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1 1 P.º n.º RP 59/2012 SJC-CT Registo de ação com pedido cumulativo de reconhecimento de existência de simulação relativa quanto aos sujeitos do negócio jurídico inscrito e de impugnação pauliana. Relevância da eventual contradição entre tais pedidos na qualificação do registo da ação. PARECER 1. Pela ap. do dia 27/09/2011, com referência ao prédio descrito na ficha (adiante, simplesmente, o prédio ) da freguesia de, concelho de, foi requerido o registo da ação que os Autores (1.º) António e (2.º) Rui propuseram contra os Réus (1.º) A Manuel e (2.º) mulher, Palmira, (3.º) Mário (4.º) mulher, Maria (5.º) Sandra (6.º) Vítor e (7.º), Unipessoal, Lda. (Proc. N.º /., do 1.º Juízo Cível do Tribunal de ). Na petição, e em síntese, alegam os AA.: Que são titulares de diversos créditos, que discriminam, sobre os 1.º e 2.º RR ( e ). Que os RR., todos entre si conluiados, vêm praticando atos destinados a impedir que o património do casal dos 1.º e 2.º RR. responda em execução pela satisfação dos créditos dos AA.. Que a 5.ª Ré, Sandra, filha do A e da Palmira (1.º e 2.º RR.), constituiu a sociedade 7.ª Ré,..., com o único objetivo de canalizar para [a] sociedade algum património daqueles dois 1.ºs RR., para melhor poderem escapar às suas dívidas, nomeadamente às dívidas que eles têm para com os AA. Que no dia 09/04/2008, em execução dum tal plano, a sociedade 7.ª Ré comprou o prédio a Maria Helena, a qual foi no ato representada pelo 3.º R., Mário (irmão do 1.º R.). Que tal compra não passou porém duma compra fictícia, inexistindo correspondência entre a vontade real e a vontade declarada na escritura. Que na verdade o verdadeiro e real comprador foi o 1.º R e não a sociedade 7.ª R. Que a 7.ª R. interveio como compradora apenas com a finalidade de o prédio não ser incluído na esfera patrimonial dos 1.º e 2.º RR., para que não pudesse responder pelas dívidas do casal, e nomeadamente pelas referidas dívidas perante

2 2 os AA.. Que a compra e venda em causa é um negócio simulado, nos termos do art. 240.º/1, do CC, uma vez que a vontade declarada, exteriorizada na escritura, não corresponde à vontade real dos contraentes, que foi a de o prédio ser comprado pelo 1.º R., para ser integrado na comunhão conjugal respetiva. Que o negócio simulado é nulo, conforme o disposto no art. 240.º/2, do CC. Que a situação, porém, preenche a hipótese da simulação dita relativa, pelo que a nulidade do negócio simulado não prejudica a validade do negócio dissimulado, tudo conforme o disposto no art. 241.º/1, do CC. Que deve por isso manter-se o negócio da compra e venda, 1 nele figurando como comprador o 1.º R, e não a ali mencionada 7.ª R. Que a 7.ª Ré, desde a data da compra, vem ficticiamente explorando o prédio, e canalizando o produto dessa exploração para fora da esfera patrimonial dos 1.º e 2.º RR. Que nem a sociedade 7.ª Ré nem o prédio pertencem à 5.ª Ré, mas sim ao 1.º e 2.º RR. Que também a constituição da sociedade 7.ª R. é simulada, a qual foi constituída com fundos dos dois primeiros RR., sendo assim propriedade destes a quota única de 5.000,00, e não da 5.ª R. sua filha. Posto o que, e para o que importa, se formula o seguinte petitório: 2 a) Declarar-se que o negócio [da] compra e venda [do prédio] é nulo por relativamente simulado, nos termos do art. 240.º C. Civil, devendo contudo considerar-se válido, ao abrigo do art. 241.º/1, do C. Civil, considerando-se como comprador o 1.º R. ( ), por ter sido este quem pagou o respetivo preço de compra. b) Ordenar-se o cancelamento do respetivo registo de aquisição e de outros registos que porventura tivessem sido ou venham a ser feitos sobre a referida compra. 1 Na petição, no art. 19.º, diz-se que deve manter-se o negócio referido em 10.º, nele figurando como comprador o 1.º R. ( ), e não a ali mencionada, nessa qualidade, a 7.ª R. ( ), mas é evidente que se comete lapso de escrita quando se remete para o artigo 10.º - o art. da petição que se refere à compra e venda alegadamente simulada é o 11.º, tratando antes o art. 10.º de aludir à constituição da sociedade 7.º R. (alegada compradora simulada). 2 Transcrevem-se apenas os pedidos com admissível relevância para efeitos de registo predial, e que aliás foram os únicos que ficaram a constar do registo.

