KEYWORDS: Medieval Portuguese; Historical Phonology; Portuguese language History; Non-linear Phonology; Galician-Portuguese Medieval cantigas.

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1 Gladis MASSINI-CAGLIARI (UNESP - Araraquara) - Coordenadora Patricia Mara Franco GRANUCCI (pg - UNESP - Araraquara) Fernanda Elias ZUCARELLI (G - UNESP - Araraquara) Andreia BERNARDINELI (G - UNESP - Araraquara) ABSTRACT: Work in progress discussion of "Fonologia do Portugues Arcaico" Project. Theories and methodology involved are presented in the analysis of Bernal de Bonaval's cantiga CBNl136. KEYWORDS: Medieval Portuguese; Historical Phonology; Portuguese language History; Non-linear Phonology; Galician-Portuguese Medieval cantigas. "Fonologia do Portugues Arcaico" e um projeto tenuitico, que tem como objetivo principal a descri~ao de aspectos fono16gicos da Lingua Portuguesa no seu periodo dito arcaico, em especial 0 trovadoresco (fins do seculo XII ate meados do seculo XIV). Congrega um grupo de estudantes de P6s-Gradua~ao e Gradua~Ao da Faculdade de Ciencias e Letras da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Araraquara, coordenados pela Profa. Dra. Gladis Massini-Cagliari. Atraves da descri~ao de fenomenos segmentais e supra-segmentais do portugues medieval, pretende-se, a longo prazo, chegar a descri~ao do componente fono16gicoda lingua, naquela epoca, e a hip6teses sobre mudan~as lingfiisticas ocorridas, desde as origens do portugues ate os dias de hoje. A releviincia do Projeto reside, principalmente, na descri~ao, ao lado de a) fenomenos fono16gicossegmentais (envolvendo a determina~ao dos sistemas vocalico e consonantal da lingua, na epoca), b) de fenomenos pros6dicos (tais como acento, ritmo e outros fenomenos de ordem ritmica, como 0 acento secundlirio, a estrutura~ao pros6dica dos enunciados e sua rela~ao com a estrutura metrica dos versos, e processos fono16gicos decorrentes e dependentes desses processos ritmicos, como, por exemplo, elisoes, paragoges, etc.) e c) outros fenomenos que exigem um tratamento nao-linear (estrutura~ao silabica, encontros vocalicos, consoantes duplas, rela~ao entre rimas e qualidades vocalicas, etc.) de um periodo passado da lingua - fato inedito em rela~ao ao tratamento da hist6ria do portugues. Primeiramente, 0 estudo sera feito atraves da analise das cantigas de amigo (num total de 503 poemas) constantes do Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa (de agora em diante, CBN). Em um momento posterior, os estudos serio ampliados, a fim de abranger os outros tipos de cantigas medievais portuguesas (de amor, de esclimio Este trabalho apresenta resultados de pesquisas ligadas ao Projeto "Fon%gia do Portugues Arcaico"- tinanciado pels Funda~o de Amparo it Pesquisa do Estado de 840 Paulo (FAPESP), atraves do Programa de Apoio a Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes (processo 1997/ ).

2 e maldizer, e cantigas religiosas - tais como as de Santa Maria) e outros fac-similes (0 do Cancioneiro da Ajuda, os pergaminhos de Vindel l e de Sharrer e outros). o projeto "Fonologia do Portugues Arcaico" representa, em termos metodologicos, uma continuidade Ii linha de pesquisa inaugurada pela tese de Massini- Cagliari (1995). Na formula~ao do presente projeto e nos seus desenvolvimentos iniciais, adotase uma abordagem nao-linear da Fonologia. Entretanto, a Fonologia Nao-Linear nao pode ser considerada uma teoria Unica,mas urn conjunto de modelos que, juntos, tentam descrever e explicar mais fiel e abrangentemente 0 componente fonologico das linguas. No entanto, a ado~ao de qualquer urn desses modelos implica, necessariamente, no reconhecimento dos demais, uma vez que ha grande intera~ao entre eles. Todavia, cada urn tem suas peculiaridades, uma metodologia propria e urn desenvolvimento autonomo. Para a lullilisedos dados, considera-se, em especial, os modelos: metrico, de Hayes (1995), para 0 estudo de fenomenos ritmicos (acento lexical, ritmo propriamente dito, acento secundlirio etc.); prosodico, de Nespor & Vogel (1986), para uma integra~ao desses fenomenos no universo prosodico mais geral da lingua, em que estio incluidos a entoa~ao e a segmenta~ao do continuo da fala em tooos os niveis suprassegmentais; lexical, de Mohanan (1986), para a compreensao da 10caliza~Aoe aplica~ao dos processos no componente fono16gicoda lingua. Nos desenvolvimentos mais recentes, considera-se, tambem, como fundamenta~ao te6rica para as analises, a Teoria da Otimalidade, de Prince & Smolensky (1993), Archangeli & Langendoen (1997) e Roca (1997). 