, às vezes culturais, aparecem como um fator central para a possibilidade de melhorar a qualidade de vida de setores tradicionalmente catalogados em situação de desvantagem. Por último, há dois artigos que têm como elemento central as novas tecnologias. Um, que diretamente explora como se dá a subjetividade relacionada à comunicação por meio de plataformas tecnológicas A experiência de conversar por vídeo conferência: análise

5 exploratória de conteúdos e o segundo Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação explora a saúde mental de profissionais que trabalham com tencologia de informação a partir do ponto de vista do estresse. A resenha deste número também aborda uma problemática contingente na qual o marco de novas abordagens de gênero presente nos discursos oficiais, no caso chileno sobre infância e parentalidade. Prof. Dr. Fernando Pessotto Prof. Dr. Héctor Cavieres Higuera Editores Prof. Dr. Daniel Bartholomeu Prof. Mg. Paula Riquelme Portales Editores Associados

6 Aramaki; Moraes, Battissaco & Cecato. Intervenção não-medicamentosa na Doença de Alzheimer: Efeitos da estimulação cognitiva. INTERVENÇÃO NÃO-MEDICAMENTOSA NA DOENÇA DE ALZHEIMER: EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO COGNITIVA Non-drug intervention in Alzheimer's disease: effects of cognitive stimulation Intervención no-medicamentosa en la enfermedad de Alzheimer: efectos de la estimulación cognitiva Flavia Ogava Aramaki Faculdade de Medicina de Jundiaí Gisele Correa de Moraes Faculdade Anhanguera de Jundiaí/Faculdade de Medicina de Jundiaí Elaine Battissaco Faculdade Anhanguera de Jundiaí/Faculdade de Medicina de Jundiaí Juliana Francisca Cecato Faculdade de Medicina de Jundiaí Endereço para contato Juliana Francisca Cecato Flavia Ogava Aramaki gerontologa, mestre em Ciências da Saúde e colaboradora do Ambulatório de Geriatria e Gerontologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí Gisele Correa de Moraes graduanda de psicologia pela Anhanguera e estagiárias do Ambulatório de Geriátrica e Gerontologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí Elaine Battissaco graduanda de psicologia pela Anhanguera e estagiárias do Ambulatório de Geriátrica e Gerontologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí Juliana Francisca Cecato Psicóloga, com Especialização em Psicopedagogia e Mestrado em Ciências da Saúde. Doutora em Psicologia Educacional pela UniFieo e em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de Jundiaí. Professora colaboradora do Departamento de Clínica Médica da disciplina de Geriatria e Gerontologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) 144

7 Aramaki; Moraes, Battissaco & Cecato. Intervenção não-medicamentosa na Doença de Alzheimer: Efeitos da estimulação cognitiva. Resumo A doença de Alzheimer é um dos casos de demência descrito na literatura e sua incidência está aumentando devido ao crescimento da perspectiva de vida. Avaliar os aspectos cognitivos de idosos com diagnóstico de doença de Alzheimer antes e após receber estimulação cognitiva. Estudo de caráter longitudinal, entre novembro de 2013 a dezembro de 2014, em que foram avaliados 24 idosos, de ambos os sexos, com mais de 60 anos de idade e que receberam diagnóstico de doença de Alzheimer. Os participantes passaram por anamnese clínica detalhada e avaliação neuropsicométrica por meio do Cambrigde Cognitive Examination (CAMCOG), Mini-exame do Estado Mental (MEEM) e Teste do Desenho do Relógio (TDR). Os efeitos do programa de treino cognitivo foram avaliados em 6 sessões. Foi determinado pelos pesquisadores 6 sessões com 40 minutos de duração, uma vez por semana. Para a análise comparativa entre as médias nos testes cognitivos antes e após a estimulação cognitiva, o método estatístico de escolha foi a prova Wilcoxon, testando a hipótese unilateral (H 0 >H 1 ), e o teste t de Student. As análises comparativas evidenciaram diferenças estatisticamente significativas entre pré e pós intervenção no MEEM (p<0,0001), no CAMCOG (p<0,0001) e no TDR pela escala de Mendez (p<0,0001). Analisando as funções cognitivas, observa-se diferenças estatisticamente significativa pré e pós intervenção no item Memória (p=0,004) e Praxia (p=0,003). Os efeitos do treinamento na velhice têm como objetivo prevenir déficits cognitivos no envelhecimento normal e no caso das demências retardar a evolução da doença. Isso implica em manutenção da autonomia e independência do paciente e consequentemente promover a qualidade de vida. Palavras-chave: Envelhecimento; demência; reabilitação; cognição. Abstract Alzheimer's disease is one of the dementia cases described in literature due population aging. To evaluate the cognitive aspects of elderly diagnostic with Alzheimer's disease before and after receiving cognitive stimulation. Longitudinal study, November 2013 to December 2014, which were evaluated 24 elderly of both sexes, with over 60 years old and who were diagnostic with Alzheimer's disease. The subjects underwent detailed clinical examination and neuropsicometric evaluation through the Cambridge Cognitive Examination (CAMCOG), Mini-Mental State Examination (MMSE) and Clock Drawing Test (CDT). The effects of cognitive training program were assessed in 6 sessions. It was determined by researchers 6 sessions of 40 minutes duration, once a week. For the comparative analysis between means in cognitive tests before and after cognitive stimulation, statistical method used was Wilcoxon test, testing the unilateral hypothesis (H0> H1), and the Student t test. Comparative analysis showed statistically significant differences between before and after intervention in MMSE (p <0.0001), CAMCOG (p <0.0001) and TDR by Mendez scale (p <0.0001). Analyzing the cognitive functions, there is statistically significant differences before and after intervention Memory (p = 0.004) and Praxis (p = 0.003). The effects of training in the elderly are important to prevent cognitive deficits in normal aging and in case of dementia slow the progression of the disease. This implies maintaining the autonomy and independence of the patient and consequently improve the quality of life. Key-words: Elderly, dementia, rehabilitation, cognition. Resumen La enfermedad de Alzheimer es un tipo de demencia descrito en la literatura y su incidencia está aumentando debido al crecimiento de la perspectiva de vida. El objetivo del estudio fue evaluar los aspectos cognitivos de los ancianos con diagnóstico de enfermedad de Alzheimer antes y después de recibir estimulación cognitiva. El estudio fue de longitudinal, desarrollado entre noviembre de 2013 a diciembre de 2014, fueron evaluados 24 ancianos, de ambos sexos, con más de 60 años de edad que recibieron diagnóstico de enfermedad de Alzheimer. Los participantes pasaron por anamnesis clínica detallada y evaluación neuropsicométrica a través del Camborde Cognitive Examination (CAMCOG), Mini-examen del Estado Mental (MEEM) y Prueba del Dibujo del Reloj (TDR). Los efectos del programa de entrenamiento cognitivo se evaluaron luego 6 sesiones de 40 minutos, una vez por semana. Para el análisis comparativo entre las medias en las pruebas cognitivas antes y después de la estimulación cognitiva, el método estadístico de elección fue la prueba Wilcoxon, probando la hipótesis unilateral (H0> H1), y la prueba t de Student. Los análisis comparativos evidenciaron diferencias estadísticamente significativas entre pre y post intervención en el MEEM (p <0,0001), en el CAMCOG (p <0,0001) y en el TDR por la escala de Mendez (p <0,0001). Al analizar las funciones cognitivas, se observan diferencias estadísticamente significativas pre y post intervención en el ítem Memoria (p = 0,004) y Praxia (p = 0,003). Los efectos del entrenamiento en la vejez tienen como objetivo prevenir los déficits cognitivos en el envejecimiento normal y en el caso de las demencias retardar la evolución de la enfermedad. Esto implica el mantenimiento de la autonomía e independencia del paciente y, consecuentemente, promover la calidad de vida. Palabras-clave: Anciano, demencia, rehabilitación, cognición. 145

8 Aramaki; Moraes, Battissaco & Cecato. Intervenção não-medicamentosa na Doença de Alzheimer: Efeitos da estimulação cognitiva. Introdução A composição etária da população brasileira está passando por alterações nos últimos anos. A queda combinada das taxas de mortalidade e fecundidade resulta na diminuição do número de jovens e no aumento do número de idosos. O envelhecimento populacional é uma realidade que tem motivado os cientistas sobre as alterações cognitivas que ocorrem no envelhecimento, já que a expectativa de vida é crescente e as pessoas ficam cada vez mais suscetíveis a estes declínios cognitivos (Ávila, 2003). A Doença de Alzheimer (DA) tem sido constantemente descrita por ser o tipo de demência que ocorre com maior incidência 1. De acordo com o National Institute of Neurological and Communicative Disorders and Stroke e a Alzheimer's Disease and Related Disorders Association (NINCDS-ADRDA) (Mckhann et al., 1984), o diagnóstico da DA baseia-se no comprometimento progressivo de memória, orientação, atenção, percepção visual, declínio progressivo da apraxia e funções cognitivas, além do prejuízo em desempenhar atividades de vida diária, como por exemplo calcular a quantidade em dinheiro de uma compra ou usar o telefone, e em fases avançadas há o comprometimento em se alimentar sozinho (Mckhann et al., 1984; 2011). Luders e Storani (1996) e Silva & Damasceno (2002) descrevem que as primeiras definições de demência (publicadas na década de 90) referiam-se a uma síndrome clínica, caracterizada por comprometimento da memória e secundariamente de outros domínios cognitivos e alterações comportamentais. A DA é uma doença que acomete principalmente pessoas acima dos 60 anos, não tem cura e o principal sintoma é a perda de memória recente (Damasceno, 2010; Hamdan, 2008). Sua evolução é progressiva e lenta, podendo durar até 20 anos. Classifica-se em estágios leves, no caso o paciente ainda apresenta áreas cognitivas preservadas mantendo certa independência, 146

9 Aramaki; Moraes, Battissaco & Cecato. Intervenção não-medicamentosa na Doença de Alzheimer: Efeitos da estimulação cognitiva. a estágios avançados, onde a doença causa uma incapacidade completa e o paciente necessita de auxílio para alimentar-se, vestir-se ou tomar banho (Damasceno, 2010; Hamdan, 2008; Veras et al., 2007). Representando em torno de 50 a 70% dos casos de demências, a DA possui uma incidência maior após os 65 anos de idade. Em casos menos comuns, pode acometer pessoas mais jovens, na faixa etária entre 40 e 50 anos, sendo denominada de demência de início precoce (pré-senil), sendo que quanto mais precoce seu início, pior o prognóstico (Damasceno, 2010; Hamdan, 2008; Veras et al., 2007). O declínio da memória não é o único fator acometido, pois pode apresentar alteração na afasia, apraxia ou incoordenação visuomotora espacial. Com a evolução da doença, nos casos mais avançados, o comprometimento da região cortical torna o paciente incapaz de cuidar de si mesmo, por apresentar desorientação, confusão mental, além de provocar incontinência urinária (Silva & Damasceno, 2002). O diagnóstico de DA provável é apoiado pela deterioração progressiva de outras funções cognitivas específicas, tais como a linguagem (afasia), as habilidades motoras (apraxia) e percepção (agnosia) (Mckhann e al., 2011). Apraxia tem um amplo espectro de doenças com a incapacidade para executar um ato aprendido e vários tipos têm sido descritos, sendo denominada de Apraxia de construção a dificuldade em desenhar figuras simples. A deficiência visuoconstrutiva é o termo frequentemente utilizado e abrange apraxia construcional (Gerda, Fillenbaum, Burchett, Unverzagt & Kathleen, 2011). Este déficit neurológico que causa a perda da capacidade de realizar movimentos precisos e gestos, impede o paciente de realizar um ato complexo proposital aprendido corretamente. Em geral, a apraxia piora à medida que a demência avança e profissionais que fazem o atendimento clínico devem sempre testar esta função nas avaliações neurológicas do paciente idoso, por exemplo, solicitando para o paciente escrever frases, desenhar um relógio, dobrar 147

10 Aramaki; Moraes, Battissaco & Cecato. Intervenção não-medicamentosa na Doença de Alzheimer: Efeitos da estimulação cognitiva. um papel, fazer o movimento de beber água segurando um copo, dentre outras (Aron & Buchman, 2011; Roth et al., 1986; Zadikoff & Lang, 2005). Diante do exposto anteriormente e devido ao grande número de idosos com doença neurodegenerativa, este artigo teve como objetivo avaliar os aspectos cognitivos de idosos com diagnóstico de doença de Alzheimer antes e após receber estimulação cognitiva. Método Participantes Estudo de caráter longitudinal, entre Novembro de 2013 a Dezembro de 2014, em que foram avaliados 24 pacientes idosos, de ambos os sexos, com mais de 60 anos, com níveis variados de escolaridade e que receberam diagnóstico de doença de Alzheimer (fase leve). Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Faculdade de Medicina de Jundiaí, com o parecer 54/11. Instrumentos A entrevista estruturada do Cambrigde Mental Desorders of the Elderly Examination (CAMDEX) foi criada por Roth et. al (1986) com o objetivo de fornecer informações diagnósticas sobre transtornos mentais. O instrumento avalia algumas formas de demência, sendo elas a doença de Alzheimer (DA), a demência vascular (DV) e demência decorrente de doenças médicas, e também fornece informações relevantes sobre transtornos mentais orgânicos e funcionais diferentes das demências. O CAMDEX possui algumas seções em toda a sua estrutura. A seção B corresponde à avaliação cognitiva, dispõe de 67 itens e é denominada de Cambrigde Cognitive 148

11 Aramaki; Moraes, Battissaco & Cecato. Intervenção não-medicamentosa na Doença de Alzheimer: Efeitos da estimulação cognitiva. Examination(CAMCOG). Abrange áreas como memória, atenção, concentração, orientação, linguagem, pensamento abstrato, cálculo, praxia e percepção. O Miniexame do Estado Mental (MEEM) (Folstein, Folstein & Mchugh, 1975)considerado um dos instrumentos de rastreio mais utilizado em todo o mundo por ser capaz de mensurar perdas cognitivas e também como instrumento que monitora a resposta ao tratamento terapêutico. Por ser um teste extremamente simples, que avalia orientação temporal, orientação espacial, memória imediata, cálculo, linguagem e praxia. O Teste do Desenho do Relógio (TDR) pela escala de Mendez, Ala & Underwood (1992). O TDR é amplamente utilizado, envolve diversas funções cognitivas (compreensão verbal, memória e função executiva). Alterações no TDR podem ser observadas antes do declínio de memória em pacientes com demência, este conceito tem importância na medida em que a maioria das avaliações cognitivas analisam a memória, linguagem e a orientação temporoespacial e ainda podem estar preservados no início do declínio. Foram aplicados a Escala de Depressão Geriátrica (EDG) (Yesavage et al., 1983) e o ponto de corte para sintomas depressivos é > 5 pontos e o Questionário de Atividades Funcionais de Pfeffer (QAFP) (Pfeffer et al., 1982), em escala Likert, sendo que cada item possui uma variação de pontuação de 0 a 3, ou seja, em que a pontuação mais alta indica pior desempenho. O resultado final varia de 0 a 30 pontos, sendo o ponto de corte igual a 5 pontos. Como critérios de exclusão, não fizeram parte desta pesquisa pacientes com menos de 60 anos de idade, analfabetos, com diagnóstico de DA grave, com diagnóstico de síndrome demencial do tipo não-alzheimer (como por exemplo, demência por corpúsculos de Lewy, Frontotemporal, demência Vascular, demência reversível, dentro 149

12 Aramaki; Moraes, Battissaco & Cecato. Intervenção não-medicamentosa na Doença de Alzheimer: Efeitos da estimulação cognitiva. outros), histórico de Acidente Vascular Cerebral em algum momento da vida, tremor importante, diagnóstico de doença de Parkinson, comprometimento visual ou auditivo severo, pacientes que não realizaram alguns dos exames solicitados (laboratorial, neuroimagem e neuropsicométrico) e participantes que não aceitassem participar da pesquisa. Procedimentos Foram realizadas 6 sessões de treino cognitivo, duração de 40 minutos cada sessão, uma vez por semana. As sessões de treino cognitivo também aconteciam apenas uma vez por semana e somente com um sujeito por vez. Por essa razão, era necessário terminar de avaliar um paciente para iniciar o programa com outro paciente. Utilizaramse as seguintes atividades palavras-cruzadas, cálculos (simulando a troco de mercado), construção de estórias a partir de figuras, memorização de nomes dos personagens das estórias criadas, pintura (optativa) e método de costura de fuxico (optativa). Em todas as sessões foram realizadas todas as técnicas, com exceção da pintura e fuxico, em que participantes poderiam escolher entre a pintura e a atividade com costura, ou seja, o participante que escolhesse o fuxico não precisava fazer a atividade de pintura. Nas atividades com pintura e fuxico foi feito trabalho com assimilação de cores e inserção de palavras no repertório linguístico, ou seja, para cada cor, o sujeito teve que assimilar e dizer três nomes de animais, três nomes de frutas e três objetos cujas palavras iniciais começam com a letra M. Foram anotadas as respostas dadas por cada participante. Os participantes passaram por anamnese clínica detalhada e avaliação neuropsicométrica. A avaliação clínica constou de exames laboratoriais (solicitou-se exames de TSH, T 4 L, vitamina B 12, sífilis e colesterol total e frações) e de neuroimagem (tomografia ou ressonância computadorizada de crânio). Os instrumentos aplicados 150

13 Aramaki; Moraes, Battissaco & Cecato. Intervenção não-medicamentosa na Doença de Alzheimer: Efeitos da estimulação cognitiva. antes e após intervenção foram o Cambrigde Mental Desorders of the Elderly Examination (CAMDEX) (Roth et al., 1986), o Mini exame do Estado Mental (MEEM) (Folstein, Folstein & Mchugh, 1975) e Teste do Desenho do Relógio (TDR) (Mendez, Ala & Underwood, 1992). Análise de dados A análise do desempenho dos participantes nos treinos antes e após as intervenções foi realizado por meio do programa SPSS (15.0). Foram realizadas análises descritivas quanto a idade, gênero e escolaridade por meio de médias, desvio padrão e porcentagem. Para a análise comparativa entre os testes cognitivos (MEEM, CAMCOG e TDR) e também as funções cognitivas Linguagem, Memória e Praxia, antes e após intervenção, o método estatístico de escolha foi a prova Wilcoxon, testando a hipótese unilateral (H 0 >H 1 ), em que H 0 representa o resultado pós intervenção e H 1 representa o resultado antes da intervenção, e também o teste de comparação de médias por ANOVA, seguida de teste t de Students. Resultados Amostra com 24 participantes, média de idade igual a 72,25 anos (mínimo = 60; máximo = 84; desvio padrão [dp]= ± 5,91 anos), maior parte composta por mulheres, 79,17% (19 participantes). A escolaridade foi igual a 54,17% (13 participantes) para 1 a 4 anos de estudo, 8,33% (2 participantes) entre 5 a 8 anos e 37,5% (9 participantes) apresentaram mais de 9 anos de estudo. Em relação às médias dos testes cognitivos antes da estimulação cognitiva foi utilizada a análise ANOVA, seguido do teste t de Student. No MEEM a média pré intervenção foi igual a 23,17 pontos, no CAMCOG igual a 78,38 pontos e no teste do 151

14 Aramaki; Moraes, Battissaco & Cecato. Intervenção não-medicamentosa na Doença de Alzheimer: Efeitos da estimulação cognitiva. desenho do relógio (TDR) pela escala de Mendez igual a 14,92 pontos, como descrito na Tabela 1. Tabela 1 Análises descritivas (médias e desvio padrão) dos 24 participantes antes e após estimulação cognitiva, nos testes Mini-exame do Estado Mental (MEEM), Cambridge Cognitive Examination (CAMCOG) e Teste do Desenho do Relógio (TDR). ANOVA, seguida do teste t de Students. Pré intervenção Pós intervenção Testes p Média (±dp) Média (±dp) MEEM 23,17 (±5,80) 25,42 (±3,94) 0,0001 CAMCOG 78,38 (±20,57) 80,88 (±13,01) 0,0001 TDR (escala Mendez) 14,92 (±6,01) 16,21 (±4,83) 0,0001 Após intervenção, as médias dos escores nos mesmos testes foram no MEEM foi igual a 25,42 pontos, no CAMCOG igual a 80,88 pontos e no teste do desenho do relógio (TDR) pela escala de Mendez igual a 16,21 pontos. As análises comparativas evidenciaram diferenças estatisticamente significativas entre pré e pós intervenção no MEEM (p<0,0001), no CAMCOG (p<0,0001) e no TDR pela escala de Mendez (p<0,0001) (Tabela 1). Analisando as funções cognitivas, observa-se diferenças estatisticamente significativa pré e pós intervenção no item Memória (p=0,004) e Praxia (p=0,003). Não houve diferença estatística no item Linguagem (p=0,051) (Tabela 2) Tabela 2 Análises descritivas (médias e desvio padrão) dos 24 participantes antes e após estimulação cognitiva, em relação as funções cognitivas Linguagem, Memória e Praxia. ANOVA, seguida do teste t de Students. Pré intervenção Pós intervenção p Testes Média (±dp) Média (±dp) Linguagem 24,58 (±4,23) 25,13 (±2,17) 0,051 Memória 17,33 (±6,13) 17,83 (±5,18) 0,004 Praxia 9,67 (±2,06) 10,21 (±1,72) 0,

15 Aramaki; Moraes, Battissaco & Cecato. Intervenção não-medicamentosa na Doença de Alzheimer: Efeitos da estimulação cognitiva. As análises comparativas realizadas por meio do teste Wilcoxon (Tabela 3) evidenciam valor negativo e estatisticamente significativo no teste MEEM (Z= -3,266; p= 0,001), em que observa-se maior média no teste pós intervenção. Os testes CAMCOG (Z= -0,305; p= 0,761) e TDR (Z= -1,319; p= 0,187), e os itens cognitivos Linguagem (Z= -0,315; p= 0,753), Memória (Z= -0,086; p= 0,911) e Praxia (Z= -1,428; p= 0,153) não evidenciaram diferenças estatisticamente significativas. Apesar dos resultados com a prova Wilcoxon não apresentar diferenças estatisticamente significativa no CAMCOG, TDR e itens cognitivos, pode-se inferir com os resultados as médias após a estimulação cognitiva, que os pacientes apresentaram maiores médias nos testes pós intervenção para os instrumentos MEEM e TDR, e também para as funções cognitivas da Memória e Praxia. Tabela 3: Análises comparativas por meio do teste Wilcoxon, testando a hipótese H 0 >H 1. HipóteseH 0 >H 1 Z p MEEM -3,266ª 0,001 CAMCOG -0,305 b 0,761 TDR (Mendez) -1,319 a 0,187 Linguagem -0,315 b 0,753 Memória -0,086 a 0,911 Praxia -1,428 a 0,153 a. H 1 pos>h 0 pre b. H 1 pos<h 0 pre O subteste do CAMCOG que avaliou a Memória foi uma das funções cognitivas de escolha pelos esquecimentos serem um dos primeiros sintomas da doença. Os resultados apontam que, mesmo com uma doença neurodegenerativa, os participantes desta pesquisa não apresentaram declínios nas médias no segundo teste (após intervenção), como descrito na Tabela

16 Aramaki; Moraes, Battissaco & Cecato. Intervenção não-medicamentosa na Doença de Alzheimer: Efeitos da estimulação cognitiva. Discussão O declínio das funções cognitivas dependente de fatores educacionais, de saúde, personalidade e capacidades intelectuais específicas (Sá et al., 2012). Nesta pesquisa avaliou-se a linguagem, a memória e a praxia de testes cognitivos pré e pós intervenção e observou-se melhora nas médias das funções memória e praxia e este dado corrobora com o descrito por Sá et al. (2012) ao qual descreveu que os testes de apraxia foram capazes de diferenciar casos de demência, tanto nas fases precoce e tardia da doença, provavelmente devido ao envolvimento do hemisfério posterior nas fases iniciais da DA. Sperling et al. (2011) argumentam sobre a medida que o indivíduo apresenta uma idade cronológica avançada, menor será o seu desempenho em testes cognitivos. Contudo, os achados de Sperling et al. (2011) discordam dos achados desta pesquisa, pois analisando os pontos de corte após intervenção, observa-se melhora nas médias tanto nos testes cognitivos quanto nos subitens que avaliaram memória e praxia. Encontra-se na literatura nacional estudos com reabilitação cognitiva referente à importância na aprendizagem e para pacientes que tiveram algum comprometimento ou dano cerebral (Lima-Silva & Yassuda, 2012; Pontes & Hubner, 2008). A estimulação cognitiva tem como objetivo compensar e recuperar áreas lesionadas por algum dano (Macedo & Boggio, 2008) e melhorar as habilidades no processamento de informações para que o paciente consiga desenvolver estratégias cognitivas no cotidiano (Abreu & Tamai, 2002). A preocupação recente com o envelhecimento populacional emerge novos desafios em atender uma demanda comprometida cognitivamente, conceituado senilidade ou envelhecimento patológico (Neri, 2004). Pesquisas recentes (Lima-Silva & Yassuda, 2012; Neri, 2004; Verhaeghen, 2002; Yassuda, Batistoni, Fortes & Neri, 2006; Lima-Silva et al., 2012)apontam para a importância do treino cognitivo e de 154

17 Aramaki; Moraes, Battissaco & Cecato. Intervenção não-medicamentosa na Doença de Alzheimer: Efeitos da estimulação cognitiva. memória para a população idosa, pois o idoso saudável é capaz de melhorar o seu desempenho após receber treinamento (Verhaeghen, 2002), revelando a plasticidade neuronal (Yassuda, Batistoni, Fortes & Neri, 2006). Lima-Silva et al. (2012) promoveram técnicas de reabilitação cognitiva com 64 idosos e observaram melhoras no grupo que passou pelo processo de treino cognitivo quando comparados a um grupo sem treinamento. Lima-Silva et al. (2012) analisaram as funções executivas de 26 idosos em testagem pré e pós intervenções e também evidenciaram-se melhoras pós intervenções. Os dados desses dois artigos corroboram com os achados desta pesquisa que também encontrou melhoras em pacientes com demência após treino cognitivo. Pode-se inferir com os resultados encontrados que são necessários uma quantidade de treinamento suficiente para que o treino produza algum efeito sobre o indivíduo. A melhora nos testes cognitivos pós intervenção evidenciam que nas fases iniciais da demência, o paciente apresenta, mesmo que de maneira reduzida e limitada quando comparado a um idoso sem comprometimento, capacidade de aprendizado e de funções cognitivas (Abrisqueta-Gomez et al., 2004). Esse fato pode ser justificado pela neurogênese, ou seja, o neurônio ainda possui a capacidade de se regenerar e estabelecer novas sinapses por um processo denominado de neuroplasticidade (Gomez-Fernández, 2000; Johansson, 2004). A plasticidade neuronal deve ser encarada como um dos grandes motivadores para se estabelecer os trabalhos de estimulação cognitiva com pacientes com demência. Neste estudo, apresentamos os efeitos sob a cognição em pacientes que receberam diagnóstico de DA e receberam estimulação cognitiva por meio de 6 sessões. Apenas 37,5% da nossa amostra tinham escolaridade maior que 9 anos. Isto representa uma das limitações do estudo porque, principalmente, as intervenções elaboradas para a estimulação cognitiva sofrem influência da escolaridade destacando-se as palavras- 155

18 Aramaki; Moraes, Battissaco & Cecato. Intervenção não-medicamentosa na Doença de Alzheimer: Efeitos da estimulação cognitiva. cruzadas e cálculos e por essa razão não permitiu-se incluir analfabetos nesta pesquisa. Contudo, para novas pesquisas, é necessário elaborar intervenções que favoreçam a estimulação cognitiva com pacientes sem escolaridade. Considerações finais Pode-se concluir que o treino cognitivo em idosos com doença de Alzheimer viabilizou aumento dos escores pós teste. Os efeitos do treinamento na velhice têm como objetivo prevenir déficits cognitivos no envelhecimento normal e no caso das demências retardar a evolução da doença. Isso implica em manutenção da autonomia e independência do paciente e consequentemente promover a qualidade de vida tanto do paciente quanto de seus familiares. Os estudos com treino cognitivo ainda são escassos no Brasil e pode-se dizer que as pesquisas com a reabilitação cognitiva podem trazer uma importante contribuição para o campo da psicologia, medicina e gerontologia. Referências Abreu, V. P. S.&Tamai, S. A. B. (2002). Reabilitação Cognitiva. In:, E.V. Freitas, L. Py&A. L. Néri et. al. Tratado de Geriatria e Gerontologia. (pp ). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. Abrisqueta-Gomez, J., Canali, F., Vieira, V. L. D., Aguiar, A. C. P., Ponce, C. S. C., Brucki, S. M. et al.(2004). A longitudinal study of aneuropsychological rehabilitation program in Alzheimer s disease. Arq Neuropsiquiatr, 62(3-B), Aron, S. & Buchman, D. A. B. (2011). Loss of motor function in preclinical Alzheimer s disease. Expert Rev Neurother, 11(5):

