Relatório de Participação do XVII SNBU XVII Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias SNBU UFRGS - 16 a 21/09/12 Gramado/RS
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- Lucca Paranhos Ferreira
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1 Relatório de Participação do XVII SNBU XVII Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias SNBU UFRGS - 16 a 21/09/12 Gramado/RS Tendo como tema A Biblioteca Universitária como Laboratório na Sociedade de Informação, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com a colaboração da Comissão Brasileira de Bibliotecas Universitárias (CBBU), realizou o XVII Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias (SNBU), que teve como objetivo refletir sobre a biblioteca universitária como laboratório de ensino, voltado para o desenvolvimento de competências informacionais e de pesquisa, atuante na identificação e no acesso às informações necessárias para a formação profissional e o avanço do conhecimento técnico e científico. A definição da estrutura temática do programa técnico-científico do XVII SNBU contemplou quatro eixos gerais, que agrupam uma série de áreas específicas, como segue: Construção e Comunicação da Informação; Organização, Preservação e Acesso à Informação; Recuperação, Disseminação e Uso da Informação; e, Gestão da Biblioteca Universitária. A Biblioteca Universitária (BU) da FURB participou com os seguintes servidores: Darlan Jevaer Schmitt, Roberto Bernhard Disse, Heloisa Maria de Oliveira e Elem Rose Damasceno Porciuncula. A BU participou de vários momentos do evento e assim os destacamos. Maiores informações sobre o evento, bem como os anais, podem ser encontradas em O XVIII SNBU, em 2014, será realizado na cidade de Belo Horizonte/MG, ficando sob a responsabilidade da UFMG. Palestras/Conferências: 17/09 Sue Polanka (EUA) (Ver: ) Com a fala E-books, bibliotecas universitárias e o mercado editorial, a Profª. Polanka ( apresentou diagnóstico sobre os e-books no EUA, onde 94% das bibliotecas universitárias apresentam este tipo de suporte. E, destes a maioria trabalha com compra perpétua dos e- books, não sendo comum assinatura, modalidade muito comum no Brasil. Falou também sobre a relação estabelecida com os vendedores de livros eletrônicos e como é possível estabelecer um modelo de negócio para esta nova modalidade de compra: materiais eletrônicos. Ela mostrou que as BUs dos EUA compram materiais bibliográficos através de consórcio. A BU onde ela trabalha compra materiais bibliográficos com mais 90 instituições de todo os EUA e todos compartilham a compra, formando uma grande biblioteca universitária. Defendeu que os princípios do e-book devem ser: uso ilimitado; uso consorciado e possibilidade de downloads. Também comentou sobre as iniciativas de utilização do acesso aberto (Open Access) nas BUs do mundo e sugeriu que criássemos listas apontando os caminhos para os livros de acesso aberto no Brasil. Apontou que as BUs dos EUA estão assumindo papel de editoras e que existe um grande dilema no tratamento das informações dos serviços de auto-publicação, onde os próprios autores publicam e-books (em 2011, foram publicações deste gênero nos EUA). 1 Relato baseando nas anotações de Darlan Jevaer Schmitt, Roberto Bernhard Disse, Heloisa Maria de Oliveira e Elem Rose Damasceno Porciuncula.
