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2 Mesa de Diálogo e controvérsia - (número 2) amos diante de uma grande crise econômico-financeira: que crise é esta? Que alternativas existem? Nota de apresentação da problemática Os escândalos e a crise que cercam as grandes corporações e o sistema financeiro mundial são indícios dos limites intrínsecos da economia globalizada montada a seu serviço Desde o fim da década de 1970, foram definidas estratégias e implementadas políticas com o objetivo de recomposição da hegemonia capitalista. Sob a égide do livre mercado, com busca de produtividade acima de tudo e concorrência sem limites, foram lançadas as bases de um sistema que tem no centro as grandes corporações econômicofinanceiras privadas, operando uma gigantesca concentração de riquezas e de poder em escala global. Para tanto, a liberalização, a privatização, a desregulação e a redução do papel dos Estados na regulação da economia viraram dogmas. Como resultado, a saúde econômica de empresas, das economias dos países e de seus governos passaram a ser avaliados no mercado de capitais e segundo normas e regras de especuladores, legitimadas unicamente pela busca do lucro máximo. O mundo privatizado e tocado como um grande negócio tornou-se uma espécie de cassino global. Como costuma acontecer com cassinos, agora está quebrando. Balanços fictícios, falências espetaculares, queda brusca do valor das empresas, a exuberância e a fragilidade deste capitalismo globalizado aparecem como sendo de sua natureza mesma. Que crise é esta? Quais as suas causas profundas? Memória FSM memoriafsm.org 1

3 Crises no sistema capitalista fazem parte do seu modo de ser. A novidade na crise atual é o fato de simultaneamente a crise abarcar o mundo. Mais, porque além de global a crise atual tem como questão central o próprio projeto, o poder, as políticas, os processos e as estruturas da globalização neoliberal promovida a pau e fogo. Pior, ninguém está alheio. Nenhum povo, nenhuma nação, nenhuma sociedade ou Estado pode por-se à margem, apesar da enorme diversidade de situações. Como enfrentar a crise atual? Que controle é possível sobre as grandes corporações? Como libertar as economias da lógica especulativa e destrutiva do sistema financeiro mundial? Uma questão de fundo, aguçada pela crise atual, é a hegemonia da economia sobre a sociedade Vivemos num mundo invertido, ao invés da economia servir à sociedade, é a sociedade que se vê subjugada pela economia. O divórcio é tão radical que nunca, na história humana, se produziu tanto e com tal produtividade, mas de forma totalmente dissociada das necessidades humanas. A expressão máxima da globalização capitalista em curso é acumular sem nada produzir, simplesmente especulando sobre a saúde econômica de setores e de povos inteiros. Nada mais absurdo do que ver as ações de um conglomerado multinacional crescer nas bolsas de valores do mundo pelo simples anúncio de reestruturação dos seus negócios, com demissão em massa de trabalhadores. Isto sem falar no cinturão de paraísos fiscais que cercam os principais centros econômicofinanceiros mundiais, onde se lava o dinheiro sujo desta economia do único direito: o direito dos detentores de capital. De um ponto de vista social, a crise das relações de trabalho desta economia, com exclusão econômica maciça e de dimensões planetárias - desemprego, trabalho precarizado, migrações, etc. - são um indício dos limites intrínsecos da globalização capitalista. Estamos diante de uma encruzilhada de civilização e não só de um problema econômico. Pela primeira vez, a humanidade não está diante de um problema de escassez para satisfazer necessidades e direitos de todas as pessoas, mas do modo de Memória FSM memoriafsm.org 2

4 produção e de distribuição da abundância. Ou seja, a desigualdade social, expressa como desigualdade econômica no acesso e uso dos recursos naturais e dos bens e serviços produzidos, é na verdade um problema de desigualdade de poder econômico. Não faltam recursos. Pelo contrário, está em questão o modo de gestão fruto de desigual poder, que leva a uma vergonhosa concentração econômica em escala global. A pobreza que temos no mundo não é fruto da escassez, mas da injustiça econômica intrínseca ao sistema. Nosso problema econômico central é combater a desigualdade, revelando a dimensão de poder embutida nas relações que alimentam esta economia mundo. Estamos diante de múltiplas e articuladas desigualdades sociais - entre classes, de gênero, étnico-raciais, entre países. Que economia construir para servir à sociedade? O sistema econômico mundial é insustentável social e ecologicamente Diante da crise atual, é evidente o quanto as sociedades perderam o poder de formular políticas a partir de Estados Nacionais democraticamente constituídos para instituições econômicas globais não democráticas e nem transparentes. Como resultado, acelerou-se a concentração de riquezas em poucas mãos, com alargamento das desigualdades e da exclusão em escala global, e avançou a destruição do patrimônio comum da humanidade, os recursos naturais do Planeta Terra. Está em questão a sustentabilidade da vida, não só do sistema. Como tornar a sustentabilidade natural e social uma condição indispensável do modo de organização da economia? As alternativas propostas são compatíveis com o duplo objetivo de combate às desigualdades, inclusão de todos nos direitos e preservação dos recursos naturais? A democracia, estabelecendo a supremacia de todos os direitos humanos a todas as pessoas, pode ser uma alternativa? Construir cidadania planetária e democracia global é criar novas bases para a economia, com sustentabilidade social e ambiental? Os grandes conglomerados e o sistema financeiro atual são passíveis de um tal ajuste democrático? Como? Memória FSM memoriafsm.org 3

5 O mundo não é uma mercadoria! Que alternativas construir? A enorme crise atual revela os limites de tudo mercantilizar: além de bens e serviços vendidos e comprados no mercado, todas as relações, processos, estruturas, bens comuns e até a própria natureza e a vida são transformados em mercadorias. Mas o pior, é a sua auto-imagem, o poder de sua ideologia, que se apresenta como única e inevitável. A dominação de um modo mercantil de pensar, próprio do neoliberalismo, parece dominar a tudo, vida material, corações e mentes. É contra isto tudo que se insurgem, de formas diversas e contraditórias, inúmeros atores sociais, em verdadeiras coalizões globais de tipo novo. Velhos e novos movimentos se unem para dizer não, basta! Este revigoramento dos movimentos sociais de caráter global é portador de alternativas à crise atual? Como implementá-las? Memória FSM memoriafsm.org 4

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