2. Apresenta~Ao das propostas dos Subprojetos ligados ao Projeto "Fonologia do Portugues Arcaico " 2.1. Subprojeto: Ritmo lingiiistico e metrifica~iio em Portugues Arcaico: uma abordagem jonologica niio-linear dejenomenos pos-lexicais lniciando a apresenta~ao das propostas dos subprojetos de pesquisa ligados ao Projeto mais amplo "Fonologia do Portugues Arcaico ", a coordenadora do QT, Gladis Massini-Cagliari, surnarizou as propostas do projeto sob sua responsabilidade: estudar alguns fenomenos ritmicos do Portugues Arcaico (de agora em diante, PA), na sua fase trovadoresca, em especial 0 acento secundario, a estrutura~ao pros6dica dos enunciados e sua rela~ao com a estrutura metrica dos versos e processos fono16gicos decorrentes e dependentes dos processos ritmicos (como, por exemplo, sandi vocalico extemo - elisoes, ditonga~oes e crase -, paragoges, etc.) Subprojeto: 0 sistema vocalico do Portugues Arcaico: um estudo a partir das rimas das cantigas de amigo

3 o projeto de Disserta~Ao de Mestrado "0 sistema vocalico do Portugues Arcaico: um estudo a partir das rimas das cantigas de amigo ", de responsabilidade de Patricia Mara Franco Granucci, tem como objetivo abordar questoes que envolvem qualidade vocaiica, timbre, nasalidade, enfun, questoes pertinentes a apreensao do sistema vocalico do PA, atraves da descri~ao de fenomenos segmentais e suprasegmentais do portugues medieval, depreendidos a partir da analise das rimas utilizadas na poesia da epoca. Para isso, ap6s 0 levantamento dos pares de vogais que rimam entre si, tanto em posi~ao tonica como p6s-tonica, as vogais selecionadas sao analisadas, a fun de obter pistas que auxiliem na resolu~ao de questoes a respeito da identifica~ao da promincia dessas vogais. Na interpreta~ao dos dados obtidos, pretende-se contrapor, a uma abordagem fonemica (linear), descri~oes a partir de teorias nao-lineares (em especial 0 modelo de Geometria de Tra~s) e da Teoria da Otimalidade Subprojeto: Encontros Vocalicos em Portugues Arcaico o Projeto de Inicia~Ao Cientifica Encontros Vocalicos em Portugues Arcaico, de Fernanda Elias Zucarelli, visa estudar os encontros de vogais na escrita do PA, no seu periodo trovadoresco. Todos os encontros entre vogais que ocorrem dentro das palavras estao sendo atenciosamente mapeados e analisados, a partir da estrutura metrica dos versos de cada cantiga do corpus, com 0 intuito de defmir se se estli diante de ditongos ou de hiatos. A anaiise utiliza as teorias fonol6gicas nao-lineares, em especial as que tratam da estrutura da silaba (fonologias metrica e auto-segmental)? Como corpus, considera-se urn conjunto de 50 cantigas de amigo presentes no CBN. Embora uma pesquisa como esta pudesse ter sido realizada anteriormente, com o instrumental fomecido pelas teorias fonol6gicas anteriores, atualmente as teorias ditas nao-lineares colocam a disposi~ao mais recursos de descri~ao da estrutura da silaba, 0 que favorece em muito os estudos de fenomenos de ditonga~ao e hiatiza~ao. Nessas teorias, a silaba e defmida como tendo urna estrutura de constituintes imediatos. Com base na analise da estrutura~ao metrica das cantigas, e possivel decidir, para cada encontro vocaiico, se se trata de urn ditongo ou de urn hiato, e, mais ainda, se se trata de urn ditongo ''verdadeiro'' (em que ambas as vogais encontram-se posicionadas no nucleo da silaba) ou "aparente" (urna das vogais tem "fun~ao" de consoante, ocupando 'uma posi~ao no onset silabico). Feita esta classifica~ao, ficam possibilitadas afrrma~oes a respeito daestrutura~ao silabica do portugues da epoca e do peso de cada silaba e hip6teses sobre possiveis mudan~as envolvendo os fenomenos de ditonga~ao e 2 A Fonologia Mtitrica considera a silaba como tendo a seguinte estrutura - segundo Selkirk (1980: 5): cr 1\ I R I 1\ N C o 1\ 1\ 1\ O. OIN.N2 C.C2 em que: cr = silaba; R = rima; 0 = "onset"; N = nucleo; C = coda.

