Expressões e enunciados

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Expressões e enunciados"

Transcrição

1 Lógica para Ciência da Computação I Lógica Matemática Texto 2 Expressões e enunciados Sumário 1 Expressões e enunciados Observações Exercício resolvido Constantes e variáveis Observações Exercício resolvido Estendendo a noção de enunciado Observações Exercícios resolvidos Neste texto, abordamos os conceitos de expressão, enunciado, constante e variável. Depois de estudá-lo, vamos ser capazes de: classificar certos símbolos e/ou frases da Linguagem Matemática como expressão ou enunciado; classificar certas expressões como constantes ou variáveis; estender os conceitos acima para certos símbolos e/ou frases da Língua Portuguesa. 1

2 1 Expressões e enunciados Os símbolos e/ou frases da Linguagem Matemática podem ser classificados como expressões ou enunciados. Uma expressão é um símbolo e/ou frase que denota um objeto matemático, em um dado contexto. Um enunciado é um símbolo e/ou frase que expressa uma propriedade de um objeto matemático ou estabelece uma relação entre vários objetos matemáticos, em um dado contexto. Exemplo 1 Considerando as frases 2013 (1) o triângulo ABC (2) 2013 é par (3) o triângulo ABC é retângulo (4) o maior lado do triângulo ABC é menor que 2013 (5) em seus contextos usuais, temos que (1), (2) são expressões e que (3), (4), (5) são enunciados. 1.1 Observações Observação 1 Expressões também são chamadas de termos. Expressões são usadas para referência a objetos matemáticos. Por isto, elas atuam como sujeitos, nas afirmações matemáticas. Sendo assim, usualmente não possuem ocorrências de verbos e, mesmo quando o fazem, não exprimem ações ou estados, mas usam estas ações e estados para qualificar o objeto que está sendo denotado. Por exemplo, a frase o menor número inteiro que é par e está entre 4 e 10, exclusive é uma expressão, pois denota o número 6. Observação 2 Enunciados também são chamados de sentenças ou proposições. Enunciados são usados para descrever ações ou estados nos quais objetos matemáticos estão envolvidos. Por isto, eles atuam como frases declarativas, na Linguagem Matemática. Sendo assim, usualmente, envolvem expressões e possuem ocorrências de verbos. 2

3 1.2 Exercício resolvido Exercício 1 Classifique cada símbolo e/ou frase abaixo como expressão ou enunciado. (i) 2 é primo (ii) o sucessor de 2012 (iii) x e y (iv) (x, y) está no primeiro quadrante (v) 5 4 = 21 Antes de ler a resolução, tente resolver o exercício usando os conceitos estudados. Resolução do Exercício 1: (i) Enunciado. A frase afirma que um objeto possui uma propriedade. Possui ocorrência do verbo ser. (ii) Expressão. A frase é usada para indicar um objeto. (iii) Expressão. A frase é usada para indicar um par de objetos. (iv) Enunciado. A frase afirma que um par de objetos possui uma propriedade. Possui ocorrência do verbo estar. (v) Enunciado. A frase afirma que dois objetos estão relacionados (pela relação de igualdade). Possui ocorrência do verbo ser. 2 Constantes e variáveis As expressões podem ser classificadas em duas categorias, de acordo com a maneira como elas denotam objetos. (1) Dizemos que uma expressão é constante, em um dado contexto, se ela denota um objeto fixo e bem determinado e não denota nenhum outro objeto naquele mesmo contexto. (2) Dizemos que uma expressão é variável se ela denota um objeto fixo e bem determinado, em um dado contexto, mas poderia denotar qualquer objeto (do mesmo tipo que o objeto já denotado), naquele mesmo contexto. Exemplo 2 Considerando os enunciados 1 é um número natural (6) o triângulo ABC é isósceles (7) se x é par, então x 2 é par (8) o eixo 0x é perpendicular ao eixo 0y (9) 3

4 em seus contextos usuais, temos que são constantes, e que 1, o eixo 0x, o eixo 0y o triângulo ABC, x, x 2 são variáveis. Além disso, 1, x e x 2 são do tipo número e o triângulo ABC, o eixo 0x e o eixo 0y são do tipo figura. 2.1 Observações Observação 3 Constantes desempenham, na Linguagem Matemática, um papel similar àquele que os nomes desempenham na Língua Portuguesa. Já as variáveis desempenham um papel similar aos dos pronomes pessoais. Observação 4 Não existe um consenso universal sobre quais símbolos e/ou sequências de símbolos da Linguagem Matemática devem ser adotados como constantes ou variáveis. De fato, algumas expressões, como 2, o triângulo retângulo de lados 3, 4 e 5 são universalmente empregadas como constantes; enquanto que outras, como x, a função f(x) são universalmente empregadas como variáveis; mas também existem expressões como e, φ cujo emprego como constante ou variável depende de certas convenções que podem mudar de texto para texto. Para classificar uma expressão como constante ou variável, a melhor coisa a fazer é prestar bastante atenção no texto em análise e tentar identificar o uso que está sendo feito de cada símbolo e/ou sequência de símbolos, de acordo com as noções apresentadas acima. Observação 5 Usualmente, as variáveis são classificadas de acordo com o tipo de objeto que elas podem denotar. Por exemplo, na Aritmética é usual considerarmos m e n como variáveis para números naturais e x e y como variáveis para números reais. Já em Geometria é usual considerarmos P, Q e R como vari veis para pontos, r, s e t como variáveis para retas e α, β e γ como variáveis para planos. 4