2 18/09 - Ana R. Pacios Lozano (Espanha) Apresentando a palestra Gestão de coleções e sua relação com o planejamento e avaliação de bibliotecas universitárias, a Prof. Ana ( apontou a gestão de coleções como algo similar a política de desenvolvimento de coleções e, fundamental para as BUs. Destacou que a gestão de coleções mostra o valor da coleção para a instituição. Falou sobre a consonância do planejamento de uma BU e do planejamento de sua instituição, onde os resultados esperados só acontecem quando um completa o outro. Defendeu planejamento estratégico (3 a 5 anos) e planejamento anual para BUs. E, este planejamento deve focar nos clientes 2 mais jovens, que são mais preparados para novas tecnologias e para os recursos abertos (acesso aberto). Também defendeu a formação de clientes através de uma pesquisa de mercado visando saber o que esperam das coleções das BUs. O melhor caminho para isso, segundo a prof. Ana, é a visita orientada. Aponta a difusão das coleções através das redes sociais (facebook e twitter) como uma boa alternativa. Também destacou como um dos indicadores de avaliação de coleção recomendado a norma ISO ( 18/09 - Fernando César L. Leite (UnB) Um dos maiores pesquisadores sobre repositórios institucionais (RI) do país, prof. Fernando ( r) apresentou a fala Gerenciamento e ampliação da visibilidade da informação científica brasileira pelos repositórios institucionais. Destaca o papel da comunicação científica na produção do conhecimento nos dias de hoje. Aponta o destaque do suporte digital neste contexto e diz que o RI é o caminho para a gestão da informação científica. Alguns destaques sobre o RI: RI não é uma ferramenta de publicação, ele gerencia e dissemina a informação (que foi ou não publicado); RI também não é catálogo; restrições, como patentes, devem ser previstas antes da implementação do RI; e, RI é exclusivo para literatura cientifica. Salienta que a BUs devem ser usadas como ferramentas de comunicação cientifica, sendo um elo em pesquisa e ensino. Desta a importância de acervos de acesso aberto fazem parte dos catálogos. 18/09 - Adriana Cox Hollós (CONARQ) Apresentando a fala Desafios contemporâneos à gestão e preservação do legado documental, a museóloga/conservadora da Biblioteca Nacional, prof. Adriana ( destaca a preocupação com os ditos documentos nascidos digitais. Argumenta sobre a relação entre os suportes digitais e impressos, onde a informação no papel apresenta maior facilidade em conservação e na busca. Diferente da informação digital, que depende de software e hardware para sua utilização. Entretanto, Adriana afirma que o digital é o novo mundo, que precisa ser agregado a nossa realidade e, que produz comunicação e relações 2 Trabalha com a perspectiva de usuários serem, agora clientes das BUs.
3 sociais corporativas. Destaca que devemos investir na preservação da informação digital e em políticas públicas de informações e comunicação. 20/09 Maria do Rocio Fontoura Teixeira (UFRGS) (Ver: Apresentando a fala Planejamento Estratégico, a prof. Maria do Rocio, foi categórica ao afirmar que BUs não tem mais usuários e, sim clientes. E, estes clientes precisam de novos serviços, tendo os bibliotecários como principais prestadores de serviços. Sobre os planejamento para BUs, destacou que uns planejam e outros executam, tudo baseado em planos. Destaca que as questões centrais do planejamento devem atender, e estas são: lidar com complexidades; trabalhar com incertezas e, primordialmente, fazer escolhas. E, para o planejamento, é necessário perguntar para onde nossa BU deseja ir e o que ela quer ser. Para isso, é fundamental ter uma missão (razão da existência) e uma visão (imagem interna / externa) bem consolidada. E, para a prof. Maria do Rocio, o maior desafio da BUs é vencer obstáculos e transformar processo e estrutura. 20/09 - Nídia Lubisco (UFBA) A palestra da prof. Nídia, Avaliação de produtos e serviços, foi extremamente técnica e questionou o modelo de avaliação da BUs pelo INEP. Apresentou um novo modelo de avaliação, construído a partir do II Seminário de Avaliação de Bibliotecas Universitárias ( Mais informações: 21/09 Ana Neves (Portugal) (Ver: ) Ana Neves ( apresentou uma nova perspectiva da Gestão do Conhecimento (GC). Em sua fala, Gestão do Conhecimento, disse que qualquer ação do ser humano requer conhecimento. Apontou infraestrutura, processos e pessoas como os três pilares da GC nas instituições e, primordialmente, nas Bibliotecas Universitárias. Diz que devemos perguntar constantemente: O que queremos ver em nossas BUs?. Mas, essa pergunta só pode ser realmente feita por quem está pronto para receber o novo. E o que seria o novo? Ana aponta que o novo é o grande desafio da GC na atualidade. Quando o novo acontece temos, por exemplo, ambientes propícios para o surgimento da inovação. Outro destaque interessante foi o fato de que transportar o digital para o físico é uma maneira real de alcançar a GC. Explicou que a digitalidade é fundamental, mas sem suporte, não é nada. Apontou também, as TAGs como algo recomendável para a GC. Entretanto, o momento mais contundente foi quando disse que BUs estão vivas e fazem barulho...se estiverem em silêncio absoluto, algo está errado! (Citou o exemplo das bibliotecas inglesas, onde existe muito movimento!).