19 Aramaki; Moraes, Battissaco & Cecato. Intervenção não-medicamentosa na Doença de Alzheimer: Efeitos da estimulação cognitiva. Ávila R. (2003). Resultados da reabilitação neuropsicológica em paciente com doença de Alzheimer leve. Rev. Psiq. Clín, 30(4), Damasceno, B. P. (2010). Demências. In: M. H. Guariento, A. L. (Orgs.).Assistência Ambulatorial ao Idoso.(pp ). Campinas: Alínea. Folstein, M. F.; Folstein, S. E. & McHugh, P. R. (1975). Mini-mental state: A practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician. J Psychiatr Res, 12, Gerda,G.,Fillenbaum,B. M.,Burchett,F. W.,Unverzagt,D. F. R. & KathleenW. B.(2011). NormsforCERADConstructionalApraxiaRecall. Clin Neuropsychol, 25(8), Gómez-Fernández, L. (2000). Plasticidade cortical e recuperação de funções neurológicas: uma atualização. Rev Neurol, 31, Hamdan, A. C.(2008). Avaliação neuropsicológica na doença de Alzheimer e no comprometimento cognitivo leve. Psicol Argum., 26(54), Johansson, B. B. (2004). Brain plasticity in health and disease.keio J. Med., 53, Lima-Silva, T. B., Fabrício, A. T., Silva, L. S. V., Oliveira, G. M., Silva, W. T., Kissaki, P. T. et al. (2012). Training of executive functions in healthy elderly: results of a pilot study. Dement Neuropsychol., 6(1), Lima-Silva, T. B. & Yassuda, M. S. (2012).Treino cognitivo e intervenção psicoeducativa para indivíduos hipertensos: efeitos na cognição.psicol. Reflex. Crit., 25(1), Luders, S. L. A. & Storani, M. S. B. (1996).Demência: impacto para a família e a sociedade. In: M. Papaléo-Netto (Org.).Gerontologia.(pp ). São Paulo: Atheneu. 157

20 Aramaki; Moraes, Battissaco & Cecato. Intervenção não-medicamentosa na Doença de Alzheimer: Efeitos da estimulação cognitiva. Macedo, E. C. & Boggio, P. S. (2008). Novas tecnologias para reabilitação neuropsicológica. In: D. Fuentes, L. Malloy-Diniz, C. P. Camargo& R. M.Cosenza.Neuropsicologia: teoria e prática. (pp ). Porto Alegre: Artmed. McKhann, G., Drachman, D., Folstein, M., Katzman, R., Price D. & Stadlan, E. M. (1984). Clinical diagnosis of Alzheimer s disease: report of the NINDS-ADRDA Work Group under the auspices of Department of Health and Human Services Task Force on Alzheimer s disease. Neurology, 34(7), McKhann, G.M., Knopman, D.S., Chertkow H., Hyman, B.T., Jack, C. R. Jr, Kawas, C. H. et al. (2011).ThediagnosisofdementiaduetoAlzheimer'sdisease: recommendations from the National Institute on Aging-Alzheimer's Association workgroups on diagnostic guidelines for Alzheimer'sdisease. Alzheimers Dement, 7(3), McKhann, G. M., Knopman, D. S., Chertkow, H., Hyman, B. T., Jack C. R. Jr., Kawas, C. H. et al. (2011).ThediagnosisofdementiaduetoAlzheimer'sdisease: recommendations from the National Institute on Aging-Alzheimer's Association workgroups on diagnostic guidelines for Alzheimer'sdisease. Alzheimers Dement.,7(3): Mendez, M. F., Ala, T. & Underwood, K. (1992).Development of scoring criteria for the clock drawing task in Alzheimer s disease. J Am Geriatr Soc., 40, Neri A. L. (2004). Contribuições da psicologia ao estudo e à intervenção no campo da velhice. RBECH., Pfeffer R. I., Kurosaki, T. T., Harrah, C. H. Jr, Chance, J. M. & Filos, S. (1982). Measurement of functional activities in older adults in the community. J Gerontol., 37,

21 Aramaki; Moraes, Battissaco & Cecato. Intervenção não-medicamentosa na Doença de Alzheimer: Efeitos da estimulação cognitiva. Pontes L. M. M. & Hübner, M. M. C. (2008). A reabilitação neuropsicológica sob a ótica da psicologia comportamental. Rev. Psiq., 35(1), Roth, M., Tym, E., Mountjoy, C. Q., Huppert, F. A., Hendrie, H., Verma, S. et al. (1986).CAMDEX. A standardised instrument for the diagnosis of mental disorder in the elderly with special reference to the early detection of dementia. Br J Psychiatry., 149, Sá, F., Pinto, P., Cunha, C., Lemos, R., Letra, L, Simões, M. et al (2012).Differences between Early and Late-Onset Alzheimer's Disease in Neuropsychological Tests. Front Neurol., 14(3), 81. Silva, D. W. & Damasceno, B. P. (2002). Demência na População de Pacientes do Hospital das Clínicas da Unicamp. Arq Neuropsiquiatr., 60(4), Sperling, R. A., Aisen, P. S., Beckett, L. A., Bennett, D. A., Craft, S., Fagan, A. M. (2011).Toward defining the preclinical stages of Alzheimer's disease: recommendations from the National Institute on Aging-Alzheimer's Association workgroups on diagnostic guidelines for Alzheimer's disease. Alzheimers Dement., 7(3), Veras, R. P., Caldas, C. P., Dantas, S. B., Sancho, L. G., Sicsu, B., Motta L. B. et al. (2007). Avaliação dos gastos com o cuidado do idoso com demência. Rev Psiq Clin., 34(1), Verhaeghen P. (2002). The interplay of growth and decline: Theoretical and empirical aspects of plasticity of intellectual and memory performance in normal old age. In R. D. Hill, L. Backman, A. Stigsdotter-Neely (Eds.), Cognitive rehabilitation in old age.(pp. 3-22).Oxford, UK: Oxford University Press. Yassuda, M. S., Batistoni, S. S. T., Fortes, A. G.& Neri, A. L. (2006). Treino de memória no idoso saudável: benefícios e mecanismos. Psicol. Reflex. Crit., 19(3):

22 Aramaki; Moraes, Battissaco & Cecato. Intervenção não-medicamentosa na Doença de Alzheimer: Efeitos da estimulação cognitiva. Yesavage, J. A., Brink, T. L., Rose, T. L., Lum, O, Huang V., Adey, M. et al. (1983). Development and validation of a geriatric depression screening scale: a preliminary report. J Psychiatr Res.,17(1), Zadikoff, C. & Lang,A. E. (2005).Apraxiainmovementdisorders. Brain.,128, Submissão: 10/11/2016 Última revisão: 22/11/2017 Aceite final: 28/11/

23 Lara, Jimenez, Tocornal, Cayupan, Gallardo, Mateluna & Alcaíno. Nudos críticos en la atención psicoterapéutica a migrantes y refugiados desde un centro universitario NUDOS CRÍTICOS EN LA ATENCIÓN PSICOTERAPÉUTICA A MIGRANTES Y REFUGIADOS DESDE UN CENTRO UNIVERSITARIO 1 Nódulos críticos no atendimento psicoterapêutico de migrantes e refugiados de um centro universitário Critical knots in the psychotherapeutic care of migrants and refugees from a university center Antonia Lara Universidad Católica Silva Henríquez Francisco Jimenez Universidad Católica Silva Henríquez Maria ConstanzaTocornal Universidad Católica Silva Henríquez Eva Cayupan Universidad Católica Silva Henríquez Ivania Gallardo Universidad Católica Silva Henríquez Damaris Mateluna Universidad Católica Silva Henríquez Michelle Alcaíno Universidad Católica Silva Henríquez Dirección: Antonia Lara CalleRooy 536, Santiago Centro. Correo: alara@ucsh.cl Antonia Lara Psicóloga clínica, coordinadora equipo Área de migración, Interculturalidad y Refugio (AMIR) del Centro de Estigios y Atención a la Comunidad (CEAC). Francisco Jimenez Psicólogo clínico, equipo AMIR. Maria Constanza Tocornal Antropóloga DIFI. Eva Cayupan Psicóloga clínica, equipo AMIR. Ivania Gallardo Psicóloga clínica, equipo AMIR. Damaris Mateluna Psicóloga clínica, equipo AMIR. Michelle Alcaíno Practicante de psicología, equipo AMIR. 1 Agradecimientos a la Dirección de Identidad y Formación Institucional (DIFI) de la Universidad Católica Silva Henríquez, por su apoyo y financiamiento para el proceso de sistematización y elaboración del artículo. 161

24 Lara, Jimenez, Tocornal, Cayupan, Gallardo, Mateluna & Alcaíno. Nudos críticos en la atención psicoterapéutica a migrantes y refugiados desde un centro universitario Resumen Este artículo busca aportar a la reflexión sobre aristas relevantes en la atención psicoterapéutica a inmigrantes, a partir de la sistematización de la experiencia clínica del equipo AMIR (Área de Migración, Interculturalidad y Refugio). Se identifican como nudos críticos: las diferencias en el uso de la lengua entre pacientes y psicoterapeutas, la situación de precariedad social y económica de los inmigrantes, y la ausencia de redes de apoyo en el país de acogida. Estos nudos repercuten en la relación transferencial con el psicoterapeuta, e implican una escucha atenta a los aspectos culturales y a la estructura psíquica de los pacientes. Palabras claves: migración; refugio; psicoterapia. Abstract This article seeks to contribute to the reflection on the relevant issues in the psychotherapeutic care in the AMIR team (Area of Migration, Interculturality and Refuge). Critical nodes are identified: differences in the use of language between patients and psychotherapist, the social and economic precariousness of immigrants, and the absence of support networks in the host country. These knots have repercussions on the transferential relationship with the psychotherapist, and involve an attentive listening to the cultural aspects and the psychic structure of the patients. Keywords: migration; refuge; psychotherapy. Resumo Este artigo busca contribuir para a reflexão sobre aspectos relevantes no atendimento psicoterapêutico de imigrantes, com base na sistematização da experiência clínica da equipe AMIR (Área de Migração, Interculturalidade e Refúgio). Identificam-se como pontos críticos: as diferenças no uso da linguagem entre pacientes e psicoterapeutas, a situação de precariedade social e econômica dos imigrantes e a ausência de redes de apoio no país anfitrião. Esses pontos causam repercussões na relação transferencial com o psicoterapeuta, e envolvem a escuta atenta dos aspectos culturais e a estrutura psíquica dos pacientes. Palavras-chave: migração; refúgio; psicoterapia. 162

25 Lara, Jimenez, Tocornal, Cayupan, Gallardo, Mateluna & Alcaíno. Nudos críticos en la atención psicoterapéutica a migrantes y refugiados desde un centro universitario Introducción En las últimas décadas, Chile se ha vuelto un activo receptor de migrantes, especialmente provenientes de Sudamérica. Según la encuesta Casen 2015 (MIDESO, 2016), un 2,7% de la población es inmigrante. Estos flujos migratorios responden a motivaciones laborales, y en algunos casos, a la búsqueda de condiciones de seguridad y estabilidad (Rojas & Silva, 2016). Lo anterior, genera una demanda en la atención en salud mental (Becerra & Altimir, 2013). En este contexto, el siguiente artículo tiene como propósito aportar a la reflexión de la clínica con población migrante, a partir de la identificación y discusión de algunos puntos críticos de la relación psicoterapéutica. Lo anterior, fue realizado en base al trabajo clínico realizado en el programa de Atención y Estudio en Migración, Interculturalidad y Refugio (AMIR), del Centro de Estudios y Atención a la Comunidad (CEAC) de la Universidad Católica Silva Henríquez; que desde el año 2010 ha atendido alrededor de 150 casos de personas provenientes de Perú, Colombia, México, República Dominicana e Inglaterra. La sistematización y reflexión en torno a la práctica clínica en el contexto de AMIR se desarrolló a lo largo de un semestre, en el cual se sostuvieron sesiones periódicas de reflexión entre los terapeutas del programa, para la revisión y discusión de las experiencias de intervención comunitaria y de atención individual. La reflexión se centró en las siguientes interrogantes: cuáles son las especificidades de la escucha clínica con personas inmigrantes en situación de refugio?, y qué rol juega la cultura, tanto del paciente como del terapeuta, en el desarrollo de la relación clínica? La reflexión se estructuró en tres fases. En la primera, se expuso la experiencia de atención individual de los terapeutas, donde cada uno manifestó los desafíos enfrentados en la atención de pacientes en condición de refugio. En una segunda fase, se 163

26 Lara, Jimenez, Tocornal, Cayupan, Gallardo, Mateluna & Alcaíno. Nudos críticos en la atención psicoterapéutica a migrantes y refugiados desde un centro universitario realizó una revisión bibliográfica respecto a migración, refugio y trabajo clínico en las corrientes psicoanalítica y sistémica, en el contexto nacional e internacional. Por último, en una tercera fase se organizó la reflexión y las sistematizaciones de cada reunión, con el objeto de articular un texto de autoría colectiva. Coordenadas subjetivas en el desplazamiento migratorio En su trabajo sobre migración argelina a Francia, Sayad (1998) propone una definición de la lógica del movimiento migratorio en las coordenadas del espacio y del tiempo. Espacialmente, la migración es un desplazamiento que implica el dislocamiento de personas en el espacio, físico, social, económico, político y cultural. Temporalmente, la migración constituye un estado provisorio (de derecho), aun cuando en los hechos se extienda por tiempo indefinido, al igual que la idea de retorno que toma un estatuto de mito, en tanto se tiene la idea de volver, pero esta se va posponiendo en el tiempo. Entre estas coordenadas de provisoriedad y dislocamiento, muchas veces el sujeto queda en conflicto con su propio proyecto migratorio. Como señala Sayad en las paradojas de la alteridad (1998). Una de las aristas que se problematiza en el recorrido migratorio es la pregunta por la pertenencia y la identidad. Como señala Bleichmar (2010), las identidades son puntos nodales de identificación con los modos sociales e históricos de producción de sujetos, que se traducen en coagulaciones discursivas de lo que soy (o debo ser) y lo que no soy. Los referentes de identificación remiten al Ideal del yo (Laplanche & Pontalis, 1996), es decir, a la instancia de articulación entre los ideales culturales, asumidos y experimentados como propios. De modo que en la experiencia de 164

27 Lara, Jimenez, Tocornal, Cayupan, Gallardo, Mateluna & Alcaíno. Nudos críticos en la atención psicoterapéutica a migrantes y refugiados desde un centro universitario dislocación, algunos de los referentes de identificación sociales y culturales se dislocarán para el sujeto que migra. De manera tal que, la dislocación de aquello que naturalmente se consideraba como propio : nacionalidad, género o clase, podría experimentarse como amenaza a la coherencia, totalidad y continuidad del yo. Una modalidad defensiva son los repliegues identitario hacia lo que se ha fijado como lo originario, por ejemplo, hacia la identidad nacional del país de procedencia, que constituye una imagen total al servicio de la constitución de un nosotros. Al mismo tiempo, dicho nosotros se identifica en la sociedad de llegada como otro, inmigrante, en un discurso identificante (Aulagnier 1997, 2003) que lo ubica en un cierto lugar social como etnificado, precarizado o naturalmente apto para realizar cierto tipo de trabajos y otros no. Así, se puede decir que en el trayecto de desplazamiento migratorio operan fijaciones, dislocaciones identitarias y reconfiguraciones subjetivas, que muchas veces abren al sujeto a pensarse en la dimensión del afuera, con respecto a otros y a sí mismo. En otras ocasiones, estas reconfiguraciones producen pertenencias paradojales, en las que a través de su extranjeridad, el sujeto se incluye y se excluye a la vez (Venturini, 2006). Estas pertenencias resultan problemáticas respecto del mandato cultural del Estado-nación, según el cual los sujetos están referidos a un solo lugar de pertenencia. Estas consideraciones implican mantener una escucha clínica a los malestares y sufrimientos de quienes se encuentran en el recorrido migratorio, tensionando las cordenadas del desplazamiento y provisoriedad. Este es un recorrido abierto y un espacio de indeterminación de los derroteros que pueda tomar, de manera que demanda una escucha clínica que no se centre en los supuestos y sobre-entendidos sociales de la figura del inmigrante, sino que entre al universo social, cultural y psíquico de cada caso. 165

28 Lara, Jimenez, Tocornal, Cayupan, Gallardo, Mateluna & Alcaíno. Nudos críticos en la atención psicoterapéutica a migrantes y refugiados desde un centro universitario Puntos críticos de la clínica con pacientes migrantes en situación de refugio Desde la experiencia del equipo de AMIR, se han identificado nudos críticos en la atención de pacientes en situación de refugio en Chile. Un primer elemento crítico que se pone de manifiesto al atender a pacientes inmigrantes y refugiados, corresponde al uso de la lengua y las palabras. A pesar de que la escucha se realiza con pacientes de habla hispana, la diferencia en el uso de las palabras hace que los significados sean interrogados, aclarados y en algunos casos negociados (Becerra & Altimit, 2013). En la situación clínica, muchas veces el no entender lo que el migrante dice o quiere decir provoca ansiedad en el terapeuta, siendo necesario que este sostenga la tensión entre la posición del sujeto que (supuestamente) sabe y el no entender exactamente lo que dicen las palabras del paciente. Lo anterior implica no adelantarse a tratar de entender lo más rápido posible los sentidos y significaciones de su discurso. Esto permitirá ir entrando en su universo de significaciones y sentidos, así como en las sonoridades de sus palabras: entonaciones, modulaciones y ritmicidad. De manera que en la indagación y escucha atenta a las diferencias en el uso de las palabras, se irá accediendo al universo significante del otro. Respecto al ámbito de las diferencias culturales, que se ponen en juego tanto en las maneras de decir y usar las palabras, como en las costumbres y valores, es importante considerar que no todo lo que le ocurre al paciente migrante tiene una determinación cultural. En el contexto de atención en salud mental al inmigrante, se tiende a culturizar los padecimientos, malestares y sufrimientos psíquicos, toda vez que se los identifica y sobresignifica culturalmente; en una cierta atribución nacional de la etiología de los síntomas (Brigidi, 2009). Lo anterior, muchas veces obtura que el clínico analice sus propios valores, costumbres e ideas preconcebidas que se ponen en 166

29 Lara, Jimenez, Tocornal, Cayupan, Gallardo, Mateluna & Alcaíno. Nudos críticos en la atención psicoterapéutica a migrantes y refugiados desde un centro universitario juego, las cuales en ocasiones pueden constituir un obstáculo en la escucha al otro. Es importante dar espacio a estos aspectos tanto en el equipo de trabajo como en el dispositivo de supervisión, con el propósito de no llegar a actuarlos en transferencia con el paciente. Un segundo nudo crítico tiene que ver con la situación social y económica de precariedad que experimentan en el país de destino, algunos de los pacientes migrantes laborales y refugiados: dificultades para legalizar sus documentos profesionales, difícil acceso a fuentes laborales y a vivienda, etc. Se debe considerar que en el caso del refugio, las personas emigran de su país por causas que los llevan a salir de manera abrupta, relacionadas con amenazas o peligro inminente de su integridad o la de sus familiares. En muchas situaciones, han tenido que dejar a sus familiares en sus países, viajando solos o solas a Chile, lo cual genera angustia, miedo y culpa por la vida e integridad de aquellos que se quedaron en el país de expulsión. Así también, pueden haber sido sometidos a situaciones de peligro en el recorrido desde el país de salida. Al respecto, Gonsalves (1992) señala que un nivel mayor de estrés durante el viaje al nuevo país predice mayores riesgos en el asentamiento de estos pacientes. La precariedad social y económica que enfrentan inmigrantes y refugiados en el país de acogida, los lleva a centrarse en la resolución de esas carencias, dejando de lado, en muchas ocasiones, la preocupación por su salud mental. Desde la experiencia del equipo de AMIR, se ha observado que estas condiciones precarias pueden generar sintomatología en los pacientes refugiados. Al mismo tiempo, las carencias que experimentan los consultantes, a veces los llevan a hacer demandas que superan los límites del encuadre psicoterapéutico, frente a lo cual el equipo los deriva a otras instituciones que brinden asesoría legal o de acceso a necesidades de vida práctica. 167

30 Lara, Jimenez, Tocornal, Cayupan, Gallardo, Mateluna & Alcaíno. Nudos críticos en la atención psicoterapéutica a migrantes y refugiados desde un centro universitario Un tercer nudo crítico de la atención a refugiados tiene relación con el hecho de que la mayoría cuenta con pocas o nulas redes de contacto y apoyo, o que la misma red se vuelve una posible amenaza para ellos. Algunos pacientes relatan que prefieren no vincularse con compatriotas por temor a reproducir situaciones de violencia de su país de origen, o por desconfianza a que sean parte de las redes organizadas que los obligaron a salir del país, y que los habrían seguido hasta Chile. Lo anterior tiene varias repercusiones en la instalación de la transferencia, entendida como la condición necesaria para llevar a cabo los tratamientos (Laplanche & Pontalis, 1996). Por una parte, al tener pocos vínculos en su vida en Chile, para algunos pacientes la relación psicoterapéutica constituye una de las únicas relaciones y espacios de contacto social, generando muchas veces una relación transferencial intensa. A la vez, las expectativas respecto a la relación psicoterapéutica pueden superar las posibilidades del contexto de trabajo clínico, demandando, por ejemplo, una relación de amistad. La vulneración de derechos y situaciones de violencia social experimentada por las personas en condición de refugio, hace surgir la desconfianza en las personas y en las instituciones, lo que puede constituir un obstáculo en la instalación de la transferencia. Sin embargo, verbalizar esta desconfianza puede proveer de material de trabajo clínico que permita la elaboración de los efectos psíquicos del poder y la violencia. De esta manera, la construcción de un laso transferencial de consfianza, puede tomar más tiempo de lo esperado, y por tanto, es importante no dar por sentado que se ha establecido una transferencia de trabajo clínico antes de tiempo. Para los clínicos, la desconfianza en el vínculo genera en ocasiones, vasilaciones e interrogaciones respecto al estatuto del relato del paciente sobre la situación que motivó el refugio. Lo anterior, puede desplegarse tanto en el sentido del engaño que 168

31 Lara, Jimenez, Tocornal, Cayupan, Gallardo, Mateluna & Alcaíno. Nudos críticos en la atención psicoterapéutica a migrantes y refugiados desde un centro universitario lleva a dudar sobre la veracidad de los hechos relatados; como de la manifestación de una fantasía persecutoria, lo que propicia el sobre diagnóstico de paranoia en los pacientes. A partir de lo anterior, creemos que los procesos de psicoterapia van avanzando en la medida en que la transferencia se instala y las necesidades de vida práctica se han satisfecho mínimamente (trabajo, domicilio, salud, educación, etc.). Las condiciones del presente van dejando paso al relato de experiencias y conflictos anteriores a la emigración, que fueron suprimidos inicialmente dentro de la experiencia de refugio (Gonsalves, 1992). Muchas veces, estos conflictos se han reactivado o elicitado en el trayecto migratorio, pudiendo ser pensados y elaborados por el paciente con posterioridad a la salida de su país, en situación de premura. A modo de conclusión La perspectiva de trabajo clínico de AMIR se funda en la premisa que los malestares, síntomas y sufrimientos de los migrantes no se reducen sólo a una etiología cultural, sino al entramado de dimensiones socioculturales, políticas y psíquicas que componen su subjetividad. Nuestra perspectiva de atención propone sostener una posición y escucha clínica que da lugar a la angustia que surge de no entender en un momento inicial. Lo anterior permite que el terapeuta pueda entrar al mundo de sonoridades y significaciones del paciente, para interpretar, intervenir, construir, o subrayar respecto de su malestar y sufrimiento por medio de sus palabras. En esta posición, se presta atención también a las valoraciones, significaciones e ideas preconcebidas del terapeuta respecto al otro extranjero, lo que es necesario tramitar en el dispositivo de supervisión clínica, con el propósito de no hacerlo operar 169

32 Lara, Jimenez, Tocornal, Cayupan, Gallardo, Mateluna & Alcaíno. Nudos críticos en la atención psicoterapéutica a migrantes y refugiados desde un centro universitario en la transferencia como una defensa del analista. También se identifican los límites del encuadre terapéutico, lo cual lleva al trabajo en red con otras instituciones para solucionar problemas que se puede presentar en la vida práctica del paciente en el proceso de asentamiento migratorio. Proponemos que la experiencia migratoria no necesariamente causa un trauma psíquico, sino que su carácter dependerá de las condiciones en que esta se ha realizado. En este contexto, la clínica no debiera orientar al sujeto a la asimilación ni a la aculturación, sino a la reconstitución de la confianza en el otro a través de la palabra, para la instalación de la transferencia, acompañándolo en los derroteros de su trayecto, abriendo espacio subjetivo a aquello que es del orden de la creatividad y de lo nuevo. Referencias Becerra M. & Altimir A. (2013). Características y necesidades de las personas migrantes que consultan en salud mental: la emergencia del fenómeno de encuentro intersubjetivo de negociación intercultural. De familias y Terapia, 35, Brigidi, S. (2009).Políticas públicas de Salud Mental y Migración Latina en Barceona y Génova (Tesis doctoral). Universitat Rovira I Virgili, Tarragona, España Gonsalves, C. (1992). Psychological Stages of the Refugee Process: A Model for Therapeutic Interventions. Professional Psychology: Research and Practice, 23 (5), Laplanche, J. & Pontalis, J. (1996). Diccionario de Psicoanálisis.Barcelona: Paidos. MIDESO. (2016). Casen Inmigrante: Principales resultados (Versión Extendida). Recuperado em 24 de octubre, 2017 de 170

33 Lara, Jimenez, Tocornal, Cayupan, Gallardo, Mateluna & Alcaíno. Nudos críticos en la atención psicoterapéutica a migrantes y refugiados desde un centro universitario multidimensional/casen/docs/casen_2015_inmigrantes_ _exte NDIDA_publicada.pdf. Rojas, N. & Silva, C. (2016).La migración en Chile: Breve reporte y caracterización. Informe Observatorio Iberoamericano sobre Movilidad Humana, Migraciones y Desarrollo (OBIMID). Madrid: Universidad Pontificia Comillas. Sayad, A. (1998).A imigracao ou os paradoxos da alteridade.são Paulo: Edusp. Venturini, S. (2006). La emergencia del sujeto en la migración. Aesthethika, 2(2), Submissão: 27/10/2017 Última revisão: 16/11/2017 Aceite final: 24/11/

34 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. HISTÓRIA DA PSICOLOGIA EM CONTEXTO: TEORIA, CONCEITOS E IMPLICAÇÕES METODOLÓGICAS History of Psychology in Context: theory, concepts and methodological implications Historia de la Psicología en Contexto: teoría, conceptos e implicaciones metodológicas Paulo Coelho Castelo Branco Universidade Federal da Bahia Sérgio Dias Cirino Universidade Federal de Minas Gerais Endereço para correspondência: Universidade Federal da Bahia Rua Rio de Contas, 58, Gabinete 22. Bairro Candeias, Vitória da Conquista - BA, pauloccbranco@gmail.com sergiocirino99@yahoo.com Paulo Coelho Castelo Branco Professor Adjunto do Instituto Multidisciplinar em Saúde da Universidade Federal da Bahia. Doutor em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Coordenador do Núcleo de Estudos em Psicologia Humanista. Sérgio Dias Cirino Professor Associado do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Doutor em Psicologia pela Universidade de São Paulo. Coordenador do Grupo de Trabalho de História da Psicologia da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP). 172

