CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS EM SAUDE MENTAL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Modulo VI
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- Cecília Stachinski Galvão
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1 CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS EM SAUDE MENTAL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Modulo VI - Desenvolvimento da Linguagem Oral - Transtornos da Linguagem Oral Profa. Juliana M. Ricardo Fonoaudióloga/Psicopedagoga e Screener - CRF-a : de Dezembro de 2016
2 DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ORAL
3 FONOAUDIÓLOGO O que faz o Fonoaudiólogo? Segundo a lei 6965/81, é o profissional com graduação plena em Fonoaudiologia que atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapias fonoaudiológicas na área da comunicação oral e escrita, voz e audição, bem como em aperfeiçoamentos dos padrões de fala e voz.
4 FONOAUDIOLOGIA Psicologia Neurologia FONO AUDIO LOGIA Pedagogia Otorrino laringologia
5 FONOAUDIÓLOGO Linguagem Oral Voz Linguagem Escrita Motricidade Oral Audição
6 ANATOMIA DA FALA Em nosso organismo não existe um aparelho próprio para a produção de fala, mas a junção do trabalho de órgãos de diferentes aparelhos o constituem.
7 ANATOMIA DA FALA Diafragma Pulmão Traqueia Laringe (pregas vocais) Faringe Cavidade bucal Cavidade nasal Nervos Cérebro
8 ANATOMIA DA FALA
9 Funcionamento das Pregas Vocais
10 DIFERENCIANDO... Fala ou Linguagem Oral Voz Comunicação Linguagem
11 VOZ
12 VOZ Uma das extensões mais fortes da nossa personalidade Mara Behlau, 1995
13 VOZ É o som emitido pelas pregas vocais, que será amplificado pelas cavidades de ressonância e articulado pelos órgãos periféricos da fala, resultando num som complexo de característica única Isabela Poli, 2011
14 DEPENDE DE... Motivação Desejo de se comunicar Integridade neurológica e anatômica musculatura e inervação Respiração adequada ar direcionado para a fala Estrutura física ideal caixa de som Aspectos pessoais e emocionais entonação, ritmo, acentuação, altura, emoção que intercede a emissão
15 VOZES
16 VOZES
17 CASO Relatório Médico: - Etilista pesado; - Troca valvar mitral mecânica; - Uso de medicação; - Avc; Internação em UTI por 11 dias... Homem, 41 anos
18 Isto tudo nos faz ver que... Desde sempre, os sons vocais serviram para manifestar os estados emocionais e comunicar intenções
19 COMUNICAÇÃO
20 O que é? Comunicação é um processo ou um conjunto de processos de troca de dados ou informações entre duas ou mais partes. Sejam os envolvidos pessoas, máquinas/sistemas ou animais.
21 CONCEITO Comunicação vem do termo em latim communocare, cujo significado seria tornar comum, partilhar, repartir, associar, trocar opiniões, conferenciar. Implica participação, interação, troca de mensagens, emissão ou recebimento de informações novas. Rabaça Dicionário de comunicação
22 COMUNICAÇÃO FONTE MENSAGEM RECEPTOR Pessoa que fala Discurso Pessoa que escuta
23 CASO NOVAMENTE...
24 COMUNICAÇÃO Para Foucault, (...) o discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo pelo que se luta, o poder do qual queremos nos apoderar Dar a palavra a alguém é dar poder.
25 COMUNICAÇÃO A comunicação entre os seres humanos realiza-se em 2 níveis Signos Linguísticos Comportamentos
26 SIGNOS LINGUÍSTICOS - Palavras
27 COMPORTAMENTO Expressões Faciais
28 COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
29 LIBRAS
30 COMUNICAÇÃO PAI E FILHA
31 MÚSICA
32 La Famille Bélier
33 MÚSICA
34 DIFERENCIANDO Ouvir x Escutar
35 OUVIR É perceber os sons pelo sentido da audição
36 ESCUTAR É ouvir prestando atenção
37 FALA
38 INÍCIO... O primeiro sinal de vida do bebê, ao nascer é o CHORO manifestação vocal ligada ao fenômeno respiratório
39 POUCO DEPOIS COMEÇA: - Dar diferentes entonações ao seu choro - Brincar com a própria voz - Imitar os sons que ouve dos adultos
40 DIFERENTES TIPOS DE CHORO DOS BEBÊS Comunicação através do choro
41 Aprende a falar... ATÉ QUE...
42 LINGUAGEM Pouco a pouco, começa a compreender não apenas idéias concretas, mas abstratas também. Isso só é possível porque está aprendendo a utilizar-se de uma linguagem rica e complexa...