5 2.2 Exercício resolvido Exercício 2 Classifique cada expressão abaixo como constante ou variável. (i) 2 22 (ii) x + 1 (iii) (1 + 2) 3 (iv) 2 x 2 (v) (x, y) Antes de ler a resolução, tente resolver o exercício, usando os conceitos estudados. Resolução do Exercício 1: (i) Constante. Denota um número específico. (ii) Variável. Denota um número não específico. (iii) Constante. Denota um número específico. (iv) Variável. Denota um número não específico. (v) Variável. Denota um par ordenado não específico de números. 3 Estendendo a noção de enunciado Sob o ponto de vista da Linguagem e da Lógica Matemáticas, três características dos enunciados são as mais relevantes: 1. cada enunciado pode ser classificado como verdadeiro ou falso, de maneira exclusiva, em um dado contexto; isto é, dado um enunciado qualquer e o contexto no qual ele está inserido, ou ele é verdadeiro ou ele é falso, mas não é simultaneamente verdadeiro e falso; 2. cada enunciado pode ser classificado de maneira exclusiva como atômico ou molecular, apenas pela maneira como ele está escrito e não pelo seu significado; 3. enunciados podem ser combinados entre si para formar enunciados mais complexos, por meio de certas partículas da Linguagem Matemática. A seguir, vamos estudar detalhadamente estas características dos enunciados. Mas, antes, temos algumas observações importantes que estendem a noção de enunciado, da Linguagem Matemática para a Língua Portuguesa. 5

6 3.1 Observações Observação 6 A parte da Linguagem Matemática que estamos estudando pode ser vista como uma parte da Língua Portuguesa, modificada pela reinterpretação de certos vocábulos e pelo acréscimo de algumas palavras e símbolos. Por esta razão, em nossos estudos, além de enunciados sobre conteúdos matemáticos, como 2 não é um número racional vamos considerar também enunciados sobre outros conteúdos, como Sócrates é homem Luiza e Mariana são irmãs se ela é carioca, então ela é brasileira todo homem é mortal Estritamente falando, enunciados deste tipo não fazem parte da Linguagem Matemática, mas considerando enunciados neste contexto mais amplo, além de efetuarmos a análise lógica de enunciados matemáticos, também estaremos aptos a aplicar os métodos que estamos estudando a certos raciocínios do senso comum. Observação 7 No enunciado as expressões um é diferente de dois um, dois são constantes. De maneira similar, no enunciado João é casado com Maria as expressões são constantes. Nos enunciados João, Maria as expressões x é diferente de dois, um é diferente de y, x é diferente de y são constantes e as expressões são variáveis. De maneira similar, nos enunciados um, dois x, y ele é casado com Maria, Alfredo é casado com ela, ele é casado com ela as expressões Alfredo, Maria 6

7 são constantes e as expressões ele, ela são variáveis. Como estes exemplos sugerem, em certos enunciados, os nomes próprios são usados como constantes e os pronomes pessoais são usados como variáveis. Levando esta sugestão adiante, em geral, vamos classificar os nomes próprios como constantes e os pronomes pessoais como variáveis. 3.2 Exercícios resolvidos Exercício 3 Classifique cada expressão abaixo como constante ou variável. (i) eu (ii) Zezé de Camargo e Luciano (iii) o irmão mais velho de Luciano (iv) o Campeão Brasileiro de 2009 (v) um amigo Exercício 4 Classifique cada frase abaixo como expressão ou enunciado. (i) 2 está entre 1 e 3 (ii) o marido de Angélica (iii) 3! não é um número par (iv) ( 1, 1) está sobre o eixo 0x sen2 (x) + cos 2 (x) (v) x 2 Exercício 5 Mostre que a frase A frase (10) é falsa. (10) que se refere a ela mesma não pode ser classificada nem como verdadeira nem como falsa. E, portanto, apesar de ter sujeito, verbo e predicado, não é um enunciado. Antes de ler as resoluções, tente resolver os exercícios usando os conceitos estudados. Resolução do Exercício 3: (i) Variável. (ii) Constante. (iii) Constante. (iv) Constante. (v) Variável. Resolução do Exercício 4: (i) Enunciado. A frase afirma que três objetos estão relacionados. Possui ocorrência do verbo estar. (ii) Expressão. A frase é usada 7

8 para indicar um objeto. (iii) Enunciado. A frase afirma que um objeto não possui uma propriedade. Possui ocorrência do verbo ser. (iv) Enunciado. A frase afirma que um par de objetos está relacionado com um outro objeto. Possui ocorrência do verbo estar. (v) Expressão. A frase é usada para indicar um objeto. Resolução do Exercício 5: Observe que a frase possui ocorrência de verbo e, portanto, parece ser um enunciado. Mas, para ser classificada como tal, além do verbo, a frase também deve poder ser classificada como verdadeira ou falsa, de maneira exclusiva, em um dado contexto. Vamos mostrar, agora, que este não é o caso. Para isto, vamos aplicar um raciocínio bastante comum em Matemática que, neste caso, pode ser resumido do seguinte modo: (a) Primeiro, vamos considerar que a frase (10) é um enunciado. (b) Depois, vamos apresentar duas possibilidades excludentes e complementares para ela: ou vale uma, ou vale a outra, mas não valem ambas. (c) Depois vamos mostrar que cada uma destas possibilidades não pode acontecer. (d) Finalmente, vamos concluir que a frase não é um enunciado, pois quando assumimos que ela é, as duas únicas alternativas possíveis não podem acontecer. Vamos lá: (a) Suponhamos que a frase (10) é um enunciado. (b) Temos, então, as duas seguintes possibilidades excludentes e complementares: a frase (10) é verdadeira ou a frase (10) é falsa. (c) Vamos, agora, analisar cada uma destas possibilidades: (c 1 ) Se supomos que a frase (10) é verdadeira, temos que concluir que o que ela afirma acontece. Mas ela afirma que a frase (10) ou seja, ela mesma é falsa. Assim, temos que concluir que a frase (10) é falsa, uma contradição com a suposição de que ela é verdadeira. (c 2 ) Se supomos que a frase (10) é falsa, temos que concluir que o que ela afirma não acontece. Mas ela afirma que a frase (10), ou seja, ela mesma, é falsa. Como estamos assumindo que isto não acontece, temos que concluir que a frase (10) é verdadeira, uma contradição com a suposição de que ela é falsa. (d) Como a suposição de que a frase (10) é um enunciado nos leva a duas alternativas possíveis e cada uma delas não pode acontecer, temos que concluir que a nossa suposição está errada, ou seja, que a frase (10) não é um enunciado. c 2014 Márcia Cerioli, Renata de Freitas e Petrucio Viana IM-UFRJ, IME-UFF 8

Enunciados Atômicos, Conectivos e Enunciados Moleculares

Enunciados Atômicos, Conectivos e Enunciados Moleculares Lógica para Ciência da Computação I Lógica Matemática Texto 3 Enunciados Atômicos, Conectivos e Enunciados Moleculares Sumário 1 Enunciados atômicos 2 1.1 Observações................................ 2

Leia mais

Enunciados Abertos e Enunciados Fechados

Enunciados Abertos e Enunciados Fechados Lógica para Ciência da Computação I Lógica Matemática Texto 12 Enunciados Abertos e Enunciados Fechados Sumário 1 Enunciados atômicos abertos e fechados 2 1.1 Observações................................