35 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. Resumo Este artigo propõe apresentar, didaticamente, a História da Psicologia em Contexto como uma linha de pensamento que contribui para o desenvolvimento metodológico de pesquisas historiográficas. Essa perspectiva histórica circunscreve uma discussão que centra atenção nos elementos que constituem um conhecimento psicológico e possibilitam suas extensões e apropriações em outros contextos, enaltecendo suas localidades e especificidades em relação a sua matriz. Descrevemos a História da Psicologia em Contexto em relação: às fundações teóricas que definem a sua linha de pesquisa; aos conceitos que adornam os estudos de um conhecimento psicológico, a saber, geografia intelectual central e periférica, recepção e indigenização; às suas implicações metodológicas. Por fim, consideramos as potencialidades da História da Psicologia em Contexto. Palavras-Chaves: Historiografia; Metodologia; Métodos de Pesquisa-Psicologia; Psicologia-História. Abstract This article presents, didactically, the History of Psychology in Context as a line of thinking that contributes to the methodological development of historiography research. This historical perspective circumscribes a discussion that focuses attention on elements that constitute the psychological knowledge and enable your extensions and appropriations in other contexts. We describe the History of Psychology in Context in relation: its theoretical foundations that define their research line; the concepts that adorn the psychological knowledge study, namely, intellectual geography of center and periphery, reception and indigenization; its methodological implications. Finally, we consider the potentialities of the History of Psychology in Context. Keywords: Historiography; Methodology; Research Methods-Psychology; Psychology- History. Resumen Este artículo propone presentar, didácticamente, la Historia de la Psicología en Contexto como una línea de pensamiento que contribuye al el desarrollo metodológico de investigaciones historiográficas. Esa perspectiva histórica rodea una discusión que centra la atención en los elementos que constituyen un conocimiento psicológico e posibilitan sus extensiones y apropiaciones en otros contextos, enalteciendo sus localidades y especificidades en relación a su matriz. Describimos la Historia de la Psicología en Contexto en relación a: los fundamentos teóricos que definen su línea de investigación; a los conceptos que adornan los estudios de un conocimiento psicológico, es decir, geografía intelectual central y periférica, recepción e indigenización; a sus implicaciones metodológicas. Al final, consideramos las potencialidades de la Historia de la Psicología en Contexto. Palabras claves: Historiografía, Metodología, Metodos de Investigación-Psicología; Psicología-Historia. 173

36 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. Introdução O campo da História da Psicologia tem se organizado no Brasil conforme diversos grupos de pesquisas que propiciam um pluralismo de pesquisas sobre os mais variados temas (Jacó-Vilela, Jabur & Rodrigues, 2008; Campos, Jacó-Vilela & Massimi, 2010; Lourenço, Assis & Campos, 2012; Araújo, 2013; Assis & Peres, 2016). Atualmente, é possível identificar a institucionalização nacional desse campo em sociedades, grupos de trabalho na Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia, periódicos e linhas de pesquisa em programas de pós-graduação. Com efeito, suscitam-se muitos debates teóricos e metodológicos sobre os possíveis tipos de pesquisa que auxiliam o psicólogo historiador (Brožek & Massimi, 1998; Assis & Peres, 2016). Dentre eles, situamos a História da Psicologia em Contexto, uma perspectiva de pensamento histórico profícua à formação de estudantes interessados em investigar o desenvolvimento da Psicologia, segundo os seus movimentos migratórios e suas nuances locais. Com o intuito de organizar os aspectos metodológicos concernentes à História da Psicologia em Contexto, este artigo objetiva servir como uma introdução dessa perspectiva de estudo, inspirada pelas variadas produções de psicólogos historiadores interessados pela temática (Danziger, 2006; Cirino, Miranda & Souza, 2012; Cirino, Miranda & Cruz, 2012; Lourenço et al., 2012; Cirino, Miranda Cruz & Araújo, 2013; Pickren & Rutherford, 2010, 2012; Pickren, 2012; Brock, 2014; Castelo-Branco, Rota, Miranda & Cirino, 2016). Apresentamos, pois, alguns conteúdos reflexivos úteis à proposição de uma História da Psicologia em Contexto. Para isso, a primeira parte do artigo circunscreve um entendimento sobre os aspectos fundacionais e teóricos dessa proposta. A segunda expõe os conceitos de geografia intelectual central e periférica, recepção e 174

37 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. indigenizaçãodo conhecimento psicológico. A terceira discute as implicações da História da Psicologia em Contexto para a pesquisa historiográfica. Definição da História da Psicologia em Contexto Entendemos a História da Psicologia em Contextocomo uma linha de pensamento em História da Psicologia, inspirada e embasada pelos pensamentos de Danziger (2006), Pickren (2012), Pickren e Rutherford (2010, 2012). Tal perspectiva argumenta que a visão tradicional de História da Psicologia ignora o conhecimento psicológico teórico, prático e histórico produzido fora das cercanias estadunidenses e europeias. É conveniente notar como, historicamente, a constituição do conhecimento ocidental aconteceu mediante uma formulação epistemológica vinculada a saberes oriundos de países situados ao norte da linha do equador (Santos, 2009). No caso da Psicologia, são notórias as hegemonias epistemológicas derivadas da Alemanha, dos EUA, da França, da Inglaterra, da Rússia (União Soviética) e da Itália. Ressaltamos que muitas correntes de pensamento psicológico, após o seu surgimento, difundiram-se para outros países. Isto implica duplo movimento, em que há, inicialmente, uma dependência em relação a essa matriz (potência externa) e, posteriormente, ocorre uma polaridade histórica que enseja uma heterogeneidade abissal em relação ao que ocorre no centro de produção de um conhecimento psicológico (Klappenbah & Pavesi, 1998). Obviamente, houve extensões desses conhecimentos para outros países situados ao sul da linha do equador. Observamos, no entanto, a necessidade de uma reflexão sobre as consequências dessa migração de conhecimento (Santos, 2009), sobretudo no tocante a sua constituição histórica local. Em países como o Brasil é possível observar 175

38 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. exemplos de recepções de ideias estrangeiras de forma descontextualizada, relativamente ao seu domínio epistemológico originário, para se combinar a novas ideias harmonizadas às contendas locais (Klappenbach & Pavesi, 1998). Sob a luz da Psicologia do norte, muitas dessas assimilações e elaborações próprias a uma cultura do sul tendem a ser desvalorizadas ou atentadas com curiosidade. Na desvalorização, rege uma lógica colonial de propagação, dominação e legitimação dos saberes do norte. Na curiosidade, percebe-se uma lente crítica a qual argumenta que não existem psicologias neutras, pois há práticas científicas e não científicas que criam outras linhas de conhecimento alheias às epistemologias do norte e circunscritas em uma forma de conhecimento autônoma e dotada de rigor (Santos, 2009). Essas teorias e práticas psicológicas poderiam ser vinculadas a uma epistemologia do sul, entendida como um (...) conjunto de intervenções epistemológicas que denunciam a supressão de saberes levada a cabo, ao longo dos últimos séculos, pela norma epistemológica dominante, valorizam os saberes que resistiram com êxito e as reflexões que estes têm produzido e investigam as condições de um diálogo horizontal entre conhecimentos (Santos, 2009, p. 07). Com efeito, a dispersão do pensamento psicológico não ocorre somente nas formas de variação relativamente ao seu objeto de estudo, método, teoria, prática e visão de sujeito e mundo. Acrescenta-se a isso a disseminação do pensamento psicológico em diversos países, que assimilaram ideias oriundas de sua epistemologia do norte e as atualizaram de forma autônoma, ganhando contornos específicos. A História da Psicologia em Contexto, destarte, sugere uma visada historiográfica baseada no conhecimento psicológico produzido localmente em outras regiões geograficamente consideradas fora dos centros de fundação do conhecimento 176

39 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. psicológico. Essa visada não desconsidera a questão dos fatos históricos, das sucessões temporais e suas fontes de informação, mas se distancia de uma tradição homogênea de História Geral da Psicologia como fonte ortodoxa legitimadora de certezas que sustentam a prática psicológica. Não se trata de invalidar outras histórias da Psicologia, mas problematizá-las em seus limites e complementá-las (Klappenbah & Pavesi, 1998). No transcurso do que foi exposto, salientamos a existência de um conjunto de conceitos que contribuem com a fundamentação e o pensamento da História da Psicologia em Contexto. Tal conjunto, esmiuçado em seguida, acena para algumas articulações conceituais, organizadas pelos autores deste artigo. Geografia intelectual central e geografia periférica do conhecimento psicológico A História da Psicologia está organizada como o estudo de importantes perspectivas do pensamento psicológico, como as comportamentais, as humanistas e as psicanalíticas, entre outras. Essa abordagem tradicional tem a vantagem de organizar o conhecimento psicológico; porém, reside o pressuposto implícito de que outros percursos de pensamento psicológico, desenvolvidos fora do eixo geográfico onde se originaram as mencionadas psicologias, não têm importância ou o mesmo valorintelectual (Pickren & Rutherford, 2010). Conforme Danziger (2006), após a Segunda-Guerra Mundial, houve um expansionismo da Psicologia dos EUA, e acrescentamos da Europa, para outros países da América, ocasionando a emergência de conhecimentos psicológicos periféricos mais ou menos autônomos em relação a um centro de referência estadunidense. Nesse processo, muitas psicologias dos EUA e da Europa ofereceram, explicita e implicitamente, objetivos universais de validação do seu conhecimento, tornando-se 177

40 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. eixos de referência centrais à condução de um pensamento psicológico. Formam-se, então, as psicologias centrais, entendidas como aquelas que produziram um entendimento teórico e prático que marcaram um posicionamento fundamental na emergência de um conhecimento psicológico, situado geograficamente num eixo de referência à produção desse conhecimento. Na segunda metade do século XX, entretanto, muitos conhecimentos se estabeleceram geograficamente à margem dessa Psicologia central (Danziger, 2006). Com efeito, esse eixo de referência produziu uma distinção entre o que é considerado central (homogêneo) e periférico (heterogêneo, mas com um apoio naquilo que é central). Formam-se, pois, perifericamente ao eixo estadunidense e europeu, diversas localidades geográficas e intelectuais de Psicologia, autônomas e distintas entre si. Logo, para tornar o campo da História da Psicologia completo, utiliza-se de uma perspectiva mais global que amplia o foco para o que acontece fora dos centros de fundação do conhecimento psicológico, dado que a Psicologia não é mera continuação desses polos (Pickren & Rutherford, 2012). Compreende-se, então, como um conhecimento psicológico se naturalizou fora dos centros do EUA, por exemplo, e foi incorporado segundo uma hibridização, adaptada às querelas de uma localidade. Existem, pois, fatores sociais, culturais e políticos que afetaram essas linhas de pensamento periféricas e minimizaram sua importância na História da Psicologia. O desafio é abordar aquilo que não foi contado nas páginas dos manuais dessa vertente científica. As psicologias consideradas periféricas revelam, pois, uma complexidade histórica pouco conhecida, mas embebida de teorias e práticas que refletem um contexto de ideias genuínas. Embora as psicologias estadunidense e europeia sejam consideradas formas e referências universais de se fazer Psicologia, interessa atentar e historiografar a Psicologia que está se desenvolvendo geográfica e intelectualmente em outros países 178

41 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. fora desse eixo considerado central ao pensamento psicológico. Este não deve ser tomado com a Psicologia (Pickren & Rutherford, 2010). Nesse sentido, Danziger (2006) denuncia que os livros tradicionais de História da Psicologia pouco atentam para o que acontece nos países sul-americanos e africanos, desfocando a Psicologia que se constituiu nestes locais. Muito disso acontece, talvez, pela concepção de que o conhecimento produzido nos países periféricos não é generalizável aos países centrais. Outro motivo possível seria a falta de recursos para montar grandes pesquisas sobre um determinado assunto o que não implica falta de criatividade para abordá-los. Destarte, uma perspectiva historiográfica da Psicologia em contexto, em cada caso, assume, geográfica e intelectualmente, quem é o centro e quem é a periferia do conhecimento estudado para considerar como ocorreu a recepção de ideias de um polo para outro (Pickren & Rutherford, 2010). Recepção de conhecimentos psicológicos O conceito de recepção de conhecimentos psicológicos tem origem na Estética da Recepção da obra literária, postulada por Hans Robert Jauss (Dagfal, 2004). Em linhas gerais o vocábulo recepção alude a duplo movimento de apropriação e intercâmbio de ideias. Na acepção ora particularizada à História da Psicologia em Contexto, Dagfal (2004) define o termo recepção como propício a uma dupla função, pois expressa um sentido ativo e outro passivo. É um ato duplo que aponta para um efeito produzido pela obra psicológica em um público que a recebe; e indica uma função ativa do leitor que concretiza um sentido para a obra. O leitor seleciona o conhecimento psicológico (que pode abranger teorias, conceitos, práticas ou instrumentos) e o seu 179

42 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. sentido, segundo uma tradição que o confronta. Ele pode se apropriar do passado, incluindo interpretações advindas de terceiros, e pode romper com o sucedido, superando-o. Essa interação de recepção com superação concretiza um sentido para o conhecimento daquilo que lhe é próprio e daquilo que se dispõe a ela ultrapassar. A recepção de um conhecimento implica, pois, uma fusão de horizontes que se ancora em uma dada situação social carente de nexos de recepção e produção de ciência. A recepção parte da experiência subjetiva do autor para uma relação intersubjetiva com o leitor e, posteriormente, dos leitores entre si (Dagfal, 2004). Por diversas razões, em cada momento histórico, em todo lugar, o interesse de um público está mais preparado para receber certos conhecimentos psicológicos. Para Danziger (2006), isso é um fator intersubjetivo em que um horizonte de expectativas se articula em um interesse intelectual. Esta estrutura intencional caracteriza uma disciplina com objetivos próprios e interesses em comum que podem se estender a outras disciplinas e agentes sociais. Esse interesse intelectual articula fatores intra e extradisciplinares na produção e recepção do conhecimento (Dagfal, 2004). Quando um autor escreve uma obra de Psicologia, ele o faz por interesses idiossincrásicos e sociais, compartilhados por uma comunidade de pares. Todo autor, entretanto, antes de tudo, é um leitor perpassado por uma fusão de horizontes que, por um lado, intenciona honrar uma tradição e, de outra parte, a situa para a frente, segundo novas discussões. No esteio do pensamento de Dagfal (2004), outra categoria conceitual que interessa à História da Psicologia em Contexto, inspirada em Bourdieu, refere-se ao campo. Este expressa à autonomia relativa a uma comunidade científico-intelectual, que se relaciona com outros grupos e influências sociais mais gerais. Essa comunidade tem regras e rituais específicos constitutivos de um sistema relacional objetivo, com 180

43 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. propriedades próprias e posições adquiridas, que dão valor às ideias, textos e práticas dos seus agentes, sejam estes pessoas, grupos ou linhas de pensamento. Dentro do campo, há autoridades que acumulam um capital simbólico dotado de competência e luta por legitimidade. Esse reconhecimento somente vem dos pares que integram o mesmo terreno e, também, competem por igual acumulação de capital simbólico. A noção de campo abre, pois, um caminho para abordar a complexidade das escolas psicológicas em suas unidades e anarquismos disciplinares, pelos seus subcampos (Dagfal, 2004). Do mesmo modo, a categoria problemática, postulada por Danziger (2006), complementa o exposto. Cabe distinguir essa ideia em relação ao termo problema. Este é contingente e remete a uma dimensão individual e consciente daquilo que aparece como um obstáculo ou dificuldade para estabelecer um conhecimento. A problemática se refere a uma troca coletiva, de um grupo, que, por vezes inconscientemente, constitui um marco com origem no qual os problemas individuais são possíveis. Para Danziger (2006), as atividades que propiciam um conhecimento apenas têm lugar em um contexto de resolução de problemas que não significam invenções individuais, mas estão inseridos em uma problemática. Em suma, as mencionadas reflexões conceituais são proveitosas à História da Psicologia em Contexto, pois, conforme assinala Dagfal (2004): rompem com as velhas antinomias entre o social e o disciplinar, o externo e o interno; compreendem os problemas históricos em um marco transindividual e intersubjetivo; e aspiram a uma certa objetividade, não ingênua. O exame de um conhecimento psicológico considera, pois, seus mecanismos dialéticos de produção e recepção entre países considerados eixos centrais e periféricos de um conhecimento psicológico. A recepção de conhecimentos psicológicos oriundos de uma psicologia estrangeiraevoca, portanto, um 181

44 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. ecletismo de ideias recebidas que, justapostas, exprime um horizonte de sentidos e expectativas radicalmente distintos de seu solo originário, pois estão situados em um novo contexto social e científico. O emprego do conceito de recepção para o estudo historiográfico da Psicologia em Contexto torna-se importante, ao argumentar que existe um componente propriamente brasileiro nos conhecimentos psicológicos advindos de uma geografia intelectual central, quando estes chegam ao país. Essa perspectiva de Psicologia brasileira não é mera conformação de um pensamento estrangeiro, pois se trata de uma apropriação ativa, que inclui um âmbito de experiência a impulsionar outros horizontes de problemas, os quais estabelecem novos sentidos e formas de relação de um pensamento com o seu público. Eis a assunção de um eixo intelectual periférico. Entendemos que a recepção de conhecimentos psicológicos implica estudar a história de uma corrente psicológica contemporânea e investigar as formas como esta foi legitimada em diversos países, adentrando as condições que possibilitaram a recepção do seu conhecimento em cada país. Indicamos alguns exemplos dessa visada (Klappenbach, 1999; Cirino et al., 2012; Castelo-Branco et al., 2016). O estudo da recepção de uma psicologia explora o contexto científico-cultural, social e institucional de um país receptor para examinar como este recebeu um determinado conhecimento psicológico e refletir o modo como esse conhecimento circulou nele, assinalando suas diferenças e especificidades em relação ao país central. Indigenização do conhecimento psicológico Não raro, a visão tradicional de História da Psicologia sobre os países periféricos entende a constituição do saber psicológico conforme suas condições passivas de 182

45 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. aceitação das ideias estrangeiras, em uma circulação não científica. Posteriormente, ocorre uma propagação de instituições ianques e europeias que estimulam a formação e a produção científica no país colonizado. Por fim, o eixo periférico começa a ganhar maturidade e reconhecimento do país colonizador (Pickren & Rutherford, 2012). Uma lente mais contemporânea e crítica argumenta que a visão mencionada desconsidera a hibridização e o encontro sociocultural que um conhecimento psicológico defronta em sua recepção nos países periféricos. Isso decorre da naturalização desse conhecimento como uma mera reprodução das ideias estrangeiras, desatinando para a dinâmica implícita da transformação pela qual o conhecimento psicológico passou nesse intercâmbio cultural. Nesse âmbito, a História Psicologia em Contexto reconhece o processo de indigenização das ideias psicológicas. Segundo Masolo (2009), o termo indígena refere a uma série de significados-sinônimos como aquilo que é local, nativo ou original. Em suma, o termo define a origem de elementos de um conhecimento segundo o seu contexto local, respeitando seus agentes locais e suas caracterizações temporais. Nessa perspectiva histórica, o termo neológico indigenização é utilizado com maior frequência para analisar a mobilidade de pessoas, ideias e objetos de estudo que se configuraram de forma específica em diversos lugares, ao longo do tempo. Logo, o processo de indigenização aponta para a (...) construção local do conhecimento e da práxis psicológica (é preciso ter cuidado para garantir que este termo não seja usado em qualquer sentido que sugira que as psicologias nativas são de algum modo primitivas) (Pickren & Rutherford, 2012, p. 59). A indigenização alude, também, à promoção daquilo que não é hegemônico segundo um país central, pois é localmente produzido e instalado no topo de seu funcionamento próprio. Em tal disseminação, incorre-se um processo de indigenização 183

46 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. dos conhecimentos psicológicos que se tornam híbridos em relação a sua geografia intelectual central e colaboram com a elaboração de uma geografia intelectual periférica, ao serem recebidos em um dado país. Entende-se, pois, o processo de indigenização como um movimento em que um determinado conhecimento se torna distinto e híbrido em relação a sua matriz original (Masolo, 2009). No caso da Psicologia brasileira, a despeito da origem epistêmica do norte, existem várias teorias e práticas que se atualizaram de forma autônoma e ganharam contornos locais específicos que se distinguiram de sua matriz original. A apropriação do termo mencionado implica, pois, uma análise da assimilação histórica de certas ideias que formam uma linha de pensamento (dotada de teoria e prática). Esse exame evoca uma distinção entre o que é local e importado, o que é nativo e imigrante, o que é original ou estrangeiro (Masolo, 2009). Parte-se, portanto, da suposição inicial de que qualquer psicologia que teve sucesso em um determinado país deve isso ao seu processo de recepção e indigenização, beneficiando-se dos aportes cultuais de sua época. Danziger (2006) entende que a indigenização de um conhecimento psicológico expressa uma consciência de si que atenta para o desenvolvimento de variações do fazer profissional, mais sintonizadas com as contendas regionais do que as estrangeiras. Essa perspectiva atenta para as tradições de cada contexto. Em alguns casos, a indigenização promove mudanças superficiais em relação às psicologias centrais, ao passo que, noutros, envolve mudanças radicais que rompem ou reestruturam com o que era central. O mencionado autor utiliza a palavra indigenização, ainda, para referir a um fenômeno relativamente novo da História da Psicologia moderna. Consoante esse historiador, as raízes da Psicologia moderna se encontram nas tradições psicológicas e filosóficas europeias dos séculos XIX-XX, em específico na Biologia evolucionista inglesa, na Psiquiatria 184

47 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. francesa e na Fisiologia experimental alemã. Todas essas tradições foram importantes na formação da Ciência psicológica e, ao se dispersarem para outros países, foram alvo de modificações em relação as suas teorias e práticas originais. Mesmo os países centrais que receberam essas ideias, a exemplo dos EUA, foram marcados por um processo de indigenização. Logo, é na dispersão e recepção das ideias psicológicas que a indigenização faz sentido para contrapor uma universalidade da Psicologia. Assim, a História da Psicologia em Contexto trabalha com uma tensão entre o ocorrente nos centros de produção do conhecimento psicológico e o acontecido na periferia desses centros, em termos de recepção e indigenização. Reconhecemos a existência de histórias contextuais diversas que revelam uma multiplicidade de perspectivas policêntricas sobre um objeto de estudo, práticas, imposições, resistências, adaptações e incorporações de valores locais e estrangeiros (Brock, 2014). Há, portanto, um construcionismo social que permite entender essa mudança de foco como não resultante no equívoco de desconsiderar o passado, e que essa visada produz um novo objeto de estudo. Os psicólogos elaboram os objetos que eles querem estudar e o mesmo se aplica aos historiadores da Psicologia. Com efeito, o campo da História da Psicologia em Contexto não é homogêneo e estático, dado que existem correntes de Psicologia fora do circuito das psicologias entendidas como centrais. Implicações metodológicas da História da Psicologia em Contexto Compreendemos historiografia como uma abordagem de pesquisa que empreende uma (re)construção do passado, de modo a identificar os vestígios de um dado conhecimento psicológico, para coletá-los, descrevê-los, organizá-los e analisá-los conforme um entendimento próprio do pesquisador. As principais fontes 185

48 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. historiográficas da ciência psicológica se encontram em trabalhos publicados, instrumentos elaborados e práticas difundidas em centros de formação do psicólogo (Araújo, 2012). Situamos, destarte, a História da Psicologia em Contexto como um conjunto de elaborações conceituais que oferece apoio e inspiração para historiógrafos organizarem uma intelecção própria de coleta e análise de dados concernentes à contextualização de um conhecimento psicológico, em sua passagem de um eixo geográfico central para um eixo geográfico periférico, mediante suas recepções e indigenizações. Como toda perspectiva de pesquisa, a História da Psicologia em Contexto enfrenta obstáculos em seu cumprimento, pois existe um grande fragmento de informações distintas e dispersas em vários períodos e países fora do eixo estadunidense e europeu. A motivação para investigar materiais de acesso restrito ou difícil e em outras línguas são disposições a serem consideradas no início da pesquisa. Algumas questões norteadoras úteis para desencadear a pesquisa são: como esse conhecimento psicológico se desenvolveu em um eixo central e migrou para um eixo periférico? Que novos aspectosdo passado e do presente poderíamos enxergar, se lançássemos nova luz sobre eles? Torna-se necessário, ainda, inicialmente destacar o país, o período e a linha de conhecimento psicológico que serão estudados em contexto (Pickren & Rutherford, 2010). O motivo da delimitação de tal período merece uma justificativa. Após esta demarcação inicial, que circunscreve o objeto de estudo a ser visado historiograficamente, urge se voltar para o surgimento do conhecimento psicológico em questão. Nesse momento, descreve-se o plano de consistência que embasa e fundamenta o conhecimento psicológico em uma perspectiva internalista aos seus autores e principais expoentes. Contudo, reconhece-se que estes não estão isolados de um 186

49 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. contexto sociocultural, pois não se pode supor um prosseguimento unilateral da influência de um pensador sobre os seus fatores contextuais e vice-versa. O contexto intelectual do conhecimento psicológico estudado é abordado com atenção a suas circunscrições sociais e culturais (Hilgard, Leary & McGuire, 1998). Argumentamos que, nesse momento inicial de pesquisa, devemos atentar para as histórias emergidas e moldadas pelas pessoas e culturas que desenvolveram o enfocado conhecimento psicológico em seu país central. Este momento é importante para salientar os vieses, pressupostos e planos de coerências, explícitos e implícitos, de uma corrente psicológica. Há, entretanto, uma limitação em reconhecer que essa perspectiva histórica é fraca no concernente aos seus questionamentos reflexivos e a sua propagação além do seu solo originário (Pickren & Rutherford, 2012). Consideramos que os procedimentos intelectivos dissertados, até então, figuramse como a primeira parte da pesquisa historiográfica da Psicologia em contexto. Essa parte serve para descrever o panorama que fundamenta e circunscreve o conhecimento psicológico em questão, para possibilitar melhor visualização de como ele se ampara em um eixo geográfico central. Não é o caso de escrever um tratado amplo ao surgimento do conhecimento psicológico estudado, mas é importante possibilitar para o leitor o entendimento assertivo desse conhecimento e do contexto matricial em que ele emerge e se difunde. Cabe ressaltar que o historiógrafo pode se valer de algumas fontes, como artigos, livros, comentadores de um assunto, boletins, folhetins etc., para fundamentar a assunção do conhecimento psicológico. Posteriormente, na segunda parte da pesquisa, aprofunda-se a unidade cultural em que o conhecimento psicológico se estendeu, de modo a entender como a recepção de suas ideias se relaciona com a cultura do país periférico receptor, segundo suas querelas históricas. De forma semelhante à parte anterior, deve-se atentar para as 187

50 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. histórias compostas pelas pessoas e culturas que desenvolveram o enfocado conhecimento psicológico em seu país periférico. As fontes elaboradas por aqueles que participaram desse movimento, em um dado recorte temporal, serão dados de pesquisa e entendimento para organizar uma compreensão acerca dessa recepção. Nesse momento, demarcam-se as condições que possibilitaram a recepção do conhecimento psicológico em outro país distinto ao seu solo epistêmico original. É importante identificar que conhecimentos de Psicologia se estabeleceram geograficamente à margem de uma Psicologia central, com suporte em eventos nacionais e internacionais, circulação de artigos em periódicos científicos, tradução e produção de livros, intercâmbio de estudantes, criação de grupos de pesquisas e contatos formais e informais entre estudiosos de uma determinada psicologia seja pela troca de cartas ou visitas presenciais (Danziger, 2006). Conforme foi mencionado, a recepção de um conhecimento psicológico engloba um momento passivo e outro ativo em que sua transmissão acontece mediante assimilações e apropriações. O que possibilita essa passagem é o processo de indigenização. Cabe ao pesquisador pontuar os momentos em que ocorrem essa transição e instauração de um conhecimento diacrônico e descontínuo ao seu eixo central. Para tanto, é preciso haver familiaridade com o conhecimento psicológico estudado seja em suas manifestações em relação a sua geografia central seja em relação a sua geografia periférica. Sem esse horizonte, torna-se difícil tal apontamento. Ressaltamos que é profícua ao estudo historiográfico da recepção e indigenização de um conhecimento psicológico, a aproximação com outros métodos de coleta de dados, como, por exemplo, a análise documental. Os documentos podem ser compostos por cartas, fotos, folhetins, boletins, relatórios e anotações. Existem documentos primários, oriundos de pessoas que participaram do acontecimento 188

