CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DIURNO PROGRAMA DA DISCIPLINA URB-002 URBANISMO II

Transcrição

1 Colegiado de Graduação Escola de Arquitetura/UFMG Rua Paraíba, 697- Funcionários Belo Horizonte/MG Fone: (31) Fax: (31) Escola de Arquitetura UFMG CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DIURNO PROGRAMA DA DISCIPLINA URB-002 URBANISMO II 1. EMENTA: Conceitos: planejamento integrado, circulação urbana, sistema viário e de transporte, uso e ocupação do solo urbano. Sistema viário: classificação e hierarquia viária; análise e dimensionamento; relação com o uso e ocupação do solo; transporte. Uso e ocupação do solo: condicionantes legais; levantamento e análise da distribuição e localização dos usos e dos tipos de ocupação; sua influência no condicionamento da paisagem urbana e impactos sobre o meio ambiente: mecanismos de controle. 2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA: capacitar o estudante para elaborar diagnóstico e propor diretrizes de planejamento urbano na escala de bairro; adquirir compreensão teórica de temas freqüentemente envolvidos na prática profissional; definir as variáveis urbanísticas envolvidas no trabalho; coletar e analisar os dados primários e levantar as fontes secundárias relevantes; distinguir condicionantes, deficiências e potencialidades presentes no caso; e fazer, a partir daí, propostas consistentes e adequadas de intervenção; ao longo, o estudante deverá desenvolver a linguagem profissional de expressão escrita e gráfica pertinente e treinar sua capacidade de interagir em equipe. Urbanismo II está verticalmente integrado a Urbanismo I, dando portanto seqüência ao trabalho prático lá iniciado, que será retomado e integrado ao conteúdo de uso e ocupação do solo, sistema viário e transporte a serem agora produzidos. 3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 3.1 Introdução Histórica: Breve retomada do planejamento urbano no século XX no Brasil; casos paradigmáticos; o caso de Belo Horizonte O Processo de Planejamento Urbano: objetivos, procedimentos, resultados do planejamento; relatórios técnicos: forma e conteúdo. 3.3 Uso e Ocupação do Solo: noções básicas; casos paradigmáticos; evolução urbana; habitação, serviços e equipamentos comunitários; comércio/serviços e indústria; relação com sítio, imagem e infra-estrutura; levantamentos, diagnósticos e diretrizes. 3.4 Sistema Viário e Transporte: conceituação básica; breve retomada histórica; casos paradigmáticos; imagem das vias; noção de acessibilidade, fluidez, segurança, conforto, papéis; geração de tráfego; conflito; características e relações inter-modais; relação com sítio, imagem, infra-estrutura e uso e ocupação do solo; levantamentos, diagnóstico e diretrizes. 4 AVALIAÇÃO: duas provas individuais sobre os temas estudados valendo um total de 50 pontos; dois trabalhos práticos em grupo avaliados na forma e no conteúdo, compondo um plano de bairro formalizado por diretrizes de planejamento valendo um total de 50 pontos. 5. TRABALHOS PRÁTICOS: serão elaborados por grupos de três estudantes e serão avaliados no conteúdo bem como na forma técnica; cada trabalho prático será resultado de metodologia específica ao tema, pesquisa bibliográfica e de dados secundários históricos, além das bases legais e técnicas que convergirão para apoiar a análise dos levantamentos de campo feitos em conjunto pela turma.