3 3 c) (Omissis.) d) Declarar-se a ineficácia ( ) [deste negócio simulado] em relação aos AA., credores impugnantes dos mesmos. e) (Omissis.) f) Atribuir-se aos AA. a qualidade de credores impugnantes, de acordo com o instituto da impugnação pauliana, reconhecendo-lhe o direito de executar, para efeitos de satisfação do seu crédito, a compra [do prédio]. g) (Omissis.) 2. Coube à sra. conservadora da conservatória do registo predial de a tarefa de qualificar o pedido de registo, que mandou efetuá-lo com a natureza de provisório por dúvidas. A qualificação desfavorável ficou a constar de despacho do seguinte teor: -- O sentido e alcance dos vários pedidos sujeitos a registo não se encontram processualmente clarificados de forma a ser possível concluir que a cada um dos pedidos se ligam causas de pedir diversas (concretamente, à declaração de nulidade, à simulação do negócio jurídico, ao pedido de cancelamento e à impugnação pauliana) e que efetivamente se trata de pedidos subsidiários e não cumulativos. Enquanto existir contradição entre os pedidos a inviabilizar a exequibilidade tabular da sentença que julgue procedentes os pedidos, nos precisos termos em que se acham formulados, não pode o registo deixar de ser lavrado como provisório por dúvidas. E -- Não foi demandado na ação o credor hipotecário C o que consubstancia uma violação do princípio do trato sucessivo na modalidade da continuidade das inscrições. Fundamento legal: arts. 34.º, n.º 4, 43.º, 68.º e 70.º do Código do Registo Predial. O registo efetuado, na parte relativa ao conteúdo do pedido, reproduz praticamente os termos acima transcritos Em 27/03/2012, pela ap., foi requerida a remoção das dúvidas opostas, em vista do que se juntou cópia do requerimento de intervenção principal provocada na ação da C Mas a sra. conservadora da conservatória do registo predial de, a quem 3 O passado jurídico do prédio, tal como tabularmente conformado, e com o qual o pedido de registo da ação teve que se confrontar, inicia-se com o registo de aquisição, por usucapião, a favor de Maria Helena (ap. de 29/03/1989); seguem-se-lhe registos de aquisição, por compra, a favor da sociedade Unipessoal, Lda. (ap. de 24/04/2008) e de hipoteca voluntária a favor da C (ap. de 24/04/2008).

4 4 desta vez se deferiu a qualificação, decidiu recusar o pedido, por entender, conforme o despacho que exarou, que, tendo sido superado o obstáculo decorrente da invocada ofensa do princípio do trato sucessivo, permaneciam todavia por remover todos os demais motivos expostos no despacho. A notificação deste despacho foi efetuada em 09/04/ No dia 10/05/2012, sob a ap., foi interposto o presente recurso, cuja petição aqui se dá por integralmente reproduzida, e que encerra com a formulação do pedido de que se revogue a decisão, proferida pela conservadora de, de recusar a remoção da provisoriedade por dúvidas aposta ao registo de ação. A sra. conservadora recorrida sustentou a recusa, em despacho que aqui também se dá por reproduzido. ***** Questão Prévia 1. Relativamente ao regime a que se encontra sujeito o prazo para interpor recurso hierárquico da decisão de qualificação desfavorável, a posição do Conselho Técnico, depois das alterações que na regulamentação da matéria da impugnação das decisões do conservador foram introduzidas pelo DL n.º 116/2008, de 4-7, ficou estabelecida no parecer emitido no processo RP 164/2008 SJC-CT. Aí se assentou em que: 1.º) ( ) a notificação [da decisão de recusa de efetuar o ato nos termos solicitados] continua [tal como antes das alterações introduzidas pelo DL n.º 116/2008] a presumir-se feita no terceiro dia posterior ao do registo, ou no primeiro dia útil seguinte a esse, quando o não seja, segundo a regra do n.º 3 do art. 254.º do CPC, porquanto a notificação da decisão registal se insere ainda no âmbito do processo de registo, e, neste processo, que é marcadamente distinto do processo de impugnação, não tem lugar a aplicação subsidiária do Código do Procedimento Administrativo [considerando o disposto no art. 147.º-B, do CRP]; 2.º) que o prazo do recurso, em resultado da aplicação conjugada do n.º 2 do art. 168.º do CPA e do art. 141.º/1 do CRP é de trinta dias a contar da notificação; 3.º) que, quer por aplicação direta do art. 144.º do CPC, quer por aplicação deste artigo por força da remissão do n.º 3 do art. 58.º do CPTA, 4 De acordo com a presunção estabelecida no art. 254.º/3, do CPC, aqui aplicável. O registo postal do ofício por que se procedeu à notificação tem data de 04/04/2012.