51 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. estudado, e secundários, provenientes de pessoas que não participaram dele. Em ambos, o documento desvela um contexto social que retrata alguma difusão de conhecimento ou de um evento que propaga uma ideia. Outro método que, também, pode ser utilizado é o de entrevistas, preferivelmente semiestruturadas ou não estruturadas, que propendam à apreensão das narrativas dos psicológicos que vivenciaram a recepção do conhecimento psicológico estudado e contribuíram com a sua indigenização. Isso possibilita a (re)constituição de alguns aspectos dessa recepção e indigenização, segundo a narrativa daqueles que a vivenciaram, atentando para os fatores socioculturais relevantes ao transcurso dos eventos narrados. Métodos de história de vida, igualmente, são uteis para analisar o que foi coletado. Análises bibliométricas de artigos concernentes à circulação do conhecimento psicológico recebido e indigenizado e análise de como esse conhecimento se difunde nas matrizes curriculares de ensino superior são outras possibilidades de investigação historiográfica em contexto. Reconhecemos, pois, que a História da Psicologia em Contexto suscita diversas possibilidades de intelecções metodológicas historiográficas, respeitando as duas partes mencionadas em seus momentos. Situamos, finalmente, três implicações metodológicas dessa perspectiva no uso dos seus conceitos. Primeira. Trata-se de uma atitude crítica concernente à oportunidade de pôr novamente em discussão aquilo que parece óbvio a uma corrente psicológica, ao repercorrer o caminho que conduziu a difusão do conhecimento de um lugar para outro e suas incorporações locais. Nesse sentido, a História da Psicologia em Contexto proporciona a recapitulação de algumas reflexões concernentes à historiografia da Psicologia, a saber (Hilgard et al., 1998): continuidade-descontinuidade; presentismohistoricismo; internalismo-externalismo; grandes homens (expoentes)-contexto cultural; 189

52 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. história legítima-história crítica. Estes versos e reversos não são independentes uns dos outros e devem ser considerados em uma pesquisa de rigor. Segunda. A História da Psicologia em Contexto abaliza um diálogo entre o eixo originário ao conhecimento psicológico estudado e o seu eixo local, sendo possível assinalar suas (dês)continuidades e hibridizações. Essa perspectiva: reforça a ideia de mudança do conhecimento a partir da sua dispersão de uma cultura para outra e das condições que possibilitaram a sua apropriação;explana uma história periférica que não é mera extensão de um centro, pois elucida um horizonte de ideias distintas e singulares ao seu pensamento de origem. Terceira e última. Como medida contra o esquecimento (Araújo, 2012), a História da Psicologia em Contexto se ocupa da compreensão de um horizonte de emergência e propagação de conhecimentos psicológicos. Longe de ser exercida como mecanismo avaliativo de um conhecimento em detrimento de outro, uma historiografia contextual reconhece os elementos presentes em tal propagação e apropriação, sejam eles esquecidos ou naturalizados nas contendas atuais. Considerações finais A análise da História da Psicologia em Contexto permite evidenciar um campo de estudos, ainda, em desenvolvimento no Brasil. Procuramos elencar uma introdução sobre os aspectos teóricos, conceituais e metodológicos que permeiam essa linha de pesquisa. Na narrativa aqui tecida, destarte, é possível estabelecer algumas considerações relacionadas às potencialidades da História da Psicologia em Contexto em pesquisas historiográficas no Brasil. 190

53 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. A primeira concerne à aceitação dos vocábulos indigenização e geografia intelectual periférica por parte do público brasileiro. Conquanto tenham sido explicados, convém salientar que esses conceitos surgiram nos EUA, como uma tentativa de historiadores da Psicologia entender o que está acontecendo além das terras ianques, procurando historiografar e estabelecer diálogos. Incorre, pois, uma postura de abertura ao conhecimento e não um fechamento dele. Essa atitude não precisa ser uma via de mão única, cabendo aos historiadores brasileiros utilizar tais conceitos, situandoos em uma linha de pesquisa maior, para estabelecer diálogos e investigações. A segunda consiste em evidenciar uma série de características resultantes da aplicação dessa lente historiográfica, a saber: (1) todo conhecimento psicológico é contextual; (2) por vezes, é comum ocorrer um historicídio, uma supressão do conhecimento local em relação a uma história da Psicologia dominante; (3) todo conhecimento científico pode ocultar o contexto sociopolítico de sua produção e validação; (4) não negativar a Psicologia desenvolvida em um eixo geográfico central, pois dela incorre uma variedade histórica no mundo que foi fundamental para a emergência de conhecimentos diversos; (5) as geografias intelectuais periféricas não são versões reduzidas das geografias intelectuais centrais. A terceira acena para a construção conjunta de diversas histórias da Psicologia no mundo, saindo da lógica hegemônica de naturalização de uma única História da Psicologia. Quantas vezes se realizar a visada historiográfica em tela, novas histórias irão surgir e adornar um conhecimento psicológico. Essa mirada permite, pois, uma orientação que vai além de um só ponto de vista unilateral e estreito. Não se trata, portanto, de integrar a Psicologia em uma História unitária, mas reconhecer e adentrar suas histórias específicas e espalhadas em diversos contextos, abdicando de encontrar, ou especular, um plano de coerência nelas e em suas recepções e indigenizações. 191

54 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. Finalmente, recomendamos que a perspectiva histórica da Psicologia em contexto seja utilizada em diversas pesquisas historiográficas nos mais múltiplos domínios da Psicologia brasileira, com o intento de ampliar o conhecimento do contexto em que trabalhamos e estudamos. Referências Araújo, S. (2012). A história da psicologia como medida contra o esquecimento. In E. Lourenço., R. Assis., & R. Campos. (Orgs.). História da psicologia e contexto sociocultural: pesquisas contemporâneas, novas abordagens (pp ). Belo Horizonte: PUC Minas. Araújo, S. (2013). Ecos do passado: estudos de história e filosofia da psicologia.juiz de Fora, MG: UFJF. Assis, R., & Peres, S. (Orgs). (2016). História da Psicologia: tendências contemporâneas.belo Horizonte: Artesã. Brock, A. (2014). What is polycentric history of psychology?. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 14(2), Brožek, J.,& Massimi, M (Orgs). (1998). Historiografia da psicologia moderna. São Paulo: Unimarco; Loyola. Campos, R., Jacó-Vilela, A. & Massimi, M. (2010). Historiography of psychology in Brazil: pioneer works, recent developments. History of psychology, 13, Castelo-Branco, P., Rota, C., Miranda, R., & Cirino, S. (2016). Recepção e circulação de objetos psicológicos: implicações para pesquisas em História da Psicologia. In R. Assis & Peres, S (Orgs.).História da Psicologia: tendências contemporâneas (pp ). Belo Horizonte: Artesã. 192

55 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. Cirino, S., Miranda, R., & Cruz, R. (2012). The beginnings of behavior analysis laboratories in Brazil: a pedagogical view. History of psychology, 15(3), Cirino, S., Miranda, R., & Souza, E. (2012). The Laboratory of Experimental Psychology: Establishing a psychological community at a Brazilian university. Interamerican. Journal of Psychology, 46(1), Cirino, S., Miranda, R., Cruz, R. & Araújo, S. (2013). Disseminating Behaviorism: The impact of J. B. Watson's ideas on Brazilian Educators. Revista Mexicana de Análisis de la Conducta, 39(2), Dagfal, A. (2004). Para una «estética de la recepción» de las ideas psicológicas. Frenia, IV(2), Danziger, K. (2006). Universalism and indigenization in the history of modern psychology. In A. Brock (Ed.). Internationalizing the history of psychology (pp ). New York: University Press. Hilgard, E., Leary, D., & McGuire, G. (1998). A história da psicologia: um panorama de avaliação crítica. In J. Broz ek & M. Massimi (Orgs.).Historiografia da psicologia moderna (pp , J. Ceschin & P. Silva, Trads.). São Paulo: Unimarco; Loyola. Jacó-Vilela, A., Jabur, F., & Rodrigues, H. (Orgs). (2008). Clio-Psyché: histórias da psicologia no Brasil. Rio de Janeiro: Biblioteca Virtual Centro Edelstein. Klappenbach, H. (1999). La recepción orteguiana, Alberini y la renovación de la psicología argentina a partir de los veinte. Revista de Historia de La Psicología, 20(1), 1999, Klappenbach, H., & Pavesi, P. (1998). Uma história da psicologia na América Latina. In J. Brožek& M. Massimi (Orgs.).História da psicologia moderna (pp , J. Ceschin & P. Silva, Trads.). São Paulo: Unimarco; Loyola. 193

56 Branco & Cirino.História da Psicologia em Contexto: teoria, conceitos e implicações metodológicas. Lourenço, E., Assis, R., & Campos, R. (Orgs). (2012). História da psicologia e contexto sociocultural: pesquisas contemporâneas, novas abordagens. Belo Horizonte: PUC Minas. Masolo, D. (2009). Filosofia e conhecimento indígena: uma perspectiva africana. InB. Santos & M. Meneses (Orgs.).Epistemologias do sul (pp ). Coimbra: Almedina; CES. Pickren, W. (2012). Waters of march (Águas de março): circulating knowledge, transforming psychological science and practice. In E. Lourenço., R. Assis. & R. Campos. (Orgs.).História da psicologia e contexto sociocultural: pesquisas contemporâneas, novas abordagens (pp ). Belo Horizonte: PUC Minas. Pickren, W., & Rutherford, A. (2010). A history of modern psychology in context. Hoboken, NJ: Wiley. Pickren, W., & Rutherford, A. (2012). Rumo a uma história global da psicologia. In S. Araújo (Org.).História e filosofia da psicologia: perspectivas contemporâneas (pp , G. Castanon & S. Araújo, Trads.). Juiz de Fora, MG: UFJF. Santos, B. (2009). Prefácio. InB. Santos. & M. Meneses (Orgs.).Epistemologias do sul (pp ). Coimbra: Almedina; CES. Submissão: 22/03/2017 Última revisão: 17/11/2017 Aceite final: 23/11/

57 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. LA EXPERIENCIA DE CONVERSAR POR VIDEOCONFERENCIA: ANÁLISIS EXPLORATORIO DE CONTENIDOS Experience of videoconferencing: An exploratory content-analysis Experiência de videoconferência: análise exploratória de conteúdo Lucio Alberto Antonio Gutiérrez Herane Sociedad Chilena de Psicoanálisis ICHPA; Universidad Alberto Hurtado Andrés Haye Molina P. Universidad Católica de Chile Dirección Lucio Gutiérrez: Alonso de Córdova 5870, of. 1204, Las Condes. Mail: Lucio Alberto Antonio Gutiérrez Herane Psicólogo, Magister y Doctor en Psicoterapia, Pontificia Universidad Católica de Chile.Magister en Psicología Clinica mención Psicoanalisis, Universidad Adolfo Ibáñez. Psicoanalista, miembro titular y miembro supervisor de la Sociedad Chilena de Psicoanalisis Ichpa. Co-fundador del Grupo Winnicott Chile. Delegado para Ichpa de la International Federation of Psychoanalytic Societies IFPS. Docente de variados programas de formación en psicoanalisis en Chile, incluyendo: Formación en Psicoanalisis Ichpa, Diplomado en Introducción a Winnicott U.Diego Portales, Magister en Clinica Relacional U. Alberto Hurtado, y Magister en Psicología Clinica mención psicoanálisis U.Adolfo Ibañez. Andrés Haye Molina Académico Escuela de Psicología P. Universidad Católica de Chile. PhD en Psicología, University of Sheffield, UK. Magíster en Psicología, P. Universidad Católica de Chile.Licenciatura en Psicología, P. Universidad Católica de Chile. Licenciatura en Sociología, P. Universidad Católica de Chile. 195

58 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. Resumen Se estudió la experiencia de conversar por videoconferencia en una muestra por conveniencia de 70 jóvenes universitarios chilenos a través del análisis exploratorio de contenidos de entrevistas luego de un breve primado, con el objetivo de conocer sus particularidades distintivas. Se produjeron siete ejes temáticos: descoordinación de miradas, ausencia de co-presencialidad física y restricción del campo perceptual, presencia conjunta de la auto y hetero imagen en la pantalla, efectos subjetivos de alteración a la percepción de credibilidad del interlocutor, dificultad para lidiar con silencios, percepción de interferencias en el flujo comunicacional, mantención de la estructura pero alteraciones en la profundización de sustratos temáticos compartidos. Se discute que las interacciones por videoconferencia podrían tener un efecto de desorientación respecto de las expectativas pre-reflexivas de un encuentro físico, sensible y coordinado con la contraparte, con potenciales efectos para la salud mental y emocional en la era digital. Palabras clave: videoconferencias; skype; mutualidad. Abstract The experience of videoconferencing was studied in a convenience sample of 70 Chilean university students through an exploratory content analysis of interviews after a brief priming experience with the purpose of describing its distinctive particularities. Seven thematic axis were produced: visual dis-coordination, absence of physical co-presence and restriction of the perceptual field, joint presence of auto and hetero images on the screen, alterations to the perception of credibility of their counterpart, difficulties in tolerating silences, perceptions of interference in the communicational flux, a stable common ground formation structure but alterations in its deepening. It is discussed how videoconferencing may have a disorienting effect regarding the pre-reflective anticipation of a physical, sensible and coordinated encounter with Alter. These alterations may impact mental and emotional health in the digital age. Keywords: videoconferencing; skype; mutuality. Resumo Estudou-se a experiência de conversar por vídeo conferência em uma amostra por conveniência de 70 jovens universitários chilenos por meio da análise exploratória de conteúdos de entrevistas após uma breve primeiro contato com o objetivo de conhecer suas particularidades distintivas. Foram produzidos sete eixos temáticos: falta de coordenação de olhares, ausência de presença física compartilhada e restrição do campo perceptual, presença conjunta da auto e hetero imagem na tela, efeitos subjetivos de alteração na percepção de credibilidade do interlocutor, dificuldade de lidar com silêncios, percepção de interferências no fluxo de comunicação, manutenção da estrutura porém com alterações no aprofundamento de substratos temáticos compartilhados. Discute-se que as interações por vídeo conferência poderiam ter um efeito de desorientação a respeito das expectativas pré-reflexivas de um encontro físico, sensível e coordenado com a contraparte, com efeitos potenciais para a saúde mental e emocional na era digital. Palavras chave: videoconferências; skype; mutualidade. 196

59 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. Introducción La masificación en el uso de dispositivos de comunicación virtual se ha acompañado de gran número de estudios sobre sus efectos mediadores en aspectos como la calidad de las comunicaciones (e.g. Kiesler & Cummings, 2002), vida social y bienestar emocional (e.g. Bessière, Kiesler, Kraut, & Boneva, 2004; Kraut et al., 2002). La amplia mayoría de los estudios se ha desarrollado en plataformas con un componente de mediación virtual evidente, por ejemplo en ambientes virtuales tridimensionales (Talamo & Ligorio, 2001), comunicaciones mediadas por el uso de imágenes estáticas (e.g. Gonzales & Hancock, 2008) o en interacciones mediante el uso de avatares (e.g. Vasalou & Joinson, 2009). Las interacciones por videoconferencia, comparativamente, han recibido bastante menos atención. Dentro de las interacciones sincrónicas -en tiempo real - las videoconferencias parecen mostrar el menor efecto de mediación virtual clasificando como la más directa forma de telecopresencia corpórea (Zhao, 2006), lo que podría justificar el por qué abordarles como un fenómeno de la vida digital resulta menos evidente. Por cierto que no puede seguirse de la falta de interés por el estudio de este fenómeno un menor impacto en términos de las transformaciones de la experiencia que puede involucrar conversar por videoconferencia respecto de conversar cara a cara. Incluso en términos de la invisibilización podría llegar a ser particularmente insidioso. El no considerar los efectos de una plataforma de mediación puede facilitar su naturalización aproblemática y con ello transformar coordenadas relacionales que desde la experiencia ordinaria resultan de alto valor. Pero será que dichos efectos de mediación transitan inobservados? Nuestro estudio buscará, en ese sentido, conocer la experiencia 197

60 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. subjetiva de conversar por videoconferencia, describiendo sus características diferenciales en relación con la experiencia de conversación cotidiana cara a cara. Marco de Referencia A diferencia de otras formas de mediación virtual instantánea (e.g. mensajería instantánea, mensajes de voz instantáneos, conversaciones por teléfonos digitales) las conversaciones por videoconferencias se caracterizan por contar con un correlato visoauditivo del referente corpóreo del otro. Este aspecto favorece la inmersión digital, un sentido de co-presencia y la ilusión de no mediación entre dos ambientes reales (Brown & Cairns, 2004; Lombard & Ditton, 1997). En tanto se trata de una ilusión de no-mediación (y no una no-mediación vera), las videoconferencia son parte de las formas de virtualización que comprometen la experiencia de lo humano desde el punto de vista de una pérdida en la relación sentida con la realidad (Turkle, 2009). En el plano empírico, aquello específico que va a pérdida ha sido objeto de estudios desde la perspectiva comunicacional. Siguiendo a Ferran y Watts (2008), las conversaciones por videoconferencia parecen estar más influenciadas por claves heurísticas (e.g. la percepción de agradabilidad respecto de la contraparte) que no necesariamente comprometen la calidad en la construcción de argumentos presentados a una contraparte. Tampoco parecen alterar el dominio instrumental del lenguaje al punto de influenciar la performance de tareas (Doherty-Sneddon, Anderson, O Malley, Langton, Garrod & Bruce, 1997). Al abordar la coordinación de tareas grupales pueden constatarse algunas diferencias en el cumplimiento de tareas pero éstas desaparecen con 198

61 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. el tiempo (Van Der Kleij et al., 2009), sugiriendo un proceso de adaptación al dispositivo y no características estructurales del dispositivo. No obstante, sí se observan cambios en términos formales. La evidencia a la fecha sugiere que en videoconferencia los participantes tienden a establecer diálogos más formalizados que en las conversaciones cara a cara, anticipan menos los cambios de turno en el diálogo y utilizan menos indicadores discursivos de reconocimiento subjetivo de la alteridad (e.g. aha, mmm ) (O Conaill, Whittaker & Wilbur, 1993; también Van Der Kleij, Schraagen, Werkhoven & De Dreu, 2009). Aunque por otra parte no hay consenso respecto a cuales son los indicadores principales que permiten suponer mayor o menor formalización del discurso (Sellen, 1995). Así, aunque no se reconozcan efectos en términos estratégico-instrumentales en el uso del lenguaje sí se reconoce que la información no verbal se modifica según sea expresada cara a cara o en diversos dispositivos virtuales (Heath & Luff, 1991). E incluso aspectos como la perspectiva o punto de enfoque usado en las videocámaras ha sido vinculado a una modificación de la percepción y actitud hacia el interlocutor (Landström & Granhag, 2008). Siguiendo estos hallazgos, y en consistencia con hipótesis previas desde una perspectiva dialógico-interaccional (Shotter, 2005, 2008a, 2008b, 2009), sostendremos que un cambio del medio conversacional cambiará la experiencia subjetiva de la conversación. Hemos querido explorar el alcance de esta hipótesis mediante un estudio cualitativo basado en las impresiones de los participantes respecto de la experiencia de conversar con otro por videoconferencia. Como efecto común a todas las interacciones conversacionales pero de especial relieve en las actividades de conversación simétricas y no guiadas, los participantes se ven compelidos a desarrollar estrategias discursivas orientadas a establecer un common 199

62 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. ground, sustrato temático compartido (Klein, Clark & Lyons, 2010) o no controversial (Grice, 1981; Abbott, 2008) sobre el cual desarrollar las actividades conversacionales. Quisimos conocer la impresión de los participantes respecto del establecimiento de este sustrato temático compartido en videoconferencia en comparación con su impresión del mismo proceso cara a cara. También, quisimos conocer la impresión de los participantes respecto del impacto de las videoconferencias para otras actividades conversacionales, esta vez en en roles complementarios, como el contar y escuchar una historia. En esta actividad la cuestión de la credibilidad del relato es fundamental. Los seres humanos se ven típicamente afectados por sesgos cognitivos y estereotipos respecto a cómo un mentiroso debiese comportarse (Feeley & Young, 1998), pero pese a ello desarrollan claves para detectar los engaños. Las personas orientadas a producir engaño tienden a parecer más tensas en general y vocalmente, a mostrarse menos comprometidas en la conversación vocal y verbalmente, a expresar más quejas e impresionar menos cooperativas, y tendientes a producir relatos más ambivalentes, menos coherentes, menos plausibles, menos contextualizados y con menos detalles en comparación con personas diciendo la verdad (De Paolo et al., 2003). Quisimos conocer si nuestros participantes ponían de relieve espontáneamente dichos criterios a la hora de evaluar la credibilidad de un relato por videoconferencia, o si harían alusión a otros criterios. Metodología Participantes El estudio tuvo lugar en las dependencias de la Pontificia Universidad Católica de Chile, en su sede Campus San Joaquín, que alberga a la mayor parte de las carreras de dicha casa de estudios. Se informó de la existencia de la investigación a la comunidad de 200

63 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. estudiantes del Campus San Joaquín mediante una invitación digital y avisos distribuidos dentro del campus durante las ventanas de clases. El estudio correspondió a un muestreo por conveniencia (Cresswell, 2007). Los criterios de inclusión fueron que el individuo fuese mayor de edad (18 años al momento del estudio) y que tuviese al menos un incipiente nivel de inmersión en tecnologías digitales definido por el uso activo del correo electrónico y herramientas de navegación de Internet. Los criterios de exclusión fueron que el estudiante participase de actividades de desarrollo informático, bajo el supuesto que estos individuos podrían guiar su atención hacia aspectos propios de la plataforma que excedían los objetivos del estudio. Para favorecer la experiencia novedosa de conversación se requirió que los participantes conformaran díadas de interacción con una contraparte desconocida, evitando el pareo de participantes con vínculos de mayor familiaridad previa (e.g. ser compañeros de estudios, amigos, familiares, etc.). Bajo los criterios descritos 74 individuos accedieron a participar, de los cuales se reclutaron efectivamente 70 individuos. Tres individuos quedaron fuera de acuerdo con los criterios de inclusión y exclusión definidos (dos estudiantes menores de edad, un estudiante de programación) y un individuo fue excluido al no poder coordinarlo con una pareja al momento de su reclutamiento. Adicionalmente se solicitó a los participantes completar un cuestionario relacionado con datos demográficos y uso de tecnologías digitales a fin de individualizar la muestra general. Muestra La muestra quedó constituida por 70 individuos (M= 21,2 años; DS=2,13), de los cuales 33 (47,1%) corresponden a varones y 37 (52,9%) a mujeres. En su mayoría en el rango reportado de ingresos alto a medioalto (n=53, 75,7%). El rango de edad y estrato 201

64 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. socioeconómico reportado se asocian a subgrupos con alta inmersión tecnológica comparada y alto uso de Internet respecto de la población general (WIP CHILE, 2011). Procedimientos Primado. Previo a las entrevistas y con el objetivo de contextualizar la experiencia, se invitó a los participantes a dos sesiones de tres minutos de conversación con un desconocido, también participante del estudio. Las sesiones de conversación alternaron entre condiciones cara a cara y por videoconferencia. Informados teóricamente quisimos incluir en el primado la experiencia de conocerse estableciendo un sustrato temático compartido (common ground) y el conocerse a través del relato de historias personales. La mitad de la muestra fue asignada a una condición de conversación libre (hablar de lo que deseasen, libremente) y la otra mitad a una condición de contar historias (contar una historia personal verdadera y una historia personal falsa). Despues de las sesiones de conversación se llevó a los participantes a una sala donde se realizaron las entrevistas. Entrevista. Se realizó una entrevista de carácter no estructurado a la díada, dando espacio a la asociación espontánea respecto de la experiencia. Se compartió un guión general de preguntas abiertas. Para la condición de conversar libremente se incluyeron preguntas respecto del establecimiento de un terreno comun de conversación. Para la condición de contar historias se incluyeron preguntas sobre la credibilidad de los relatos. Técnicas de Analisis de la Información 202

65 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. El material fue registrado con filmadoras, transcrito y posteriormente analizado siguiendo las orientaciones generales de la grounded theory (Strauss, 1987; Birks & Mills, 2011) incluyendo pre-codificación, ciclos de codificación-recodificación, categorización de emergentes y producción de ejes temáticos (Saldaña, 2013). Se concluyó con una propuesta de agrupamiento selectivo de los ejes temáticos emergentes (Strauss & Corbin, 1998). El material fue codificado por dos investigadores de forma independiente y triangulado, seleccionándose los ejes temáticos de mayor saturación a efectos de la presentación de resultados. Como modos complementarios orientados a salvaguadar la calidad de la información se corroboró que la muestra general superara las recomendaciones de tamaño para estudios basados en grounded theory (20-30) (criterio de Cresswell, 2007 en Onwuegbuzie & Collins, 2007). Se complementó el análisis con el uso de cuadernos de campo y en la discusión de resultados se trianguló teóricamente con antecedentes de orientación positivista, construccionista y psicoanalítica (Barusch, Gringeri & George, 2011), complementando el foco interaccional del estudio. Técnicas de Analisis de la Información El material fue registrado con filmadoras, transcrito y posteriormente analizado siguiendo las orientaciones generales de la grounded theory (Strauss, 1987; Birks & Mills, 2011) incluyendo pre-codificación, ciclos de codificación-recodificación, categorización de emergentes y producción de ejes temáticos (Saldaña, 2013). Se concluyó con una propuesta de agrupamiento selectivo de los ejes temáticos emergentes (Strauss & Corbin, 1998). El material fue codificado por dos investigadores de forma independiente y triangulado, seleccionándose los ejes temáticos de mayor saturación a efectos de la presentación de resultados. Como modos complementarios orientados a salvaguadar la 203

66 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. calidad de la información se corroboró que la muestra general superara las recomendaciones de tamaño para estudios basados en grounded theory (20-30) (criterio de Cresswell, 2007 en Onwuegbuzie & Collins, 2007). Se complementó el análisis con el uso de cuadernos de campo y en la discusión de resultados se trianguló teóricamente con antecedentes de orientación positivista, construccionista y psicoanalítica (Barusch, Gringeri & George, 2011), complementando el foco interaccional del estudio. Resguardos Éticos Se le explicó a los participantes el sentido general del estudio de modo verbal y mediante una carta de consentimiento firmada en duplicado, incluyendo el tiempo requerido para su participación, las normas confidencialidad en el manejo y uso de los datos, y su tratamiento posterior. Se recompensó su participación con un regalo simbólico (un mazo de cartas inglesas). El procedimiento ha sido aprobado por el Comité de Ética de la Escuela de Psicología de la Pontificia Universidad Católica de Chile. El sentido de los resultados de la investigación no comprometen los intereses del equipo investigador y no se advierten conflictos de interés. Resultados Ejes Temáticos Los emergentes permitieron la agrupación en siete ejes temáticos. Primer eje: Descoordinación de miradas Los participantes refieren al modo como se establece la interacción visual con el interlocutor como un factor diferencial clave en las conversaciones por videoconferencia. Las particularidad de la configuración de la cámara, la pantalla y los aspectos propios a 204

67 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. la conectividad impiden un contacto visual coordinado para ambas partes. Si bien se ha estimado los interactuantes podrían aprender a interpretar las alteraciones en la mirada con un alto grado de precisión (Grayson & Monk, 2003), los participantes refieren la condición misma de descoordinación como un factor interviniente. En línea con un estudio previo (O Conaill et al., 1993), el desplazamiento del encuentro de miradas representaría una dificultad a la hora de identificar las intenciones que tiene alter. Asimismo, durante las entrevistas los participantes realizaban importantes esfuerzos por intentar expresar esta particular condición interaccional, asociándole a una experiencia poco natural o rara. Ejemplos: (S18, P1) El mirar a los ojos cuando hablas por computador es raro (...) Yo igual soy una persona que mira mucho a los ojos, entonces como que es raro que en el computador salga la mirada para abajo. (S6, P1) Yo también converso mucho mirando a los ojos y para que tu pudieras verme a los ojos yo tenia que dejar de verte a los ojos. Eso es muy raro. Segundo eje: Ausencia de co-presencia física y restricción del campo perceptual de las claves no verbales La presencia física de otros parece relacionarse con una mayor preocupación y compromiso hacia el otro, conformidad y familiaridad. Asimismo, compartir un espacio físico favorece las experiencias compartidas y aumenta la frecuencia de comunicaciones informales y espontáneas (Kiesler & Cummings, 2002). En los participantes del estudio surgió una asociación entre la co-presencialidad física, una mayor exposición personal y compromiso afectivo involucrado en la interacción. Así, la distancia física fue evaluada positivamente por algunos participantes percibiendo la interacción mediada por las 205

