Seminário Regional Centro-Oeste do Projeto "Pensar o Brasil e as Américas" Goiania - GO 05 de maio de 2011
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1 Seminário Regional Centro-Oeste do Projeto "Pensar o Brasil e as Américas" "Desafios da Agricultura Brasileira no Século XXI" Goiania - GO 05 de maio de 2011
2 Seminário Regional Centro-Oeste do Projeto "Pensar o Brasil e as Américas" Tema: Agricultura e Segurança Alimentar e Nutricional
3 Edno Honorato de Brito Apresentação Engenheiro Civil Conselheiro Nacional do CONSEA Coordenador do GT de organização do Encontro Nacional de SAN no contexto da Política de Desenvolvimento Urbano Coordenador do Núcleo do Pensar Brasil e as Américas no estado de Roraima Consultor em Desenvolvimento Rural pelo Instituto Interamericano de Apoio à Agricultura IICA Articulador Estadual do Programa Territórios da Cidadania Ex Conselhiro Suplente do CREA-RR Ex. Presidente do CONSEA-RR
4 Eu gostaria de parabenizar os organizadores do Seminário Regional Centro-Oeste do Projeto "Pensar o Brasil e as Américas", principalmente sobre a iniciativa de pautar o Tema Central relacionado aos "Desafios da Agricultura Brasileira no Século XXI", assunto este bastante atual, principalmente se considerarmos a conjuntura mundial e nacional no que diz respeito a economia, a saúde, a segurança alimentar e nutricional e sobretudo a qualidade de vida das pessoas.
5 Diante desta proposta de discussão, eu poderia imaginar que alguém na plenária poderia estar questionando, porque um engenheiro civil militante do movimento da reforma urbana estaria numa mesa de um Seminário abordando "Os Desafios da Agricultura Brasileira no Século XXI" Agricultura e Segurança Alimentar e Nutricional.
6 "FOME NÃO É SOMENTE UMA QUESTÃO SOCIAL, MAS SIM UMA QUESTÃO POLÍTICA" (Josué de Castro). Acredito que este seja o primeiro desafio colocado que nos leva a Acredito que este seja o primeiro desafio colocado que nos leva a pensar qual é nosso papel profissional/técnico e principalmente social, no que diz respeito a nossa atuação e inserção nos temas que nos envolve, não somente com profissionais ou categoria, mas também como cidadão e co-responsáveis pela construção e alimentação de um país, salvaguardando os aspectos sociais, econômicos e ambientais na perspectiva da garantia da qualidade de vida dos brasileiros e brasileiras.
7 A partir desta dimensão, eu gostaria de destacar a construção de um ponto de vista dos profissionais do Sistema CONFEA/CREAs, no que diz respeito a estes desafios, considerando o papel e a inserção destes profissionais no âmbito da elaboração e execução das políticas públicas voltadas diretamente ou indiretamente para o setor, seja nas áreas rurais ou urbanas, se considerarmos a amplitude do tema relacionando-o com a perspectiva da garantia de qualidade de vida e do desenvolvimento do país.
8 A agricultura, em especial em nosso país, sempre foi um desafio abordar, por vários aspectos, seja pelo processo histórico de ocupação e exploração do Brasil que privilegiou a monocultura (Cana de açúcar, Café, etc) e a exploração desordenada dos recursos naturais, em detrimento de todo um conhecimento comum e do destino de uma população menos favorecida, no tocante a detenção de poder, E que, produziu causas bastantes contundentes que levaram essa população a morar nas periferias das cidades brasileiras, com muito pouca infra-estrutura e em constante insegurança alimentar e nutricional, beirando a pobreza e a pobreza Extrema.
9 Esta população tem cara, sexo, cor, essa população são índios, negros, brancos, homens, mulheres, idosos, crianças, pobres, portadores de necessidades especiais e fim são brasileiros.
10 Este quadro, se apresentou a partir da opção política do governo central ou das classes sociais dominantes, que optaram em potencializar um determinado setor, disponibilizando recursos e meios para viabilizar as demandas do mesmo, sem obviamente olhar para os demais setores e os impactos sofridos por estes a partir do desenvolvimento do primeiro, ou a partir da não distribuição igualitária dos recursos e da atenção devida dos organismos públicos.
11 Feito esta primeira abordagem eu me cinto bastante a vontade para trazer o debate relativo à "Segurança Alimentar e Nutricional no contexto do Desenvolvimento Urbano", na perspectiva do aprofundamento do processo de discussão da Política de SAN, da garantia do DHAA, visando o combate a Pobreza, a melhoria do meio ambiente e a geração de Renda, que dialoga perfeitamente como foco central deste Seminário. Agricultura Urbana como um "Desafios da Agricultura Brasileira no Século XXI"
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14 Eu trago esta discussão, não somente porque realizaremos em novembro de 2011 a IV CNSAN e nos dias 10, 11 e 12 de agosto o Encontro Nacional de SAN no contexto da Política de Desenvolvimento Urbano, mas também afim de visualizarmos neste debate uma Agricultura que não esta somente no agrícola, mas uma agricultura que toma uma dimensão maior, quando pensamos na sua inserção geográfica, econômico, social e sua importância para vida.
