OCORRÊNCIAS DA COMPLEMENTAÇÃO VERBAL EM LIVROS DIDÁTICOS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO

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1 OCORRÊNCIAS DA COMPLEMENTAÇÃO VERBAL EM LIVROS DIDÁTICOS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO Edson José Rodrigues Júnior (UFPE) 1 Prof. Dr. Marcelo Amorim Sibaldo (UFPE) 2 Resumo: Neste trabalho, nos propomos a analisar de que forma se dá a abordagem da complementação verbal em livros didáticos da língua portuguesa. Para tanto, tomamos como principal alicerce teórico os trabalhos de Cyrino, Nunes e Pagotto (2009), Cançado (2008) e Ilari e Geraldi (1987). Para o corpus, selecionamos a coleção para ensino médio Língua portuguesa: linguagem e interação de Faraco, Moura e Maruxo Júnior. Realizamos uma pesquisa documental de cunho qualitativo, analisando de que forma o conteúdo relacionado à complementação verbal é abordado nestas obras. Segundo Cyrino, Nunes e Pagotto (2009), a gramática tradicional flutua entre dois eixos para estabelecer relação e entre verbos e seus complementos: eixos semântico e sintático. Concluímos que os livros didáticos analisados apresentam a complementação verbal e assuntos adjacentes (predicação, regência) majoritariamente pelo eixo sintático. Pudemos constatar que estes levam em conta as relações de complementação apenas para classificar tipos de verbos como transitivos ou intransitivos e, de forma semelhante, os complementos são classificados por sua função sintática como objetos diretos e indiretos. Encontramos uma grande escassez de discussões semânticas nos conteúdos de complementação verbal trazidos por estas obras limitando-se apenas a justificar a existência da voz passiva e explicar classificações sintáticas. Palavras-chave: complementação verbal; ensino; livro didático; regência verbal. INTRODUÇÃO Ilari e Geraldi (1987) afirmam que, a par de outras definições, a oração tem sido descrita em nossas gramáticas como a união de sujeito e predicado. Vão mais além ao afirmarem ainda que, como acontece inúmeras vezes no domínio da descrição linguística, esta não é uma definição perfeita de oração. Folheando tradicionais gramáticas da língua portuguesa, é difícil discordar do pensamento dos autores. O estudo da oração e da regência em nossos manuais da língua parecem se resumir a um escasso conjunto de regras e classificações que não chegam nem perto de abarcar uma boa parte das sentenças de nosso idioma. Entretanto, este viés prescritivo, mesmo que 1 Graduando do sexto período de Letras/Língua Portuguesa na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 2 Doutor em Linguística pela Universidade Federal de Alagoas (2009), com realização de período sanduíche no Graduate Center da City University of New York, Estados Unidos. Atualmente é professor adjunto do Departamento de Letras e da Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 47

2 extremamente incompleto e repleto de contradições, continua a ser difundido em nosso ensino básico. Neste trabalho, nos propomos a estudar a complementação verbal sob a ótica da teoria gerativa, destoando da visão tradicionalista que nossas gramáticas possuem do assunto, bem como buscando complementá-la. Para tanto, nos apoiamos nas teorias da argumentação propostas pelos já citados Ilari e Geraldi (1987) e por Cyrino, Nunes e Pagotto (2009), assim como outros consagrados autores da corrente gerativa da linguagem, como Cançado (2008) e Mioto, Silva e Lopes (2016). No que tange o ensino de gramática na língua portuguesa, buscamos base no trabalho de Oliveira (2013). FUNDAMENTAÇÃO E METODOLOGIA Segundo Cyrino, Nunes e Pagotto (2009), a gramática tradicional geralmente flutua entre dois eixos para estabelecer relação e distinção entre verbo e complemento, o eixo semântico e o eixo sintático. No eixo semântico, que privilegia sobretudo o aspecto lexical do verbo, o sujeito é aquele que pratica a ação explicitada, ao passo que o complemento é aquele que sofre esta ação. Esta definição simplória dá conta de uma boa parte das sentenças do português brasileiro, mas não se prova verdadeira em muitas outras. Por exemplo, em sentenças onde o sujeito sofre a ação descrita pelo verbo, como em ele foi procurado pelos alunos depois da aula e em muitos outros casos. Talvez o tipo de verbo mais importante para quebrar esta definição sejam os verbos psicológicos como gostar, odiar, amar, sentir. Neles, o papel temático do sujeito não é de agente, mas de experienciador. Segundo Cançado (2008), o papel temático de experienciador não desencadeia ação verbal, mas experiencia o estado mental ali descrito. No eixo mais sintático, continuam os autores, o sujeito é definido como o sintagma com o qual o verbo concorda. Esta perspectiva é a que estamos mais acostumados a ver em gramáticas e livros didáticos do ensino fundamental e médio; nela, leva-se em conta as relações de complementação para classificar tipos de verbos como transitivos (diretos, indiretos e diretos indiretos), ou intransitivos. De forma semelhante, os complementos são classificados por sua função sintática como objetos diretos e indiretos, dependendo apenas da presença ou não de uma preposição que os ligue ao verbo. O termo regência, pois, deixa de se relacionar intrinsecamente à complementação 48