68 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. videocámaras como una suerte de filtro protector u organizador de la interacción, quedando menos expuestos personalmente a través de las pantallas. Para otros, en cambio, esta distancia fue percibida negativamente, como un elemento que empobrecía la experiencia subjetiva asociada a conocer a otra persona. Además, los sujetos reportaron contar con menos claves no verbales en las interacciones por videoconferencia, vinculándole a una mayor dificultad para interpretar las intenciones de su interlocutor. Ejemplos: (S12, P2) Estar cerca significa cierta intimidad que uno no ha otorgado si es que no conoce. La pantalla cumple el rol de separar el espacio, el lugar propio que uno deja a los conocidos. (S30, P2) Podía verlo más los ojos a diferencia de la otra historia [por videoconferencia] que era más difícil comunicarse. Habían cosas que se pasaban por alto ( ) [En cara a cara] Hay más formas de expresarse, se escucha mejor el tono de voz, se miran a los ojos, se ven las reacciones, los movimientos. (S7, P2) Hay una serie de simbolismos en los gestos que no extraña. Se te acota mucho más el campo de lo que me está tratando de transmitir en todo aspecto, consiente o inconsciente. En es sentido se me disminuye un poco la otra persona. Tercer eje: Co-presencia de la propia imagen & hetero-imagen Las videoconferencias ofrecen la posibilidad de contar con la retroalimentación de la propia imagen junto a la imagen de alter en la pantalla del dispositivo. La evidencia ha encontrado que los individuos realizan tareas con mayor responsabilidad, aceptan mejor la retroalimentación negativa e intentan un 206

69 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. menor manejo de las impresiones de un interlocutor reconocido como máquina cuando interactúan en presencia de su propia imagen (Nass, Kim & Lee, 1998). Similares hallazgos refieren que individuos que interactúan con representaciones virtuales de sí mismos logran mayores experiencias de cercanía e intimidad que en interacciones con representaciones virtuales de otras personas (Bailenson, Blascovich & Guadagno, 2008). De acuerdo con los relatos de los participantes del presente estudio, otro parece ser el caso cuando se trata de feedback en vivo de la propia imagen en una conversación. El feedback de la autoimagen tendió a ser percibido como un elemento disruptivo en la interacción, asociado a la actividad de automonitoreo e interfiriendo con la capacidad para mantener la atención y desenvolverse de modo espontáneo con su contraparte. Ejemplos: (S23, P2) Por cámara web es distinto. Siento que uno se ríe más que en una conversación cara a cara porque uno está pendiente de cómo se ve la cámara. Entonces a uno le da más risa, se toca más el pelo ( ) porque se ve como me capta la cámara y digo: tan mal me veo? o me veo bien. Como que estoy igual pendiente de mi imagen. En cambio cara a cara no hay donde mirarse. (S23, P1) Siempre está la imagen, y como que uno mira allá y acá. (S4, P1) Y además es como chiquito, entones uno está como mirándose a uno también. Cuarto eje: Silencios 207

70 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. Los silencios en el contexto de una interacción son una forma de comunicación al servicio de múltiples dinámicas (Arlow, 1961). En tanto emerja en una díada, el silencio se encuentra siempre determinado de forma múltiple y conectado con la angustia (Sabbadini, 1992), intensificando la cualidad afectiva de la escena interaccional. En el presente estudio se observó que los participantes tenían la impresión de que en las interacciones a través de videoconferencia se generaban silencios con mayor frecuencia, más prologados y de mayor incomodidad en comparación con las interacciones cara a cara: (S3, P1) Los silencios son mas incómodos ( ) con la pantalla. Como que es más incomodo porque hay algo en medio. Es como raro, como que la persona está pero no está. (S8, P1) Hablar en persona es mucho más cómodo que hablar por webcam. Salen muchos más temas y es más dinámico. [En videoconferencia] Como que nos quedamos callados. Quinto eje: Interferencias al flujo comunicacional Al interactuar a través de videoconferencia los participantes estuvieron expuestos a ciertas dificultades en la conectividad de la plataforma, principalmente la existencia ocasional de ruidos o interferencias que dificultaban entender los enunciados de alter, y el retardo en el feedback visual y acústico (lag). O Conaill y colaboradores (1993) describieron un vínculo entre las interferencias en la conectividad y un empobrecimiento de la disposición hacia las comunicaciones espontáneas de los participantes. En nuestro estudio estas dificultades técnicas fueron evaluadas como perturbadoras, restando fluidez 208

71 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. a la interacción social, aumentando la incertidumbre e interfieriendo con la capacidad evaluativa del interlocutor. Ejemplos: (S23, P2) [En videoconferencia] La conversación es poco inmediata. Hay delay. De repente con la conexión a internet o se queda pegada la cámara. Entonces uno no tiene un feedback tan directo como el estar cara a cara. Si yo le digo algo voy a ver inmediatamente que efecto tiene esa frase que le digo. Y de repente en internet no pasa eso, perfectamente uno puede mentir también. (S2, P1) Sí, como que en el chat era más cortada. No sabias si el otro estaba hablando o no estaba hablando como que había más ruido. Sexto eje: Credibilidad de alter (exclusivo para el primado de contar/escuchar historias) En la condición de contar historias personales intencionamos preguntas sobre la credibilidad de los relatos de alter. Los participantes reportaron los elementos no verbales como un apoyo importante a la hora de evaluar el relato de un interlocutor desconocido, incluyendo la atribución de veracidad (verdad / falsedad del relato de alter) y la percepción subjetiva de credibilidad de alter (duda / no duda en el juicio de atribución de verdad / falsedad de lo dicho por alter). Este aspecto quedó de relieve en la importancia dada a estos aspectos en las interacciones presenciales así como en el reporte del debilitamiento de la información no verbal en interacciones por videoconferencia asociado a una mayor dificultad para evaluar la credibilidad del relato. Ejemplos: (Sesión 25, Participante 1) Lo encontré creíble porque no vi signos de que estuviera mintiendo. ( ) Como que en su rostro veía que estaba recordando lo sucedido esa vez. Como que lo vivía de nuevo. Por eso yo le creí. 209

72 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. (S30, P2) Yo sentí que era verdadera porque podía verlo físicamente. Podía ver más gesto de él. Ningún gesto de él me dio desconfianza. Entonces sentí más interacción en ese aspecto ( ) se escucha mejor el tono de voz, se miran a los ojos, se ven las reacciones, los movimientos. Los participantes de nuestro estudio intuitivamente justificaron sus atribuciones de veracidad tomando varios de los criterios señalados por Paolo et al. (2013), que agrupamos en aspectos ligados principalmente a la performance del relator (inquietud percibida, velocidad de respuesta, presencia de dudas en relator, gestualidad del relator) y/o a elementos ligados a la consistencia del relato (simpleza del relato, cantidad de detalles, contextualización del decir, plausibilidad de las ideas y coherencia de los dichos). Resultó interesante constatar que los participantes no reportaron cambios respecto a los modos de discernir la credibilidad de un relato en interacciones cara a cara y por videoconferencia. Pero sí respecto de una impresión de menor credibilidad respecto de su contraparte en videoconferencia, de modo más bien inespecífico y sin alterar sus juicios de atribución. Séptimo eje: Sustratos temáticos compartidos (exclusivo para el primado de conversación libre) En la condición de conversar libremente intencionamos preguntas sobre el establecimiento de sustratos temáticos o terreno común para la conversación. Los emergentes llevaron a diferenciar entre los procesos de formación del terreno común temático y la posterior profundización del terreno común temático durante la conversación. 210

73 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. Formación de common ground temático. Los participantes del estudio reportaron no encontrar diferencias entre los temas propuestos en la formación de common ground, refiriéndose en ambas plataformas a los mismos temas de referencia consensuados. Asimismo, indicaron que el factor clave respecto de la profundización en la conversación dice relación con el paso de una primera sesión a una segunda sesión de interacción, más que a la plataforma de interacción, sugiriendo con ello que la estructura propia a la actividad de formación de common ground se mantiene estable y pareciera referir a una mayor familiaridad para con el interlocutor. Ejemplos: (S12, P2) La conversación toca lugares comunes, entonces independientemente de que haya sido cara a cara o por computador yo creo que igual hubiera recurrido a eso. Cómo te llamai [llamas]?, de qué colegio erí [eres]?. (S33, P2) En verdad yo no sentí una diferencia significativa entre la primer y segunda conversación. Como que en la segunda conversación ya estaban los temas como instaurados entonces no era como empezar a peguntar y guiar temas. Después era continuar. Profundización en common ground temático. No obstante, si diferenciamos entre temas proclives a la formación de common ground de menor y mayor profundidad, el paso a temáticas personales y de mayor compromiso afectivo se verían interferidas en la interacción por videoconferencia. Ello sugiere el mantenimiento de la estructura -mismos temas generales para el establecimiento del common ground- pero una menor proclividad a la profundización en las propias vivencias y la concomitante exposición personal frente al interlocutor en videoconferencia. Ejemplos: 211

74 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. (S6, P2) No sé, salió el tema de mi hija, y yo creo que por cámara no hubiera salido el tema y después cuando hubieras conversado [cara a cara], nunca hubiéramos conversado de eso. (S8, P1) Obvio que al principio salen más temas como de que colegio erí [eres] y cosas así pero en persona era mucho más como fluido. Como que de esos temas podías derivar a otros temas pero en webcam costaba más. Discusión y Conclusión Las interacciones conversacionales por videoconferencia, pese a ser el modo de mediación virtual que más se asemeja a las conversaciones presenciales, no parecen estar exentas de perturbaciones. Nuestro estudio buscó conocer las particularidades interaccionales reportadas por una muestra de jóvenes universitarios chilenos, encontrando siete ejes temáticos de relevancia. A la hora de considerar la experiencia de interactuar por videoconferencia los participantes pusieron su atención en la perturbación generada por la descoordinación de la mirada producida en el dispositivo, el efecto subjetivo de la retroalimentación de la propia imagen, la mayor dificultad para lidiar con los silencios, los efectos subjetivos de la presencia/ausencia de la co-presencialidad física e información no verbal, los efectos perturbadores de las interferencias asociadas a elementos de conectividad, y las particularidades en la formación de common ground, manteniendo la estructura temática pero interfiriendo con la profundización en dichos temas. Asimismo, aquellos participando de la actividad de contar historias en telecopresencia reportaron mayores dificultades para evaluar la credibilidad de su interlocutor, si bien se conservaban los mismos criterios para determinar los juicios respecto de la veracidad de los relatos. 212

75 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. Desde una agrupación de los emergentes informada teóricamente buscamos comprender este conjunto de alteraciones a la experiencia interaccional a través del constructo de mutualidad. Mutualidad es un término general y descriptivo para referirse a una serie de percepciones en relación con sentimientos de conexión, receptividad y comprensión mutua entre participantes de una interacción, que contribuyen a la consideración de dicha interacción como una relación propiamente dicha (Burgoon, Chen & Twitchell, 2010). Las experiencias de mutualidad se asientan tanto en claves verbales, preverbales (vocalizaciones, sonidos) como no verbales (ritmos, rutinas, patrones) (Bertau, 2007), desplegándose como orientaciones hacia la contraparte en la expectativa de un uso de lenguaje suficientemente similar (Markova, Graumann & Foppa, 1995) y en la expectativa de atención mutua y compartida (Scheff, 2005). Conductualmente, la mutualidad percibida se correlaciona positivamente con formas de comunicación coordinada, sensible a la respuesta del otro y sincronizada durante episodios de interacción (Burgoon, Buller & Floyd, 2001). Resulta razonable considerar que la experiencia de mutualidad se vea alterada por elementos propios a las condiciones de cualquier interfaz que reduzca la interacción responsiva y espontánea (Shotter, 2009) y que se asocie a una menor capacidad para predecir informalmente la conducta de la contraparte (Fussell et al., 2004). Nuestra muestra reportó dichas dificultades a través de los emergentes vinculados con las condiciones propias de la telecopresencia: descoordinación de las miradas, ausencia de co-presencia física y disminución de información no verbal, co-incidencia de propia y hereto imagen e interferencias en la conectividad. Además, identificamos toda una serie de efectos subjetivos vinculados a dichas condiciones: mayor dificultad para lidiar con silencios, para interpretar al interlocutor, para profundizar en el common ground temático y en la mención de una cualidad de 213

76 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. extrañeza en la interacción. Proponemos que la combinación entre las condiciones de la interfaz y los efectos subjetivos asociados a las interacciones mediadas tendrían un rol relevante en la alteración de experiencia de mutualidad en la relación ego-alter (ver figura 1). Estas alteraciones no sólo afectan el flujo comunicacional (Csikszentmihalyi, 1997) en la díada, sino que modifican la cualidad de la experiencia subjetiva. Recuerdan la teoría de Whitelaw, Gugliemetti e Innocent (2009) respecto de las de ontologías de la extrañeza en los medios digitales. El encuentro entre los medios digitales y los sujetos que les utilizan da lugar a ontologías que resultan inconsistentes con nuestra experiencia cotidiana, demandando un trabajo de reapropiación respecto de lo que es en el ambiente digital. La producción de estas ontologías de extrañeza resulta dramática en ambientes virtuales tridimensionales, especialmente en expresiones digitales de arte y juego (Whitelaw, Gugliemetti & Innocent, 2009). No obstante, creemos que el modo como la interfaz virtual media en una conversación por videoconferencia logra, quizás de forma más sutil pero no por ello menos efectiva, un efecto de extrañeza ontológica que deambula desde el malestar, a modo de una expectativa frustra o incomodidad, hasta vivencias más cercanas a la inquietante extrañeza propia a la experiencia de lo ominoso (Freud, 1919). Así, consideramos que estos emergentes inciden en las expectativas pre-reflexivas respecto de la presencia de un interlocutor no mediado, que se constituyen como el horizonte a partir del cual se generan las anticipaciones y orientaciones de mundo respecto de la contraparte (Shotter, 2005). De acuerdo con nuestro modelo, las alteraciones de la experiencia de mutualidad operarían como desorientaciones que demandarían en los participantes un trabajo de reapropiación de la experiencia, sobre la base de una modificación de las expectativas pre-reflexivas de un encuentro físico, sensible y coordinado con alter. Esto se vincularía a un aumento de incertidumbre en el campo 214

77 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. relacional y a una disminución de la percepción subjetiva de la credibilidad respecto de alter. Quizás a esto obedece el relato citado de uno de los participantes al tratar de figurar que se le disminuye un poco la otra persona (S7, P2). Otro sujeto indica sintéticamente: Figura 1. Modelo selectivo a partir del constructo Mutualidad. (Sesión 22, P1) Es una cosa de sentir. Ver a una persona en una imagen no es lo mismo que estar y ver físicamente a la persona, que ves mucho más sus movimientos, no la ves de acá para arriba [muestra desde la cintura a la cabeza], no estás viendo todo lo que hace, que la imagen corporal te dice mucho. El tono de voz quizás también puede estar cambiando en el computador. De partida no hay cercanía. Es una relación con un computador, es una persona la que está atrás pero estás mirando una imagen. Uno de los hallazgos más novedosos que obtuvimos refiere a la formación y desarrollo de los sustratos temáticos compartidos. Si bien los participantes refirieron recurrir a similares contenidos a la hora de formar common ground conversacional, manifestaron menor proclividad a continuar profundizando en éstos por 215

78 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. videoconferencia. Este hallazgo se alinea con la evidencia previa respecto a la no alteración en términos argumentales pero sí formales. Alteraciones a la experiencia de mutualidad podrían explicar esta menor proclividad a profundizar en el common ground sin una concomitante alteración de los contenidos del mismo, en tanto los participantes verían comprometidos aspectos de la generación de confianza que no responden a criterios argumentales sino al trasfondo pre-reflexivo que sostiene la relación. En similar sentido, observamos que las alteraciones a la experiencia de mutualidad tendrían particular relevancia sobre las impresiones de credibilidad respecto del interlocutor y no necesariamente sobre evaluaciones donde el apoyo en los contenidos y la argumentación discursiva se vuelve predominante. Alcances. Los resultados resultan interesantes en el contexto general de las conversaciones por videoconferencia y de particular relevancia en el plano de conversaciones donde los aspectos sensibles al dominio de las impresiones respecto a alter sean fundamentales. Un dominio evidente son las potenciales alteraciones a los procesos de formación y mantención de lazos sociales con compromiso afectivo a través de Internet. La mayor dificultad para lidiar con los silencios, sobretodo en contextos de turbulencia emocional como el afrontamiento conflictos interpersonales, la descoordinación de miradas y la pérdida de aspectos valiosos de la información no verbal en el establecimiento de procesos de regulación pre-reflexiva mutua, podrían ser determinantes en la cualidad de los lazos afectivos desarrollados virtualmente. Asimismo, comprendemos que el menor incentivo a profundizar en temáticas personales puede afectar el desarrollo de vínculos de mayor intimidad, pero probablemente a modo de un efecto sutil de difícil observación en términos cotidianos. Más aún si la relación se desarrolla exclusivamente por Internet, pues allí esta condición define la naturaleza misma de la relación y por ello resulta del todo inobservable. 216

79 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. También, uno de los ámbitos de construcción de intimidad y lazo social donde adquiere especial saliencia refiere a la salud mental online y su contraparte, la psicoterapia online. Con la masificación de la oferta tecnológica un creciente número de terapeutas se encuentran adoptando medios electrónicos como medios complementarios de intervención terapéutica (Castelnuovo, Gaggioli, Mantovani & Riva, 2003; Hagland, 2006; Wanberg, Gammon & Spitznogle, 2007). No obstante, la gran mayoría de estos estudios se ha centrado en reportes de resultados terapéuticos y no en la experiencia subjetiva de los participantes. Cabe preguntarse si los participantes de estas conversaciones perciben diferencias a la hora de compararles con conversaciones cara a cara y si dichas diferencias se asocian a criterios de relevancia clínica. Los resultados preliminares de este estudio, alineados con estudios previos, sugieren que sí. En particular si atendemos a la idea de mutualidad en la experiencia, de crucial relevancia para el establecimiento del vínculo terapéutico (Aron, 1996; Murphy, Cramer & Joseph, 2012). Más aún, desde modelos informados psicoanalíticamente cabría esperar que las alteraciones a la mutualidad limiten, al menos en parte, la capacidad para acompañar no interpretativamente a los pacientes (Brown, 2004), para sostener la relación terapéutica (Hadar, 1998) y cualidad viviente del interjuego transferencial (Ogden, 1995). Un tercer alcance de nuestro interés refiere a la vitalidad del discurso. Si comprendemos que el carácter vital de un discurso se debe a su condición responsiva y en constante transformación (Shotter, 2005), de carácter dialógico y dinámico (Mancuso, 2005), consideraremos que toda merma a esta condición de flujo espontáneo y viviente (Shotter, 2008a, 2009) del discurso resulta relevante. Nuestros participantes de videoconferencia logran distinguir una suerte de merma o alteración desorientadora que les exige un acomodo en el encuentro con alter. Nos preguntamos qué consecuencias para la experiencia humana pudiere tener un discurso continuamente mermado en esta cualidad de espontaneidad viviente. La literatura actual nos habla del efecto de la mediación en formas más dramáticas relacionadas con el extravío de la empatía humana 217

80 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. (e.g. Turkle, 2015, 2011) dejando de algún modo velado el efecto de estas alteraciones mucho más sutiles, pero que por su transparencia pueden resultar naturalizadas con menos ruido en la escena social. Futuros estudios podrían explorar cuantitativamente esta dimensión. Limitaciones. Nuestro estudio resulta limitado por una serie de factores incluyendo las limitaciones a la generalización propias de un estudio cualitativo, de discreto tamaño muestral, con las restricciones asociadas a un diseño exploratorio y un muestreo por conveniencia. Pese a haber reclutado participantes en distintos lugares del Campus universitario, nuestra muestra quedó finalmente configurada principalmente por estudiantes de ciencias sociales y con alto nivel de inmersión tecnológica comparada a la media nacional, lo que puede constituir un sesgo de relevancia respecto de la familiaridad con la tecnología y la naturalización en el uso de ésta. Por otra parte, las indagaciones en los debriefing se veían constreñidas por las características de los participantes, en ocasiones abiertos a la profundización en las temáticas y en otras ocasiones poco proclives a extenderse en sus respuestas. Tomamos la opción, en aras de la pulcritud de los hallazgos, de mantener las preguntas al mínimo posible e invitar a una mayor elaboración sólo cuando no habían respuestas o eran excesivamente breves, y la situación así lo permitía. Reconocemos que este acercamiento, por cierto, pudo haber dejado importante información de lado. Adicionalmente, nuestro diseño exploró las impresiones de participantes en interacciones conversacionales con desconocidos, condición que no responde a una interacción ordinaria, sesgando ciertamente las observaciones y su riqueza. Esta opción en lugar, por ejemplo, de entrevistar a sujetos en ambientes no controlados y en interacciones con interlocutores conocidos- resulta una merma ineludible frente a un mayor control de las variables involucradas. 218

81 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. Con todo, consideramos que los resultados presentan suficiente interés para el investigador contemporáneo en virtualidad y constituyen un antecedente preliminar a futuros estudios en el campo de las relaciones sociales virtuales y comunicaciones online. Referencias Abbott, B. (2008). Presuppositions and common ground. Linguist and Philos., 21, doi: /s Arlow, J.A. (1961). Silence and the Theory of Technique. J. Amer. Psychoanal. Assn., 9, Aron, L. (1996). A meeting of minds: Mutuality in psychoanalysis. Hillsdale, NJ: Analytic Press. Bailenson, J., Blascovich, J. & Guadagno, R. (2008). Self-Representations in Inmersive Virtual Environments. Journal of Applied Social Psychology, 38(11), doi: /j x Barusch, A., Gringeri, C. & George, M. (2011). Rigor in qualitative social work research: A review of strategies used in published articles. Social Work Research, 35(1), doi: /swr/ Bertau, M-C. (2007). On the Notion of Voice: An Exploration from a Psycholinguistic Perspective with Developmental Implications. International Journal for Dialogical Science, 2(1), Bessière, K., Kiesler, S., Kraut, R., & Boneva, B. (2004). Longitudinal Effects of Internet Uses on Depressive Affect: A Social Resources Approach. Documento no publicado. Extraído el 26 de Agosto de 2008 de la World Wide Web: 219

82 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. Birks, M. & Mills, J. (2011). Grounded Theory. A practical guide. Londres: SAGE. Brown, L.J. (2004). The Point of Interaction, Mutuality, and an Aspect of the Analyst's Oedipal Conflict. Scand. Psychoanal. Rev., 27, doi: / Brown, E. & Cairns, P. (2004), A grounded investigation of immersion in games. ACM Conf. on Human Factors in Computing Systems, CHI 2004, ACM Press, Extraído el 15 de Agosto de 2009 de la World Wide Web: Burgoon, J.K., Buller, D.B. & Floyd, K.F. (2001). Does Participation Affect Deception Sucess? A Test of the Interactivity Principle. Human Communication Research, 27(4), doi: /j tb00791.x Burgoon, J.K., Chen, F. & Twitchell, D.P. (2010). Deception and its Detection Under Synchronous and Asynchronous Computer-Mediated Communication. Group Decis Negot, 19, doi: /s Castelnuovo, G., Gaggioli, A., Mantovani, F. & Riva, G. (2003). Psychotherapy to e- Therapy: The Integration of Traditional Techniques and New Communication Tools to Clinical Settings. Cyberpsychology & Behaviour, 6(4), doi: / Csikszentmihalyi, M. (1997). Finding Flow. The Psychology of Engagement with Everyday Life. New York: Basic Books. DePaolo, B., Lindsay, J., Malone, B. Muchlenbruch, L., Charlon, K. & Cooper, H. (2003). Cues to Deception. Psychological Bulletin, 129(1), doi: / Doherty-Sneddon, G., Anderson, A., O Malley, C.O., Langton, S., Garrod, S. & Bruce, V. (1997). Face-to-Face and Video-Mediated Communication: A Comparison of 220

83 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. Dialogue Structure and Task Performance. Journal of Experimental Psychology: Applied, 3(2), doi: / X Feeley, T. & Young, M. (1998). Humans as lie detectors: Some more second thoughts. Communication Quarterly, 46(2), doi: / Ferran, C. & Watts, S. (2008). Videoconferencing in the Field: A Heuristic Processing Model. Management Science, 54(9), doi /mnsc Freud, S. (1919). The Uncanny. The Standard Edition of the Complete Psychological Works of Sigmund Freud, Volume XVII ( ): An Infantile Neurosis and Other Works, Fussell, S. R., Kraut, R. E., Gergle, D., & Setlock, L. D. (2004). Visual cues as evidence of others' minds in collaborative physical tasks. En B. Malle and S. Hodges (Eds.), Other Minds (pp ). New York: The Guilford Press. Gonzales, A.L. & Hancock, J.T. (2008). Identity Shift in Computer Mediated Environments. Media Psychology, 11, doi: / Grayson, D.M. & Monk, A.F. (2003). Are you looking at me? Eye contact and desktop video conferencing. ACM Transactions on Computer-Human Interaction, 10(3), Grice, H. P. (1981). Presupposition and conversational implicature. In P. Cole (Ed.), Radical pragmatics (pp ). New York: Academic Press Hadar, U. (1998). The Evolution of Mutuality in the Resolution of Transference. Am. J. Psychoanal., 58, doi: /A: Hagland, M. (2006). Therapy s migration to the Net. Behavioral Healthcare, 26(7), 40. Heath, C., & Luff, P. (1991). Disembodied conduct: Communication through video in a multi-media office environment. In S. P. Robertson, G. M. Olson, & J. Olson (Eds.), 221

84 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. Human factors in computing systems: Research through technology (pp ). New Orleans, LA: ACM Press. Kiesler, S., Kraut, R., Cummings, J., Boneva, B., Helgeson, V. & Crawford, A. (2002). Internet Evolution and Social Impact. En P. B. Lowry, J. O. Cherrington, & R. J. Watson (Eds.), The E-Business Handbook. (pp ). Nueva York: CRC Press. Kiesler, S. & Cummings, J. (2002). What do we know about proximity in work groups? A legacy of research on physical distance. In P. Hinds & S. Kiesler, Distributed work (pp ). Cambridge: MIT Press. Klein, O., Clark, A. & Lyons, A. (2010). When the social becomes personal: Exploring the role of common ground in stereotype communication. Social Cognition, 28(3), doi: /soco Kraut, R., Kiesler, S., Boneva, B., Cummings, J., Helgeson, V. & Crawford, A. (2002). Internet Paradox Revisited. Journal of Social Issues, 58, doi: / Landström, S. & Granhag, P. (2008). Children s truthful and deceptive testimonies: How camera perspective affects adult observers perception and assessment. Psychology, Crime & Law, 14(5), doi: / Lombard, M. & Ditton, T. (1997). At the heart of it all: The concept of presence. Journal of Computer-Mediated Communication, 3(2), 0. doi: /j tb00072.x Mancuso, H. (2005). La palabra viva. Teoría verbal y discursive de Michail M. Bachtin. Buenos Aires: Paidos. Markova, I., Graumann, C.F. & Foppa, K. (eds) (1995). Mutualities in dialogue. Cambridge: University Press. 222