43 LINGUAGEM - Seu pensamento organiza-se. - Relaciona-se idéias entre si, formando juízos. - É capaz, em face de um problema, de desenvolver ordenadamente uma idéia, pelo raciocínio.
44 LINGUAGEM Por meio dela que o ser humano amplia suas noções de tempo e espaço e desenvolve sua capacidade de raciocínio, sendo capaz de planejar suas ações e avaliá-las depois de realizadas.
45 LINGUAGEM Os humanos aprendem, modificam-se e renovam-se a vida inteira...
46 LINGUAGEM A linguagem foi a primeira e a mais antiga invenção humana. É o fato fundamental da cultura... A linguagem oral é uma faculdade imensamente antiga da espécie humana...
47 Tudo o que o homem é Ele é porque fala E na sua fala se revela O homem que ele é. LINGUAGEM Edmée Brandi
48 LINGUAGEM A capacidade de adquirir linguagem é específica do ser humano. É a partir da linguagem que o indivíduo transforma funções elementares como reflexo, memória, vontade (origem biológicas), em funções psicológicas superiores (pensamento, memória, atenção).
49 DIFERENCIANDO... Linguagem: é o aspecto mais amplo, é a capacidade de se comunicar, de compreender e ser compreendido. Fala: é a expressão da linguagem, é a forma como transmitimos as nossas idéias.
50 FALA Uma criança que fala É um milagre tão extraordinário Que quase não nos damos conta dele... Pedro Bloch
51 LINGUAGEM ORAL Para as crianças, as primeiras palavras ouvidas nada mais são do que estímulos aos quais reage diversamente à medida de seu desenvolvimento.
52 TRÊS FUNÇÕES FUNDAMENTAIS Função Apetitiva Função Ordenadora Função Realizadora
53 COMUNICAÇÃO ORAL O desenvolvimento da comunicação oral se divide em duas etapas: 1 Fase Pré-Linguística 2 Fase Linguística
54 FASE PRÉ-LINGUÍSTICA Auditivo-Vocal - Reflexos vocais (emissão pura) - Expressão vocal (choros, gritos, vocalizações) - Apelo vocal (balbucio e sons intencionais)
55 FASE LINGUÍSTICA Auditivo-Verbal: - Aquisição da linguagem
56 ESCLARECIMENTO Não temos a intenção de definir etapas rígidas para o início (aquisição) e término do desenvolvimento de função tão complexa como a linguagem. Nosso objetivo é esclarecer e orientar, sobre os padrões linguísticos esperados para cada faixa etária.
57 DESENVOLVIMENTO NORMAL DA L.O.
58 RECÉM NASCIDO E 1 MÊS Apresenta choro como reação biológica a dor, fome... As vocalizações são esporádicas, reflexas e não parecem estar relacionadas a qualquer tipo de sensação Acorda com sons intensos
59 BEBÊ DE UM MÊS
60 2 E 3 MESES O choro torna-se diferenciado As vocalizações e risos parecem estar relacionados à sensação de bem estar As vocalizações apresentam variação quanto a altura e duração Reage a fala humana Procura a fonte sonora Fica atenta quando é chamada
61 BEBÊ DE 3 MESES
62 MAMÃE E BEBÊ
63 4 E 5 MESES Surgem os jogos vocais ou balbucios, mas não voltados a comunicação O padrão do balbucio é indiferenciado: sons tanto no inspiração, como na expiração, repetição da mesma sílaba Independe da língua falada
64 BEBÊ DE 05 MESES
65 6 E 7 MESES Maior frequência e interação ativa com seus cuidadores através de riso, expressão facial, movimentação corporal e vocalizações Balbucio diferenciado: repetição de diferentes sílabas Manifestam seus desejos, olhando e apontando Localiza a fonte sonora horizontalmente
66 BEBÊ DE 06 MESES
67 BEBÊ DE 07 MESES
68 8 E 9 MESES Comportamento comunicativo intencional Repete sons emitidos pelos outros Responde a perguntas ou imperativos rotineiros com ações não verbais Localiza a fonte sonora abaixo da sua cabeça Aparecem as vogais a/e/é