Leia mais

Lógica Texto 11. Texto 11. Tautologias. 1 Comportamento de um enunciado 2. 2 Classificação dos enunciados Exercícios...

Lógica Texto 11. Texto 11. Tautologias. 1 Comportamento de um enunciado 2. 2 Classificação dos enunciados Exercícios... Lógica para Ciência da Computação I Lógica Matemática Texto 11 Tautologias Sumário 1 Comportamento de um enunciado 2 1.1 Observações................................ 4 2 Classificação dos enunciados 4 2.1

Leia mais

Lógica Texto 7. Texto 7. 1 Negação de enunciados atômicos Exercício resolvido Negação de enunciados moleculares 5

Lógica Texto 7. Texto 7. 1 Negação de enunciados atômicos Exercício resolvido Negação de enunciados moleculares 5 Lógica para Ciência da Computação I Lógica Matemática Texto 7 Negação e simplificação de enunciados Sumário 1 Negação de enunciados atômicos 2 1.1 Observações................................ 2 1.2 Exercício

Leia mais

Enunciados Quantificados Equivalentes

Enunciados Quantificados Equivalentes Lógica para Ciência da Computação I Lógica Matemática Texto 15 Enunciados Quantificados Equivalentes Sumário 1 Equivalência de enunciados quantificados 2 1.1 Observações................................

Leia mais

4 Simbolização de enunciados 24

4 Simbolização de enunciados 24 Matemática Discreta Tópicos da Linguagem e da Lógica Matemáticas Texto da Semana 1, Parte 3 Simbolização de Enunciados Sumário 1 Conectivos e simbolização dos conectivos 18 2 Enunciados componentes 18

Leia mais

Simbolização de Enunciados com Conectivos

Simbolização de Enunciados com Conectivos Lógica para Ciência da Computação I Lógica Matemática Texto 4 Simbolização de Enunciados com Conectivos Sumário 1 Conectivos: simbolização e sintaxe 2 2 Enunciados componentes 5 2.1 Observações................................

Leia mais

Introdução aos Métodos de Prova

Introdução aos Métodos de Prova Introdução aos Métodos de Prova Renata de Freitas e Petrucio Viana IME-UFF, Niterói/RJ II Colóquio de Matemática da Região Sul UEL, Londrina/PR 24 a 28 de abril 2012 Sumário Provas servem, principalmente,

Leia mais

equivalentes em LC Petrucio Viana

equivalentes em LC Petrucio Viana GAN00166: Lógica para Ciência da Computação Texto da Aula 6 Transformação e negação por meio de equivalentes em LC Petrucio Viana Departamento de Análise, IME UFF Sumário 1 Transformação de enunciados

Leia mais

Lógica dos Quantificadores: sintaxe e semântica intuitiva

Lógica dos Quantificadores: sintaxe e semântica intuitiva Lógica dos Quantificadores: sintaxe e semântica intuitiva quantificação em domínios infinitos Renata de Freitas e Petrucio Viana IME, UFF 5 de novembro de 2014 Sumário Quantificadores sobre domínios infinitos.

Leia mais

Lógica dos Quantificadores: sintaxe

Lógica dos Quantificadores: sintaxe Lógica dos Quantificadores: sintaxe Renata de Freitas e Petrucio Viana IME, UFF 18 de junho de 2015 Sumário 1. Princípios sintáticos 2. Alfabeto de LQ 3. Fórmulas de LQ 4. Variáveis livres, variáveis ligadas

Leia mais

Método das Tabelas para Validade

Método das Tabelas para Validade Lógica para Ciência da Computação I Lógica Matemática Texto 10 Método das Tabelas para Validade Sumário 1 Simbolização de argumentos 2 1.1 Observações................................ 3 1.2 Exercício resolvido............................

Leia mais

Introdução aos Métodos de Prova

Introdução aos Métodos de Prova Introdução aos Métodos de Prova Renata de Freitas e Petrucio Viana IME-UFF, Niterói/RJ II Colóquio de Matemática da Região Sul UEL, Londrina/PR 24 a 28 de abril 2012 Sumário Provas servem, principalmente,

Leia mais

Método das Tabelas para Validade Petrucio Viana

Método das Tabelas para Validade Petrucio Viana GAN00166: Lógica para Ciência da Computação Texto da Aula 8 Método das Tabelas para Validade Petrucio Viana Departamento de Análise, IME UFF Sumário 1 Simbolização de argumentos 1 1.1 Observação................................

Leia mais

Notas de Aula Aula 2, 2012/2

Notas de Aula Aula 2, 2012/2 Lógica para Ciência da Computação Notas de Aula Aula 2, 2012/2 Renata de Freitas & Petrucio Viana Departamento de Análise, IME UFF 23 de janeiro de 2013 Sumário 1 Conteúdo e objetivos 1 2 Legibilidade

Leia mais

IME, UFF 3 de junho de 2014

IME, UFF 3 de junho de 2014 Lógica IME, UFF 3 de junho de 2014 Sumário A lógica formal e os principais sistemas A lógica formal Um dos objetivos da lógica formal é a mecanização do raciocínio, isto é, a obtenção de nova informação

Leia mais

Lógica dos Conectivos: demonstrações indiretas

Lógica dos Conectivos: demonstrações indiretas Lógica dos Conectivos: demonstrações indiretas Renata de Freitas e Petrucio Viana IME, UFF 5 de novembro de 2014 Sumário Acrescentando premissas. Estratégias indiretas. Principais exemplos. Um problema

Leia mais

Equivalência em LC. Renata de Freitas e Petrucio Viana. IME - UFF 27 de março de 2015

Equivalência em LC. Renata de Freitas e Petrucio Viana. IME - UFF 27 de março de 2015 Equivalência em LC Renata de Freitas e Petrucio Viana IME - UFF 27 de março de 2015 Sumário Equivalência de sentenças. Equivalência semântica em LC. Método das Tabelas para Equivalência. Principais equivalências.