85 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. Murphy, D., Cramer, D. & Joseph, S. (2012). Mutuality in person-centred therapy: A new agenda for research and practice. Person-Centred and Experiential Psychotherapies, 11(2), doi: / Nass, C., Kim, E-Y. & Lee, E-J. (1998). When My Face is the Interface: An Experimental Comparison of Interacting with One s Own Face of Someone Else s Face. CHI 98 Papers, Ogden, T.H. (1995). Analysing Forms Of Aliveness And Deadness Of The Transference- Countertransference. Int. J. Psycho-Anal., 76, Onwuegbuzie, A. & Collins, K. (2007). A Typology of Mixed Methods Sampling Designs in Social Science Research. The Qualitative Report, 12(2), O Conaill, B., Whittaker, S., & Wilbur, S. (1993). Conversations over video conferences: An evaluation of the spoken aspects of video-mediated communication. Human- Computer Interaction, 8, doi: /s hci0804_4 Riva, G., & Galimberti, C. (1998). Computer-mediated communication: Identity and social interaction in an electronic environment. Genetic, Social and General Psychology Monographs, 124, Sabbadini, A. (1992). Listening to Silence. Scand. Psychoanal. Rev., 15, doi: /j tb01145.x Saldaña, J. (2013). The Coding Manual for Qualitative Researchers, Second Edition. Arizona: Arizona State University. Scheff, T. (2005). The Structure of Context: Deciphering Frame Analysis. Sociological Theory, 23(4), doi: /j x Sellen, A. (1995). Remote conversations The effects of mediating talk with technology. Human Comput. Interaction, 10(4), doi: /s hci1004_2 223

86 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. Shotter, J. (2005). Inside processes: Transitory understandings, action guiding anticipations, and withness thinking. International Journal of Action Research,1(2), Shotter, J. (2008a). Becoming other than we were: moments of transformation in dialogic communication. Invited talk at: Identità digitali (Digital identities): Educational, social, and clinical perspectives on the concept of the Self within Communication Technology, Genova, 4th April, Shotter, J. (2008b). Conversational Realities Revisited: Life, Language, Body and World. Ohio: Taos Institute. Shotter, J. (2009). Instead of Managerialism: From What Goes on Inside Our Heads to What Our Heads (and Bodies) Go on Inside of the World between Us. International Journal of Action Research, 5(3), Strauss, A. (1987). Qualititative analysis for social scientists. Nueva York: Cambridge University Press, Strauss, A. & Corbin, J. (1998). Basics of Qualitative Research: Grounded Theory Procedures and Techniques 2nd Edition. California: Sage. Talamo, A. & Ligorio, B. (2001). Strategic Identities in Cyberspace. Cyberpsychology & Behaviour, 4(1), doi: / Twitter (2013). #numbers. Extraído de la world wide web el 09 de Mayo de 2013: Turkle, S. (2009). Simulation and Its Discontents. Massachusetts: MIT Press. Turkle, S. (2011). Alone Together, Why we expect more from technology and less from each other. New York: Basic Books. Turkle, S. (2015). Reclaiming Conversation. The Power of Talk in a Digital Age. New York: Penguin Random House. 224

87 Herane & Molina. La experiencia de conversar por videoconferencia: análisis exploratorio de contenidos. Van Der Kleij, R., Schraagen, J.M., Werkhoven, P. & De Dreu, C.K.W. (2009). How Conversations Change Over Time in Face-to-Face and Video-Mediated Communication. Small Group Research,4, doi: / Vasalou, A. & Joinson, A. (2009). Me, Myself and I: The role of interactional context on self-presentation through avatars. Computes in Human Behavior, 25, doi: /j.chb Wanberg, S.C., Gammon, D. & Spitznogle, K. (2007). In the Eyes of the Beholder: Exploring Psychologists Attitudes towards and Use of e-therapy in Norway. Cyberpsychology & Behavior, 10(3), doi: /cpb Whitelaw, M., Gugliemetti, M. & Innocent, T. (2009). Strange Ontologies in Digital Culture. ACM Computers in Entertainment, 7(1), doi: / WIP CHILE (2011). Usos y prácticas en el mundo de Internet. Proyecto Fondecyt Nº Descargado de la world wide web el 14 de Mayo de 2013, html. Zhao, S. (2006). Toward a Taxonomy of Copresence. Presence, 12(5), doi: doi: / Submissão: 23/10/2017 Última revisão: 22/11/2017 Aceite final: 01/12/

88 Fronasin, Pessotto& Messias. Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação ESTRESSE OCUPACIONAL EM PROFISSIONAIS DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO Occupational Stress among Information Technology professionals Estrés ocupacional en profesionales de Tecnología de Información Ariane Vicinaça Fornasin Centro Universitário Salesiano de São Paulo Fernando Pessotto Centro Universitário Salesiano de São Paulo João Carlos Caselli Messias Centro Universitário Salesiano de São Paulo Endereço para contato Ariane VicinaçaFornasin - avicinanca@gmail.com Fernando Pessotto fpessotto@gmail.com João Carlos Caselli Messias profjoaomessias@gmail.com Ariane VicinaçaFornasin Psicóloga (PUCC), com Mestrado em Psicologia (PUCC), com ênfase em stress e especialização em Psicologia Comportamental (USP). Atualmente é professora no Centro Universitário Salesiano (UNISAL), com disciplinas nos cursos de Psicologia e Sistema de Informação, na área da Psicologia Organizacional e Gestão de Pessoas. Atua como psicóloga, prestando consultoria em Gestão do Stress em empresas. Fernando Pessotto Psicólogo, mestre e doutor em Psicologia pela Universidade São Francisco com ênfase em avaliação psicológica. É docente do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) coordenador do Laboratório de Psicodiagnóstico e Neurociência Cognitiva (LaPeNC). João Carlos Caselli Messias Psicólogo, MestreemPsicologia Clínica e DoutoremPsicologia pela PUC Campinas. É Professor e Coordenador de GraduaçãoemPsicologia no Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) e líder do Laboratório de Processos Psicológicos e Subjetividade (LaProPS). 226

89 Fronasin, Pessotto& Messias. Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação Resumo O estresse acontece em 3 fases, sendo elas, alerta, resistência e exaustão e pode ser compreendido como um desequilíbrio do organismo desencadeado por elementos negativos ou positivos, resultante da interação entre a pessoa e o ambiente, variando as formas como essa interação é enfocada. O presente estudo teve como objetivo verificar a relação entre estresse e qualidade de vida em trabalhadores da área de TI e em que grau elementos do contexto laboral contribuem na vivência do estresse. Participaram 61 estudantes de graduação de sistemas de informação, sendo 63,9% trabalhadores da área de TI. A idade variou entre 19 e 49 anos (M=22,26; DP=5,52), sendo 72,1% do sexo feminino. Todos os participantes responderam o Inventário de sintomas de stress para adultos de Lipp, o Inventário de Qualidade de Vida e um questionário contendo situações relacionadas ao cotidiano do trabalho. Os resultados indicaram que 56,6% dos participantes que trabalham na área de TI apresentam sintomas de estresse em ao menos uma das fases, apresentando uma diferença significativa em relação aos que não trabalham na área. Observouse ainda correlação entre situações do ambiente de trabalho com os sintomas de estresse sendo que apatia, desânimo e dificuldades de relacionamento com o chefe tiveram maiores poderes preditores para o estresse sendo 13% (Q1) e 7% (Q3) respectivamente. Por fim, foi possível observar que o estresse é responsável por 21% das idas ao ambulatório médico. Frente a estes resultados é possível concluir que situações do cotidiano laboral de profissionais de TI podem ser fonte de estresse. Palavras-chave: Psicologia da Saúde Ocupacional; Qualidade de Vida no Trabalho; Condições de Trabalho; Transtornos Mentais Comuns. Abstract There are 3 phases of Stress: alert, resistance and exhaustion. It may be understood as an organism unbalance trigged by positive or negative elements due to the interaction between people and environment. There are, also, different ways to focus this interaction. This study aimed to verify the relation between stress and quality of life of information technology workers as well as how much labor context elements contributes to the experience of stress. 61 IT students participated (63,9% of them working at the area). Age varied from 19 to 49 years old (M=22,26; SD=5,52), being 72,1% female. All participants answered to the Lipp Adult Stress Inventory, Quality of Life Inventory and a questionnaire about everyday work situations. Results show that 56,5% of the IT workers had symptoms of, at least, one of stress phases, with a significant difference from the others that don t work at the area. It was also noticed a correlation between environment work situations with stress symptoms such as apathy, discouragement and relationship troubles with boss. These ones had more predict impact for stress: 13% (Q1) and 7% (Q3), respectively. Finally, it was possible to observe that stress is responsible for 21% of medical outpatient visits. Due to these results, it is possible to conclude that everyday labor situations of IT professionals may be a source of stress. Key-words: Occupational Health Psychology; Quality of Life at Work; Work Conditions; Common Mental Disorders. Resumen El estrés acontece en 3 fases, siendo ellas, alerta, resistencia y agotamiento, lo que puede ser comprendido como un desequilibrio del organismo desencadenado por elementos negativos o positivos resultante de la interacción entre la persona y el ambiente, variando las formas como esa interacción es enfocada. La presente investigación tuvo como objetivo verificar la relación entre el estrés y la cualidad de vida en trabajadores de la área de TI y en cual grado elementos del contexto laboral contribuyen en la vivencia del estrés. Participaron 61 estudiantes de graduación en Sistemas de Información, siendo 63,9% trabajadores de la área de la TI. La edad varió entre 19 y 49 años (M=22,26; DE=5,52), siendo 72,1% del sexo femenino. Todos los participantes respondieron al Inventario de Síntomas de Estrés para adultos de Lipp, Inventario de Cualidad de Vida y un cuestionario con situaciones relacionadas al cotidiano del trabajo. Los resultados indicaron que 56,6% de los participantes que trabajan en la área de la TI aprestaran síntomas de estrés al menos en una de las fases, notándose una diferencia significativa en relación a los que no trabajan en la área. Se observó, también, una correlación entre situaciones del ambiente del trabajo con los síntomas de estrés, siendo que la apatía, desaliento y dificultades de relacionamiento con el jefe tuvieron más grandes poderes preditores para el estrés, siendo 13% (Q1) y 7% (Q3) respectivamente. Por fin, fue posible observar que el estrés es responsable por 21% de las idas al ambulatorio médico. Frente a estos resultados es posible concluir que las situaciones del cotidiano laboral de profesionales de la TI pueden ser fuente de estrés. Palabras-clave: Psicología de la Salud Ocupacional; Cualidad de Vida en el Trabajo; Condiciones de Trabajo; Trastornos Mentales Comunes. 227

90 Fronasin, Pessotto& Messias. Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação Introdução Há uma ampla discussão a respeito do estresse ocupacional tanto na língua portuguesa, quanto na literatura internacional em geral. De acordo com Costa e Pinto (2017), o termo vem evoluindo desde os anos 1930 e abordado a partir de diferentes compreensões, fato que torna difícil um chegar a um conceito único. Há autores que o definem como uma síndrome geral de adaptação, destacando três fases, a saber,alerta, resistência e exaustão. Outros, preferem descrevê-lo como uma reação do organismo a alterações potenciais desencadeadas por elementos negativos ou mesmo positivos. Em linhas gerais, o elemento comum é a interação entre a pessoa e o ambiente, variando as formas como essa interação é enfocada. Esse complexo fenômeno tem sido estudado em suas múltiplas facetas, sejam elas em termos dos fatores que o desencadeiam, quanto seus efeitos sobre a saúde e qualidade de vida. Nolfe, Mancini, Mancusi, Zontini enolfe (2014) identificaram correlação entre estresse e transtornos de humor, com prejuízos na esfera biopsicosocial dos trabalhadores. Em uma meta-análise anterior, Siegrist (2008) já havia indicado sólidas evidências entre estresse e depressão. Em outra revisão, Bennett, Bakker e Field (2017) notaram que o distanciamento psicológico após o trabalho tem relação inversa com a fadiga, por exemplo, exercendo papel relevante para em relação aobem-estar. O problema está presente em distintos contextos, tendo sido discutido em publicações prioritariamente na área da Psicologia, porém também em periódicos de Terapia Ocupacional, Enfermagem, Fisioterapia e de enfoque multidisciplinar, com especial interesse por estressores e consequências na atuação de professores, enfermeiros, agentes penitenciários, agentes de trânsito, universitários, administrativos de universidade, terapeutas ocupacionais e médicos, entre outros (Silva & Silva, 2015).Cordeiro, Mattos, Cardoso, Santos e Araújo (2016) por exemplo, elaboraram um 228

91 Fronasin, Pessotto& Messias. Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação levantamento a respeito das notificações de transtornos mentais relacionados ao trabalho nos centros de referência à saúde do trabalhador no estado da Bahia e identificaram que o estresse pós-traumático representava a maioria dos casos. No contexto da administração pública brasileira, Balassiano, Tavares e Pimenta (2011) enfatizam o aspecto emocional como influência do estresse em organizações dessa natureza, ao passo que Maffia e Pereira (2014) encontraram 43% de estresse em nível intenso numa amostra de 181 gestores públicos no estado de Minas Gerais. Em um estudo realizado na Alemanha, Pohling, Buruck, Jungbauer e Leiter (2016) apontam uma relação entre perda de produtividade e presenteísmo, argumentando que o mesmo deveria ser mais explorado em intervenções preventivas. As condições de trabalho no caso das indústrias de petróleo, por sua vez, têm características muito específicas e adversas como locais inóspitos, situações meteorológicas extremas, confinamento e duros regimes de turnos, elementos que impactam negativamente aspectos físicos, psíquicos e sociais dos profissionais do setor (Oenning, Carvalho & Caldeira 2012; Monteiro, Fernandes, Abelha &Lovisi 2016). Este cenário leva a uma reflexão a respeito da Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) que possibilita um contraponto importante. Todeschini e Ferreira (2013) destacam elementos como respeito aos direitos trabalhistas, relacionamento entre pares, reconhecimento e realização, salário, saúde, benefícios, ritmo e ambiente a partir da percepção de líderes sindicais. Por outro lado, tratamento autocrático das chefias, postura empresarial desumana, jornadas extenuantes, ritmo acelerado e assédio moral configuram prejuízo à QVT. Os efeitos danosos do assédio moral, assim como as tentativas de enfrentamento e intervenção também foram escopo da atenção de Albanaes, Rodrigues, Pellegrini e Tolfo (2017). 229

92 Fronasin, Pessotto& Messias. Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação Como relatado anteriormente, é possível observar estas situações em diferentes profissões, sendo algumas mais estudadas como enfermagem, professores e profissionais de tecnologia da informação, foco deste estudo. Em relação a este último grupo de profissionais a relação entrea prática profissional e o estresse pode ser compreendida, de maneira simplificada, a partir de duas perspectivas. Uma delas está centrada na tecnologia de informação constituindo um dos elementos estressores no trabalho de outros profissionais (que não os de TI, especificamente). É o caso do adoecimento de bancários derivado das mudanças laborais e do uso intensivo de recursos tecnológicos com a finalidade de aumento da produtividade (Bessi, Schreiber, Puffal&Tondolo, 2015) ou da ambiguidade na relação dos profissionais de saúde com a tecnologia (Pires, Bertncini, Trindade, Matos, Azambuja & Borges, 2012). De maneira aproximada, Lee, Son e Kim (2016) discutem o impacto estressante da sobrecarga de informação, comunicação e recursos de sistemas sobre os usuários de redes sociais tendo relação direta na prática dos profissionais de TI. Esses elementos estão ligados à relevância e à possibilidade de equívoco de informações, bem como à complexidade e ritmo de mudanças de sistemas. Uma segunda perspectiva privilegia a compreensão do estresse específico dos profissionais de TI. Florentino, Teixeira, Reis, Santos e Oliveira (2015), por exemplo, encontraram, por um lado, índices de satisfação em relação à QVT numa amostra de 73 profissionais, porém, por outro, estressores como cobrança, pressão por resultados e conflitos com clientes e usuários. A partir de uma análise de 499 trabalhadores da Coréia do Sul, Jung (2013) identificou que a regulação de humor é mediadora do estresse e burnout, sendo a sobrecarga de papel um fator preditivo tanto para a exaustão emocional quanto para o cinismo, sintomas típicos desses transtornos. Em um estudo com 149 profissionais de 230

93 Fronasin, Pessotto& Messias. Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação Bangalore, na Índia, Ramesh, Joseph, Kiran, Kurian e Babu (2016) não identificaram uma necessidade urgente de intervenção psicológica imediata. Contudo, também não haveria uma isenção de risco, sendo a insônia um sintoma recorrente entre os empregados dessas empresas. Outra pesquisa, também realizada na Índia envolvendo profissionais de TI, identificou sintomas de adoecimento físico e psicológico, a saber, sintomas musculares, hipertensão, diabetes, dislipidemia, depressão, ansiedade, insônia e obesidade. Esses seriam desdobramentos do estado de estresse sobre os trabalhadores (Padma, Anand, Gurukul, Javid, Prasad & Arun, 2015). As consequências do estresse também podem ser observadas no comportamento. Tendo como referência os clássicos modelos de Demanda x Controle/Suporte (DCS) e de equilíbrio entre esforço e recompensa (ERI), foi possível observar, em Taiwan, que o estresse ocupacional definido pelos modelos DCS e ERI está associado a maiores riscos de comportamento de adição (vício) à internet e comprometimento excessivo, enquanto o suporte social atenua essas possibilidades (Chen, Gau, Pikhart, Peasey, Chen &Tsai, 2014). Tais condições acabam levando, muitas vezes, à migração de alguns desses profissionais para outras áreas de ocupação, fenômeno conhecido como turnaway, cuja tradução livre poderia ser afastamento, retirada ou evasão. Motivados pela exaustão e insatisfação, bem como pelo desejo de reciclagem e busca de novas perspectivas, eles assumem outras funções e redirecionam suas carreiras, o que não é o mesmo que turn-over, que consiste na migração para outras organizações, porém na mesma área de atuação. No caso do turnaway, o que se nota é um esgotamento relativo à natureza do trabalho e não tanto em relação ao ambiente no qual ele acontece 231

94 Fronasin, Pessotto& Messias. Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação (Sarmento Júnior, Souza, Souza, Almeida & Batista 2014; Mangia& Joia, 2015; Ramos & Joia, 2014). Tendo em vista este panorama, o presente estudo teve como objetivo verificar a relação entre estresse e qualidade de vida em trabalhadores da área de TI. Além disso buscou verificar em que grau alguns elementos do contexto laboral contribuem na vivência do estresse. Método Participantes Participaram deste estudo 61 sujeitos, estudantes de graduação do último ano do curso de Sistema de Informações, sendo 63,9% trabalhadores da área de tecnologia da informação. A idade variou entre 19 e 49 anos (M=22,26; DP=5,52), sendo 72,1% do sexo feminino. Instrumentos Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp ISSL(Lipp, 2011) O ISSL tem como objetivo avaliar a sintomatologia do estresse sendo dividido em três quadros referentes às fases da síndrome, todos contendo uma lista de sintomas físicos e psicológicos. O quadro 1 refere-se à fase de alerta indicando sintomas vivenciados nas últimas 24 horas; o quadro 2 à fase de resistência, indicando sintomas da última semana e por fim o quadro 3 caracteriza a fase de exaustão, sendo sinalizados sintomas que o sujeito apresenta no último mês. Como resultado, a ferramenta indica a presença ou ausência do estresse, em que fase o sujeito se encontra e predominância de sintomatologia, sendo física ou psicológica. 232

95 Fronasin, Pessotto& Messias. Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação Lipp (2011) realizou um estudo contando com 1843 participantes de diversos estados, sendo eles, São Paulo, Paraíba e Rio de Janeiro, sendo 64% do sexo feminino, com idades a partir de 15 anos até mais de 75. A autora verificou um alfa de cronbach de 0,912, indicando boa confiabilidade do instrumento. Inventário de Qualidade de Vida IQV (Lipp& Rocha, 1995) O IQV tem por objetivo identificar o nível de qualidade de vida dos participantes em quatro quadrantes, à saber, profissional, saúde, social e afetivo, sendo composto por 45 questões com respostas dicotômicas indicando a existência ou não de situações no cotidiano do avaliado. Questionário de situações de trabalho Este questionário foi elaborado pelos autores deste estudo contendo questões relacionadas ao cotidianos laborativo como idas ao ambulatório, problemas de relacionamento com o chefe, ambiente de trabalho inadequado, comunicação no ambiente de trabalho entre outros. Os sujeitos deveriam marcar sim ou não para as ocorrências descritas. Procedimentos Após a aprovação do estudo por um comitê de ética em pesquisa os sujeitos foram convidados a participar do estudo assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Depois de todos terem assinado, os participantes responderam primeiramente o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp, em seguida o Inventário de Qualidade de Vida e por fim o questionário. 233

96 Fronasin, Pessotto& Messias. Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação Análise de dados Inicialmente verificou-se a incidência de sintomas de estresse na amostra. Em seguida, para alcançar o objetivo deste estudo, empregou-se a correlação de Pearson entre as medidas de estresse e qualidade de vida afim de observar as possíveis covariâncias entre elas. Por fim, empregou-se a análise de regressão linear logística com o intuito de verificar o valor preditivo das considições de trabalho em relação aos sintomas de estresse. Resultados e Discussão O presente estudo teve como objetivo verificar a relação entre estresse e qualidade de vida em trabalhadores da área de TI e identificar em que grau alguns elementos do contexto laboral contribuem na vivência do estresse. Para isso contou com 61 sujeitos, estudantes de graduação do curso de Sistema de Informações, sendo 63,9% trabalhadores da área de tecnologia da informação respondendo ao Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp, o Inventário de Qualidade de Vida e um questionário contendo situações do quotidiano de trabalho. Na análise dos resultados foi possível observar que, dos participantes que trabalham na área de tecnologia da informação, grande parte apresentou sintomas de estresse sendo, 16,4% na fase de alerta, 56,6% na fase de resistência e 15,5% em exaustão, tendo predominância em sintomas psicológicos para as 3 fases. Sendo assim empregou-se uma análise de diferença entre médias entre os participantes que trabalham ou não na área de TI sendo os resultados apresentados na tabela

97 Fronasin, Pessotto& Messias. Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação Tabela 1 Diferença entre médias dos sintomas de estresse entre os participantes que trabalham ou não na área de tecnologia da informação. ISSL ISSL_Q1a ISSL_Q1b ISSL_Q2a ISSL_Q2b ISSL_Q3a ISSL_Q3b ISSL_Q1_T ISSL_Q2_T ISSL_Q3_T Trabalha na Área de Sistemas de Informação M DP N t p sim 2,4474 1, não 1,7692 1, ,127 0,541 sim 1,3421 1, não 1,3077 1, ,094 0,355 sim 2,8421 1, não 1 1, ,162 0,014 sim 1,8421 1, não 1,7692 1, ,159 0,695 sim 1,2105 1, não 0,7692 1, ,931 0,193 sim 3,0263 2, não 2,3077 2, ,939 0,971 sim 3,7895 2, não 3,0769 1, ,991 0,208 sim 4,6842 2, não 2,7692 2, ,085 0,148 sim 4,2368 3, não 3,0769 3, ,037 0,388 De acordo com os resultados é possível observar que os trabalhadores da área de TI tiveram uma média significativamente acima para os sintomas físicos na fade se resistência. Estes dados corroboram àqueles encontrados por Padma, Anand, Gurukul, Javid, Prasad earun (2015) quando identificaram sintomas como dores musculares, hipertensão, diabetes, dislipidemia, depressão, ansiedade, insônia e obesidade para esta população. Em seguida, tomando por base apenas os participantes que trabalham na área de TI, empregou-se a correlação de Pearson entre o ISSL e o IQV. Os resultados são apresentados na tabela

98 Fronasin, Pessotto& Messias. Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação Tabela 2 Correlação de Pearson entre os sintomas de estresse (ISSL) e qualidade de vida (IQV). IQV_Social IQV_Afetivo IQV_Profissional IQV_Saúde ISSL_Q1a 0,03-0,47 ** -0,37 * -0,37 * ISSL_Q1b -0,18-0,09 0,00 0,05 ISSL_Q2a 0,02-0,21-0,38 * -0,29 ISSL_Q2b 0,02-0,29-0,19-0,05 ISSL_Q3a -0,07-0,31-0,23-0,11 ISSL_Q3b -0,06-0,22-0,24-0,05 ISSL_Q1_T -0,06-0,42 ** -0,29-0,27 ISSL_Q2_T 0,03-0,29-0,35 * -0,22 ISSL_Q3_T -0,07-0,27-0,26-0,08 **. A correlação é significativa no nível 0,01. *. A correlação é significativa no nível 0,05. De acordo com os resultados apresentados na tabela 2, é possível verificar correlações negativas entre os sintomas de estresse e qualidade de vida, ou seja, à medida que o indivíduo vivencia o estresse, apresenta uma diminuição em sua qualidade de vida. Para a dimensão afetiva observa-se correlação negativamoderada para a fase de alerta, tanto para sintomas físicos (-0,47) quanto para o quadro total (-0,42). Os resultados indicam que, nesta fase, estes profissionais conseguem identificar alterações em seu quotidiano, apresetando ainda boas estratégias de enfrentamento de acordo com a descrição da fase (Lipp, 2011). O mesmo pôde ser observado para os indicadores de saúde para os sintomas físicos para a fase de alerta (-0,37). Para os indicadores de qualidade de vida no âmbito profissional, observa-se 3 correlações negativas de magnitude moderada sendo -0,37 para sintomas físicos do quadro 1, -0,38 para sintomas físicos do quadro 2 e -0,35 para o total do quadro 2. Estes resultados indicam a relação entre vivência de estresse e perda da qualidade de vida de forma similar à Florentino, Teixeira, Reis, Santos e Oliveira (2015) quando identificaram fatores estressantes inerentes à prática profissional na área de TI e ainda 236

99 Apatia, desânimo Falta de envolvimento Aumento de idas ao médico Não é claro o que esperam de mim Aumento de faltas e atrasos Sobrecarga ao trabalho Atividade contra a vontade Vida pessoal afetada Dificuldades com o chefe Valorizado no trabalho? Fronasin, Pessotto& Messias. Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação Todeschini e Ferreira (2013) quando relatam que tratamento autocrático das chefias, postura empresarial desumana, jornadas extenuantes, ritmo acelerado e assédio moral configuram prejuízo à QVT. Após esta verificação, buscou-se identificar a relação entre situações vivencidas no quotidiano de trabalho destes profissionais com a predominância de sintomas de estresse. Estes resultados são apresentados na tabela 3. Tabela 3 Correlação de Pearson entre os sintomas de estresse (ISSL) e situações vivenciadas no ambiente de trabalho. ISSL_Q1a 0,62 ** 0,26 0,55 ** 0,08-0,02 0,14 0,04 0,08 0,31-0,32 * ISSL_Q1b 0,19 0,29 0,01 0,03 0,14 0,14 0,10-0,07-0,05-0,10 ISSL_Q2a 0,41 ** -0,01 0,58 ** 0,36 * 0,00 0,25 0,18-0,22 0,27-0,28 ISSL_Q2b 0,26 0,14 0,39 * 0,20 0,15 0,22 0,03 0,09 0,25-0,34 * ISSL_Q3a 0,32 * 0,00 0,64 ** 0,20 0,12 0,04 0,28-0,01 0,60 ** -0,24 ISSL_Q3b 0,42 ** 0,21 0,55 ** 0,20 0,15 0,21 0,09 0,01 0,34 * -0,31 ISSL_Q1_T 0,59 ** 0,34 * 0,45 ** 0,08 0,04 0,18 0,08 0,03 0,23-0,31 ISSL_Q2_T 0,41 ** 0,06 0,59 ** 0,34 * 0,07 0,27 0,13-0,10 0,30-0,34 * ISSL_Q3_T 0,42 ** 0,14 0,64 ** 0,22 0,15 0,15 0,18 0,00 0,50 ** -0,31 Com estes resultados é possível observar relações entre alguns sintomas de estresse com várias situações do quotidiano de trabalho. As correlações variaram de magnitudes entre 0,32 a 0,64 indicando a existência de covariância entre as variáveis com maior predominância para os sintomas físicos. 237

