O PAPEL DOS CONSELHOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO NO ÂMBITO DO SNE: DESAFIOS PARA A PRÓXIMA DÉCADA POR: GILVÂNIA NASCIMENTO
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- Suzana Fraga Sabala
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1 O PAPEL DOS CONSELHOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO NO ÂMBITO DO SNE: DESAFIOS PARA A PRÓXIMA DÉCADA POR: GILVÂNIA NASCIMENTO
2 "Que tristes os caminhos se não fora a presença distante das estrelas"? (Mario Quintana)
3 DO TEMA E SEUS DESAFIOS CONCEITUAIS, CONTEXTUAIS E LEGAIS A Conferência Nacional de Educação (CONAE 2010) que tinha como tema Construindo um Sistema Nacional Articulado de Educação: Plano Nacional de Educação, suas Diretrizes e Estratégias de Ação....as deliberações finais da CONAE 2010 afirmaram que o regime de colaboração, bem como sua regulamentação eram questões centrais para o êxito de um SNE. Na tentativa de avançar nesses e outros debates, a CONAE 2014 propõe um novo tema: O PNE na Articulação do Sistema Nacional de Educação: regime de colaboração, cooperação federativa e participação popular. RELEVÂNCIA DAS DISCUSSÕES ACERCA DO TEMA!
4 PARA REFLETIR... Penso que precisamos, com urgência, aprender novos caminhos interrogativos pelos quais possamos exercitar outras e mais instigantes e criativas maneiras de perguntar. Fischer (2007 p.53)
5 ALGUMAS QUESTÕES NORTEADORAS 1 - O que é mesmo o Sistema Nacional de Educação? 2 - Qual será o papel dos Conselhos de Educação dentro do Sistema Nacional de Educação? 3 - Qual a relação entre os Sistemas de Ensino dos entes subnacionais uma vez instituído o Sistema Nacional? 4 - Como construir um SNE que não centralize as decisões, mas articule as políticas públicas na educação? 5 - Como alcançar a unidade na diversidade sem ferir as autonomias já conquistadas? NECESSIDADE DE SE CONSTRUIR CONSENSOS E SÍNTESES QUE ARTICULEM TEORIA E PRÁTICA!
6 DAS SÍNTESES POSSÍVEIS UMA PRIMEIRA APROXIMAÇÃO A existência de um consenso quanto ao dever dos Estados e Municípios, no monitoramento e avaliação das políticas públicas. A existência de um ranço ainda muito forte e distorcido de hierarquização das relações entre os entes federados. A ideia de que o SNE deve ser uma articulação de esforços entre os entes federados, os fóruns de educação e os conselhos de educação. A necessidade de que o Sistema Nacional de Educação deve ser construído com base no diálogo, respeitando as diferenças e promovendo a autonomia dos entes federados. A necessidade de estabelecer por meio de instrumento legal o regime de colaboração, para garantir a educação como política de estado.
7 O SNE será o esforço contínuo e articulado de todos os entes federados na consecução das metas educacionais. Assim, o PNE deve ser a grande ferramenta articuladora na qual todos os entes se espelharão para buscar, cada um à sua realidade, a execução das metas educacionais nacionais. Isso será possível sem uma hierarquização estanque da União sobre os demais entes, mas sim através do princípio federativo da cooperação e do principio educacional da gestão democrática.
8 E O PAPEL DOS CONSELHOS DE EDUCAÇÃO NO ÂMBITO DO SNE? O Sistema Nacional de Educação deve conter mecanismos para aprimoramento, viabilidade, respeito e valorização do trabalho dos conselhos de Educação (Nacional, Estaduais e Municipais), com financiamento e estrutura própria para que se efetive o principio da descentralização.
9 O papel dos conselhos, nesse contexto de SNE, deve ser de maior relevância, com autonomia, estrutura administrativa e financeira direta do Governo Federal. Devem ser articuladores, normatizadores, fiscalizadores, mobilizadores e deliberativos, fazendo com que tenhamos uma educação de qualidade no âmbito dos entes federados. Como integrantes do Sistema Nacional, nas suas distintas esferas, devem ter respeitadas suas autonomias e competências devendo, assim, colocar em prática o regime de colaboração e fazer cumprir as normas que dizem respeito às políticas nacionais de educação.