Leia mais

Enunciados Quantificados Equivalentes

Enunciados Quantificados Equivalentes Enunciados Quantificados Equivalentes Renata de Freitas e Petrucio Viana IME, UFF Junho de 2014 Sumário Equivalência de enunciados quantificados. Aplicação da noção de interpretação para decidir quando

Leia mais

Lógica dos Conectivos: demonstrações indiretas

Lógica dos Conectivos: demonstrações indiretas Lógica dos Conectivos: demonstrações indiretas Renata de Freitas e Petrucio Viana IME, UFF 18 de junho de 2015 Sumário Olhe para as premissas Olhe para a conclusão Estratégias indiretas Principais exemplos

Leia mais

Argumentos e Validade Petrucio Viana

Argumentos e Validade Petrucio Viana GAN00166: Lógica para Ciência da Computação Texto da Aula 7 Argumentos e Validade Petrucio Viana Departamento de Análise, IME UFF Sumário 1 Argumentos 1 1.1 Observações................................

Leia mais

IME, UFF 4 de novembro de 2013

IME, UFF 4 de novembro de 2013 Lógica IME, UFF 4 de novembro de 2013 Sumário e ferramentas Considere o seguinte texto, da aritmética dos números naturais. Teorema: Todo número inteiro positivo maior que 1 tem um fator primo. Prova:

Leia mais

Aula 2, 2014/2 Sintaxe da Lógica dos Conectivos

Aula 2, 2014/2 Sintaxe da Lógica dos Conectivos Notas de aula de Lógica para Ciência da Computação Aula 2, 2014/2 Sintaxe da Lógica dos Conectivos Renata de Freitas e Petrucio Viana Departamento de Análise, IME UFF 27 de agosto de 2014 Sumário 1 Sintaxe

Leia mais

MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL. ENQ Gabarito

MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL. ENQ Gabarito MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL ENQ 2017.1 Gabarito Questão 01 [ 1,25 ] Determine as equações das duas retas tangentes à parábola de equação y = x 2 2x + 4 que passam pelo ponto (2,

Leia mais

Gestão Empresarial Prof. Ânderson Vieira

Gestão Empresarial Prof. Ânderson Vieira NOÇÕES DE LÓGICA Gestão Empresarial Prof. Ânderson ieira A maioria do texto apresentado neste arquivo é do livro Fundamentos de Matemática Elementar, ol. 1, Gelson Iezzi e Carlos Murakami (eja [1]). Algumas

Leia mais

Lógica dos Quantificadores: refutação

Lógica dos Quantificadores: refutação Lógica dos Quantificadores: refutação Renata de Freitas e Petrucio Viana IME, UFF 15 de junho de 2015 Sumário 1. Refutação para LQ 2. Redução ao absurdo e refutação 3. Regras de refutação para os quantificadores

Leia mais

IME, UFF 7 de novembro de 2013

IME, UFF 7 de novembro de 2013 em Lógica de IME, UFF 7 de novembro de 2013 Sumário em... em Sintaxe da A lógica que estamos definindo é uma extensão de LS e é chamada de Lógica de Ordem,, por uma razão que será esclarecida mais adiante.

Leia mais

2016 / Nome do aluno: N.º: Turma:

2016 / Nome do aluno: N.º: Turma: Teste de Matemática A 2016 / 2017 Teste N.º 1 Matemática A Duração do Teste: 90 minutos 10.º Ano de Escolaridade Nome do aluno: N.º: Turma: Grupo I Os cinco itens deste grupo são de escolha múltipla. Em

Leia mais

Lógica dos Conectivos: validade de argumentos

Lógica dos Conectivos: validade de argumentos Lógica dos Conectivos: validade de argumentos Renata de Freitas e Petrucio Viana IME, UFF 16 de setembro de 2014 Sumário Razões e opiniões. Argumentos. Argumentos bons e ruins. Validade. Opiniões A maior

Leia mais

Aula 7 Os teoremas de Weierstrass e do valor intermediário.

Aula 7 Os teoremas de Weierstrass e do valor intermediário. Os teoremas de Weierstrass e do valor intermediário. MÓDULO - AULA 7 Aula 7 Os teoremas de Weierstrass e do valor intermediário. Objetivo Compreender o significado de dois resultados centrais a respeito

Leia mais

Introdução à Lógica de Predicados

Introdução à Lógica de Predicados Introdução à Lógica de Predicados Matemática Discreta I Rodrigo Ribeiro Departamento de Ciências Exatas e Aplicadas Universidade de Federal de Ouro Preto 10 de dezembro de 2012 Motivação (I) Considere

Leia mais

ÁLGEBRA. AULA 1 _ Conjuntos Professor Luciano Nóbrega. Maria Auxiliadora

ÁLGEBRA. AULA 1 _ Conjuntos Professor Luciano Nóbrega. Maria Auxiliadora 1 ÁLGEBRA AULA 1 _ Conjuntos Professor Luciano Nóbrega Maria Auxiliadora 2 Pode-se dizer que a é, em grande parte, trabalho de um único matemático: Georg Cantor (1845-1918). A noção de conjunto não é suscetível

Leia mais

Simplificação de Enunciados com um Quantificador Petrucio Viana

Simplificação de Enunciados com um Quantificador Petrucio Viana GAN00166: Lógica para Ciência da Computação Texto da Aula 19 Simplificação de Enunciados com um Quantificador Petrucio Viana Departamento de Análise, IME UFF Sumário 1 Transformação de enunciados quantificados

Leia mais

IME, UFF 10 de dezembro de 2013

IME, UFF 10 de dezembro de 2013 Lógica IME, UFF 10 de dezembro de 2013 Sumário.... Considere o seguinte argumento Um problema de validade (1) p q q r r s s t p t (1) é válido ou não? A resposta é sim... Uma demonstração Uma demonstração

Leia mais

ENQ Gabarito MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL. Questão 01 [ 1,25 ]

