Curso de Especialização em Educação Pobreza e Desigualdade Social Promoção:Depto Ciências Sociais e MEC
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- João Vítor Ramalho Álvares
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1 Curso de Especialização em Educação Pobreza e Desigualdade Social Promoção:Depto Ciências Sociais e MEC Políticas Públicas e Participação Social 13 de maio de 2016 Elza Franco Braga Profª da UFC/ MAPP Conselheira do CONSEA Nacional
2 Caracterização do Estado A função desempenhada pelo Estado na sociedade sofre inúmeras mudanças ao longo do tempo De princípio a função do Estado é promover o bemestar da sociedade Ele representa, prioritariamente, os interesses dos setores hegemônicos É regulado pela correlação de forças entre as classes e segmentos sociais As crises no capitalismo redefinem o perfil do Estado
3 Estado capitalista no contexto do neoliberalismo Valores como democracia, direitos e cidadania são relativizados frente à estabilidade econômica, ao aumento do PIB e à lógica imperativa dos mercados. Crescente processo de financeirização interfere na autonomia e soberania dos Estados-nacionais Liberalização dos mercados Destituído do caráter público ação dos grupos globalizados e oligopolizados Privatizações; Precarização do trabalho Busca despolitizar as ações dos sujeitos históricos Fragiliza a relação dialética entre Estado-sociedade civil.
4 Políticas Públicas a gestão das políticas, enquanto ações públicas - resposta às necessidades sociais e processadas pelo Estado primazia do Estado na formulação, gestão e financiamento das políticas sociais Destaca a responsabilidade do Estado sem excluir a participação ativa da sociedade civil nos processos de formulação e controle social da execução -conceitos de público e de esfera pública ( BENEVIDES, 1999)
5 Conselhos de Políticas Públicas- democracia participativa Instituídos pela CF de 1988 para democratizar o Estado e tornar mais transparente o processo de decisão; Instâncias de co-gestão entre sociedade civil e Estado; Os conselheiros da sociedade civil representam a pluralidade de grupos sociais e o do estado; os do governo dão informações e partilham as decisões; Assessoria na formulação das políticas- direito sociais; Desafios: representatividade, articulação, formação e o exercício do controle social.
6 Política de segurança alimentar e nutricional (SAN)- intersetorial Vem sendo pautada pela sociedade civil desde a Ação da Cidadania contra a Fome a Miséria e pela Vida (1992) - um marco na construção desta politica; No governo Lula o Conselho Nacional de SAN (1/3 governo e 2/3 sociedade civil, sob a presidência desta) é recriado - relação governo-sociedade civil se amplia; Retomada das Conferência de SAN: 1/3 governo e 2/3 sociedade civil
7 Conceito de Segurança Alimentar e Nutricional(SAN) Consiste no direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis. Art. 3º da Lei nº , de 15 de setembro de 2006
8 Lei cria o Sistema de Segurança alimentar e Nutricional (LOSAN- Lei /2006)Componentes I - Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CNSAN) - Realizada de 04 em 04 anos elabora as diretrizes da política e do plano nacional de SAN II - Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) - Órgão consultivo, vinculado à Presidência da República - Aponta diretrizes e prioridades da Política de SAN) III - Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN) - Elaborar a Política e o Plano e coordenar sua execução, composta por 19 ministérios, sendo presidida pelo MDS IV Órgãos e entidades de segurança alimentar e nutricional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios V Instituições privadas, com ou sem fins lucrativos, que manifestem interesse na adesão e que respeitem os critérios, princípios e diretrizes do SISAN.
9 O Integrantes do SISAN
10 1-Equipamentos Públicos de Alimentação e Nutrição: - Banco de Alimentos; - Restaurante popular; - Cozinhas Comunitárias; 2-Agricultura Urbana e Periurbana 3-Educação Alimentar e Nutricional 4- Alimentação Escolar 1-Cisternas 2-SAN para Povos e Comunidades tradicionais 3-Fomento à Produção para o autoconsumo 4-Inclusão Produtiva para populações em situação de insegurança alimentar e nutricional PRODUÇÃO SISAN 1-Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) 2-Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais Específicos COMERCIALIZAÇÃO CONSUMO
11 Políticas Públicas e Emancipação O que é? O diálogo sobre emancipação busca dar visibilidade às práticas onde o ser humano possa ter o direito de ser, de expressar seus potenciais, capacidades e diferenças, contemplar na ação educativa o respeito e a valorização das diferenças sejam elas de raça, gênero, cor, etnia. emancipação humana envolve um conjunto de ações, utopias, lutas, sonhos, projetos, ações humanas em busca da felicidade, da justiça, da liberdade e da fraternidade. uma categoria dinâmica, como um vir-a-ser e não um ser. (ADORNO, 2003).