5 5 o prazo para interpor recurso hierárquico está sujeito à regra da continuidade fixada no art. 144.º/1 do CPC, donde decorre que no seu cômputo se incluem os dias não úteis, não se suspendendo durante as férias judiciais, e que o termo do prazo que caia em dia em que o serviço de registo esteja encerrado se transfere para o primeiro dia útil seguinte Por outro lado, e citando agora o parecer emitido no processo RP 168/2011 SJC-CT, importa ter presente que tendo ( ) em conta o que consta do artigo 142.º/2 (determinando que a interposição de recurso hierárquico se considere feita com a apresentação da respetiva petição no serviço de registo) e do artigo 148.º/1 do Código do Registo Predial (que demanda a anotação da impugnação na ficha, a seguir à anotação da recusa ou ao registo provisório, qualificando-a, desta forma, como ato de registo sujeito às regras de anotação no diário previstas no artigo 60.º), e os efeitos da impugnação previstos nas disposições conjugadas dos artigos 92.º/2/d), 148.º/3 e 149.º do mesmo Código (impondo que, a cada momento, o serviço de registo esteja em condições de asseverar se determinado registo provisório está ou não caducado, ou se está ou não esgotado o prazo para impugnar determinada recusa), só pode valer como data do ato (interposição de recurso) a do recebimento do requerimento no serviço de registo competente, como aliás acontece em sede de procedimento administrativo (cfr. artigo 147.º-B do CRP), não a da efetivação do registo postal (remessa pelo correio) Assim, à luz da conjugação das considerações precedentes, temos de concluir que o presente recurso hierárquico, tendo sido interposto em 10/05/2012, o foi já demasiado tarde; o prazo contínuo de 30 dias, contado da data da notificação (mas sem contar o dia da realização da própria notificação, conforme o disposto no art. 279.º/b, do CCivil), esgotara-se na véspera. Por intempestividade, deve pois o recurso ser liminarmente rejeitado (cfr. artigo 173.º, alínea d), do CPA, ex vi do artigo 147.º-B do 5 O entendimento fixado corresponde à mera transposição para o campo normativo do registo predial da doutrina estabelecida no parecer emitido no P. R.Co. 32/2006 DSJ-CT em matéria de registo comercial. 6 O ênfase gráfico (negrito), onde existe, foi por nós introduzido.