ENQ Gabarito MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL. Questão 01 [ 1,25 ] MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL ENQ 017 Gabarito Questão 01 [ 1,5 ] Encontre as medidas dos lados e ângulos de dois triângulos ABC diferentes tais que AC = 1, BC = e A BC = 0 Considere

Leia mais

J. Delgado - K. Frensel - L. Crissaff Geometria Analítica e Cálculo Vetorial

J. Delgado - K. Frensel - L. Crissaff Geometria Analítica e Cálculo Vetorial 178 Capítulo 10 Equação da reta e do plano no espaço 1. Equações paramétricas da reta no espaço Sejam A e B dois pontos distintos no espaço e seja r a reta que os contém. Então, P r existe t R tal que

Leia mais

1 TEORIA DOS CONJUNTOS

1 TEORIA DOS CONJUNTOS 1 TEORIA DOS CONJUNTOS Definição de Conjunto: um conjunto é uma coleção de zero ou mais objetos distintos, chamados elementos do conjunto, os quais não possuem qualquer ordem associada. Em outras palavras,

Leia mais

2 AULA. Conectivos e Quantificadores. lógicas. LIVRO. META: Introduzir os conectivos e quantificadores

2 AULA. Conectivos e Quantificadores. lógicas. LIVRO. META: Introduzir os conectivos e quantificadores 1 LIVRO Conectivos e Quantificadores Lógicos META: Introduzir os conectivos e quantificadores lógicos. OBJETIVOS: Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de: Compreender a semântica dos conectivos

Leia mais

AULA 1 Frases, proposições e sentenças 3. AULA 2 Conectivos lógicos e tabelas-verdade 5. AULA 3 Negação de proposições 8

AULA 1 Frases, proposições e sentenças 3. AULA 2 Conectivos lógicos e tabelas-verdade 5. AULA 3 Negação de proposições 8 Índice AULA 1 Frases, proposições e sentenças 3 AULA 2 Conectivos lógicos e tabelas-verdade 5 AULA 3 Negação de proposições 8 AULA 4 Tautologia, contradição, contingência e equivalência 11 AULA 5 Argumentação

Leia mais

Pré-Cálculo. Humberto José Bortolossi. Aula 6 29 de março de Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense

Pré-Cálculo. Humberto José Bortolossi. Aula 6 29 de março de Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Pré-Cálculo Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Aula 6 29 de março de 2010 Aula 6 Pré-Cálculo 1 Implicações e teoria dos conjuntos f (x) =g(x) u(x)

Leia mais

Departamento de Análise Instituto de Matemática, UFF Outubro de 2014

Departamento de Análise Instituto de Matemática, UFF Outubro de 2014 O Paradoxo Departamento de Análise Instituto de Matemática, UFF Outubro de 2014 da mentira Nossa conversa tratará dos seguinte itens: Sumário..... Vou mostrar para vocês como eu entrei no mundo da Lógica

Leia mais

Não sou o melhor, sei disso, mas faço o melhor que posso!! RANILDO LOPES

Não sou o melhor, sei disso, mas faço o melhor que posso!! RANILDO LOPES Lógica Matemática e Computacional Não sou o melhor, sei disso, mas faço o melhor que posso!! RANILDO LOPES 2. Conceitos Preliminares 2.1. Sentença, Verdade e Proposição Cálculo Proposicional Como primeira

Leia mais

MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados 1

MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados 1 Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados Antonio Alfredo Ferreira Loureiro loureiro@dcc.ufmg.br http://www.dcc.ufmg.br/~loureiro MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados

Leia mais

Capítulo 1-Sistemas de Coordenadas, Intervalos e Inequações

Capítulo 1-Sistemas de Coordenadas, Intervalos e Inequações Capítulo 1-Sistemas de Coordenadas, Intervalos e Inequações 1 Sistema Unidimensional de Coordenadas Cartesianas Conceito: Neste sistema, também chamado de Sistema Linear, um ponto pode se mover livremente

Leia mais

GEOMETRIA DE POSIÇÃO OU GEOMETRIA EUCLIDIANA

GEOMETRIA DE POSIÇÃO OU GEOMETRIA EUCLIDIANA GEOMETRIA DE POSIÇÃO OU GEOMETRIA EUCLIDIANA PONTO, RETA, PLANO E ESPAÇO; PROPOSIÇÕES GEOMÉTRICAS; POSIÇOES RELATIVAS POSIÇÕES RELATIVAS ENTRE PONTO E RETA POSIÇÕES RELATIVAS DE PONTO E PLANO POSIÇÕES

Leia mais

Álgebra das Proposições. Prof. Guilherme Tomaschewski Netto

Álgebra das Proposições. Prof. Guilherme Tomaschewski Netto Álgebra das Proposições Prof. Guilherme Tomaschewski Netto guilherme.netto@gmail.com Roteiro! Lógica Matemática clássica! Proposições! alores lógicos! Conectivos! Fórmulas Lógicas! Exemplos de aplicações

Leia mais

Bases Matemáticas. Como o Conhecimento Matemático é Construído. Aula 2 Métodos de Demonstração. Rodrigo Hausen. Definições Axiomas.

Bases Matemáticas. Como o Conhecimento Matemático é Construído. Aula 2 Métodos de Demonstração. Rodrigo Hausen. Definições Axiomas. 1 Bases Matemáticas Aula 2 Métodos de Demonstração Rodrigo Hausen v. 2012-9-21 1/15 Como o Conhecimento Matemático é Construído 2 Definições Axiomas Demonstrações Teoremas Demonstração: prova de que um

Leia mais

Argumentos, Correção e Validade

Argumentos, Correção e Validade Lógica para Ciência da Computação I Lógica Matemática Texto 9 Argumentos, Correção e Validade Sumário 1 Razões e opiniões 2 2 Argumentos 3 2.1 Observações................................ 4 2.2 Exercício

Leia mais

Lista 2 - Bases Matemáticas

Lista 2 - Bases Matemáticas Lista 2 - Bases Matemáticas (Última versão: 14/6/2017-21:00) Elementos de Lógica e Linguagem Matemática Parte I 1 Atribua valores verdades as seguintes proposições: a) 5 é primo e 4 é ímpar. b) 5 é primo

Leia mais

1 A Equação Fundamental Áreas Primeiras definições Uma questão importante... 7

1 A Equação Fundamental Áreas Primeiras definições Uma questão importante... 7 Conteúdo 1 4 1.1- Áreas............................. 4 1.2 Primeiras definições...................... 6 1.3 - Uma questão importante.................. 7 1 EDA Aula 1 Objetivos Apresentar as equações diferenciais

Leia mais

Bases Matemáticas. Aula 1 Elementos de Lógica e Linguagem Matemática. Prof. Rodrigo Hausen. 24 de junho de 2014

Bases Matemáticas. Aula 1 Elementos de Lógica e Linguagem Matemática. Prof. Rodrigo Hausen. 24 de junho de 2014 Aula 1 Elementos de Lógica e Linguagem Matemática Prof. Rodrigo Hausen 24 de junho de 2014 Definição Uma proposição é uma sentença declarativa que é verdadeira ou falsa, mas não simultaneamente ambas.