12 As políticas pública são orientadas para gerar processos emancipatórios? A vertente participativa de algumas políticas públicas possibilita desvendar contradições: Tomar consciência dos direitos negados; Refletir sobre suas práticas sociais e reconhecer-se enquanto sujeito social; Visualizar a fragilidade da ação do governo: por não dar conta da diversidade social; por desenvolver ações que não contemplam o conjunto das necessidades humanas; por atuar nas consequências e não nas causas que determinam a pobreza, desigualdade e exclusão social.
13 continuação Reconhecer o papel dos processos organizativos dos setores mais vulneráveis e excluídos para reverter a exclusão; Visualizar que emancipação é um processo que envolve disputas, lutas, conflitos e identidades sociais; Compreender os múltiplos interesses em questão; Reconhecer o potencial do saber popular e das as experiências de vida acumuladas; Dialogar com os setores para os quais elas se destinam e não serem elaboradas em gabinetes. Considerar as diversidades: território, gênero, etnia/raça Observar as subjetividades e cultura específicas.
14 Algumas experiência de políticas públicas que inovam
15 Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) Perspectiva de fomento à inclusão social
16 Aquisição de alimentos da Agricultura Familiar para PNAE A Lei nº , de 16 de junho de 2009, determina que no mínimo 30% do valor repassado a estados, municípios e DF pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para o (PNAE) deve ser utilizado na compra de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar. A aquisição dos produtos da Agricultura Familiar poderá ser realizada por meio da Chamada Pública, dispensando-se, nesse caso, o procedimento licitatório.
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19 Merenda Escolar
20 Acesso à Água no Semiárido
21 O acesso à água de qualidade é um direito humano básico que necessita ser efetivado para toda a população. A violação desse direito deve ser reparada de forma imediata. A água é alimento.(iii Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, 2007-Fortaleza)
22 Principal Parceiro na Política de Cisternas ASA e sua Missão - Articulação no Semiárido Brasileiro é uma Rede que congrega cerca de 850 organizações da sociedade civil que atuam na gestão e no desenvolvimento de políticas de convivência com a região semiárida. Sua missão é fortalecer a sociedade civil na construção de processos participativos para o desenvolvimento sustentável e a convivência com o semiárido, referenciados em valores culturais e de justiça social.
23 O grande objetivo da ASA As ações da ASA estão pautadas, principalmente, na cultura do estoque de água, alimentos, sementes, animais e todos os elementos necessários à vida na região.
24 Utilização de Tecnologias Sociais
25 Utilização de Tecnologias Sociais
26 Programa Um Milhão de Cisterna- P1MC Esse Programa já construiu cisternas rurais A água potável é um direito de todos os cidadãos e cidadãs. Ela é fundamental para a segurança alimentar e nutricional e condição prévia para a realização de outros direitos humanos. No Semiárido, muitas famílias ainda sofrem por não terem acesso a esse bem.
27 P1+ 2 Uma Terra e duas águas Esse programa já construiu Tecnologias de uso familiar; e Tecnologias de uso comunitário Este Programa, neste espaço, ter água significa segurança hídrica e também segurança alimentar e nutricional, porque a água da chuva armazenada serve igualmente para produzir alimentos e sementes.
28 Cisternas nas escolas Esse programa já construiu 3.398Cisternas em escolas rurais O Projeto Cisternas nas Escolas tem como objetivo levar água para as escolas rurais do Semiárido, utilizando a cisterna de 52 mil litros como tecnologia social para armazenamento da água de chuva. A chegada da água na escola tem um significado especial porque possibilita o pleno funcionamento deste espaço de aprendizado e convivência mesmo nos períodos mais secos.
29 Feiras Agroecológicas Além de estar ligado a questões como o protagonismo de mulheres e jovens rurais, o Plano Nacional de Agroecologia e produção orgânica- Planapo- faz uma ligação com quem está nos centros urbanos, como na questão do consumo de alimentos diversificados e sem agrotóxicos, através da merenda escolar ou das feiras agroecológicas, por exe.mplo
30 Feira da Agricultura Familiar
31 Considerações Finais... todo amanhã se cria num ontem, através de um hoje... Temos de saber o que fomos, para saber o que seremos (Paulo Freire) Com certeza a garantia de sistemas alimentares sustentáveis depende de ações coerentes e coordenadas dos três poderes e a permanente mobilização da sociedade com o fim de garantir o DHAA. ( Maria Emília Pachecopresidenta do Consea/ FASE
32 Para nascer um novo Brasil, humano, solidário, democrático, é fundamental que uma nova cultura se estabeleça, que uma nova economia se implante e que um novo poder expresse a sociedade democrática e a democracia no Estado (Betinho).
33 Obrigada, Elza Braga
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