Globalização, Integração e o Estado
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- Estela Mangueira Beltrão
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1 Universidade Federal de Pernambuco- UFPE Ciência Política Relações Internacionais- CPRI Processos de Integração Regional Prof Dr. Marcelo Medeiros Globalização, Integração e o Estado Karina Pasquariello Mariano Jonatas Oliveira Myllena Pereira Rosângela Silva Sidney Vasconcelos Recife
2 SUMÁRIO Sobre a autora Rosângela 1. Introdução Rosângela 2. Globalização, o novo regionalismo e o Estado Rosângela 3. A década de 1980 e a globalização Jonatas 4. Globalização na América Latina Jonatas 5. Um modelo de análise para os Estados Latinos americanos Sidney 6. A aplicação do modelo: Os casos dos Mercosul e da Alca Myllena 7. Conclusão - Rosângela
3 Fonte: SOBRE A AUTORA Socióloga, Mestre em Ciência Política (USP) Doutora pela UNICAMP, Professor Livre-Docente na UNESP(Universidade Estadual Paulista). Ensino nas áreas de História do Pensamento Político, Teoria do Estado Contemporâneo, Globalização, Governança e Novos Atores Coordenadora do GEICD (Grupo de Estudos Interdisciplinares sobre Cultura e Desenvolvimento), membro do Laboratório de Política e Governo da UNESP e pesquisadora do CEDEC (Centro de Estudos de Cultura Contemporânea). Karina Pasquariello Mariano -Rosângela- 1/19
4 1. INTRODUÇÃO Em 1980, após o fim da Guerra Fria, a bipolaridade deu lugar a uma nova ordem mundial. Incertezas(?) OIs ganham importância Cooperações -Rosângela- 2/19 Imagem:
5 -Rosângela- 3/19 1. INTRODUÇÃO Conceitos de Globalização Novos contornos para o conceito de Estado-Nação; Globalização > Regionalização Nova posição dos Estados e a América Latina; O objetivo da pesquisa é estabelecer um modelo de análise para identificar, nos processos de integração dos quais o Brasil participa (Mercosul e a ALCA); A elaboração de um modelo de análise apropriado para os processos de integração promovidos por países em desenvolvimento, como o Brasil, permitirá a compreensão da formulação das decisões governamentais, a partir da idéia também presente na Teoria dos Jogos de Dois Níveis (Putnam, 1993 apud MARIANO 2007 pg 126), onde os Estados atuam simultaneamente em duas arenas: a doméstica e a internacional.
6 -Rosângela- 4/19 2. A GLOBALIZAÇÃO, O NOVO REGIONALISMO E O ESTADO Conceito de Globalização e seus debates; A globalização, cognominada por muitos de capitalista para expressar a sua vertente mais aparente, pode ter iniciado em diversos momentos históricos: com o iluminismo, com as revoluções industriais e científicas ou com as grandes navegações. Mas o certo é que as transformações enfrentadas pela sociedade nos período entre o final da década de sessenta com a crise do estado previdenciário e a década de noventa com a queda do regime comunista no leste europeu promoveram uma profunda mudança nas formas de pensar e interpretar o mundo, motivo pelo tornou-se possível falar numa mudança de paradigmas, numa superação da modernidade por uma pós-modernidade ainda não traduzida de forma definitiva (ALTVATER, 1999; SANTOS, 1999; HARVEY, 2005; IANNI, 2004; KUMAR, 2006 apud MIRANDA 2013). Neste cenário a globalização é um universo de contradições e possibilidades, impasses e perspectivas, dilemas e horizontes (IANNI, 2004, p. 183 apud MIRANDA 2013)
7 -Rosângela- 5/19 2. A GLOBALIZAÇÃO, O NOVO REGIONALISMO E O ESTADO Estratégias particulares, comportamentos similares Redemocratização; 2. Adoção de políticas de caráter Neoliberal; 3. Participação entre os processos de integração;
8 -Jonatas- 6/19 3. A DÉCADA DE 1980 E A GLOBALIZAÇÃO Década perdida": estagnação econômica + recessão vs. início da redemocratização Reagan/Thatcher: o Neoliberalismo A globalização e a Nova Ordem Mundial O papel do Estado no mundo globalizado Perspectiva restrita x perspectiva multidimensional O novo papel e a nova lógica do Estado