4 hiatiza~iio - 0 que resultara, num futuro, no percurso hist6rico da forma de base de algumas palavras (ou de grupos de palavras) Subprojeto: Estruturas Siltibicas em Portugues Arcaico o Projeto de Pesquisa Estruturas Siltibicas em Portugues Arcaico, desenvolvido por Andreia Bernardineli em nivel de Inicia~iio Cientifica, tem como objetivo 0 estudo das estruturas silabicas no PA, a partir da analise de 50 cantigas de amigo extraidas do CBN. Todas as combina~oes possiveis de vogais e consoantes nos limites da silaba silo mapeadas, a partir da escansiio de todos os versos das cantigas do corpus, respeitando a metrica de cada uma, a fun de se encontrar em as estruturas silabicas possiveis em PA. Por este motivo, estiio em foco todos os encontros entre vogais que ocorrem dentro das palavras, com 0 objetivo de definir se se esm diante de ditongos ou de hiatos (tal decisao e possivel, atraves da analise da metrica das cantigas, ou seja, da maneira como 0 trovador conta as silabas poeticas no verso), e todos os encontros consonantais, nos limites da silaba, para verificar questoes de localiza~iio possivel das consoantes dentro da planilha silabica e de escala de sonoridade (cf. Hogg & McCully, 1987: 33). Os dados seriio interpretados com base na planilha silabica proposta pelos modelos de fonologia niio-linear (em especial a teoria metrica). Para dar uma amostra dos procedimentos metodol6gicos adotados no desenvolvimento deste Projeto, todas as participantes do GT analisaram uma mesma cantiga (a cantiga de amigo CBNI136, de Bernal de Bonaval), ressaltando os aspectos relevantes para a pesquisa que desenvolvem, no momento, dentro do Projeto "Fonologia do Portugues Arcaico ". Em primeiro lugar, Patricia Mara Franco Granucci fez um mapeamento de todas as rimas presentes na cantiga CBN 1136 e mostrou, a partir da analise dos pares de palavras que rimam entre si, como a considera~iio da possibilidade de rima pode esc1arecer duvidas relativas a classifica~iio das vogais medias, quanto a altura (vogais medias-altas versus medias-baixas). Citou como exemplo a rima possivel entre as palavras amor e melhor, na segunda estrofe da cantiga - um indicio de que a Ultima vogal dessas palavras possui a mesma altura (a partir da considera~iio do esquema rimatico da cantiga - composta por rimas perfeitas, ou "soantes,,). 3 Portanto, a partir da analise das rimas possiveis nas cantigas medievais portuguesas, que fomece pistas do sistema vocalico vigente em PA, informa~oes acerca da origem etimol6gica das palavras em questiio podem ser consideradas para uma busca de confmna~iio para as hip6teses levantadas a respeito da altura das vogais medias do PA, na tentativa de estabelecer 0 percurso diacronico dessas palavras.