15 Como historicamente quando pensamos em agricultura pensamos nas áreas rurais, aqui fazemos o recorte do urbano, obviamente sem desconsiderarmos ou desprestigiarmos a especificidade e a contribuição, que, sobretudo a agricultura familiar dá para a diversidade de alimentos hoje na mesa dos brasileiros Porém este assunto se trata de um desafio.
16 A partir do papel técnico e cidadão dos profissionais do Sistema CONFEA/CREA e dos cidadãos em geral, visualizando o universo urbano a qual queremos focar, a partir de uma realidade vivida pela população brasileira, fruto de sua história, exemplificada na existência de mais de 4000 municípios com menos de habitantes
17 Reconhecer, Qualificar, Regular, Transformar em política Pública A "Produção de Alimentos nas áreas urbanas", Acesso ao alimento Adequado e Saudável", As Questões Ambientais e a garantia da SAN e do DHAA no meio urbano", Integração das Políticas de SAN com as Políticas de Desenvolvimento Urbano e Rural, considerando estes meios como o espaço de produção mas também de moradia das pessoas, como um grande desafio a trabalhado.
18 Em todo mundo, o desenvolvimento dos países estão sendo afetados por um processo acelerado e não planejado de urbanização e de concentração populacional, agravado pela recessão econômica, pelo aumento dos preços dos alimentos, pela proliferação do consumo de alimentos industrializados, pelo aumento do uso do agrotóxico, pelos impactos da mudança climática, pela má administração pública e pela disseminação da pobreza. Os efeitos combinados desses fenômenos prejudicam a possibilidade de se alcançar um desenvolvimento sustentável e eqüitativo.
19 Na América Latina, a expansão urbana tem gerado uma crescente insegurança alimentar nas cidades e em sua periferia, particularmente entre os setores populacionais vítimas da pobreza e da extrema pobreza. A situação é critica por causa da alta volatilidade nos preços dos alimentos, do impacto da recessão econômica, do desemprego e a falta de acesso aos alimentos por uma parcela significativa população. É importante notar que os pobres gastam mais de 50% de seus rendimentos para comprar os alimentos de que precisam.
20 No Brasil a expansão urbana também leva a perda de áreas de produção de alimentos na periferia das cidades, ao incremento na demanda de água para consumo humano e outros usos, e ao aumento dos resíduos sólidos e líquidos gerados na cidade, entre outros problemas.
21 Nos próximos 20 anos, a mudança climática apresentará ameaças e impactos concretos que implicarão tanto na menor disponibilidade e maior escassez de água quanto no aumento das precipitações que em algumas zonas, já vem gerando crescentemente inundações e deslizamentos. Do mesmo modo, o aumento da temperatura média repercutirá nos ciclos produtivos dos alimentos e na qualidade de vida da população.
22 Neste contexto, considerando cada vez mais o retrato social, sobretudo dos países em desenvolvimento indicam a necessidade da implementação de Políticas, Programas e Ações Públicas de SAN, voltada para o desenvolvimento urbano e rural, que implique na convergência com outras Políticas Públicas, como por exemplo: a Habitação, o Saneamento Ambiental, Ordenamento Territorial, Agricultura Urbana e Rural e Gestão Democrática das Cidades, assim como transversalmente às Políticas de Saúde, Educação, Segurança Pública, Desenvolvimento Social e Econômico, entre outras, considerando a geração de trabalho e renda da população menos favorecida.
23 Ainda no Brasil, podemos destacar o registro na constituição Federal do Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável EC nº 64, de 2010, marco na história do país no tocante à conquista dos Direitos Sociais pelos brasileiros, obrigando o Estado a se adequar. Considerando que a alimentação adequada é direito fundamental do ser humano e, segundo a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAL/2006), cabe ao poder público assegurá-lo, nos deparamos com outro desafio a ERRADICACAÇÃO DA POBREZA E DA MISÉRIA.
24 O Encontro Temático da Política de Segurança Alimentar e Nutricional no contexto da Política de Desenvolvimento Urbano deve reforçar o caráter político, formativo e de mobilização para a IV Conferência Nacional, ele produzirá 3 produtos, sendo o um "Diagnóstico" (das potencialidades e dos desafios da agricultura urbana, da contextualização da insegurança alimentar e nutricional no meio urbano e na sistematização das políticas SAN e de desenvolvimento urbano), a Construção de uma Plataforma de SAN no contexto Urbano, trazendo as principais propostas visando o reconhecimento e construção de políticas públicas adequadas à esta realidade e por fim a elaboração de um documento político pactuado entre sociedade civil e governo sobre as questões relacionadas ao tema a serem apresentado como subsídios para a IV CNSAN.
25 A medida em que esta a CNSAN se constitui enquanto instância do SISAN que concretiza a participação democrática, fazendo com que os debates e avanços obtidos sejam levados, com agilidade, para a agenda da União, Estados e Municípios, temos ai uma importante referência de participação e intervenção no processo de implementação da Política e do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Que também se apresenta como um Desafio
26 Edno Honorato de Brito Conselheiro CONSEA nacional
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