3 verbal para se associar à presença de preposição ou não entre verbo e complemento. A regência de um verbo passa a ser, assim, a presença ou não de preposição no seu complemento e a especificação lexical dessa preposição (CYRINO, NUNES E PAGOTTO, 2009). Este viés, que em nossa hipótese inicial é mais difundido nos materiais didáticos que o primeiro, ainda deixa a desejar quanto a muitas sentenças da língua. Entretanto, avança em relação ao anterior; agora, perde-se a generalização de que, excetuando sentenças na voz passiva, quando verbos de ação estiverem associados a um agente e um paciente, o agente vai corresponder ao sujeito e o paciente, ao complemento. Entretanto, ainda não explica, por exemplo, porque é o papel de agente que desencadeia as ações na maioria dos casos. A perspectiva de complementação verbal que embasa este artigo não será uma destas já mencionadas, mas uma terceira que não exclui as anteriores, mas as complementa. Nela, a complementação é determinada pela relação do verbo com seus argumentos e com os papéis temáticos atribuídos a estes. Argumentos verbais são definidos por Ilari e Geraldi (1987) como lacunas que precisam ser totalmente preenchidas para que os verbos tenham sentido completo. [...] a coesão resulta do fato de que ela [a oração] contém uma expressão que, embora sendo incompleta, ou precisamente por ser incompleta, sugere preenchimento. A tradição fregeana reservou a essas expressões a denominação predicados. [...] Dado um predicado, a construção de uma oração completa se faz pelo preenchimento de suas lacunas: trata-se de suprir expressões nominais que as completem, ou seja, de utilizar expressões nominais na função de argumentos do predicado. (ILARI E GERALDI, 1987, p. 14) Já papéis temáticos, segundo Cançado (2008), são conceitos mentais que atribuem função semântica a estes argumentos. Vejamos em (1): (1) Eu abracei Pedro Neste caso, eu e Pedro são argumentos que saturam o sentido do verbo abracei. Para que abraçar possua sentido, é necessário que alguém abrace outro alguém. Aquele que abraça recebe o papel temático de agente quem pratica a ação verbal, já quem é abraçado, de paciente quem sofre a ação. Ainda segundo a autora, existem 49

4 inúmeros tipos de papéis temáticos como agente, paciente, tema, experienciador, beneficiário, instrumento etc. Um mesmo argumento pode se encaixar em mais de uma categoria de papel temático, como na sentença abaixo: (2) Maria recebeu o prêmio Nesta sentença, Maria possui papel temático de paciente, já que sofre a ação de receber o prêmio. Entretanto, Maria é também beneficiária, já que está recebendo um bem material, o prêmio. Cyrino, Nunes e Pagotto (2009) estipulam três especificações para a complementação verbal: A primeira é o número, de zero a três, de argumentos necessários para saturar o verbo; a segunda são os papéis temáticos atribuídos a estes argumentos e a terceira, por fim, é a realização sintática destes argumentos, isto é, se são sintagmas nominais (SN), preposicionais (SP) etc. Os autores usam como exemplo para endossar essas especificações os verbos adorar e gostar. Apesar de necessitarem do mesmo número de argumentos (dois) e dos mesmos papéis temáticos atribuídos a eles, o argumento interno - que será abordado mais adiante de adorar é um sintagma nominal, já o de gostar é um sintagma preposicional. (4) a) Ele adora pizza b) SV 2 Ele V 2 V SN g adora pizza (5) a) Ele gosta do clima frio g b) SV 2 Ele V 50