100 Fronasin, Pessotto& Messias. Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação Destaca-se os sintomas nos quadros totais tendo estes apresentado um total de dez correlações significativas sendo as de maiores magnitudes para o total do quadro 1 com desânimo e apatia (0,59), para o quadro 2 o aumento de idas ao médico (0,59) para o quadro 3 também o aumento de idas ao médico (0,64) assim como dificuldades com o chefe (0,50). De forma ampla estes achados se assemelham aos de Jung (2013), Padma, Anand, Gurukul, Javid, Prasad earun (2015) e Ramesh, Joseph, Kiran, Kurian e Babu (2016) à medida que indicam relações entre sintomas de estresse e a situações vivencidas por profissionais de área de TI. Os resultados ora apresentados indicam relação destas variáveis para as 3 fases do estresse. Tendo por base estes resultados empregou-se uma análise de regressão linear logística buscando identificar qual poder preditor para as situações de maior correlação com os sintomas de estresse. Esta análise foi empregada por quadros considerando apatia e desânimo como preditor para a o quadro 1 (fase de alerta) e dificuldades com o chefe para o quadro 3 (fase de exaustão). Por fim, considerou-se os sintomas dos quadros 2 e 3 (resistência e exaustão) como preditores para o aumento de idas ao médico. Estes resultados são sintetizados e apresentados na tabela 4. Tabela 4 Regressão linear logística tendo como preditor do quadro 1, apatia, desânimo, quadro 3, dificuldades com o chefe e para o aumento de idas ao médico, a fase de exaustão. B Erro Padrão Beta t p R 2 ajustado Apatia, desânimo 1,825 0,566 0,39 3,224 0,002 0,137 Dificuldades com o chefe 4,565 1,914 0,301 2,385 0,002 0,075 ISSL_Q3_T 0,049 0,012 0,477 4,138 0,000 0,215 De acordo com estes resultados é possível verificar que apatia e desânimo e dificuldades com o chefe apresentam poder preditivo para vivencia sintomas de estresse. Apatia e desânimo são responsáveis por explicar 13% da variância da fase de alerta. 238

101 Fronasin, Pessotto& Messias. Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação Este dado pode estar indicando que o sujeito identifica os estressores criando estratégias de enfrentamento, contudo, a frequência destes elementos acaba por gerar desânimo frente sua repetição. Por sua vez, dificuldades com o chefe explica 7% da variância do quadro de exaustão, indicando ser um elemento importante a ser considerado numa vivência com sintomas mais graves e intensos do estresse podendo ser um elemento de saturação na dinâmica do quotidiano laborativo destes profissionais, assim como outros pesquisadores puderam também identificar dados semelhantes (Jung, 2013; Padma, Anand, Gurukul, Javid, Prasad & Arun, 2015; Ramesh, Joseph, Kiran, Kurian & Babu, 2016). Por fim, um dado importante verificado foi que a vivência da fase de exaustão é responsável por 21% do aumento de idas ao médico, podendo ter impacto direto em faltas e diminuição de produtividade. Resultados semelhantes foram observados por Pohling, Buruck, Jungbauer e Leiter (2016) quando relatam a relação entre estresse e perda de produtividade assim como Bennett, Bakker e Field (2017) indicando que situações como estas têm forte impacto na diminuição do bem-estar do sujeito e consequentemente, em sua motivação e produtividade. Considerações finais O presente estudo buscou verificar relações entre sintomas de estresse e qualidade de vida para profissionais da área de TI. Foi possível observar primeiramente relação entre o aumento de sintomas de estresse e a diminuição da qualidade de vida tanto em situações de trabalho quando em âmbitos pessoais, como já era previsto de acordo com a literatura. Considerando situações específicas no contexto laborativo destes profissionais, observou-se ainda que estas podem ter um impacto no sentido de 239

102 Fronasin, Pessotto& Messias. Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação favorecer vivências de diferentes sintomas de estresse, inclusive na fase de exaustão, sendo esta considerada a mais crônica da síndrome. É importante ressaltar que variáveis como personalidade, resiliência e autoconceito não foram consideradas nas análises, sendo esta uma limitação do presente estudo. Futuras pesquisas poderão considerar como fatores mediadores estas variáveis considerando ainda outras amostras de profissionais. Referências Albanaes, P., Rodrigues, K. J. R., Pellegrini, P. G., & da Rosa Tolfo, S. (2017). Intervençãoemgrupo de apoiopsicológico a trabalhadoresvítimas de assédio moral. Revista de Psicología, 35(1), Balassiano, M., Tavares, E., & Costa Pimenta, R. da. (2011). Estresseocupacionalnaadministraçãopúblicabrasileira: quaisosfatoresimpactantes? Revista de Administração Pública - RAP, 45(3). Recuperado de Bennett, A. A., Bakker, A. B., & Field, J. G. (2017). Recovery from work-related effort: A meta-analysis. Journal of Organizational Behavior, Bessi, V. G., Schreiber, D., Puffal, D. P., &Tondolo, V. A. G. (2015). As Tecnologias de Informação e Comunicação e suainfluêncianavivênciaespaço-temporal de TrabalhadoresBancários. Cadernos EBAPE.BR, 13(4), Chen, S.-W., Gau, S. S.-F., Pikhart, H., Peasey, A., Chen, S.-T., & Tsai, M.-C. (2014). Work Stress and Subsequent Risk of Internet Addiction Among Information Technology Engineers in Taiwan. Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking, 17(8),

103 Fronasin, Pessotto& Messias. Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação Cordeiro, T. M. S. C. e, Mattos, A. I. S., Cardoso, M. de C. B., Santos, K. O. B., &Araújo, T. M. de. (2016). Notificações de transtornosmentaisrelacionadosaotrabalho entre trabalhadoresna Bahia: estudodescritivo, Epidemiologia e Serviços de Saúde, 25, Costa, B. R. C., & Pinto, I. (2017). Stress, Burnout and Coping in Health Professionals: A Literature Review. J Psychol Brain Stud, 1, 1. Florentino, S., Teixeira, R. de F., Reis, M. C. dos, Santos, L. M. L. dos, & Oliveira, B. C. S. C. M. de. (2015). QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E ESTRESSE OCUPACIONAL: Uma Análise Junto a Profissionais do Setor de Tecnologia da Informação. PerspectivasContemporâneas, 10(1), Jung, E. (2013). Work Stress and Burnout: The Mediating Role of Mood Regulation Among Information Technology Professionals. Journal of Workplace Behavioral Health, 28(2), Junior, W. V. S., Souza, F. G. N. de, Souza, L. de J., Almeida, M. B. de, & Batista, J. L. (2014). PossíveisCausas da Evasão dos Profissionais de Tecnologia da Informação e Comunicação do ServiçoPúblico no Distrito Federal. TECNOLOGIAS EM PROJEÇÃO, 5(2), Lipp, M. E. N. (2011). Manual do Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL). 3º ed. 1ª reimpressão. São Paulo: Casa do Psicólogo. Lipp, M. E. N. & Rocha, J. C. (1995). Stress, hipertensão e qualidade de vida. Cam pinas: Papirus. Lee, A. R., Son, S.-M., & Kim, K. K. (2016). Information and communication technology overload and social networking service fatigue: A stress perspective. Computers in Human Behavior, 55(Part A),

104 Fronasin, Pessotto& Messias. Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação Mangia, U. B., &Joia, L. A. (2015). Antecedentes à transição de carreira dos profissionais de Tecnologia da Informação. Revista de Administração (São Paulo), 50(4), Monteiro Dias, F., Fernandes de Cintra Santos, J., Abelha, L., &Lovisi, G. M. (2016). O estresseocupacional e a síndrome do esgotamentoprofissional (burnout) emtrabalhadores da indústria do petróleo: umarevisãosistemática. RevistaBrasileira de SaúdeOcupacional, 41. Recuperado de Neves Maffia, L., & Zille Pereira, L. (2014). ESTRESSE NO TRABALHO: ESTUDO COM GESTORES PÚBLICOS DO ESTADO DE MINAS GERAIS. REAd - RevistaEletrônica de Administração, 20(3). Recuperado de Nolfe, G., Mancini, P., Mancusi, R., Zontini, G., &Nolfe, G. (2014). Work-related psychopathology: Rates in different work activities and relationship between subjective perception of work distress and psychiatric disturbances. Work, 47(4), Padma, V., Anand, N. N., Gurukul, S. M. G. S., Javid, S. M. A. S. M., Prasad, A., &Arun, S. (2015). Health problems and stress in Information Technology and Business Process Outsourcing employees. Journal of Pharmacy &Bioallied Sciences, 7(Suppl 1), S9 S13. Pires, D. E. P. de, Bertoncini, J. H., Trindade, L. de L., Matos, E., Azambuja, E., & Borges, A. M. F. (2012). INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E CARGAS DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE: umarelaçãoambígua. RevistaGaúcha de Enfermagem, 33(1),

105 Fronasin, Pessotto& Messias. Estresse ocupacional em profissionais de Tecnologia de Informação Pohling, R., Jungbauer, K.-L., Buruck, G., & Leiter, M. (2016). Work-Related Factors of Presenteeism: The Mediating Role of Mental and Physical Health. Journal of occupational health psychology, 21(2), Ramesh, N., Joseph, B., Kiran, P., Kurian, J., &Babu, A. (2016). Perceived Professional Stress Levels among Employees in an Information Technology Company, Bangalore. National Journal of Community Medicine, 7(4), Ramos, E. A. de A., &Joia, L. A. (2014). Uma investigaçãoacerca do fenômeno de turnaway entre osprofissionais de tecnologia da informação. RAM, REV. ADM. MACKENZIE, 15(4), Siegrist, J. (2008). Chronic psychosocial stress at work and risk of depression: evidence from prospective studies. European Archives of Psychiatry and Clinical Neuroscience, 258(5), Silva, D. de P. da, & Silva, M. de N. R. M. de O. (2015). O TRABALHADOR COM ESTRESSE E INTERVENÇÕES PARA O CUIDADO EM SAÚDE. Trabalho, Educação e Saúde, 13, Todeschini, R., & Ferreira, M. C. (2013). O olhar de dirigentessindicaissobrequalidade de vida no trabalho e mal-estar no trabalho. Estudos de Psicologia, 18(2), Xavier Oenning, N. S., Carvalho, F. M., & Cadena Lima, V. M. (2012). Indicadores de absenteísmo e diagnósticosassociadosàslicençasmédicas de trabalhadores da área de serviços de umaindústria de petróleo. RevistaBrasileira de SaúdeOcupacional, 37(125). Recuperado de Submissão: 25/11/2016 Última revisão: 20/11/2017 Aceite final: 28/11/

106 Vargas. Violencia hacia las personas con diagnóstico psiquiátrico: la Radio Estación Locura como dispositivo de visibilización VIOLENCIA HACIA LAS PERSONAS CON DIAGNÓSTICO PSIQUIÁTRICO: LA RADIO ESTACIÓN LOCURA COMO DISPOSITIVO DE VISIBILIZACIÓN Violence against people with a psychiatric diagnosis: Radio Estación Locura as a mechanism of visibility Violência para pessoas com diagnóstico psiquiátrico: Radio Estación Locura como meio de visibilidade Ernesto Bouey Vargas Universidad Católica Silva Henríquez Dirección para la correspondencia Escuela de Psicología Universidad Católica Silva Henríquez. General Jofré 462, Santiago, Chile. Correo: eboueyv@ucsh.cl Ernesto Bouey Vargas Psicólogo y Magister en psicología clínica de adultos. Coordinador Radio Estación Locura. Académico y Coordinador de Seminarios de grado de la Escuela de Psicología de la Universidad Católica Silva Henríquez. 244

Editor Associado Prof. Dr. Fernando Pessotto Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL

Editor Associado Prof. Dr. Fernando Pessotto Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL Editores Responsáveis Prof. Dr. João Carlos Caselli Messias Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL/Brasil Prof. Dr. Héctor Cavieres Higuera Universidad Católica Silva Henriquez/Chile Editor

Leia mais

CONTRIBUIÇÃO DO QUESTIONÁRIO DE ATIVIDADES FUNCIONAIS DE PFEFFER PARA O DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE ALZHEIMER

CONTRIBUIÇÃO DO QUESTIONÁRIO DE ATIVIDADES FUNCIONAIS DE PFEFFER PARA O DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE ALZHEIMER CONTRIBUIÇÃO DO QUESTIONÁRIO DE ATIVIDADES FUNCIONAIS DE PFEFFER PARA O DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE ALZHEIMER Pfeffer Functional Activities Questionnaire contribution to the Alzheimer's disease diagnosis

Leia mais

Análise comparativa entre CAMCOG, Fluência Verbal e o CASI-Short em idosos sem escolaridade

Análise comparativa entre CAMCOG, Fluência Verbal e o CASI-Short em idosos sem escolaridade Acta Scientiarum http://www.uem.br/acta ISSN printed: 1679-7361 ISSN on-line: 1807-8656 Doi: 10.4025/actascihumansoc.v35i2.20859 Análise comparativa entre CAMCOG, Fluência Verbal e o CASI-Short em idosos

Leia mais

Testes do desenho do relógio e de fluência verbal: contribuição diagnóstica para o Alzheimer

Testes do desenho do relógio e de fluência verbal: contribuição diagnóstica para o Alzheimer Revista Psicologia: Teoria e Prática, 16(1), 169-180. São Paulo, SP, jan.-abr. 2014. Sistema de avaliação: às cegas por pares (double blind review). Universidade Presbiteriana Mackenzie. Testes do desenho

Leia mais

DESCRIÇÃO E CORRELAÇÃO DAS QUEIXAS SUBJETIVAS DE MEMÓRIA, COGNIÇÃO, APRAXIAS E ATIVIDADES FUNCIONAIS EM IDOSOS COM COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE

DESCRIÇÃO E CORRELAÇÃO DAS QUEIXAS SUBJETIVAS DE MEMÓRIA, COGNIÇÃO, APRAXIAS E ATIVIDADES FUNCIONAIS EM IDOSOS COM COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE DESCRIÇÃO E CORRELAÇÃO DAS QUEIXAS SUBJETIVAS DE MEMÓRIA, COGNIÇÃO, APRAXIAS E ATIVIDADES FUNCIONAIS EM IDOSOS COM COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE Gisele Kariny de Souza Davi; Núbia Maria Freire Vieira

Leia mais

TESTE DE FLUÊNCIA VERBAL CATEGORIA ANIMAIS E FRUTAS EM IDOSOS ANALFABETOS

TESTE DE FLUÊNCIA VERBAL CATEGORIA ANIMAIS E FRUTAS EM IDOSOS ANALFABETOS Encontro Revista de Psicologia Vol. 14, Nº. 21, Ano 2011 TESTE DE FLUÊNCIA VERBAL CATEGORIA ANIMAIS E FRUTAS EM IDOSOS ANALFABETOS Dados de um ambulatório de geriatria Juliana F. Cecato Faculdade de Medicina

Leia mais

APLICAÇÃO DA ESCALA DE AVALIAÇÃO CLÍNICA DA DEMÊNCIA (CLINICAL DEMENTIA RATING - CDR) EM PACIENTES COM DOENÇA DE ALZHEIMER DA CIDADE DE GUARAPUAVA-PR

APLICAÇÃO DA ESCALA DE AVALIAÇÃO CLÍNICA DA DEMÊNCIA (CLINICAL DEMENTIA RATING - CDR) EM PACIENTES COM DOENÇA DE ALZHEIMER DA CIDADE DE GUARAPUAVA-PR APLICAÇÃO DA ESCALA DE AVALIAÇÃO CLÍNICA DA DEMÊNCIA (CLINICAL DEMENTIA RATING - CDR) EM PACIENTES COM DOENÇA DE ALZHEIMER DA CIDADE DE GUARAPUAVA-PR Jaqueline Hack (PIBIC/CNPq-UNICENTRO) Marcela Magro

Leia mais

MEMÓRIA. Drª Andressa Chodur - Terapeuta Ocupacional Mestre em comportamento Motor UFPR / Capacitada em Oficina da Memória

MEMÓRIA. Drª Andressa Chodur - Terapeuta Ocupacional Mestre em comportamento Motor UFPR / Capacitada em Oficina da Memória MEMÓRIA Drª Andressa Chodur - Terapeuta Ocupacional Mestre em comportamento Motor UFPR / Capacitada em Oficina da Memória Andressa Knetsiki, Jessica Fiais de Mello, Letícia D. V. de Alleluia Estagiárias

Leia mais

DEMÊNCIA? O QUE é 45 MILHOES 70% O QUE É DEMÊNCIA? A DEMÊNCIA NAO É UMA DOENÇA EM 2013, DEMÊNCIA. Memória; Raciocínio; Planejamento; Aprendizagem;

DEMÊNCIA? O QUE é 45 MILHOES 70% O QUE É DEMÊNCIA? A DEMÊNCIA NAO É UMA DOENÇA EM 2013, DEMÊNCIA. Memória; Raciocínio; Planejamento; Aprendizagem; O QUE é APRESENTA DEMÊNCIA? O QUE É DEMÊNCIA? A demência é um distúrbio em um grupo de processos mentais que incluem: Memória; Raciocínio; Planejamento; Aprendizagem; Atenção; Linguagem; Percepção; Conduta.

Leia mais

AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA DE IDOSOS USUÁRIOS DE PSFs NA CIDADE DE RECIFE-PE*

AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA DE IDOSOS USUÁRIOS DE PSFs NA CIDADE DE RECIFE-PE* AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA DE IDOSOS USUÁRIOS DE PSFs NA CIDADE DE RECIFE-PE* AUTOR: CLÁUDIA DANIELE BARROS LEITE-SALGUEIRO UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO/MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE (EMAIL: daniele_leite_@hotmail.com)

Leia mais

A PESSOA COM DETERIORAÇÃO COGNITIVA

A PESSOA COM DETERIORAÇÃO COGNITIVA A PESSOA COM DETERIORAÇÃO COGNITIVA IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE ESTIMULAÇÃO COGNITIVA Ana Figueiredo Inês Abalroado Enfermeiras Especialistas em Enfermagem de Reabilitação no Centro Hospitalar e Universitário

Leia mais

Pseudo-demência / défice cognitivo ligeiro

Pseudo-demência / défice cognitivo ligeiro Pseudo-demência / défice cognitivo ligeiro Kiloh LG. Pseudo-dementia. Acta Psychiatrica Scandinavia 1961; 37; 336-51. Winblad et als. Miild Cognitive Impairment beyound controversies, towards a consensus:

Leia mais

OFICINA DE ESTIMULAÇÃO COGNITIVA PARA IDOSOS MAIS IDOSOS: ESTUDO LONGITUDINAL

OFICINA DE ESTIMULAÇÃO COGNITIVA PARA IDOSOS MAIS IDOSOS: ESTUDO LONGITUDINAL OFICINA DE ESTIMULAÇÃO COGNITIVA PARA IDOSOS MAIS IDOSOS: ESTUDO LONGITUDINAL Thais da Silva Soares; Thayná Victório Costa Cavalcante; Rosimere Ferreira Santana Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Leia mais

SOBRECARGA DO CUIDADOR DE DEMÊNCIA FRONTOTEMPORAL E DOENÇA DE ALZHEIMER.

SOBRECARGA DO CUIDADOR DE DEMÊNCIA FRONTOTEMPORAL E DOENÇA DE ALZHEIMER. Introdução: A visão tradicional da demência é que as características mais importantes para acurácia do diagnóstico e conduta são o declínio cognitivo e o déficit funcional. Os sintomas comportamentais

Leia mais

AS CONTRIBUIÇÕES DA REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA EM UM CASO DE ALZHEIMER LEVE

AS CONTRIBUIÇÕES DA REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA EM UM CASO DE ALZHEIMER LEVE 31 AS CONTRIBUIÇÕES DA REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA EM UM CASO DE ALZHEIMER LEVE Lívia Martins¹, Victor Cesar Amorim Costa², Andréa Olimpio de Oliveira³ Resumo: Não se desenvolveu ainda um tratamento

Leia mais

DEFÍCIT COGNITIVO DE IDOSOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER - DA

DEFÍCIT COGNITIVO DE IDOSOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER - DA DEFÍCIT COGNITIVO DE IDOSOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER - DA Stéphanie Geyse Dantas de Figueirêdo (1); Julyana Renata Fidelis Guerra (2); Valéria Ribeiro Nogueira Barbosa (3) Universidade Estadual da Paraíba

Leia mais

Compiladores: Lidia V. Cabello Domínguez y Mª Teresa Ramiro ISBN: ISBN:

Compiladores: Lidia V. Cabello Domínguez y Mª Teresa Ramiro ISBN: ISBN: V CONGRESO INTERNACIONAL Y X NACIONAL DE PSICOLOGÍA CLÍNICA Compiladores: Lidia V. Cabello Domínguez y Mª Teresa Ramiro 1 LIBRO DE RESÚMENES DE LOS TRABAJOS ACEPTADOS EN EL V CONGRESO INTERNACIONAL Y X

Leia mais

METODOLOGIA Participantes Procedimentos Instrumentos

METODOLOGIA Participantes Procedimentos Instrumentos COMPROMETIMENTO PSICOPATOLÓGICO DA MEMÓRIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: UMA ANÁLISE DE TRÊS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA NO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA INTRODUÇÃO Luiz Andrade Neto - UFPB luizneto_jp@hotmail.com

Leia mais

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO FUNCIONAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO FUNCIONAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO FUNCIONAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS Cristina Marques de Almeida Holanda¹, Michele Alexandre da Silva². Universidade Federal da Paraíba - UFPB cristinamahd@gmail.com¹, michelebr@live.com

Leia mais

TÍTULO: EFEITOS DE UMA SESSÃO DE ATIVIDADE FÍSICA E CINSEIOTERAPIA PARA PESSOAS COM A DOENÇA DE ALZHEIMER

TÍTULO: EFEITOS DE UMA SESSÃO DE ATIVIDADE FÍSICA E CINSEIOTERAPIA PARA PESSOAS COM A DOENÇA DE ALZHEIMER 16 TÍTULO: EFEITOS DE UMA SESSÃO DE ATIVIDADE FÍSICA E CINSEIOTERAPIA PARA PESSOAS COM A DOENÇA DE ALZHEIMER CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FISIOTERAPIA INSTITUIÇÃO: CENTRO

Leia mais

Mini Exame do Estado Mental (MEEM)

Mini Exame do Estado Mental (MEEM) Mini Exame do Estado Mental (MEEM) Instruções de uso O MEEM é constituído de duas partes, uma que abrange orientação, memória e atenção, com pontuação máxima de 21 pontos e, outra que aborda habilidades

Leia mais

PERFIL FUNCIONAL DOS PACIENTES COM AVE ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO E NA CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA DA UFPB

PERFIL FUNCIONAL DOS PACIENTES COM AVE ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO E NA CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA DA UFPB PERFIL FUNCIONAL DOS PACIENTES COM AVE ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO E NA CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA DA UFPB Thyciane Mendonça de Andrade 1 ; Carlos André Gomes Silva 2 ; Eliza Juliana da Costa

Leia mais

Poder preditivo do MoCa na avaliação neuropsicológica de pacientes com diagnóstico de demência

Poder preditivo do MoCa na avaliação neuropsicológica de pacientes com diagnóstico de demência http://dx.doi.org/10.1590/1809-9823.2014.13123 707 Poder preditivo do MoCa na avaliação neuropsicológica de pacientes com diagnóstico de demência MoCa predictive power in neuropsychological assessment

Leia mais

Escola Superior de Altos Estudos

Escola Superior de Altos Estudos Escola Superior de Altos Estudos Defeito cognitivo, sintomas de depressão e satisfação com a vida em idosos sob resposta social do concelho de Coimbra INÊS TORRES PENA Dissertação Apresentada ao ISMT para

Leia mais

Toda educación no formal es educación popular? Una visión desde Argentina

Toda educación no formal es educación popular? Una visión desde Argentina Toda educación no formal es educación popular? Una visión desde Argentina María Carmelita Lapadula 1, María Florentina Lapadula 2 Resumen La educación no formal y la educación popular están en constante

Leia mais

VI Seminário de Pesquisa em Gerontologia e Geriatria Tema: Demências 22, 23 e 24 de setembro de 2010

VI Seminário de Pesquisa em Gerontologia e Geriatria Tema: Demências 22, 23 e 24 de setembro de 2010 VI Seminário de Pesquisa em Gerontologia e Geriatria Tema: Demências 22, 23 e 24 de setembro de 2010 Local: SESC Campinas fica à rua Dom José I, s/n, Bonfim, Campinas, SP. Informações: http://www.fcm.unicamp.br/seminario/geronto

Leia mais

Adultos com Trissomia 21

Adultos com Trissomia 21 Adultos com Trissomia 21 Caraterização e desafios no diagnóstico de demência Mendes, R., Gonçalves, M. J., Silvestre, A., Figueira, M. J., Bispo, R., & Breia, P. Projecto Alterações cognitivas e comportamentais

Leia mais

IMPACTO DA ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL SOBRE A QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS PORTADORES DE ARTROSE INCAPACITANTE.

IMPACTO DA ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL SOBRE A QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS PORTADORES DE ARTROSE INCAPACITANTE. CARLA CARVALHO HORN IMPACTO DA ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL SOBRE A QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS PORTADORES DE ARTROSE INCAPACITANTE. Dissertação de Mestrado em Gerontologia Biomédica Para a obtenção do

Leia mais

Doença de Alzheimer: o cuidado no diagnóstico

Doença de Alzheimer: o cuidado no diagnóstico 52 Reflexão Doença de Alzheimer: o cuidado no diagnóstico Maria Amélia Ximenes A o participar de uma pesquisa de revisão bibliográfica sobre a Doença de Alzheimer (DA) e o impacto desta na vida do cuidador

Leia mais

Demência de Alzheimer. Dra. Célia Petrossi Gallo Garcia Médica Psiquiatra PAI-ZN

Demência de Alzheimer. Dra. Célia Petrossi Gallo Garcia Médica Psiquiatra PAI-ZN Demência de Alzheimer Dra. Célia Petrossi Gallo Garcia Médica Psiquiatra PAI-ZN Introdução Causa mais freqüente de demência (50% dos casos em > 65 anos) Neurotransmissores: diminuição de acetilcolina e

Leia mais

SINAIS E SINTOMAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER: CONSIDERAÇÕES DE UM AMBULATÓRIO DE GERIATRIA

SINAIS E SINTOMAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER: CONSIDERAÇÕES DE UM AMBULATÓRIO DE GERIATRIA SINAIS E SINTOMAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER: CONSIDERAÇÕES DE UM AMBULATÓRIO DE GERIATRIA Symptoms and signs of Alzheimer's disease: considerations of a geriatric s clinic Los signos y síntomas de la enfermedad

Leia mais

4 RESULTADOS. 4.1 Análise amostral Caracterização da amostra estudada. As características sociodemográficas da população estudada estão

4 RESULTADOS. 4.1 Análise amostral Caracterização da amostra estudada. As características sociodemográficas da população estudada estão 4 RESULTADOS 62 4 RESULTADOS 4.1 Análise amostral 4.1.1 Caracterização da amostra estudada As características sociodemográficas da população estudada estão sumarizadas na Tabela 4. As variáveis categóricas

Leia mais

ESTÁGIO: AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA I. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESTÁGIO: 1. Estágio através do CPA ( X ) ou disciplina-estágio ( )

ESTÁGIO: AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA I. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESTÁGIO: 1. Estágio através do CPA ( X ) ou disciplina-estágio ( ) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA CENTRO DE PESQUISA E PSICOLOGIA APLICADA ESTÁGIO: AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA I. CARACTERÍSTICAS

Leia mais

Testes do desenho do relógio e de fluência verbal: contribuição diagnóstica para o Alzheimer

Testes do desenho do relógio e de fluência verbal: contribuição diagnóstica para o Alzheimer Revista Psicologia: Teoria e Prática, 16(1), 169-180. São Paulo, SP, jan.-abr. 2014. ISSN 1516-3687 (impresso), ISSN 1980-6906 (on-line). http://dx.doi.org/10.15348/1980-6906/psicologia.v16n1p169-180.