5 Na versao da Lfrica Profana Galego-Portuguesa (1996: 170): Quero-vos eu, mha irmana, rogar por meu amigu' e quero-vos dizer que vos non pes de m' el viir veer: e ar quero-vos de dcsenganar: se vos prouguer con el, gracir-vo-lo-ey, e, se vos pesar, non 0 leixarey. Se veer meu amigu' e vos for ben con el, fiar-m' ey mays en voss' amor, e sempre m' end' averedes melhor. Ear quero-vos dizer outra ren: se vos prouguer con el, gracir-vo-lo-ey, [e, se vos pesar, non 0 leixarey.} Quando veer meu amigo, cousir vos-ey se me queredes ben, se mal. E mha irmana, direy-vos logu' al ca non vos quero meu cor encobrir: se vos prouguer [con el, gracir-vo-lo-ey, e, se vos pesar, non 0 leixarey.} Em seguida, Fernanda Elias Zucarelli demonstrou a possibilidade de estudo dos fenomenos de ditongacao e hiatizacao com 0 auxilio da metrica, baseando-se nas teorias fonol6gicas nllo-lineares (particularmente, na ideia de hierarquizacao dos constituintes da silaba). A partir da escansao da cantiga 1136 em silabas poeticas, podese obter a certeza quanto a classificacao dos encontros voclilicos encontrados em ditongos ou hiatos. Entre os casos encontrados, a analise se fixou em dois: vogais duplas na escrita; seqiiencias de Q+U+vogal. Em relacao a questao das vogais "duplas", atraves da divisao dos versos, da primeira estrofe da cantiga, fica nitido que, enquanto eu (1 2 verso) e meu (2 2 verso) podem ser classificados como ditongos, em viir e veer (3 2 verso), as seqiiencias ii e ee devem ser consideradas hiatos, urna vez que, para 0 verso ter 10 silabas (poeticas), e necesslirio que cada uma dessas vogais pertenca a silabas diferentes. Fonnalizando a diferenca entre ditongos e hiatos em termos dos constituintes hierarquizados da Fonologia Metrica (segundo modelo adotado em Massini-Cagliari, 1995 e Cagliari, 1997), pode-se dizer que, enquanto, no ditongo, ambas as vogais ocupam posicoes no nucleo da silaba, no hiato, cada uma das vogais constitui 0 nucleo de urna silaba diferente, sendo que a segunda tern 0 onset vazio. Depois, a pesquisadora mostrou que existem vlirias possibilidades te6ricas de interpretacao para as seqiiencias grafadas como Q+U+vogal, em PA. No primeiro caso, QU poderia ser considerado urn digrafo, representando urna unica consoante, que

6 ocuparia uma posi~ao no onset (como, por exemplo, 0 que ocorreria com as palavras quero, III verso, e que, 3 11 verso). Ja nos casos em que 0 u provavelmente era pronunciado (como em quando, quais), considera-se que esta vogal nao constitui urn ditongo com a vogal que a segue. Urn primeiro argumento a este respeito e a falta de "lugar de ancoragem" para este segmento no micleo, que, conforme a planilha silabica adotada pelo modelo metrico, s6 aceita duas vogais. Alem disso, como esta vogal u s6 ocorre depois das consoantes oclusivas velares 1k,g1para formar ditongos ditos crescentes, pode-se argumentar que a sua liga~ao e muito mais estreita com a consoante que a precede do que com as vogais que a sucedem. Portanto, pode-se considerar, nesses casos, que a escrita 9!!- representa, na verdade, uma consoante labializada, do tipo /kw,gw/.neste caso, nao se configura a cria~ao de urn tritongo e sim de urna estrutura CV(V) (consoante + vogal ou ditongo). Andreia Bernardineli, por sua vez, analisou os casos de ocorrencia de H, na escrita do CBN, buscando explicitar qual a fun~ao do som representado por este grafema no PA, na estrutura da silaba. Mostrou como essa letra pode, na escrita do CBN, assumir tres fun~oes: a) funciona como urn coringa, constituindo urn digrafo com a letra que imediatamente a precede, representando urna mudan~a no ponto ou no modo de articula~ao do 80m originalmente representado por esta letra (ex: chamar - CBN639); b) fun~ao de letra muda, nao representando qualquer som, mas 0 hiato entre as vogais que entremeia (ex.: ve/!er - verso 13); c) representa algum som. Em rela~ao a este Ultimo caso, Andreia fixou-se na analise dos casos em que H representa 0 som de Iii, nos ditongos crescentes (ex.: mha - III verso). Com base nessas observa~oes, apresentou as tres possibilidades de analise da letra H, na forma melhor (verso 9): a) valor de coringa, sendo que, neste caso, lh pode ser considerado urn digrafo; b) representante da vogal Iii, ocupando a primeira posi~ao do nucleo da silaba (caso em que 0 ditongo constituido pelo H e a vogal posterior deveria ser considerado "verdadeiro", isto