5 2 V SP g 2 gosta do clima frio Tomando as sentenças acima como exemplos, podemos perceber que adora pizza e gosta do clima frio soam como unidades semânticas bem formadas na medida em que podem ter seu valor semântico estabelecido independentemente do outro argumento requerido pelo verbo (ele). Em contrapartida ele adora e ele gosta tem muito menos valor de sentido. Se ele for substituído por o cachorro, há pouca mudança no valor semântico da sentença, ainda há alguém que adora pizza e gosta de climas frios. Desta forma, podemos perceber que a interpretação do primeiro argumento, o argumento externo, é composicionalmente determinada não em função de uma relação direta com o verbo, mas em função da relação previamente estabelecida entre o verbo e o segundo argumento, o interno. (CYRINO, NUNES E PAGOTTO, 2009) Acaba-se, assim, com a armadilha que os termos sujeito e objeto podem produzir para a complementação verbal. Ao invés disso, temos argumentos internos, aqueles que se relacionam mais intrinsecamente ao verbo, complementando o sentido deste; e argumentos externos, que se relacionam com todo o sintagma verbal (SV), algo que fica explícito no modelo das árvores gerativas das sentenças. Vejamos no exemplo O João tomou o ônibus : (6) SV 3 SN V 5 3 O João V SN g 4 tomou o ônibus Na árvore da sentença, fica claro que a relação entre o verbo e o complemento interno o ônibus é muito mais intrínseca. O argumento externo, por sua vez, liga-se a todo o sintagma verbal (SV) formado por V + SN. Na grande maioria das sentenças, o sintagma que ocupa a posição de argumento externo é o sujeito da ação, com quem o sintagma verbal deve concordar. Por isso, pode-se chamar esta posição de especificador ou posição de sujeito. 51

6 Cyrino, Nunes e Pagotto (2009) afirmam que os verbos podem ser classificados não só em relação ao número de argumentos que requerem, mas também em relação à natureza desses argumentos. Verbos que expressam fenômenos climáticos e da natureza, por exemplo, não necessitam de nenhum argumento para terem seu sentido saturado; são considerados sem argumentos ou intransitivos. Alguns desses verbos são: ventar, nevar, chover, amanhecer, entardecer, garoar. Verbos transitivos são os que necessitam de dois ou três argumentos para serem saturados, sendo o tipo mais comum de verbos. Geralmente envolvem os verbos de ação usados na voz ativa. O agente ocupa o especificador de SV e o paciente ocupa o complemento (CYRINO, NUNES E PAGOTTO, 2009). Já os verbos bitransitivos, denominados pela gramática tradicional como transitivos diretos e indiretos, são os que selecionam um argumento externo e dois argumentos internos, sendo um destes um sintagma nominal e o outro um sintagma preposicional. Vejamos no exemplo: (7) Eu (SN) coloquei a chave (SN) na gaveta (SP). Os verbos monoargumentais, por sua vez, são os mais problemáticos para a gramática tradicional. Nela, são considerados apenas intransitivos, quando na verdade são divididos em verbos inergativos e inacusativos. Segundo Cyrino, Nunes e Pagotto (2009), verbos cujo único argumento está associado à posição de complemento são referidos como verbos inacusativos; já verbos cujo único argumento está associado à posição de especificador de SV são designados como verbos inergativos. Observemos os exemplos abaixo: (8) O João nadou (9) O cachorro correu (10) A palestra começou (11) Chegou a carta Nos exemplos (8) e (9), os sintagmas João e o cachorro estão em posição de especificador, pois possuem características inerentes a esta: precedem o SV e possuem 52