6 6 CRP.). O que porém, seguindo uma praxe do Conselho, nos não impedirá de relativamente à matéria discutida, ainda que com brevidade, e a título meramente opinativo, tomarmos posição. Emitamos, pois Pronúncia 1. As objeções levantadas ao pedido do registo de ação, em razão das quais ele se fez com a natureza de provisoriedade por dúvidas, assentam fundamentalmente na alegada contradição existente entre os vários, ou alguns, dos pedidos formulados, contradição essa que, no entender da sra. conservadora que assinou a qualificação, será de molde a inviabilizar a exequibilidade tabular da sentença que julgue procedentes os pedidos. Vejamos No que toca aos pedidos constantes das als. a) e b), supra transcritos, a contradição que entre eles possa existir (e que se analisa em, por uma parte, se requerer o reconhecimento da validade da compra alegadamente dissimulada sob a compra ostensiva a que se refere o registo de aquisição efetuado a favor da sociedade..., declarando-se como comprador, em vez desta sociedade, o 1.º Réu António, e, por outra parte, em simultaneamente se requerer o cancelamento do indicado registo) resolver-se-á, estamos em crer, pelo modo de conciliação que no parecer emitido no processo CP 56/2010 SJC-CT, máxime no seu ponto , tivemos oportunidade de defender. Uma tal conciliação, basicamente, logra-se através da desconsideração ( supressão, omissão ), no registo da ação ou da decisão, dentro do quadro hipotético imaginado que, grosso modo, corresponde ao que se verifica nos presentes autos, na parte que consideramos, do pedido ou da ordem judicial de cancelamento. 7 Naquele parecer, aprovado por maioria, tratou-se do tema da receção tabular do registo da ação em que se formule o pedido complexo de que seja declarado relativamente simulado, quanto às pessoas dos contraentes, o negócio jurídico que deu causa ao registo de aquisição em vigor. A adequada apreensão do sentido da solução que no referido ponto 2.2. se preconiza só se alcança, como é óbvio, se se tiver em linha de conta a argumentação desenvolvida ao longo de todo o parecer.

7 Cremos no entanto que é entre os pedidos das als. a) e b) (relacionados com a alegada simulação relativa subjetiva), de uma banda, e os pedidos das als. d) e f) (onde se fala de ineficácia do negócio simulado em relação aos AA., no primeiro, e em impugnação pauliana, no segundo), de outra banda, que a sra. conservadora descobre uma contradição, digamos, mais insolúvel, dado que tais pedidos se formulam todos uns sobre os outros, em cumulação sucessiva, sem que entre eles se estabeleça qualquer nexo de subsidiariedade. 8 Existirá a contradição apontada? E justificará ela a provisoriedade por dúvidas? Convém lembrar, antes de avançarmos, que o pedido, para decidir se é de levar a registo, não pode ler-se apenas em si mesmo. Em ordem a fixar corretamente o seu sentido e alcance, excogitando da formulação verbal empregada a verdadeira pretensão de tutela jurisdicional requerida, é imperioso percorrer o conteúdo situado a montante da peça processual em que se insere e que encerra, cuidando de identificar os factos alegados em que essa pretensão se substancia a causa de pedir. Pois bem: relativamente à situação jurídica do prédio visto que é da definição da situação jurídica daquele concreto prédio que registalmente se trata, constata-se que todos os factos alegados na p.i. se destinam a demonstrar que o lugar de comprador, na compra mencionada no art. 11.º, não foi ocupado pela sociedade mas pelo Réu A, e que é com estoutra alegada configuração subjetiva que a compra e venda deve valer. Ou seja, e vendo agora as coisas pelo prisma da impugnação pauliana: relativamente à situação jurídica do prédio, a p.i. é completamente omissa quanto à alegação de factos de que um tal pedido (de impugnação pauliana) pudesse constituir corolário. 9 8 A cumulação de pedidos, tal como literalmente formulados, inculca uma compreensão sincrética ou inextrincável dos pressupostos e regimes da simulação relativa e da impugnação pauliana. Algumas passagens da petição de recurso hierárquico abonam aliás um tal aparente enquadramento [cfr. art. 11.º: os recorrentes, em sede de impugnação pauliana, requereram a nulidade do negócio simulado (arts. 240.º a 243.º do código Civil.) ; art. 25.º: Assim, ao registo da ação, dando expressão à unidade de sentido do pedido duplo (de invalidade do negócio de fachada e a validade do negócio exposto) próprio da ação de impugnação pauliana. ] 9 O que adicionalmente se alega e pede se declare, isso sim, além da simulação relativa