10 DOS DESAFIOS PARA A PRÓXIMA DÉCADA DESAFIO 1, MAS NÃO NECESSARIAMENTE O PRIMEIRO: Compreender o sentido político do Plano Nacional de Educação: No que diz respeito à contextualização o PNE é situado no contexto do projeto nacional de desenvolvimento com inclusão social; Faz parte de uma política nacional de construção de uma sociedade mais justa, solidária e inclusiva. Diz respeito ao direito à educação com qualidade social.
11 DESAFIO 2, MAS NÃO NECESSARIAMENTE O SEGUNDO: Compreender os desafios do Plano Nacional de Educação e suas dimensões: 10 diretrizes, 14 artigos, 20 metas e 254 estratégias. Dimensões: legal, temporal e social. Visão sistêmica de educação. Um plano de estado para a educação brasileira. A necessidade de elaboração dos Planos Estaduais e Municipais de Educação. UM PLANO DE GESTÃO PÚBLICA E CONTROLE SOCIAL
12 DESAFIO 3, MAS NÃO NECESSARIAMENTE O TERCEIRO: Compreender a Gestão Democrática como princípio efetivo de materialidade dos processos de participação e de controle social Art. 8o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar seus correspondentes planos de educação, ou adequar os planos já aprovados em lei, em consonância com as diretrizes, metas e estratégias previstas neste PNE, no prazo de 1 (um) ano contado da publicação desta Lei. Art. 9º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão aprovar leis específicas para os seus sistemas de ensino, disciplinando a gestão democrática da educação pública nos respectivos âmbitos de atuação, no prazo de 2 (dois) anos contado da publicação desta Lei, adequando, quando for o caso, a legislação local já adotada com essa finalidade.
13 DESAFIO 4, MAS NÃO NECESSARIAMENTE O QUARTO: Acompanhar cuidadosamente a Meta 19, que trata da institucionalização dos processos de Gestão Democrática no âmbito das escolas e dos sistemas de ensino, mas com frágil referência aos conselhos de educação. Entender, por exemplo, que apenas a Lei não mudará a nossa realidade, tornando as nossas práticas mais democráticas ou promovendo instantaneamente a valorização dos órgãos de controle social. Entender que para exercer o controle social das políticas educacionais, precisamos nos qualificar permanentemente. Entender ainda que precisamos criar e consolidar os órgãos de controle social, como Fóruns, Conselhos, Colegiados e outros instrumentos que viabilizem a participação social, como audiências públicas, conferências e consultas públicas, dentre outros.
14 DESAFIO 5, PARA O QUAL DEVEM CONVERGIR TODOS OS ANTERIORES: Cumprimento das Diretrizes do Plano Nacional de Educação, que representam em sua materialidade, a efetiva garantia do direito à educação para todos, conforme preconiza a Constituição Federal de 1988.
15 E PARA NÃO ESQUECER... I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV - melhoria da qualidade da educação; V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País; VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; IX - valorização dos (as) profissionais da educação; X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.
16 HORIZONTES NECESSÁRIOS Articulações políticas (Governo x Sociedade Civil). Atuação dos Fóruns de Educação: nacional, estaduais e municipais. Movimento das conferências e audiências públicas. Elaboração ou revisão dos Planos Municipais de educação, com a participação da sociedade e tendo como referência o PNE.
17 DEFESAS IMPORTANTES Financiamento público para a educação pública. Defesa da educação infantil e da educação inclusiva. Defesa do Custo Aluno Qualidade. Valorização dos profissionais da educação; Aperfeiçoamento dos mecanismos de gestão democrática e controle social. Formação permanente dos conselheiros municipais de educação. Autonomia pedagógica, administrativa e financeira dos conselhos.
18 Necessidade de discussão do conceito de qualidade.
19 A PERSPECTIVA DA GESTÃO DEMOCRÁTICA A gestão democrática da educação é, ao mesmo tempo, transparência e impessoalidade, autonomia e participação, liderança e trabalho coletivo, representatividade e competência [...] Numa palavra: gestão democrática é uma gestão de autoridade compartilhada. (Cury, Carlos Roberto Jamil. O PRINCÍPIO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA NA EDUCAÇÃO: Gestão democrática da educação pública extraído de
20 Esta é uma conversa com muitos pontos de partida e alguns pontos de chegada, pois a maioria das respostas ainda estão a caminho e precisam ser construídas coletivamente.
21 PARA PENSAR... O amanhã pertence a quem se prepara para ele. (provérbio africano)
22 Contato:
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