7 papel temático de agente. Já nos exemplos (10) e (11), os sintagmas a palestra e a carta possuem papel temático de tema e/ou paciente (mesmo que em (10) a o complemento preceda o verbo) e suas relações com o verbo intrínsecas com o verbo são características de argumentos internos. Em poucas palavras, verbos que selecionam um único argumento e este é externo são inergativos, como em (8) e (9). Já verbos que selecionam apenas um argumento interno são inacusativos, como em (10) e (11). Os verbos inacusativos recebem esse nome devido ao fato de não poderem atribuir caso acusativo ao seu único argumento, o interno, haja vista que não seleciona um argumento externo a ser complementado. Este fato culminou na seguinte hipótese generalizadora, conhecida como Generalização de Burzio: [...] only the verbs that can assign θ-role to the subject can assign (accusative) Case to an object. (BURZIO, 1986, p. 178). Apenas verbos que atribuem papel temático ao sujeito podem atribuir caso ao objeto. Os verbos leves e de alçamento possuem características semelhantes. Verbos leves têm função mais gramatical que semântica, sendo esta formar predicados complexos, como por exemplo dar risada e ter medo. Já os verbos de alçamento são aqueles definidos pela gramática tradicional como verbos de ligação. (CYRINO, NUNES E PAGOTTO, 2009) Estes verbos não selecionam um argumento externo e seu argumento interno contém uma estrutura de predicação, geralmente por meio de adjetivos. Entretanto, apesar de não selecionarem argumentos externos, alguns sintagmas podem ser considerados pragmaticamente inadequados a depender dos adjetivos utilizados. (12) #Aquelas pedras parecem felizes. (13) Aquelas pedras parecem frias. O exemplo (12) trata-se de uma sentença agramatical na língua portuguesa. Isto pois o verbo parecem toma como argumento interno uma estrutura de predicamento. Parecem [aquelas pedras felizes]; parecem [aquelas pedras frias]. Sendo assim, aquelas pedras (o sujeito da oração) tornam-se argumentos de felizes em (12) e frias em (13). Os adjetivos, nestes dois casos, são o que Mioto, Silva e Lopes (2016) 53

8 definem como núcleo lexical, isto é, predicados que selecionam semanticamente seus argumentos. Nem todo sintagma nominal pode, semanticamente, parecer frio, é preciso que o argumento tenha propriedades compatíveis com o predicado lexical. Para a análise, selecionamos a coleção para ensino médio em três volumes Língua portuguesa: linguagem e interação de Faraco, Moura e Maruxo Júnior Editora Ática, 2ª edição, A partir deste corpus, realizamos uma pesquisa documental de cunho qualitativo (LAKATOS e MARCONI, 2001), buscando traçar um panorama de como a complementação verbal e outros assuntos adjacentes são abordados nestes três livros. Para tanto, analisamos não apenas os textos expositivos, mas também exercícios e outras seções do livro que se enquadrassem em nosso escopo. ANÁLISE DE DADOS A primeira constatação da análise foi a escassez de conteúdos referentes a complementação verbal. Apenas no segundo volume da coleção, referente ao 2º ano do ensino médio, encontramos conteúdo suficiente acerca do assunto para que pudéssemos realizar a análise proposta. Na figura 1, retirada deste volume, podemos observar uma seção dedicada à predicação verbal. Nela, os autores diferenciam verbos lexicais dos verbos de ligação, utilizando para tanto algum arcabouço semântico que pode ser percebido nos seguintes excertos: [...] ela [a forma verbal] relaciona o sujeito (a moça) à qualidade do sujeito (adormecida). [...] O verbo não relaciona o sujeito a uma qualidade, mas pode indicar sentidos diversos como ação (falar, vender, sair...) atitude intelectual (gostar, pensar...), fenômeno da natureza (ventar, chover...), a existência, entre outros. (FARACO, MOURA e MARUXO JÚNIOR, 2014, p. 72). 54

9 Figura 1. Fonte: Faraco, Moura e Maruxo Júnior (2014) Ainda nesta seção, os autores continuam a trilhar pelo eixo semântico da complementação, utilizando-o agora para classificar os verbos em transitivos e intransitivos, como podemos ver na imagem abaixo: Figura 2. Fonte: Faraco, Moura e Maruxo Júnior (2014) Logo em seguida, para classificar os complementos verbais, eles se deslocam para o eixo sintático da complementação, valorando a presença de um elemento sintático, a preposição, como elemento definidor da transitividade verbal. No primeiro [enunciado], entre o verbo ter e o complemento palmeiras, não existe preposição obrigatória. Por isso, o verbo é chamado de transitivo direto (VTD) e o complemento é o objeto direto (OD. [...] No segundo enunciado, aparece a preposição dos entre o verbo gostar e o complemento [...]. Por essa 55