Leia mais

Aulas 10 e 11 / 18 e 20 de abril

Aulas 10 e 11 / 18 e 20 de abril 1 Conjuntos Aulas 10 e 11 / 18 e 20 de abril Um conjunto é uma coleção de objetos. Estes objetos são chamados de elementos do conjunto. A única restrição é que em geral um mesmo elemento não pode contar

Leia mais

IME, UFF 5 de novembro de 2013

IME, UFF 5 de novembro de 2013 Lógica IME, UFF 5 de novembro de 2013 . em LS. Método das.. Sumário. Simbolização não é determinística Dependendo de o entendemos o significado de uma sentença, ela pode ser simbolizada de mais de uma

Leia mais

Argumentação em Matemática período Prof. Lenimar N. Andrade. 1 de setembro de 2009

Argumentação em Matemática período Prof. Lenimar N. Andrade. 1 de setembro de 2009 Noções de Lógica Matemática 2 a parte Argumentação em Matemática período 2009.2 Prof. Lenimar N. Andrade 1 de setembro de 2009 Sumário 1 Condicional 1 2 Bicondicional 2 3 Recíprocas e contrapositivas 2

Leia mais

1º S I M U L A D O - ITA IME - M A T E M Á T I C A

1º S I M U L A D O - ITA IME - M A T E M Á T I C A Professor: Judson Santos / Luciano Santos Aluno(a): nº Data: / /0 º S I M U L A D O - ITA IME - M A T E M Á T I C A - 0 0) Seja N o conjunto dos inteiros positivos. Dados os conjuntos A = {p N; p é primo}

Leia mais

Cálculo proposicional

Cálculo proposicional O estudo da lógica é a análise de métodos de raciocínio. No estudo desses métodos, a lógica esta interessada principalmente na forma e não no conteúdo dos argumentos. Lógica: conhecimento das formas gerais

Leia mais

6 Demonstrações indiretas 29. Petrucio Viana

6 Demonstrações indiretas 29. Petrucio Viana GAN00166: Lógica para Ciência da Computação Texto da Aula 9 Demonstrações Indiretas Petrucio Viana Departamento de Análise IME UFF Sumário 1 Demonstrações diretas 2 1.1 Observações................................

Leia mais

Capítulo 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 é assim definido:

Capítulo 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 é assim definido: Capítulo 1 1. Ângulo entre duas retas no espaço Definição 1 O ângulo (r1, r ) entre duas retas r1 e r é assim definido: (r1, r ) 0o se r1 e r são coincidentes, se as retas são concorrentes, isto é, r1

Leia mais

Análise I Solução da 1ª Lista de Exercícios

Análise I Solução da 1ª Lista de Exercícios FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS Centro de Ciências e Tecnologia Curso de Graduação em Matemática Análise I 0- Solução da ª Lista de Eercícios. ATENÇÃO: O enunciado

Leia mais

Introdução à Lógica Proposicional Sintaxe

Introdução à Lógica Proposicional Sintaxe Bacharelado em Ciência e Tecnologia BC&T Introdução à Lógica Proposicional Sintaxe PASSOS PARA O ESTUDO DE LÓGICA Prof a Maria das Graças Marietto graca.marietto@ufabc.edu.br 2 ESTUDO DE LÓGICA O estudo

Leia mais

Apresentação do curso

Apresentação do curso Folha 1 Matemática Básica Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Apresentação do curso Parte 1 Parte 1 Matemática Básica 1 Parte 1 Matemática Básica

Leia mais

Capítulo Coordenadas no Espaço. Seja E o espaço da Geometria Euclidiana tri-dimensional.

Capítulo Coordenadas no Espaço. Seja E o espaço da Geometria Euclidiana tri-dimensional. Capítulo 9 1. Coordenadas no Espaço Seja E o espaço da Geometria Euclidiana tri-dimensional. Um sistema de eixos ortogonais OXY Z em E consiste de três eixos ortogonais entre si OX, OY e OZ com a mesma

Leia mais

Introdu c ao ` a L ogica Matem atica Ricardo Bianconi

Introdu c ao ` a L ogica Matem atica Ricardo Bianconi Introdução à Lógica Matemática Ricardo Bianconi Capítulo 4 Dedução Informal Antes de embarcarmos em um estudo da lógica formal, ou seja, daquela para a qual introduziremos uma nova linguagem artificial

Leia mais

MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL. ENQ Gabarito. a(x x 0) = b(y 0 y).

MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL. ENQ Gabarito. a(x x 0) = b(y 0 y). MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL ENQ 016.1 Gabarito Questão 01 [ 1,00 ::: (a)=0,50; (b)=0,50 ] (a) Seja x 0, y 0 uma solução da equação diofantina ax + by = c, onde a, b são inteiros

Leia mais

Sistemas Inteligentes

Sistemas Inteligentes Sistemas Inteligentes Aula 21/10 Agentes Lógicos Agente Baseado em Conhecimento Agentes Baseados em Conhecimento ou Agentes Lógicos. Podem lidar mais facilmente com ambientes parcialmente observáveis.