9 -Jonatas- 7/19 4. A GLOBALIZAÇÃO E A AMÉRICA LATINA Anos 1970/80: Isolamento da América Latina na dinâmica internacional Anos 1990: Início da integração da região no processo de globalização Uma nova onda nos processos de integração regional A Alca: intenções meramente econômico-comerciais O Mercosul: a defesa de uma identidade comum regional
10 5. UM MODELO DE ANÁLISE PARA OS ESTADOS LATINOS AMERICANOS Elucidar o papel dos processos na transformação do Estado Questões que devem ser respondidas pelo modelo (Etzioni, 1965 apud MARIANO 2007 pg 138) 1) Em que condições ou sob qual contexto esse processo surgiu? 2) Quais são os atores que o impulsionaram e definiram suas características iniciais? 3) Como esse processo evolui (ou evoluiu) de fato? 4) Quais foram os efeitos desses processos sobre os sistemas pré existentes? Ao responder estas perguntas, o modelo permitirá entender sob quais circunstâncias é possível implementar um processo capaz de gerar mudanças significativas no Estado, fazendo-o se adequar às pressões dos sistemas nacional e internacional -Sidney- 8/19
11 5. UM MODELO DE ANÁLISE PARA OS ESTADOS LATINOS AMERICANOS Teoria dos jogos de dois níveis 1993 apud MARIANO 2007 pg 139) O Estado atua em duas arenas: a doméstica e a internacional(putnam, A autora considera o processo de integração regional como parte da formulação e do processo decisório da política interna dos Estados A questão da autonomia como um ponto interessante a ser levado em conta na análise Autonomia da região em relação ao sistema internacional Quanto menor a autonomia da região, maior a importância dos fatores externos sobre a análise a ser realizada Sensibilidade e vulnerabilidade (Keohane e Nye, 1989 apud MARIANO 2007 pg 139) Os países da América latina, nas últimas décadas, mostraram-se mais sensíveis e vulneráveis aos acontecimentos e pressões do sistema internacional EUA como ator hegemônico na região no pós Segunda Guerra Mundial -Sidney- 9/19
12 5. UM MODELO DE ANÁLISE PARA OS ESTADOS LATINOS AMERICANOS Origens diversas dos processos de integração regional Cada iniciativa possui elementos próprios e distintos; A autora considera a integração regional como uma forma de cooperação entre os Estados que resulta da necessidade de adaptação às mudanças Tal cooperação possibilita o estabelecimento de objetivos e comportamentos comuns entre os países, ao passo que promove o intercâmbio de informações Integração regional x Cooperação Na análise da autora, o pressuposto básico é que a integração para os países da América latina é uma política de inserção internacional e de desenvolvimento Mercosul e ALCA foram iniciados como parte de políticas governamentais comerciais e econômicas -Sidney- 10/19
13 5. UM MODELO DE ANÁLISE PARA OS ESTADOS LATINOS AMERICANOS Para a consolidação de um processo de integração regional, seria necessário criar um sentimento de confiança entre os grupos de interesse relevantes na sociedade Os atores precisam enxergar ganhos futuros nas propostas dos governos A proposta de integração deveria avançar para a fase política (além da pragmática/econômica) a fim de construir canais de participação para os principais grupos de interesse da sociedade A democracia como garantia de liberdade e participação dos atores sociais deve ser um pressuposto do processo de integração Ideia de igualdade como forma de reduzir os efeitos negativos de um processo de integração regional entre países da América latina -Sidney- 11/19
14 Para que um processo de integração seja criado, é preciso existir um grupo que defenda este tipo de política como a mais adequada para fornecer respostas às demandas domésticas e externas Os teóricas integracionistas identificam 3 grupos básicos: Lideranças políticas Burocracia técnica Elites 5. UM MODELO DE ANÁLISE PARA OS ESTADOS LATINOS AMERICANOS A ampliação da participação pressupõe que a integração sofre alterações ao longo do tempo No início, o processo corresponde ao projeto elaborado pelo grupo que o idealizou; com o passar do tempo, assume as características que a realidade lhe impõe, muitas vezes contrariando as concepções de seus criadores -Sidney- 12/19