10 razão, o verbo é chamado de transitivo indireto (VTI) e o complemento é o objeto indireto (OI). (FARACO, MOURA e MARUXO JÚNIOR, 2014, p ). O exercício apresentado após esta seção é pautado também na classificação sintática, como pode-se observar na imagem abaixo. Qualquer carga semântica na única questão da atividade fica apenas no implícito, atrelada ao significado dos verbos. Figura 3. Fonte: Faraco, Moura e Maruxo Júnior (2014) Daí em diante, há no livro um amplo predomínio do eixo sintático em detrimento do semântico. A seção seguinte, intitulada Pronomes pessoais oblíquos como complementos verbais, bem como o exercício que a sucede (novamente apenas uma questão) se pautam apenas em regras sintáticas. [...] ao substituir essa expressão [um objeto direto] por outro termo, empregamos o pronome o, que pode adquirir a forma lo ou no [...] (FARACO, MOURA e MARUXO JÚNIOR, 2014, p. 74). Nas páginas 75 e 76, mais regras sintáticas, exceções ( Uso dos complementos verbais: casos especiais ) e exercícios de identificação de elementos ( Identifique os objetos pleonásticos das frases a seguir ). Apenas na página 77 o eixo semântico volta a ser abordado mesmo que superficialmente, na seção Agente da passiva. Nela, os autores consideram o papel temático do sujeito de determinadas orações para classifica-las voz ativa e voz passiva, como podemos observar na figura 4: 56

11 Figura 4. Fonte: Faraco, Moura e Maruxo Júnior (2014) Podemos perceber as noções de Cançado (2008) acerca de papeis temáticos serem pinceladas nessa seção, mesmo que sem quase nenhum aprofundamento. Adiante, na subseção Voz passiva e efeitos de sentido, encontramos a única regra ditada pelo livro (ao menos nestas páginas dedicadas à complementação) que realmente pode ter impacto na semântica geral de uma oração. Nela, os autores apresentam uma estratégia (mesmo que ainda sintática) para que os estudantes possam formular discursos com maior riqueza de sentidos. Muitas vezes, a voz passiva é empregada para dar destaque à ação ou ao resultado dela, e não a seu agente. Por essa razão que, em geral, pode-se omitir o agente da passiva. [...] Trata-se de uma maneira de dar destaque a uma informação. (FARACO, MOURA e MARUXO JÚNIOR, 2014, p. 79). CONSIDERAÇÕES FINAIS Trazendo de volta os eixos da complementação verbal propostos por Cyrino, Nunes e Pagotto (2009), pudemos concluir que a abordagem apresentada pela coleção de Faraco, Moura e Maruxo Júnior, aqui dando foco ao segundo livro, trilha seu caminho pelo eixo sintático, preterindo o eixo semântico e sequer se aproximando do eixo gerativista. Esta escolha dos autores se mostra bastante evidente nas longas seções e subseções dedicadas a regras, exceções e classificações, bem como nos exercícios pautados majoritariamente em identificar e classificar elementos da oração. As discussões de cunho semântico servem apenas para embasar classificações sintáticas, como os verbos transitivos, intransitivos e de ligação ou para justificar a existência da voz passiva. 57

12 Ao se pautarem tão veementemente na sintaxe prescritiva com longos quadros de regras, Faraco e seus coautores não passam pela peneira de Ilari e Geraldi (1987); sua coleção não abarca grande parte das sentenças do nosso idioma, ao menos no que diz respeito à complementação verbal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BURZIO, L. Italian Syntax. A government-biding approach. Dordrecht: Reidel Publish Company, CANÇADO, M. Manual de semântica: noções básicas e exercícios. 2. ed. Belo. Horizonte: Editora UFMG, CYRINO, S. M.; NUNES, J.; PAGOTTO, E. Complementação. In: KATO, M. A.; NASCIMENTO, M. (orgs.). Gramática do Português Culto Falado no Brasil vol. III a construção da sentença. Campinas: Editora da Unicamp, ILARI, R.; GERALDI, J. W. Semântica. 3. ed. São Paulo: Ática, 1987 FARACO, C. E.; MOURA, F. M.; MARUXO JÚNIOR, J. H. Língua portuguesa: linguagem e interação Vol. 2. 2ª. ed. São Paulo: Ática, LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos metodologia científica. 4.ed. São Paulo: Atlas, OLIVEIRA, R. P. A gramática do sentido na escola. In: MARTINS, M. A. (org.). Gramática e ensino. Natal: Editora UFRN, MIOTO, C.; SILVA, M. C.; LOPES, R. Novo Manual de Sintaxe. 1. ed., 1ª reimpressão: São Paulo: Contexto,

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