Leia mais

Plano Cartesiano e Retas. Vitor Bruno Engenharia Civil

Plano Cartesiano e Retas. Vitor Bruno Engenharia Civil Plano Cartesiano e Retas Vitor Bruno Engenharia Civil Sistema cartesiano ortogonal O sistema cartesiano ortogonal é formado por dois eixos ortogonais(eixo x e eixo y). A intersecção dos eixos x e y é o

Leia mais

Matemática Discreta. Fundamentos e Conceitos da Teoria dos Números. Universidade do Estado de Mato Grosso. 4 de setembro de 2017

Matemática Discreta. Fundamentos e Conceitos da Teoria dos Números. Universidade do Estado de Mato Grosso. 4 de setembro de 2017 Matemática Discreta Fundamentos e Conceitos da Teoria dos Números Professora Dr. a Donizete Ritter Universidade do Estado de Mato Grosso 4 de setembro de 2017 Ritter, D. (UNEMAT) Matemática Discreta 4

Leia mais

Lógica Clássica Proposicional

Lógica Clássica Proposicional Lógica Clássica Proposicional proposicões atômicas; proposições mais complexas podem ser construídas (decompostas) de (em) proposições atômicas; proposições atômicas são verdadeiras ou falsas (2 valores);

Leia mais

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 1o Ano 01-1 a Fase Proposta de resolução GRUPO I 1. Sabemos que P B A P B A P A P B A P B A P A Como P A 0,, temos que P A 1 P A 1 0, 0,6 Como P B A 0,8 e P A 0,6, temos

Leia mais

Bases Matemáticas. Definição ingênua de conjunto. Aula 3 Conjuntos. Rodrigo Hausen

Bases Matemáticas. Definição ingênua de conjunto. Aula 3 Conjuntos. Rodrigo Hausen 1 ases Matemáticas ula 3 Conjuntos Rodrigo Hausen v. 2012-9-26 1/14 Definição ingênua de conjunto 2 Um conjunto é uma qualquer coleção de objetos, concretos ou abstratos, sem repetição. Dado um conjunto,

Leia mais

Aula Orientação do espaço. Observação 1

Aula Orientação do espaço. Observação 1 Aula 14 Nesta aula vamos definir dois novos produtos entre vetores do espaço, o produto vetorial e o produto misto. Para isso, primeiro vamos apresentar o conceito de orientação. 1. Orientação do espaço

Leia mais

7. Calcule o valore de x + y z sabendo que as

7. Calcule o valore de x + y z sabendo que as . Considere as matrizes: A 3, B 3 e C 3 3. Assinale a alternativa que apresenta um produto ineistente: A) A B B) B A C) C A D) A t C E) B t C 3 3. Seja a matriz A =. 3 3 O termo 3 da matriz X = A é igual

Leia mais

O que é lógica? Lógica é a análise de métodos de raciocínio. Lívia Lopes Azevedo

O que é lógica? Lógica é a análise de métodos de raciocínio. Lívia Lopes Azevedo Apresentação Plano de ensino Curso Conceitos básicos de lógica lógica proposicional Comportamento analógico e digital Álgebra booleana e circuitos lógicos Circuitos combinacionais Circuitos sequenciais

Leia mais

No. Try not. Do... or do not. There is no try. - Master Yoda, The Empire Strikes Back (1980)

No. Try not. Do... or do not. There is no try. - Master Yoda, The Empire Strikes Back (1980) Cálculo Infinitesimal I V01.2016 - Marco Cabral Graduação em Matemática Aplicada - UFRJ Monitor: Lucas Porto de Almeida Lista A - Introdução à matemática No. Try not. Do... or do not. There is no try.

Leia mais

Lógica. História da Lógica

Lógica. História da Lógica 1 Lógica História da Lógica A história da lógica começa com os trabalhos do filósofo grego Aristóteles (384-322 a.c.) de Estagira (hoje Estavro), na Macedônia, não se conhecendo precursores de sua obra,

Leia mais

Matemática Discreta - 01

Matemática Discreta - 01 Universidade Federal do Vale do São Francisco Curso de Engenharia da Computação Matemática Discreta - 01 Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti www.twitter.com/jorgecav

Leia mais

Prof. Tiago Semprebom, Dr. Eng. 09 de abril de 2013

Prof. Tiago Semprebom, Dr. Eng. 09 de abril de 2013 Lógica Clássica e Lógica Simbólica Prof. Tiago Semprebom, Dr. Eng. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Santa Catarina - Campus São José tisemp@ifsc.edu.br 09 de abril de 2013 Prof. Tiago

Leia mais

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA PARA A COMPUTAÇÃO PROF. DANIEL S. FREITAS UFSC - CTC - INE Prof. Daniel S. Freitas - UFSC/CTC/INE/2007 p.1/26 3 - INDUÇÃO E RECURSÃO 3.1) Indução Matemática 3.2)

Leia mais

Elementos de Lógica Matemática. Uma Breve Iniciação

Elementos de Lógica Matemática. Uma Breve Iniciação Elementos de Lógica Matemática Uma Breve Iniciação Proposições Uma proposição é uma afirmação passível de assumir valor lógico verdadeiro ou falso. Exemplos de Proposições 2 > 1 (V); 5 = 1 (F). Termos

Leia mais

Matemática Computacional

Matemática Computacional Matemática Computacional SLIDE 1I Professor Júlio Cesar da Silva juliocesar@eloquium.com.br site: http://eloquium.com.br/ twitter: @profjuliocsilva facebook: https://www.facebook.com/paginaeloquium Google+:

Leia mais

COLÉGIO SANTA TERESINHA R. Madre Beatriz 135 centro Tel. (33)

COLÉGIO SANTA TERESINHA R. Madre Beatriz 135 centro Tel. (33) EU CONFIO COLÉGIO SANTA TERESINHA R. Madre Beatriz 135 centro Tel. (33) 3341-1244 www.colegiosantateresinha.com.br PLANEJAMENTO DE AÇÕES DA 1ª ETAPA 2018 (05/02 a 18/05) PROFESSOR (A): LUCIANO CARLOS DE

Leia mais

araribá matemática Quadro de conteúdos e objetivos Quadro de conteúdos e objetivos Unidade 1 Números inteiros adição e subtração

araribá matemática Quadro de conteúdos e objetivos Quadro de conteúdos e objetivos Unidade 1 Números inteiros adição e subtração Unidade 1 Números inteiros adição e subtração 1. Números positivos e números negativos Reconhecer o uso de números negativos e positivos no dia a dia. 2. Conjunto dos números inteiros 3. Módulo ou valor