15 5. UM MODELO DE ANÁLISE PARA OS ESTADOS LATINOS AMERICANOS O último conjunto de questões que o modelo deve responder refere-se aos impactos reais do processo de integração Esses efeitos não se limitam apenas aos seus objetivos iniciais (atingidos ou não) O sucesso refere-se à capacidade de mudar uma realidade anterior A construção de uma dinâmica própria acaba por ampliar a base de apoio e consolidar a legitimidade do processo perante as sociedades que dele fazem parte À medida em que o processo de integração se consolida, os movimentos transnacionais ganham maior institucionalização e passam a pressionar por novas formas de participação e de representação de interesses -Sidney-13/19
16 5. UM MODELO DE ANÁLISE PARA OS ESTADOS LATINOS AMERICANOS Possível fluxo: Criação de mecanismos internos para responder às demandas Aumento da Interdependência Mudanças na esfera governamental Interesses nacionais Este processo de dinamização da integração só torna-se possível se houver canais de comunicação adequados e democráticos que possibilitem ao sistema decisório produzir respostas adequadas às pressões e demandas dos ambientes externo e interno -Sidney- 14/19
17 6. A APLICAÇÃO DO MODELO: OS CASOS DO MERCOSUL E DA ALCA Estratégia Integracionista O Quanto os Processos de Integração do Mercosul e da Alca se aproximaram da ideia de dinamização? Contexto e Condições Mercosul Brasil e Argentina Estrutura Institucional Mínima Consequência Sucesso BRA/ARG Tratado de Assunção(1991) O Tratado de Assunção (1991) afirma como seu objetivo a criação de um mercado comum entre seus membros, pressupondo a livre circulação de bens, serviços e fatores de produção mediante a eliminação de tarifas e barreiras não alfandegárias. Mariano (2007) -Myllena- 15/19
18 6. A APLICAÇÃO DO MODELO: OS CASOS DO MERCOSUL E DA ALCA Mercado Comum - Desafios Redução Tarifária Tarifa Externa Comum (TEC) --- > União Aduaneira ---> Mercado Comum Alca - Primeira Cúpula das Américas (1994) - Objetivos - Limitações Países membros Estados Unidos Regionalização --> MUNDO -Myllena- 16/19
19 6. A APLICAÇÃO DO MODELO: OS CASOS DO MERCOSUL E DA ALCA A evolução e seus efeitos Mercosul Foco econômico e comercial Pós Tratato de Assunção Compromentimento de negociações internacionais Capacidades políticas dos Estados-membros -Myllena- 17/19
20 6. A APLICAÇÃO DO MODELO: OS CASOS DO MERCOSUL E DA ALCA Alca Avanços Cúpula de Santiago/ Segunda Cúpula das Américas (1988) Obstáculos Contexto regional diferente 11 de Setembro Alca Light EUA x Países da latinos -Myllena- 18/19
21 7. CONCLUSÃO De fato, a Globalização provoca mudanças nos Estados; Os processos de integração são expressões da mudança; Diferenças entre Mercosul e Alca; Participação da sociedade civil/democratização: A participação de atores sociais no processo de negociação é um pressuposto fundamental em nosso modelo, pois sem ela não é possível a passagem da cooperação para a integração. (MARIANO, 2007) Incapacidade de influir com uma atuação estritamente nacional e a importância do Mercosul e da ALCA; -Rosângela 19/19
22 8. BIBLIOGRAFIA MARIANO, K. P. (2007). Globalização, Integração e o Estado. Lua Nova, 71: MIRANDA, Sandro Ari Andrade de. Globalização e modernidade: uma aventura no espaço e no tempo. Revista Jus Navigandi, ISSN , Teresina, ano 18, n. 3764, 21 out Disponível em: < Acesso em: 27 mar BANDEIRA, Luiz Alberto Moniz.As políticas neoliberais e a crise na América do Sul. Rev. bras. polít. int. [online]. 2002, vol.45, n.2, pp ISSN
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