4 Apresentações de trabalhos/posteres: Durante o SNBU, acompanhamos algumas apresentações de trabalhos científicos. Até pelo grande números de temáticas e confronto de horários, foi difícil acompanharmos mais atividades. Quanto às sessões temáticas em geral, do que vimos, vale destacar que foram resumos de dissertações ou teses, juntamente com algumas revisões de literatura técnica. Os estudos de casos não nos agregaram muito. Das apresentações que acompanhamos, destacamos a apresentação do trabalho Repositórios Institucionais (RI): experiência inicial do Campus São Carlos do Instituto Federal de São Paulo (ver: apresentado por Elis Regina Alves dos Santos, Rodrigo Henrique Ramos, André Di Thommazo e Célia Leiko Ogawa Kawabata. Neste trabalho apresentaram a experiência de implantação do RI no IFSP-São Carlos, destacando pontos positivos e dificuldades. Apesar de estar ainda no inicio do RI, já trabalham com a possibilidade de autoarquivamento. O software também foi desenvolvido na própria instituição, tomando como exemplo o DSPACE (IBICT) e o Sistema NOU-RAU (UNICAMP). Também trabalham com um plano de marketing para divulgação do RI. Também destacamos a apresentação: Controle de Autoridade de Assuntos nos Campos 1XX: Relato de Experiência da Biblioteca da FABICO/UFRGS (Ver: dos autores Inês Maria de Gasperin e Ismael Maynard Bernini. Neste trabalho, destacamos os seguintes tópicos: - Importância do controle de autoridades em bibliotecas. - Cronologia dos sistemas de automação da UFRGS. - Dificuldades na migração da base de dados do sistema anterior (criado pela própria universidade) para o novo sistema adotado (ALEPH). - No primeiro sistema todas as entradas foram feitas no campo 150 sem diferenciar o tipo de autoridade, após a migração para o novo sistema foram feitas as correções de acordo com os campos do MARC Afirmou que não há mais nada na base com este campo. Também vale menção ainda das seguintes apresentações: - Preservação digital de s administrativos como instrumento de gestão em Bibliotecas Universitárias ( - Entendendo e Atendendo o Cliente 3 ( - Empréstimo Digital: como atender Editores, Bibliotecas e Usuários: estudo de novos modelos de negócios ( - Experiência na Implantação do Autoatendimento com tecnologia RFID na Biblioteca da UNESP - Campus de Rio Claro ( 3 Aqui com o destaque a Valeria Martin Valls, a qual já conhecia em outro encontro, que destacou a intensa utilização de ferramentas eletrônicas em bibliotecas universitárias, que são de grande ajuda aos bibliotecários, mas com o contraponto que afasta o usuário da biblioteca real, tema polemico quando se discute Atendimento ao Usuário em nossas bibliotecas
5 Nas Sessões de Pôsteres, acompanhamos as apresentações dos seguintes trabalhos: Os Livros, os Bibliotecários e a Primeira Guerra Digital Mundial ( Preservando o Patrimônio: Reflexões sobre a Interpretação do Livro Raro em Exposições e Visitas Orientadas ( Política de Descarte e Atualização para a Coleção de Periódicos do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da UNIRIO ( Reuniões técnicas: Neste evento aconteceram diversas reuniões temáticas. Entretanto, muitas coincidiam em horário e priorizamos as realizadas pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) ( Destacamos as seguintes: Sistemas de Informação do IBICT: sistemas de acesso aberto Esta reunião focava nas iniciativas de Acesso Aberto (Open Access - OA) do IBICT e foi conduzida por Bianca Amaro de Melo (Coordenadora do Laboratório de Metodologias de Tratamento e Disseminação da Informação IBICT), Maria Carmem Romcy de Carvalho (Coordenadora Geral de Pesquisa e Manutenção de Produtos Consolidados - IBICT) e Milton Shintaku (Coordenador de Articulação, Geração de Aplicação de Tecnologia). Começaram argumentando sobre as melhorias da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) e o seu novo padrão, que no próximo ano será implementado. Neste novo modelo, somente 27 metadados serão exigidos, destes 15 serão obrigatórios. Também, o IBICT esta trabalhando em um conversor, para que inclusive os registros antigos sejam colocados neste novo padrão. Nesta nova perspectiva, os padrões de busca continuaram os mesmos. Algo que foi muito enfatizado, é que toda a mudança será gradativa e com o menor impacto possível para as instituições que alimentam a BDTD. Outro ponto importante, foi a defesa da manutenção da BDTD, por parte dos profissionais do IBICT, frente as possibilidades do Repositório Institucional (RI). Ficou muito claro que uma iniciativa não elimina outra e que existe uma previsão de que, em longo prazo, os dados da BDTD possam ser coletados através do RI de cada instituição. Entrando na discussão sobre RI, ficou claro que ainda é um caminho a ser trilhado pelas instituições brasileiras, mas que vem se consolidando a cada dia. Foram apontados alguns exemplos de iniciativas de RI 4 que são modelos hoje, como a UFRGS ( UFES ( e UFSC ( O IBICT também deixou claro que a plataforma recomendada para o RI é o DSpace ( mas nada impede que as instituições desenvolvam softwares próprios. Quanto as possiblidade de autoarquivamento, ou seja, a possibilidade dos pesquisador inserir seu resultado da pesquisa no RI, o IBICT ainda estuda a melhor maneira, estando atualmente em fase de testes esta prática. Quanto ao Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER) e ao Sistema Online de Acompanhamento de Conferências (SOAC), o pessoal do IBICT apontou grandes avanços nos últimos anos com a inserção de novas instituições. Também pontuaram que é preciso um 4 Destacamos também o RI da UNESC Criciúma ( recém lançado.