8 8 Com efeito, nos termos do art. 610.º/1, do CCivil, o primeiro requisito da impugnação pauliana é o de que o devedor tenha praticado ato de natureza não pessoal de que decorra o enfraquecimento da garantia patrimonial do crédito, sendo que, para efeitos de aferir da registabilidade da ação, esse ato tem necessariamente que respeitar àquele bem certo e determinado visado no respetivo pedido de registo. Ora os alegados devedores são os primeiros Réus, A e Palmira; e o ato jurídico que o Réu A se alega ter praticado, em relação ao prédio, não é um ato de diminuição da garantia patrimonial (v.g., a alienação, feita por ele, devedor, do bem a terceiro), mas, pelo contrário, ao que se crê, um ato de incremento da garantia patrimonial (a aquisição do prédio à anterior titular inscrita, Maria Helena, em lugar da alegada simulada adquirente, a sociedade, 7.ª Ré). E é tudo: pelo lado dos factos ou seja, da causa de pedir, nada mais se alega a que seja possível atribuir algum significado do ponto de vista da definição tabular da situação jurídica do prédio Para nós, e salvo melhor opinião, os AA., quando falam de ineficácia e de impugnação pauliana, não têm em vista, nem pretendem ver aplicado, o regime constante dos arts. 610.º e ss., do CCivil. Assim, quanto ao pedido da al. d), de que se declare a ineficácia do negócio simulado de compra do prédio em relação aos credores, ele nada acrescenta em relação ao pedido de declaração de invalidade desse mesmo negócio formulado na al. a). Já no que toca ao pedido da al f) (de se reconhecer aos AA., de acordo com o instituto da impugnação pauliana, para efeitos de satisfação do seu crédito, o direito de executar a compra referida no art. 11.º), também não se crê que ele se ligue bem com o perfil dogmático da impugnação pauliana. É que o art. 11.º da p.i., como se viu, na sua letra, reporta-se à compra que do prédio fez a sociedade... à Maria Helena, e não a qualquer ato prejudicial ao crédito praticado pelos devedores; e a intervenção que nessa compra o devedor 1.º Réu teve, de acordo com o que se alega nos arts. subsequentes, foi no papel de comprador dissimulado, trazendo portanto o prédio para o património do casal devedor. subjetiva verificada na compra e venda, é ocorrência de simulação relativa subjetiva no negócio constitutivo da sociedade 7.ª Ré, cujo verdadeiro único sócio fundador não será a 5.ª Ré (Sandra) mas o 1.º Réu (A ).

9 9 A este 2.º pedido, portanto, para nós, só pode ser atribuído um de dois alcances possíveis: ou se trata de pedido meramente redundante em relação ao que se formula na al. a) que consiste em se declarar válido o negócio dissimulado feito pelo 1.º Réu, pois que, se tal pedido proceder, reconhecendo-se o A como comprador do prédio, e, portanto, como tendo o prédio passado a fazer parte do seu património, é evidente que o bem poderá aí ser executado para satisfação do crédito dos AA.; ou se trata de pedido de que, independentemente do que se decida quanto àqueloutro, em qualquer caso se reconheça aos AA. o direito de executarem o prédio no património da sociedade. Ora, com este 2.º alcance, afigura-se existir na verdade contradição processual entre este e os pedidos da al. a), atenta a pura e simples cumulação de um e de outros: num lado (al. a)), pretende-se que se reconheça que o efeito real de transferência da propriedade do prédio produzido pelo contrato de compra e venda (cfr. art. 408.º/1, do CCivil) referido no art. 11.º se operou a favor do 1.º Réu; noutro lado (al f)), pressupondo-se que o prédio não deixa de ser propriedade da sociedade, 7.ª Ré, requer-se sem embargo se reconheça aos AA. o direito de o executarem para se fazerem pagar pelas dívidas dos RR. A e Palmira. Por conseguinte, por mais ou menos naturalmente que a invocação da figura da impugnação pauliana se harmonize com a factualidade invocada, a verdade é que, no fim de contas, e bem vistas as coisas, o efeito jurídico visado com o pedido da al. f), pelo menos numa sua interpretação possível, vem a coincidir com o resultado da procedência daquela impugnação ou seja, o reconhecimento ao credor do direito de executar o bem no património de terceiro, sem que porém se ponha em causa a titularidade, sobre o bem, desse terceiro. E, seja como for, nem pode à partida excluir-se que o tribunal, fazendo uma leitura diferente da nossa, venha a considerar a invocação do instituto da impugnação pauliana como inteiramente ajustada, à luz da matéria alegada. E daí que se nos afigure correta e avisada, precavendo uma tal possibilidade, a inclusão deste pedido no registo em detrimento, portanto, da consequência lógica a que a leitura por nós perfilhada conduziria. Em suma: quer estejamos quer não estejamos perante um verdadeiro pedido de impugnação pauliana, certo é que a mera possibilidade de ao pedido da al. f) vir a ser atribuído aquele 2.º alcance ou sentido, que acima admitimos, plenamente justifica que a ação se tenha que inscrever com a natureza de provisoriedade por dúvidas, pela incerteza que lança sobre qual seja o efeito a final