e, pesado, ocupando dois elementos do tier temporal); c) representante do som de Iii, mas ocupando a segundo posi~aodo onset silabico (caso em que 0 ditongo ocorreria apenas no nivel da atualiza~ao fonetica, mas nao na forma de base fono16gica). Como argumentos contrarios a segunda hip6tese, Andreia dtou a impossibilidade de ancoragem para todas as vogais de formas como lh 'eu (CBN555) no nucleo de uma Unicasilaba e 0 fato de ditongos constituidos pelo H e a vogal seguinte nunca serem considerados pesados pela regra de acento do PA (cf. Massini-Cagliari, 1995, 1998). A pesquisa busca, no momento, elementos que apontem o caminho a seguir, escolhendo, assim, entre a primeira e a terceira hip6teses. Ja Gladis Massini-Cagliari ocupou-se dos processos de sandi vocalico extemo observaveis atraves da analise dessa cantiga de Bernal de Bonaval. Mostrou como a analise da elisao,0 Unicoprocesso de sandi que ocorre nesta cantiga, permite: a) determinar 0 papel da elisao enquanto processo ritmico, atraves do estabelecimento das restri~oes ritmicas e fonotaticas para a sua ocorrencia. A primeira restri~ao (de ordem ritmica) diz respeito ao fato de a Ultima silaba da primeira palavra nao poder ser tonica (a primeira palavra nao pode ser oxitona) (exemplos: versos 2, 3, 7, 8, 9 e 15). A segunda e a terceira restri~oes saode natureza fonomtica: a Ultima silaba da primeira palavra (a que perde a vogal) precisa ter onset preenchido (e por este motivo que a elisao nao pode se aplicar entre as palavras e ear, nos versos 4 e 10); a silaba ftnal da primeira palavra tern que possuir, no maximo, urna posi~ao da rima preenchida

7 (e por este rnotivo que a elisao nao se aplica no verso 13, Quando ueher meu amigo / Cousir, em que a palavra meu tern duas posi~oes preenchidas no nucleo da silaba); b) 0 estabelecimento de diferencia~do entre rnonossilabos tonicos (nao-cliticos) e atonos (cliticos): os primeiros nao se subrnetern a elisao, enquanto os segundos, sim. Exemplos: pronorne me (atono), subrnetendo-se a elisao nos versos 3,8 e 9; conjun~do que (tonica), que nunca se subrnete a elisdo, rnesrno quando seguida de vogal - exs.: e fiz mal por queo no jiz (CBN723 - verso 6); oque apastor dizia (CBN676 - verso7); c) 0 fomecimento de indicios para acerca do valor fonetico de alguns grafernas. Como exernplo, citou 0 grafema <gu> (versos 1,2,7 e 15), para 0 qual, dadas as regras de aplica~do do processo de elisao, so pode ser dado 0 valor IgJ, e nao Igw/, uma vez que 0 processo de elisdo aplica-se sern exce~oes, quando a primeira palavra termina em vogal atona 101 ou lei, suprimindo a voga!. Sendo assim, em amigue (verso 7), por exemplo, a fun~do do <u> seria a de indicar que a consoante que a precede tern valor de IgJ - e nao de 13/. RESUMO: Discussdo das pesquisas em andamento no Projeto "Fonologia do Portugues Arcaico ". Apresenta~do das propostas te6ricas do Projeto e dos procedimentos rnetodologicos adotados atraves da analise da cantiga CBN1l36, de Bernal de Bonaval. PALA VRAS-eHA VE: Portugues Arcaico; Fonologia Historica; Historia da Lingua Portuguesa; Fonologia Ndo-Linear; cantigas rnedievais galego-portuguesas. ARCHANGELI, Diana & D. Terence LANGENDOEN (eds.) Optimality Theory - An Overview. Oxford: Blackwell, (1997). CAGLIARI, Luiz Carlos. Analise Fono16gica - Introducao a teoria e Ii pratica com especial destaque para 0 modelo fonemico. Campinas: ed~do do autor, (1997). FERREIRA,Manuel Pedro 0 Som de Martin Codax - Sobre a dimensao musical da linea galego-portuguesa (seculos XII-XlV). Lisboa: UNYSIS, Imprensa Nacional- Casa da Moeda, (1986). GpLDSTEIN,Norma Versos. Ritmos. Sons. 4! edi~do. Sdo Paulo: Atica, (1987). HAvES, B. Metrical Stress Theory - Principles and Case Studies. University of Chicago Press, (1995). HOGG, R. & C. B. MCCULLV Metrical Phonology: a coursebook. Cambridge: Cambridge University Press, (1987). MAsSINI-CAGLIARI, Gladis Cantigas de amigo: do ritmo poetico ao lingijistico. Um estudo do percurso historico da acentuacao em Portugues. Tese de doutorado. Campinas: UNICAMP, (1995). Atribui~do de acento em Portugues Arcaico. IN Earle, T. F. (org.) Aetas do Quinto Congresso. Associacao Internacional dos Lusitanistas. Oxford/Coimbra: Associa~!o Intemacional dos Lusitanistas. Torno I, pp , (1998). MOHANAN, K. P. The Theory of Lexical Phonology. Dordrecht: D. Reidel Publishing Company, (1986).

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