2 5.1 Trabalho Prático 1: o TP1 consistirá em um relatório técnico sobre uso e ocupação do solo (20 pontos); pontos poderão ser atribuídos ao longo das etapas intermediárias. 5.2 Trabalho Prático 2: o TP2 consistirá na elaboração de relatório técnico final que versará sobre todos os temas tratados em Urbanismo 1 (10 pontos) e Urbanismo 2 (20 pontos), devidamente integrados e corrigidos: sítio, imagem, infra-estrutura, uso e ocupação do solo e sistema viário e trânsito; a parte que se refere à correção final dos textos de Urbanismo I deverá ser iniciada pelos grupos de Urbanismo II assim que os relatórios técnicos de Urbanismo I forem devolvidos de modo a evitar acúmulo de trabalho no final do semestre. Pontos poderão ser atribuídos ao longo das etapas intermediárias. 5.3 Conteúdo dos Trabalhos: cada trabalho definirá os condicionantes, deficiências e potencialidades urbanísticas do caso e finalizará na etapa de elaboração de diretrizes urbanísticas; o diagnóstico será conceitual e tecnicamente embasado, demonstrando exploração adequada e suficiente dos dados primários e secundários, bem como adequação, consistência e suficiência das análises e diretrizes. 5.4 Forma dos Trabalhos: os diversos leitores de um relatório técnico; contribuição individual e de grupo; autoria e título; apuro gráfico; capa, folha de rosto, lista de abreviaturas e figuras, sumário, apresentação, introdução; desenvolvimento dos temas; figuras e legendas; posição das figuras no texto, posição e conteúdo das legendas e dobraduras de mapas; conclusão, diretrizes, apêndices, anexos e referências, exigindo-se em todos os casos a adoção das normas da ABNT cabíveis. 6. AULAS ESPECIAIS: serão marcadas com profissionais externos em horários a serem definidos de acordo com a disponibilidade do convidado à noite, fora do horário normal de aula para atender às duas turmas: será considerada de freqüência obrigatória. 7. VERIFICAÇÃO DE FREQÜÊNCIA: Na prática profissional e na elaboração de trabalhos em grupo é imprescindível a observância estrita dos compromissos coletivos. Portanto, as chamadas serão feitas no início da primeira aula e ao final da última. Observar rigorosamente o comparecimento às aulas em que se fará o teste dos levantamentos de campo e a entrega e discussão das etapas intermediárias de elaboração dos relatórios técnicos. Atrasos dos responsáveis pela guarda do material de grupo implicarão em perda de nota para todos os membros do grupo. Observação: Ajustes poderão ser feitos a esta proposta de avaliação em função de interesses pedagógicos específicos que venham a se manifestar.

3 8. BIBLIOGRAFIA: Ainda que distribuídos por assunto, conforme a lógica do curso, os autores citados serão cumulativamente incorporados aos trabalhos produzidos. 8.1 Introdução ao planejamento urbano no Brasil: BERNARDES, Lysia. Política urbana: uma análise da experiência mineira. Análise & conjuntura. Belo Horizonte: FJP. A1.v1. p , jan/abr FERNANDES, Edésio. A regularização de favelas no Brasil: o caso de Belo Horizonte. In:. (org.). Direito urbanístico e política urbana no Brasil. Belo Horizonte: Del Rey, p LEME, Maria Cristina da Silva. A formação do pensamento urbanístico no Brasil, In:. Urbanismo no Brasil, São Paulo: Nobel/ FUPAM, p MARICATO, Hermínia. Planejamento para a crise urbana no Brasil. In:. Brasil, cidades: alternativas para a crise urbana. 2 a ed. Petrópolis: Vozes, p Uso e ocupação do solo: AMARAL, Flávia Mourão Parreira do. Lei de parcelamento, uso e ocupação do solo: a experiência de Belo Horizonte. SEMINÁRIO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O MANEJO DO SOLO: experiências e possibilidades. São José dos Campos, ago Anais...Organização de José Marinho Nery Jr., Nádia Somekh e Raquel Rolnik. São Paulo: Pólis, p BARCELLOS, Vicente Quintella. Unidade de vizinhança; notas sobre sua origem, desenvolvimento e introdução no Brasil. Universidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Disponível em htpp:// BELO HORIZONTE, Prefeitura. Lei municipal 2662 de 29 de novembro de Dispõe sobre as normas de uso e ocupação do solo no Município de Belo Horizonte e dá outras providências. Belo Horizonte: BELO HORIZONTE, Prefeitura. Lei municipal 4034 de 25 de março de Dispõe sobre o uso e ocupação do solo urbano do Município de Belo Horizonte e dá outras providências. In:. Uso e ocupação do solo urbano de Belo Horizonte. Belo Horizonte: p BELO HORIZONTE, Prefeitura. Lei municipal 7165 de 27 de agosto de Institui o plano de Belo Horizonte e dá outras providências. In: LEGISLAÇÃO urbanística do Município de Belo Horizonte. Belo Horizonte, 1996.p Carta topográfica, hidrográfica e geográfica, Escala 1:2000. BELO HORIZONTE, Prefeitura. Levantamento aerofotogramétrico do Município de Belo Horizonte. S.l.: PRODABEL/Aerodata, BICCA, Briane Elisabeth Panitz e BICCA, Paulo Renato Silveira. Arquitetura na formação do Brasil. Brasília: UNESCO/ Caixa BLAY, Eva Altman. Habitação: a política e o habitante. In:. A luta pelo espaço. 2a ed. Petrópolis: Vozes, p BRASIL Estatuto da cidade: Lei n , de 10 de julho de 2001, que estabelece diretrizes gerais de política urbana. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, BRASIL, Ministério das Cidades. Plano diretor participativo: guia para elaboração pelos municípios e cidadãos. S.l.: CONFEA/ Ministério das Cidades

