União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação
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- Francisca de Mendonça Cordeiro
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1 União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação CME s e a implementação da BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: Encaminhamentos Institucionais Francineide Pinho Coordenadora da UNCME-CE
2 Linha do Tempo 2ª Versão consolidação das contribuições: abril/2016 a junho/2016 1ª Versão elaborada, discutida e recebida as contribuições através de consulta pública: jul/2015 a março/2016 3ª Versão encaminhada ao CNE: 06 de abril/2017 Base Nacional Comum Curricular 05 Seminários Regionais realizados pelo CNE: julho a setembro/2017 Versão Final aprovada no CNE: Resolução CNE/CP Nº 02 de 22 de dezembro de 2017.
3 Fundamentação Legal Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Básica: Resoluções 05/2009; 04/2010 e 07/2010 Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional Art. 2º, 26 CONAE 2010 e 2014 Constituição Federal de 1988 Art. 205 e 210 Base Nacional Comum Curricular Plano Nacional de Educação /25 de junho de 2014 Meta 2 estratégia 2.1 Meta 7 estratégia 7.1
4 O Parecer CNE/CP n.º 15/2017 Documento legal que situa-se como uma manifestação especializada dos conselheiros sobre a BNCC e embasa, jurídica e teoricamente a Resolução CNE/CP Nº 02/2017. O referido Parecer traz, além do histórico de construção da BNCC, os pressupostos teóricos e filosóficos que dão suporte à decisão dos conselheiros no tema em pauta.
5 Então, o que é mesmo a BNCC... Documento de caráter normativo; Que define um conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais; Aprendizagens essenciais: compõem o processo formativo de todos os educandos ao longo das etapas e modalidades de ensino no nível da Educação Básica; Assegura a educação como direito de pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.
6 O que a Resolução CNE/CP N.º 02/2017 estabelece? As aprendizagens essenciais são definidas como conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e a capacidade de os mobilizar, articular e integrar, expressando-se em competências. (Art. 2º) Na LDB, a expressão competências e habilidades deve ser considerada como equivalente à expressão direitos e objetivos de aprendizagem presente na Lei do PNE. (Art. 3º, parágrafo único). 10 Competências Gerais a serem desenvolvidas pelos estudantes. (Art. 4º).
7 Qual a finalidade da BNCC? Servir de referência para os sistemas de ensino e instituições (públicas e privadas) para construírem ou revisarem seus currículos. (Art. 5º) Fundamentar a concepção, formulação, implementação, avaliação e revisão dos currículos, e consequentemente das propostas pedagógicas das instituições escolares. (Art. 5º, 1º) Superar a fragmentação das políticas educacionais, ensejando o fortalecimento do regime de colaboração entre as três esferas de governo e balizando a qualidade da educação ofertada. (Art. 5º, 2º)
8 BNCC, Proposta Pedagógica e Currículo As propostas pedagógicas e os currículos devem considerar as múltiplas dimensões dos estudantes, visando ao seu pleno desenvolvimento, na perspectiva de efetivação de uma educação integral. (Art. 6º, parágrafo único) Os currículos escolares relativos a todas as etapas e modalidades da Educação Básica devem ter a BNCC como referência obrigatória e incluir uma parte diversificada. (Art. 7º) Os currículos devem ser complementados por uma parte diversificada, as quais não podem ser consideradas como dois blocos distintos justapostos, devendo ser planejadas, executadas e avaliadas como um todo integrado. (Art. 7º, parágrafo único)
9 Desta forma, qual a relação dos CME s com a BNCC... Implica diretamente no exercício das funções dos Conselhos de Educação e nas atribuições dos conselheiros.
10 FUNÇÃO CONSULTIVA Responder a consultas de instituições públicas e privadas. Conhecer a legislação Estudos Roda de conversas
11 FUNÇÃO PROPOSITIVA Sugerir políticas de educação Colaborar com a SME na re/elaboração das diretrizes curriculares; Subsidiar as equipes técnicas.
12 FUNÇÃO MOBILIZADORA Estimular a comunidade escolar na participação e acompanhamento das politicas educacionais. Realizar seminários; Círculos de debates.
13 FUNÇÃO DELIBERATIVA / NORMATIVA Deliberar sobre os currículos propostos pela secretaria de educação. Ouvir a comunidade escolar; Realizar audiências públicas; Aprovar através de norma específica as diretrizes/propostas curriculares no município.
14 Posição Institucional BNCC é um documento que não é Neutro. Traz implícita e explicitamente um projeto de nação do qual a educação é parte constitutiva. Questionamentos necessários: Qual escola estão falando? Qual currículo revelam? De qual professor, formação e condições de trabalho precisamos para implementar a BNCC? Afinal, qual o Projeto de Nação implícito em suas intencionalidades?
15 Posição Institucional Durante as audiências é importante que reflitamos sobre: Quais as bases epistemológicas que sustentam a BNCC? Tem um caráter prescritivo de currículo e educação? Há uma conversão do direito de aprender a uma lista de conteúdos desprovidos, em certos momentos, de seu caráter social, democrático e humano? De uma educação conveniente ao mercado? Uma base que reforça a ideia de campos disciplinares e desconsidera o conteúdo social do currículo?
16 Posição Institucional Além de questões específicas que envolvem o documento e a necessidade de: um olhar mais abrangente sobre o mesmo; uma análise do contexto e das preocupações inerentes ao processo; a defesa de Politicas de Estado que assegurem a consolidação do direito à educação e de um currículo que não seja pautado pelos projetos e programas de governo. A BNCC ainda se apresenta ancorada nos processos de avaliação estandardizados e de ranqueamento da educação, construindo um conceito de qualidade alheio às desigualdades sócio-econômico-culturais e às diversidades regionais, de um país ainda socialmente injusto e desigual.
17 Posição Institucional Outra questão fundamental a ser considerada é a influência do privado nas discussões e proposições da BNCC, alterando a arquitetura da mesma e conformando-a a interesses que não os da maioria e daqueles que efetivamente frequentam e têm direito à escola pública de qualidade, propulsora de transformação social e de igualdade de oportunidades. Construir uma base que não tenha como referência o interesse da classe trabalhadora, por exemplo, das populações do campo, dos estudantes da EJA, das crianças da Educação Infantil, que devem ter direito de aprender e se desenvolver, sem aligeiramento ou antecipação de processos de aprendizagem que podem e devem ocorrer no Ensino Fundamental, é negar um processo histórico de avanços já conquistados e que precisam ser devidamente garantidos e ampliados.
18 Orientações Gerais A adequação dos currículos à BNCC deverá ser feita preferencialmente, até 2019; Cada estado instituiu uma Comissão para re/elaboração das diretrizes curriculares estaduais (UNCME e UNDIME têm assento); Cada coordenação estadual da UNCME irá orientar os CMEs sob sua jurisdição; As diretrizes estaduais servirão de norte para os municípios; Os municípios com Sistemas de Ensino criados, deverão aprovar suas diretrizes próprias.
19 Orientações Gerais Não podemos discutir a BNCC sem pautar: Suas concepções, intenções e condições efetivas de implementação? Qual o Percurso Formativo e qual a concepção de Educação Básica temos? Por que a BNCC deixou de fora a questão de gênero e orientação sexual? Por que na BNCC as modalidades de Ensino não estão contempladas de forma clara?
20 Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados. Mahatma Gandhi Obrigada!
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