Leia mais

Aula demonstrativa Apresentação... 2 Modelos de questões resolvidas IBFC... 4

Aula demonstrativa Apresentação... 2 Modelos de questões resolvidas IBFC... 4 Aula demonstrativa Apresentação... 2 Modelos de questões resolvidas IBFC... 4 1 Apresentação Olá, pessoal Tudo bem com vocês? Finalmente saiu o edital do TCM/RJ Para quem ainda não me conhece, meu nome

Leia mais

Prof. Jorge Cavalcanti

Prof. Jorge Cavalcanti Universidade Federal do Vale do São Francisco Curso de Engenharia da Computação Matemática Discreta - 01 Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti www.twitter.com/jorgecav

Leia mais

Prof.ª Dr.ª Donizete Ritter. Introdução ao Cálculo Proposicional

Prof.ª Dr.ª Donizete Ritter. Introdução ao Cálculo Proposicional Bacharelado em Sistemas de Informação Lógica Matemática Prof.ª Dr.ª Donizete Ritter Introdução ao Cálculo Proposicional 1 LÓGICA MATEMÁTICA - CONTEÚDO Definição de Termo e Proposição Valor Lógico Proposição

Leia mais

Elementos de Lógica Matemática p. 1/2

Elementos de Lógica Matemática p. 1/2 Elementos de Lógica Matemática Uma Breve Iniciação Gláucio Terra glaucio@ime.usp.br Departamento de Matemática IME - USP Elementos de Lógica Matemática p. 1/2 Vamos aprender a falar aramaico? ǫ > 0 ( δ

Leia mais

Aula 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 se define da seguinte maneira:

Aula 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 se define da seguinte maneira: Aula 1 1. Ângulo entre duas retas no espaço Definição 1 O ângulo (r1, r ) entre duas retas r1 e r se define da seguinte maneira: (r1, r ) 0o se r1 e r são coincidentes, Se as retas são concorrentes, isto

Leia mais

Capítulo Propriedades das operações com vetores

Capítulo Propriedades das operações com vetores Capítulo 6 1. Propriedades das operações com vetores Propriedades da adição de vetores Sejam u, v e w vetores no plano. Valem as seguintes propriedades. Comutatividade: u + v = v + u. Associatividade:

Leia mais

Material Teórico - Módulo: Vetores em R 2 e R 3. Módulo e Produto Escalar - Parte 2. Terceiro Ano - Médio

Material Teórico - Módulo: Vetores em R 2 e R 3. Módulo e Produto Escalar - Parte 2. Terceiro Ano - Médio Material Teórico - Módulo: Vetores em R 2 e R 3 Módulo e Produto Escalar - Parte 2 Terceiro Ano - Médio Autor: Prof. Angelo Papa Neto Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto Nesta segunda parte, veremos

Leia mais

Renata de Freitas e Petrucio Viana. IME - UFF 27 de agosto de 2014

Renata de Freitas e Petrucio Viana. IME - UFF 27 de agosto de 2014 Simbolização em LC Renata de Freitas e Petrucio Viana IME - UFF 27 de agosto de 2014 Sumário Classificações imediatas e não imediatas Falta de uniformidade Regras de reescrita Legendas Procedimento de

Leia mais

Lógica dos Conectivos: árvores de refutação

Lógica dos Conectivos: árvores de refutação Lógica dos Conectivos: árvores de refutação Petrucio Viana IME UFF 30 de junho de 2015 Sumário Algoritmos para classificação das fórmulas Intermezzo sobre Redução ao Absurdo Método de refutação Árvores

Leia mais

A LINGUAGEM DO DISCURSO MATEMÁTICO E SUA LÓGICA

A LINGUAGEM DO DISCURSO MATEMÁTICO E SUA LÓGICA MAT1513 - Laboratório de Matemática - Diurno Professor David Pires Dias - 2017 Texto sobre Lógica (de autoria da Professora Iole de Freitas Druck) A LINGUAGEM DO DISCURSO MATEMÁTICO E SUA LÓGICA Iniciemos

Leia mais

Teste de Matemática A 2015 / 2016

Teste de Matemática A 2015 / 2016 Teste de Matemática A 2015 / 2016 Teste N.º 2 Matemática A Duração do Teste: 90 minutos 10.º Ano de Escolaridade Nome do aluno: Turma: Grupo I Os cinco itens deste grupo são de escolha múltipla. Em cada

Leia mais

Lista 1 - Bases Matemáticas

Lista 1 - Bases Matemáticas Lista 1 - Bases Matemáticas Elementos de Lógica e Linguagem Matemática Parte I 1 Atribua valores verdades as seguintes proposições: a) 5 é primo e 4 é ímpar. b) 5 é primo ou 4 é ímpar. c) (Não é verdade

Leia mais

Como primeira e indispensável parte da Lógica Matemática temos o Cálculo Proporcional ou Cálculo Sentencial ou ainda Cálculo das Sentenças.

Como primeira e indispensável parte da Lógica Matemática temos o Cálculo Proporcional ou Cálculo Sentencial ou ainda Cálculo das Sentenças. NE-6710 - SISTEMAS DIGITAIS I LÓGICA PROPOSICIONAL, TEORIA CONJUNTOS. A.0 Noções de Lógica Matemática A,0.1. Cálculo Proposicional Como primeira e indispensável parte da Lógica Matemática temos o Cálculo

Leia mais

MATEMÁTICA. Questões de 01 a 12

MATEMÁTICA. Questões de 01 a 12 GRUPO 5 TIPO A MAT. 1 MATEMÁTICA Questões de 01 a 12 01. Um circo com a forma de um cone circular reto sobre um cilindro circular reto de mesmo raio está com a lona toda furada. O dono do circo, tendo

Leia mais

Capítulo 2. Retas no plano. 1. Retas verticais e não-verticais. Definição 1

Capítulo 2. Retas no plano. 1. Retas verticais e não-verticais. Definição 1 Capítulo 2 Retas no plano O objetivo desta aula é determinar a equação algébrica que representa uma reta no plano. Para isso, vamos analisar separadamente dois tipos de reta: reta vertical e reta não-vertical.

Leia mais