4 GOMES, Marco Aurélio A de Filgueiras e LIMA, Fábio José Martins de. Pensamento e prática urbanística em Belo Horizonte, In: LEME, Maria Cristina da Silva. Urbanismo no Brasil, São Paulo: Nobel/FUPAM, p MALTA Filho, Cândido. Reinvente seu bairro. São Paulo: Ed. 34, McHARG, Ian. Design with nature. Garden City: American Museum of Natural History, PANORAMA de Belo Horizonte: Atlas Histórico. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estudos Históricos e Culturais. Belo Horizonte, PLAMBEL. A estrutura urbana de Belo Horizonte. Belo Horizonte: PLAMBEL, VILELA, Jorge F. O processo de elaboração e implantação de planos de uso e ocupação do solo: a experiência de Belo Horizonte. In: SEMINÁRIO SOBRE A LEGISLAÇÃO URBANA. Belo Horizonte, Centro de Programas Urbanos/SUPAM/Secretaria de Planejamento e Coordenação de Poços de Caldas (mimeo). 8.3 Sistema viário e trânsito: APPLEYARD, Donald, LYNCH, Kevin e MYER, John. The view from de road. S.l.: Massachusetts Institute of Technology, ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTES PÚBLICOS. Mobilidade & cidadania. São Paulo, ANTP, ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTES PÚBLICOS. Transporte humano: cidades com qualidade de vida. 2 ed. São Paulo, ANTP, BARAT, Josef. O planejamento dos transportes nas áreas metropolitanas. In:. A evolução do transportes no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE/ IPEA p MASCARÓ, Juan L.; YASHINAGA, Mário. Infra-estrutura urbana. Porto Alegre: Editora OMNIBUS: uma história dos transportes coletivos em Belo Horizonte. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e BHTRANS TRAFFIC in towns; the specially shortened edition of the Buchanan Report. Harmondsworth: Penguin Books, VASCONCELLOS, Eduardo A. A divisão do espaço: reavaliando políticas de circulação urbana. In:. Transporte urbano nos países em desenvolvimento. São Paulo: Ed. Unidas p VASCONCELLOS, Eduardo A. Uso do sistema de circulação. In:. Transporte urbano, espaço e eqüidade: análise das políticas públicas. São Paulo: Annablume, p Bibliografia suplementar: ANDRADE, José Vicente de. Lazer: princípios, tipos e formas na vida e no trabalho. Belo Horizonte: Autêntica, BARRETO, Abílio. Belo Horizonte: memória histórica e descritiva. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, v. BONDUKI, Nabil (org.). Habitat: as práticas bem-sucedidas em habitação, meio ambiente e gestão urbana nas cidades brasileiras. 2 ed. São Paulo: Studio Nobel, 1997.

5 BONDUKI, Nabil. Origens da habitação social no Brasil: arquitetura moderna, lei do inquilinato e difusão da casa própria. São Paulo: Estação Liberdade/ FAPESP CAMPOS, Cândido Malta. As visões conflitantes do que é o planejamento urbano. In:. Cidades brasileiras, seu controle ou o caos. São Paulo: Nobel CONDE, Luiz Paulo, MAGALHÃES, Sérgio. Favela-bairro: uma outra história da cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: ViverCidades, DEÁK, Csaba e SCHIFFER, Sueli Ramos (orgs.) O processo de urbanização no Brasil. São Paulo: Edusp EL-DAHDAH, Farès. Lúcio Costa Brasília s superquadra. Munich: Prestel, FERREIRA, Maria das Graças. Saber e ideário no planejamento urbano: os planos da Belo Horizonte do último quartel do século XX. São Paulo, 2003 (tese de doutoramento apresentada à FAU/ USP). FRANÇA, Júnia Lessa. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. Belo Horizonte: Ed. UFMG LARGO da Carioca: 1608 a 1999: um passeio no tempo. Rio de Janeiro: Novas Direções, OLIVEIRA, Paulo de Salles (org.) O lúdico na cultura solidária. São Paulo: Hucitec, 2001.(Paidéia, 6). RIO DE JANEIRO, Prefeitura Municipal. Rio Cidade: o urbanismo de volta às ruas. Rio de Janeiro: Mauad, SOMEKH, Nádia e CAMPOS, Cândido Malta. (org). A cidade não pode parar: planos urbanísticos de São Paulo no século XX. São Paulo: Mackpesquisa, TOLEDO, Benedito Lima de. Prestes Maia e as origens do urbanismo moderno em São Paulo. São Paulo: Empresa das Artes, VALLADARES, Lícia do Prado. A invenção da favela: do mito de origem à favela.com. Rio de Janeiro: FGV, WEIMER, Gunter. Arquitetura popular brasileira. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 2004.