6 canal constante (possivelmente em Ead) para formação dos profissionais que trabalham com estas plataformas, ficando o próprio IBICT responsável por esta dinâmica. Sistemas de Informação do IBICT: sistemas tradicionais A reunião foi coordenada pelos mesmos representantes do dia anterior, acrescentando os profissionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsáveis pela Rede Bibliodata ( que neste dia teve como oficializada a transferência deste catálogo para o IBICT. Tratamos inicialmente do Catálogo Coletivo Nacional de Publicações Seriadas (CCN), onde foi verificada a situação de cada instituição no âmbito da atualização dos dados deste catálogo 5. O pessoal do IBICT solicitou que todos mantenham seus dados atualizados e, que caso necessário, se colocam a disposição para auxiliar as instituições. Na segunda parte da reunião tratamos da transferência do Bibliodata, da FGV para o IBICT. Ficou definido que a partir de 01/01/2013, o IBICT assume integralmente todas as ações do Bibliodata, que em 2012 atingiu 2,8 milhões de registros. Esta rede colaborativa é alimentada por bibliotecas de todo o país e, o IBICT buscará incentivar uma participação ainda maior. A equipe de TI do IBICT já vem trabalhando há mais de um ano neste processo de transição e todos os envolvidos serão comunicados de possíveis mudanças. Também, foi escolhida uma Comissão Diretora Transitória para que elabore um novo regimento para o Bibliodata. A FURB se apresentou como uma que auxiliarão neste momento, juntamente com mais quatro instituições do país (UNICAMP, UERJ, UNIRIO e UEG) 6. Para maiores informações sobre esta reunião, destacamos a ata no endereço Conversas técnicas: No evento tivemos contato com vários fornecedores e agências de fomento ( Todos apresentavam soluções para dificuldades encontradas em Bibliotecas Universitárias. Destacamos dois momentos importantes: conversa com o pessoal da CAPES e visita a Biblioteca Central (BC) da PUC- RS ( promovida pela 3M do Brasil Divisão de Sistemas para Bibliotecas. Em relação à conversa com a CAPES, estabelecemos a possibilidade de em 2013 viabilizar um treinamento do Portal de Periódicos ( na FURB. Destacamos o fato de sermos a única instituição do interior de Santa Catarina a contar com acesso completo do Portal e também de Blumenau estar em uma localização/estrutura privilegiada em comparação aos estados do Sul. A CAPES mostrou-se interessada na possibilidade e estamos em contato para a concretização deste treinamento, já no primeiro semestre de Quanto a visita na BC da PUC-RS, saímos de Gramado para Porto Alegre na tarde do dia 19/09. Para a 3M do Brasil, esta biblioteca é o mais bem sucedido case no país no que diz respeito a utilização de novas tecnologias. Conhecemos in loco os equipamentos, instalações e seus problemas, tanto na implantação, operação, bem como as vantagens de sua utilização, com a ênfase, na redução de recursos humanos, segurança e rapidez no 5 Nossa última atualização ocorreu em 12/04/2011. Já estamos providenciando a atualização das informações. 6 Apesar de não se apresentar como candidata para integrar a Comissão Diretora Transitória, é com grande alegria que vemos a inclusão da UFSC neste processo.
7 atendimento. Aproveitando a visita, conhecemos o Setor de Processamento Técnico daquela Biblioteca, onde colhemos substanciais informações sobre as rotinas de trabalhos, bem como suas soluções para o recebimento de material doado. Grande destaque para o layout limpo e bem atrativo desta BC e para a utilização da tecnologia RFID.
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