10 10 pretendido no que toca à definição da titularidade do prédio: a eventual procedência cumulativa dos pedidos contraditórios, na verdade, parece que implicará que se venha a dar o prédio como simultaneamente pertencendo ao património do 1.º Réu A (pedido da al. a)) e ao património da 7.ª Ré (pedido da al. f)). 2. Concluímos, pois, que, não fora a rejeição do recurso, por intempestividade, deveria o recurso em qualquer caso improceder, por razões de fundo. Em conformidade com o que extraímos a seguinte conclusão: Deve ser efetuado com o caráter de provisoriedade por dúvidas (a adicionar à provisoriedade por natureza que sempre reveste) o registo da ação em cujo petitório se cumulem, por um lado, o pedido de declaração de existência de simulação relativa subjetiva (declarando-se a nulidade da compra e venda simulada e a validade da compra e venda dissimulada, e considerando-se como real comprador um dos réus em vez de outro), e, por outro lado, o pedido de se atribuírem aos AA. a qualidade de credores impugnantes, de acordo com o instituto da impugnação pauliana, reconhecendo-lhes o direito de executar ( ) o prédio, uma vez que da eventual procedência de ambas as pretensões decorre que o bem se haverá como constituindo objeto simultâneo de titularidades encabeçadas em sujeitos jurídicos diversos. Parecer aprovado em sessão do Conselho Consultivo de 24 de janeiro de António Manuel Fernandes Lopes, relator, Maria Madalena Rodrigues Teixeira (com declaração de voto em anexo), Isabel Ferreira Quelhas Geraldes (subscrevendo a declaração de voto do membro do Conselho Consultivo, Madalena Teixeira), Luís Manuel Nunes Martins. Este parecer foi homologado pelo Exmo. Senhor Presidente do Conselho

11 11 Diretivo em Processo RP 59/2012 SJC-CT Declaração de voto Não acompanho o expendido no ponto 1.1. da pronúncia, porquanto, na linha de fundamentação posta na declaração de voto junta ao parecer proferido no processo CP 56/2010 SJC-CT, entendo que não existe contradição entre os pedidos constantes das als. a) e b) da petição inicial. Quer se opte por uma concepção dualista da simulação relativa, distinguindo nesta dois negócios jurídicos (o negócio simulado e o negócio dissimulado), quer se considere preferível uma concepção monista, que veja na simulação uma aparência negocial sob a qual existe um verdadeiro e único negócio jurídico, o que no registo se inscreveu foi o negócio simulado ou a dita aparência negocial. E é precisamente por haver dois negócios jurídicos distintos, um registado e outro não, ou, noutra perspectiva, uma aparência negocial registada e uma realidade por registar, e por ser de génese negocial (não judicial) a causa da aquisição a favor do comprador real, que a procedência do pedido indicado sob a al. a) não pode determinar mais do que o cancelamento oficioso da inscrição de aquisição a favor da parte fictícia. Com efeito, da declaração de simulação relativa peticionada não resultará a modificação do facto registado (negócio jurídico simulado) ou uma alteração da estrutura subjectiva do negócio (facto jurídico) inscrito, que deva ingressar no registo através do averbamento a que se refere o art. 101.º/4 do CRP, antes haverá, em face do procedência do pedido, de um lado, a declaração do valor negativo (por nulidade) do negócio jurídico inscrito e, do outro, a apreciação do valor positivo do negócio dissimulado, ainda por inscrever. Este outro negócio jurídico (ou o verdadeiro negócio jurídico), posto a descoberto e valorado em si mesmo por via judicial, importará inscrevê-lo de forma autónoma, e pela primeira vez, com base no conjunto probatório formado pelo texto do negócio simulado, pela contradeclaração, quando exista, e pela decisão judicial que, em

12 12 definitivo, declare o seu valor positivo e os seus elementos essenciais. Maria Madalena Rodrigues Teixeira

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