69 BEBÊ DE 09 MESES
70 10 E 11 MESES Participa da atividade dialógica através de jargão; Pode apresentar idiossincrasias; Pode repetir palavras ditas pelos outros, mas sem o mesmo padrão silábico
71 BEBÊ DE 10 MESES
72 1 ANO Pronúncia corretas das consoantes p/m/t/n/b Comunica-se para expressar suas necessidades, chamar atenção, informar e perguntar. Compreende ordens ou afirmações rotineiras Executa até 2 ações rotineiras Acena com a mão Emite onomatopéias
73 1 ANO Ouve e discrimina vários sons Entende verbos Usa de 10 a 50 palavras Combina 2 palavras Começa a fazer frases simples Identifica 3 partes do corpo
74 BEBÊ DE 1 ANO
75 2 ANOS Fala sozinho enquanto brinca Reconhece: grande, pequeno, em cima, embaixo, dentro, fora... Possui de 200 a 400 palavras Reconhece cores Frases com 3 ou 4 elementos Uso de ações simbólicas Consoantes: d/g/k/f/v/s/z/l/r
76 MENINA DE 2 ANOS
77 3 ANOS Inicia o uso do EU Possui cerca de 1000 palavras Idade do por que Frases com 6 palavras Executa até 3 ordens relacionadas Conhece seu sobrenome
78 3 ANOS Conta histórias Canta músicas Utiliza formas verbais simples e complexas Memoriza pequenos versos e músicas Consoantes: /ᶚ/η/λ /(j, ge, gi, x, ch, nh e lh)
79 MENINO DE 3 ANOS
80 4 E 5 ANOS Reconhece formas geométricas Relata 2 fatos em ordem de ocorrência Utiliza orações complexas Vocabulário de 1500 a 2000 palavras Reconhece todas as partes do corpo Acaba as trocas do /r/ pelo /l/ Consoantes: r/{r}/{s} e grupos consonantais com r e l
81 FONEMA E IDADE IDADE FONEMAS 18 meses b, m 2 anos p, t, d, n 2 anos e 6 meses k, g, nh 3 anos f, v, s, z 3 anos e 6 meses x (ch), j (ge, gi) 4 anos l, lh, r, rr, arquifonemas r e s, G.C. r e l 5 anos aquisição completa
82 LINGUAGEM ORAL Além das diferenças individuais, que devem ser respeitadas, precisamos estar atentos à fatores determinantes na aquisição, e que quando alterados, podem interferir no desenvolvimento normal da linguagem. Esses fatores podem ser subdivididos em biológicos, psicológicos e sociais.
83 LINGUAGEM ORAL Para que a aquisição ocorra de forma plena, são necessários três elementos: 1. Querer falar; 2. Ter inteligência suficiente para assimilar a linguagem; 3. Ter capacidade de utilizar os mecanismos fonador, articulatório, sensorial e gestual;
84 LINGUAGEM ORAL O ambiente pode acarretar prejuízo na aquisição da linguagem: 1. Não cria necessidades efetivas de mudanças; 2. Quando os pais, ao menor gesto da criança, atendem a todos os seus pedidos; 3. Espera-se mais do que é possível;
85 CASO MIGUEL 03 ANOS
86 LINGUAGEM ORAL Para que a criança tenha um bom desenvolvimento de linguagem, são necessárias condições anatômicas, neurológicas intactas, e um ambiente favorável.
87 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA RABAÇA, C.A., BARBOSA, G.G. Dicionário de comunicação. São Paulo: Ática, p. BRANDI, EDMÉE. Educação da voz falada: a terapêutica da conduta vocal. São Paulo: Editora Atheneu, JAKUBOVICZ, REGINA. A Gagueira, teoria e tratamento de adultos e crianças. Rio de Janeiro: Revinter, Descrição de distorções dos sons da fala em crianças com e sem transtorno fonológico &lang=pt
88 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Distúrbios de fala e dificuldades de aprendizagem no ensino fundamental &lang=pt Respiração oral e alteração de fala em crianças &lang=pt
89 Juliana M. Montes Ricardo Fonoaudióloga/Psicopedagoga e Screener - CRF-a: julianammr77@gmail.com.br Fone: Clinica Despertar (27)
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