Leia mais

2. Nome do(s) supervisor(es): PROFA. DRA. SONIA REGINA PASIAN. Psicóloga MARIA PAULA FOSS

2. Nome do(s) supervisor(es): PROFA. DRA. SONIA REGINA PASIAN. Psicóloga MARIA PAULA FOSS UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO CENTRO DE PESQUISA E PSICOLOGIA APLICADA ESTÁGIO: AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA

Leia mais

BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NOS SINTOMAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER

BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NOS SINTOMAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NOS SINTOMAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER Marcelo Antônio de Souza Silva e Silva 1* ; Francielly Natanaelly Andrade dos Santos 1 ; Janiele dos Santos Oliveira 2 ; José Edimosio Costa

Leia mais

Liga de Neurociências: Dia Mundial da Doença de Parkinson

Liga de Neurociências: Dia Mundial da Doença de Parkinson 14. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE

Leia mais

Linguagem e Memória: uma revisão sobre a avaliação neurocognitiva em sujeitos com doença de Alzheimer

Linguagem e Memória: uma revisão sobre a avaliação neurocognitiva em sujeitos com doença de Alzheimer Linguagem e Memória: uma revisão sobre a avaliação neurocognitiva em sujeitos com doença de Alzheimer Heliana Martins Tarrago Carvalho 1 Resumo Os prejuízos na linguagem e na memória em sujeitos com a

Leia mais

EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS EM DUPLA-TAREFA SOBRE O EQUILÍBRIO E A COGNIÇÃO DE MULHERES IDOSAS

EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS EM DUPLA-TAREFA SOBRE O EQUILÍBRIO E A COGNIÇÃO DE MULHERES IDOSAS EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS EM DUPLA-TAREFA SOBRE O EQUILÍBRIO E A COGNIÇÃO DE MULHERES IDOSAS Wagner Vitória dos Santos (1); Kamila Ângela Dantas Dias (2); Giulliana Helen de Vasconcelos Gomes

Leia mais

Discapacidad Argentina, Brasil y Paraguay

Discapacidad Argentina, Brasil y Paraguay Prueba Piloto Conjunta sobre Discapacidad Argentina, Brasil y Paraguay Comitê do Censo Demográfico, IBGE Brasil Taller de Cierre y Conclusiones del Grupo de Trabajo Ronda Censos 2010 de la CEA-CEPAL CEPAL

Leia mais

TÍTULO: A INFLUÊNCIA DA DANÇA DO VENTRE NOS SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSAS DA COMUNIDADE

TÍTULO: A INFLUÊNCIA DA DANÇA DO VENTRE NOS SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSAS DA COMUNIDADE Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: A INFLUÊNCIA DA DANÇA DO VENTRE NOS SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSAS DA COMUNIDADE CATEGORIA:

Leia mais

UPSA: ADAPTAÇÃO E APLICAÇÃO EM IDOSOS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Aluno: Antonia Sigrist Orientador: Helenice Charchat Fichman

UPSA: ADAPTAÇÃO E APLICAÇÃO EM IDOSOS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Aluno: Antonia Sigrist Orientador: Helenice Charchat Fichman UPSA: ADAPTAÇÃO E APLICAÇÃO EM IDOSOS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Aluno: Antonia Sigrist Orientador: Helenice Charchat Fichman Introdução A população idosa atual busca saúde e independência por meio do

Leia mais

IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA

IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA Cristina Marques de Almeida Holanda 1, Michele Alexandre da Silva 2 cristinamahd@gmail.com 1, michelebr@live.com 2 Universidade Federal

Leia mais

Bateria Arizona para Desordens de Comunicação e Demência (ABCD): experiência brasileira.

Bateria Arizona para Desordens de Comunicação e Demência (ABCD): experiência brasileira. Bateria Arizona para Desordens de Comunicação e Demência (ABCD): experiência brasileira. Palavras chave: linguagem, demência, cognição. Introdução e objetivo No processo de envelhecimento humano, enquanto

Leia mais

Prejuízos Cognitivos e Comportamentais secundários à Epilepsia Autores: Thaís Martins; Calleo Henderson; Sandra Barboza. Instituição:Universidade

Prejuízos Cognitivos e Comportamentais secundários à Epilepsia Autores: Thaís Martins; Calleo Henderson; Sandra Barboza. Instituição:Universidade Autores:Thaís Martins Sousa ; Calleo Henderson ; Sandra Barboza. Introdução A epilepsia é uma das síndromes neurológicas mais comuns e seus efeitos secundários podem ser graves. A epilepsia de ausência

Leia mais

Psicoestimulação Cognitiva

Psicoestimulação Cognitiva A tendência demográfica actual aponta para o progressivo aumento da percentagem da população idosa, em detrimento da população de faixas etárias mais jovens. De todas as patologias associadas ao envelhecimento,

Leia mais

PROTOCOLO DE TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE

PROTOCOLO DE TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE PROTOCOLO DE TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE Albaniza Coringa da Silva Neta (1); Laíze Gabriele Castro Silva (1); Gisele Kariny de Souza Davi; Wildja de Lima Gomes (1);

Leia mais

ATIVIDADES DE ASSISTÊNCIA E INCLUSÃO SOCIAL PRATICADAS PELO NÚCLEO DE PRÁTICA CONTÁBIL A GRUPOS VULNERÁVEIS

ATIVIDADES DE ASSISTÊNCIA E INCLUSÃO SOCIAL PRATICADAS PELO NÚCLEO DE PRÁTICA CONTÁBIL A GRUPOS VULNERÁVEIS ATIVIDADES DE ASSISTÊNCIA E INCLUSÃO SOCIAL PRATICADAS PELO NÚCLEO DE PRÁTICA CONTÁBIL A GRUPOS VULNERÁVEIS por GABRIELA BARRETO HENRIQUE TINOCO VALÉRIA SANTOS ACTIVIDADES DE ASISTENCIA E INCLUSIÓN SOCIAL

Leia mais

TREINO DE DUPLA TAREFA MOTORA-COGNITIVA EM IDOSOS COM COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA FACISA/UFRN

TREINO DE DUPLA TAREFA MOTORA-COGNITIVA EM IDOSOS COM COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA FACISA/UFRN TREINO DE DUPLA TAREFA MOTORA-COGNITIVA EM IDOSOS COM COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA FACISA/UFRN Dayane Nascimento dos Santos, Albaniza Coringa da Silva Neta, Gisele Kariny de

Leia mais

A Enfermagem Psiquiátrica na Realidade Brasileira

A Enfermagem Psiquiátrica na Realidade Brasileira fac-símile Recebido em 24-03-2017 Aprovado em 03-04-2017 Como citar este artigo Xavier ML. [A enfermagem psiquiátrica na realidade brasileira]. Hist enferm Rev eletrônica [Internet]. 2017;8 (1):54-64.

Leia mais

Programa de Curso. Tipo: de servicio

Programa de Curso. Tipo: de servicio UNIVERSIDAD DE COSTA RICA ESCUELA DE LENGUAS MODERNAS SECCIÓN DE OTRAS LENGUAS Programa de Curso Nombre: Portugués Básico I Sigla: LM-5001 Número de créditos: 02 Número de horas clase semanales: 03 Número

Leia mais

Validade da versão em português da Clinical Dementia Rating Validity of the Portuguese version of Clinical Dementia Rating

Validade da versão em português da Clinical Dementia Rating Validity of the Portuguese version of Clinical Dementia Rating 912 Rev Saúde Pública 2005;39(6):912-7 Validade da versão em português da Clinical Dementia Rating Validity of the Portuguese version of Clinical Dementia Rating Maria Beatriz M Macedo Montaño e Luiz Roberto

Leia mais

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ JÚLIA PINHEIRO DE MELO PROPRIEDADE, FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE E DESAPROPRIAÇÃO: aspectos destacados.

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ JÚLIA PINHEIRO DE MELO PROPRIEDADE, FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE E DESAPROPRIAÇÃO: aspectos destacados. UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ JÚLIA PINHEIRO DE MELO PROPRIEDADE, FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE E DESAPROPRIAÇÃO: aspectos destacados Tijucas 2009 JÚLIA PINHEIRO DE MELO PROPRIEDADE, FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE

Leia mais

Com cálculo / Calculus presence / Con calculo. Com sangramento / Healthy gums / Con sangría

Com cálculo / Calculus presence / Con calculo. Com sangramento / Healthy gums / Con sangría 99 4.2. Community Periodontal Index According to the Community Periodontal Index (CPI), 35% of workers are healthy. Most who present problems have calculus (40%), followed by those who have superficial

Leia mais

O QUE ESPERAMOS DA AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA EM NEUROLOGIA

O QUE ESPERAMOS DA AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA EM NEUROLOGIA O QUE ESPERAMOS DA AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA EM NEUROLOGIA Mª. Andréia Costa Rabelo Neuropsicóloga do CRIEM/HC/FM/UFG Doutoranda em Ciências da Saúde UFG Professora do curso de Psicologia da Faculdade

Leia mais

Mal de Alzheimer. Disciplina: Gerontologia. Profª. Juliana Aquino

Mal de Alzheimer. Disciplina: Gerontologia. Profª. Juliana Aquino Mal de Alzheimer Disciplina: Gerontologia Profª. Juliana Aquino Mal de Alzheimer Histórico A base histopatológica da doença foi descrita pela primeira vez pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer em

Leia mais

TRABALHO, SUPORTE SOCIAL E LAZER PROTEGEM IDOSOS DA PERDA FUNCIONAL, ESTUDO EPIDOSO, SÃO PAULO,

TRABALHO, SUPORTE SOCIAL E LAZER PROTEGEM IDOSOS DA PERDA FUNCIONAL, ESTUDO EPIDOSO, SÃO PAULO, XVIII CONGRESSO MUNDIAL DE EPIDEMIOLOGIA VII CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA TRABALHO, SUPORTE SOCIAL E LAZER PROTEGEM IDOSOS DA PERDA FUNCIONAL, ESTUDO EPIDOSO, SÃO PAULO, 1991-1999 Eleonora d Orsi

Leia mais

Declínio Cognitivo Leve. José Mourão de Aquino Neto 6º semestre - Medicina

Declínio Cognitivo Leve. José Mourão de Aquino Neto 6º semestre - Medicina Declínio Cognitivo Leve José Mourão de Aquino Neto 6º semestre - Medicina Introdução O Envelhecimento normal engloba um declínio gradual das funções cognitivas. A idade de início e a progressão desse declínio

Leia mais

O trabalho do psicopedagogo domiciliar para a reabilitação cognitiva e neuroaprendizagem de pessoas com deficiências severas

O trabalho do psicopedagogo domiciliar para a reabilitação cognitiva e neuroaprendizagem de pessoas com deficiências severas O trabalho do psicopedagogo domiciliar para a reabilitação cognitiva e neuroaprendizagem de pessoas com deficiências severas Thaianny Cristine Salles da Silva Psicopedagoga, Neuropsicopedagoga, Especialista

Leia mais

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE COM ESTIMULAÇÃO COGNITIVA PARA SÉNIORES

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE COM ESTIMULAÇÃO COGNITIVA PARA SÉNIORES PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE COM ESTIMULAÇÃO COGNITIVA PARA SÉNIORES Sílvia Tavares da Silva silviauccoaz@gmail.com Maria Teresa Barata Tavares coord.enfermagem@csoazemeis.min-saude.pt 1 Pirâmide

Leia mais

ATAS DO 1º CONGRESSO INTERNACIONAL DE LITERACIA EM SAÚDE MENTAL

ATAS DO 1º CONGRESSO INTERNACIONAL DE LITERACIA EM SAÚDE MENTAL ATAS DO 1º CONGRESSO INTERNACIONAL DE LITERACIA EM SAÚDE MENTAL Revista Científica da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem Scientific Journal of the Health Sciences Research Unit: Nursing

Leia mais

TÍTULO: REPERCUSSÕES DA INSTITUCIONALIZAÇÃO NA MOBILIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO LONGITUDINAL

TÍTULO: REPERCUSSÕES DA INSTITUCIONALIZAÇÃO NA MOBILIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO LONGITUDINAL TÍTULO: REPERCUSSÕES DA INSTITUCIONALIZAÇÃO NA MOBILIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO LONGITUDINAL CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FISIOTERAPIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE

Leia mais

Estratégia Nacional para o Envelhecimento Activo e Saudável Contributo da OPP

Estratégia Nacional para o Envelhecimento Activo e Saudável Contributo da OPP Estratégia Nacional para o Envelhecimento Activo e Saudável 2017-2025 Contributo da OPP Comentários Técnicos e Contributos OPP OPP Março 2017 Lisboa Estratégia Nacional para o Envelhecimento Activo e Saudável

Leia mais

Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética

Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética Figura 1: RM do encéfalo em corte axial em T2 Figura 2: RM do encéfalo em corte coronal em T2 Enunciado Paciente do sexo masculino, 73 anos, administrador

Leia mais

DOENÇA DE PARKINSON NA VIDA SENIL PANORAMA DAS TAXAS DE MORBIMORTALIDADE E INCIDÊNCIA ENTRE AS REGIÕES BRASILEIRAS

DOENÇA DE PARKINSON NA VIDA SENIL PANORAMA DAS TAXAS DE MORBIMORTALIDADE E INCIDÊNCIA ENTRE AS REGIÕES BRASILEIRAS DOENÇA DE PARKINSON NA VIDA SENIL PANORAMA DAS TAXAS DE MORBIMORTALIDADE E INCIDÊNCIA ENTRE AS REGIÕES BRASILEIRAS Maykon Wanderley Leite Alves da Silva 1, José Victor de Mendonça Silva 2, Nycolas Emanuel

Leia mais

FECHE SEUS OLHOS. Rastreio Cognitivo. MINI-MENTAL ESCOLARIDADE (anos/escola):

FECHE SEUS OLHOS. Rastreio Cognitivo. MINI-MENTAL ESCOLARIDADE (anos/escola): Rastreio Cognitivo MINI-MENTAL ESCOLARIDADE (anos/escola): É o teste mais utilizado para avaliar a função cognitiva por ser rápido (em torno de 10 minutos), de fácil aplicação, não requerendo material

Leia mais

RELATÓRIO ANUAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

RELATÓRIO ANUAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA RELATÓRIO ANUAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROJETO: Perfil neuropsicológico e funcional de idosos frequentadores das Casas de Convivência da Prefeitura do Rio de Janeiro e Validação de constructo

Leia mais

Atividade Física na Terceira Idade. Prof. Dra. Bruna Oneda 2017

Atividade Física na Terceira Idade. Prof. Dra. Bruna Oneda 2017 Atividade Física na Terceira Idade Prof. Dra. Bruna Oneda 2017 Expectativa de vida no Brasil Em 2015, as mulheres ganharam uma esperança de vida de 3 meses e 4 dias, passando de 78,8 anos, em 2014, para

Leia mais

HABILIDADES SOCIAIS E PERFIL DE ADOLESCENTES USUÁRIOS DE DROGAS EM TRATAMENTO

HABILIDADES SOCIAIS E PERFIL DE ADOLESCENTES USUÁRIOS DE DROGAS EM TRATAMENTO HABILIDADES SOCIAIS E PERFIL DE ADOLESCENTES USUÁRIOS DE DROGAS EM TRATAMENTO Luana Thereza Nesi de Mello (Bolsista UNIBIC UNISINOS) Jaluza Aimèe Schneider Jéssica Limberger Profª Drª Ilana Andretta Adolescência

Leia mais

Impacto da institucionalização na capacidade cognitiva de idosos

Impacto da institucionalização na capacidade cognitiva de idosos Impacto da institucionalização na capacidade cognitiva de idosos Maiby Cristine Prado, Campus de Araraquara, Faculdade de Odontologia, Odontologia, maibycprado@foar.unesp.br, bolsa PROEX, Lígia Antunes

Leia mais

Bateria Breve de Rastreio Cognitivo (Nitrini et al., 1994; 2004)

Bateria Breve de Rastreio Cognitivo (Nitrini et al., 1994; 2004) Bateria Breve de Rastreio Cognitivo (Nitrini et al., 1994; 2004) Esta bateria que pode ser aplicada em cerca de sete minutos contém os seguintes itens: Identificação e Nomeação de 10 figuras Memória incidental

Leia mais

INCIDÊNCIA DA DEPRESSÃO NA PESSOA IDOSA EM CONDIÇÃO ASILAR NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

INCIDÊNCIA DA DEPRESSÃO NA PESSOA IDOSA EM CONDIÇÃO ASILAR NA CIDADE DE JOÃO PESSOA INCIDÊNCIA DA DEPRESSÃO NA PESSOA IDOSA EM CONDIÇÃO ASILAR NA CIDADE DE JOÃO PESSOA Cristiane Galvão Ribeiro (Centro Universitário de João Pessoa-UNIPÊ) cristianegr@ig.com.br Regina Irene Diaz Formiga

Leia mais

ORIENTAÇÃO DE VIDA DAS PACIENTES NO PERÍODO PUERPÉRIO Carla Suely Coutinho Amaral 1, Nelimar Ribeiro de Castro 2. Introdução

ORIENTAÇÃO DE VIDA DAS PACIENTES NO PERÍODO PUERPÉRIO Carla Suely Coutinho Amaral 1, Nelimar Ribeiro de Castro 2. Introdução ORIENTAÇÃO DE VIDA DAS PACIENTES NO PERÍODO PUERPÉRIO Carla Suely Coutinho Amaral 1, Nelimar Ribeiro de Castro 2 Resumo: Este trabalho referiu-se a uma atividade acadêmica na área de Psicologia Hospitalar

Leia mais

Gastos com medicamentos para tratamento da Doença de Alzheimer pelo Ministério da Saúde, 2007-2011

Gastos com medicamentos para tratamento da Doença de Alzheimer pelo Ministério da Saúde, 2007-2011 Gastos com medicamentos para tratamento da Doença de Alzheimer pelo Ministério da Saúde, 2007-2011 Marina Guimarães Lima, Cristiane Olinda Coradi Departamento de Farmácia Social da Faculdade de Farmácia

Leia mais

EFEITOS DA PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA MENTE ATIVA NO EQUILÍBRIO E COGNIÇÃO DE PARTICIPANTE COM DOENÇA DE ALZHEIMER

EFEITOS DA PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA MENTE ATIVA NO EQUILÍBRIO E COGNIÇÃO DE PARTICIPANTE COM DOENÇA DE ALZHEIMER EFEITOS DA PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA MENTE ATIVA NO EQUILÍBRIO E COGNIÇÃO DE PARTICIPANTE COM DOENÇA DE ALZHEIMER EFFECTS OF PARTICIPATION IN THE PROGRAM " MENTE ATIVO" IN BALANCE AND COGNITIVE FUNCTION

Leia mais

Vision & Values. Código de Trabalho em Equipe e Liderança. Código de Trabajo en Equipo y Liderazgo

Vision & Values. Código de Trabalho em Equipe e Liderança. Código de Trabajo en Equipo y Liderazgo Vision & Values Código de Trabalho em Equipe e Liderança Código de Trabajo en Equipo y Liderazgo 1 Código de Trabalho em Equipe e Liderança Nossa visão e valores formam a base de nosso comportamento e

Leia mais

Relatório: MAUS-TRATOS COM IDOSOS

Relatório: MAUS-TRATOS COM IDOSOS Relatório: MAUS-TRATOS COM IDOSOS Autores - Sarah Esteves de Carvalho, Letícia Namie Yamada e Manoela Niero Batista. Orientadora Joseane Ribeiro Londrina, 2013 Sumário : 1.Resumos Português... pág. 03

Leia mais

DATA: 19, 20 e 21 de outubro de 2016

DATA: 19, 20 e 21 de outubro de 2016 Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ Centro de Ciências Sociais - CCS Programa de Estudos de América Latina e Caribe - PROEALC 01 CIRCULAR: CONVOCATÓRIA VI SEMINÁRIO INTERNACIONAL DIREITOS HUMANOS,

Leia mais

RESUMO. Palavras-chave: Doença de Alzheimer. Cuidadores. Qualidade de vida. INTRODUÇÃO

RESUMO. Palavras-chave: Doença de Alzheimer. Cuidadores. Qualidade de vida. INTRODUÇÃO RELAÇÕES ENTRE ESTRESSE EM CUIDADORES DE PESSOAS COM DOENÇA DE ALZHEIMER E DISTÚRBIOS COMPORTAMENTAIS DOS PACIENTES RELATIONSHIP BETWEEN STRESS ON CAREGIVERS OF PEOPLE WITH ALZHEIMER'S DISEASE AND BEHAVIORAL

Leia mais

Avaliação neuropsicológica. Medindo a mente através do comportamento

Avaliação neuropsicológica. Medindo a mente através do comportamento Avaliação neuropsicológica Medindo a mente através do comportamento Avaliação neuropsicológica Medindo a mente através do comportamento 2015/1 Felipe Costa Fernandes Finalidade da palestra Familiarizar

Leia mais

Teste do desenho do relógio: desempenho de idosos com doença de Alzheimer

Teste do desenho do relógio: desempenho de idosos com doença de Alzheimer Amer Cavalheiro Hamdan, Eli Mara Leite Royg Hamdan Teste do desenho do relógio: desempenho de idosos com doença de Alzheimer Amer Cavalheiro Hamdan *, Eli Mara Leite Royg Hamdan ** Resumo O teste do desenho

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA MESTRADO EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS NA AMAZÔNIA- NÍVEL MESTRADO

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA MESTRADO EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS NA AMAZÔNIA- NÍVEL MESTRADO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA MESTRADO EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS NA AMAZÔNIA- NÍVEL MESTRADO Derlei Maria Correa de Macedo AS CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES SOBRE AS DIFICULDADES

Leia mais

O Papel dos Psicólogos no Envelhecimento

O Papel dos Psicólogos no Envelhecimento CATEGORIA AUTORIA JUNHO 15 Revisão de Dados Gabinete de Estudos e Literatura Científica Técnicos O Papel dos Psicólogos no Envelhecimento Sugestão de Citação Ordem dos Psicólogos Portugueses (2015). O

Leia mais

Enoturismo: Um Estudo Acerca da Visão Brasileira Sobre o Turismo do Vinho

Enoturismo: Um Estudo Acerca da Visão Brasileira Sobre o Turismo do Vinho Enoturismo: Um Estudo Acerca da Visão Brasileira Sobre o Turismo do Vinho Resumo: O cultivo da uva no Brasil se iniciou em 1535 nos estados de Pernambuco e Bahia, onde atualmente estão presentes as principais

Leia mais

INTERFACE DOS DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS COM A NEUROLOGIA

INTERFACE DOS DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS COM A NEUROLOGIA INTERFACE DOS DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS COM A NEUROLOGIA MARINA DALLA BARBA LONDERO MÉDICA FORMADA PELA UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO PSIQUIATRA PELO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE DOUTORANDA PELA UNIVERSIDADE

Leia mais

PROPOSTAS DE ESTÁGIO - IA. ESTÁGIO OBRIGATÓRIO EM PSICOLOGIA E PROCESSOS ORGANIZACIONAIS IA Título: Psicologia e Processos Organizacionais

PROPOSTAS DE ESTÁGIO - IA. ESTÁGIO OBRIGATÓRIO EM PSICOLOGIA E PROCESSOS ORGANIZACIONAIS IA Título: Psicologia e Processos Organizacionais PROPOSTAS DE ESTÁGIO - IA Proposta número 1 Ênfase Processos Organizacionais ESTÁGIO OBRIGATÓRIO EM PSICOLOGIA E PROCESSOS ORGANIZACIONAIS IA Título: Psicologia e Processos Organizacionais Professora Supervisora:

Leia mais

Instituto Nacional de Salud Pública. Cobertura efectiva do programa de diabetes do Departamento de Saúde Hidalgo. MC Erika López López

Instituto Nacional de Salud Pública. Cobertura efectiva do programa de diabetes do Departamento de Saúde Hidalgo. MC Erika López López Instituto Nacional de Salud Pública Cobertura efectiva do programa de diabetes do Departamento de Saúde Hidalgo MC Erika López López 4 de Septiembre 2010 apresentação Script 1. Epidemiologia do Diabetes

Leia mais

DANIELA CRISTINA LOJUDICE. QUEDAS DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: ocorrência e fatores associados

DANIELA CRISTINA LOJUDICE. QUEDAS DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: ocorrência e fatores associados DANIELA CRISTINA LOJUDICE QUEDAS DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: ocorrência e fatores associados Ribeirão Preto 2005 DANIELA CRISTINA LOJUDICE QUEDAS DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: ocorrência e fatores

Leia mais

TATIANA PIZZATO GALDINO RISCO DE DESNUTRIÇÃO EM IDOSOS COM DÉFICIT DE MEMÓRIA OU SINTOMAS DEPRESSIVOS

TATIANA PIZZATO GALDINO RISCO DE DESNUTRIÇÃO EM IDOSOS COM DÉFICIT DE MEMÓRIA OU SINTOMAS DEPRESSIVOS TATIANA PIZZATO GALDINO RISCO DE DESNUTRIÇÃO EM IDOSOS COM DÉFICIT DE MEMÓRIA OU SINTOMAS DEPRESSIVOS Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Pós- Graduação em Gerontologia Biomédica, da Pontifícia

Leia mais

Aspectos neurológicos da deficiência mental (DM) e da paralisia cerebral (PC) - IV Congresso Paulista da ABENEPI - VI(s1)

Aspectos neurológicos da deficiência mental (DM) e da paralisia cerebral (PC) - IV Congresso Paulista da ABENEPI - VI(s1) P Paralisia Cerebral / Personalidade Borderline / Pesquisa / Prevenção / Psicanálise/ / Psicofarmacoterapia / Psicose / Psicoterapia / Psiquiatria Infantil PARALISIA CEREBRAL Aspectos neurológicos da deficiência

Leia mais

Eficácia do teste computadorizado de atenção visual (TCA) e do mini exame do estado mental (meem) na identificação de portadores de transtorno

Eficácia do teste computadorizado de atenção visual (TCA) e do mini exame do estado mental (meem) na identificação de portadores de transtorno Eficácia do teste computadorizado de atenção visual (TCA) e do mini exame do estado mental (meem) na identificação de portadores de transtorno cognitivo leve Fernanda Mayrink Gonçalves Zerbini Universidade

Leia mais

Recursos Hídricos e Eco-turismo

Recursos Hídricos e Eco-turismo Recursos Hídricos e Eco-turismo Recursos Hídricos e Eco-turismo Recursos Hídricos e Eco-turismo ??? ESTA É A BACIA DE ADUÇÃO DO LAGO DA SERRA DA MESA RIO DAS ALMAS ENTRANDO AQUI AQUI ATUA O CONÁGUA ESTÁ

Leia mais

Palavras-chave: Depressão. GDS 15. Reabilitação e estimulação cognitiva. Clínica de memória.

Palavras-chave: Depressão. GDS 15. Reabilitação e estimulação cognitiva. Clínica de memória. A INFLUÊNCIA DA REABILITAÇÃO COGNITIVA NA VARIAÇÃO DOS SINTOMAS DEPRESSIVOS DE PESSOAS DE 50 ANOS OU MAIS Fernanda Fagundes Ribeiro 1 ; André Junqueira Xavier (orientador) INTRODUÇÃO: Os assuntos relacionados

Leia mais

Técnicas de Animação Pedagógica. gica

Técnicas de Animação Pedagógica. gica Técnicas de Animação Pedagógica gica Educação SéniorS 1 A intervenção educativa com idosos deve incluir-se no quadro da educação de adultos. Idoso Adulto Segregação Categoria abrangente Áreas de Intervenção

Leia mais

CADERNO DE EXERCÍCIOS COMO ESTRATÉGIA DE REABILITAÇÃO COGNITIVA PARA IDOSOS: CULINÁRIA EM EVIDÊNCIA

CADERNO DE EXERCÍCIOS COMO ESTRATÉGIA DE REABILITAÇÃO COGNITIVA PARA IDOSOS: CULINÁRIA EM EVIDÊNCIA CADERNO DE EXERCÍCIOS COMO ESTRATÉGIA DE REABILITAÇÃO COGNITIVA PARA IDOSOS: CULINÁRIA EM EVIDÊNCIA Autor(a): Marília Lopes Fonseca ¹; Coautores: Joyce Pereira da Silva¹; Yury Dynnallyson Ferreira Oliveira²;

Leia mais

OCORRÊNCIA DE ANTECEDENTES FAMILIARES EM PACIENTES COM DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS NO ESTADO DE GOIÁS

OCORRÊNCIA DE ANTECEDENTES FAMILIARES EM PACIENTES COM DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS NO ESTADO DE GOIÁS Introdução: Os distúrbios do movimento (DM) englobam doenças agudas e crônicas caracterizadas por movimentos involuntários e/ou perda do controle ou eficiência em movimentos voluntários. DM são diversos

Leia mais

Avaliação multidimensional do idoso com enfoque aspectos psicológicos e sociais

Avaliação multidimensional do idoso com enfoque aspectos psicológicos e sociais Universidade de São Paulo Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto Avaliação multidimensional do idoso com enfoque aspectos psicológicos e sociais Profª Dra. Rosalina A. Partezani Rodrigues Núcleo Pesquisa

Leia mais